O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, disse nesta sexta-feira que não estava cortando laços com os Estados Unidos, aliado de longa do seu país, mas meramente buscando uma política externa mais independente ao fortalecer as relações com a China.
Um dia depois de provocar um novo alarme diplomático ao anunciar o que chamou de sua “separação” de Washington, Duterte adotou um tom mais conciliador ao chegar de volta às Filipinas depois de uma visita de quatro dias à China.
“Não é corte de laços. Quando você diz corte de laços, você corta relações diplomáticas. Eu não posso fazer isso”, afirmou o líder filipino à imprensa numa entrevista à meia-noite na sua cidade de origem, Davao, no sul do país.
“É do melhor interesse dos meus compatriotas manter essa relação.”
Na quinta-feira, Duterte havia dito a empresários chineses e filipinos durante um fórum em Pequim que os EUA tinham “perdido agora”, quando ele busca o que chama de uma nova aliança comercial com a China.
“Eu anuncio a minha separação dos EUA”, afirmara ele, aplaudido, acrescentando que também buscaria relações mais próximas com a Rússia.
Comentando nesta sexta a sua fala, ele declarou que o que quis dizer foi que a política externa de Manila não precisava sempre “se encaixar” com Washington.
“Por separação, o que eu estava realmente dizendo era separação de política externa”, afirmou. “No passado, e até o momento em que eu me tornei presidente, nós sempre seguimos o que os EUA davam como deixa.”
Neil Jerome Morales
Foto: Rodrigo Duterte em coletiva com repórteres após sua chegada da China, no Aeroporto Internacional de Davao na cidade de Davao – Filipinas 22 de Outubro de 2016. REUTERS / Magra Daval Jr.
Edição: konner@planobrazil.com
Fonte: Reuters
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