© Sputnik/ Ivan Vorobyov
O Ocidente está cativo de um erro fatal, ao ingenuamente pensar que, visto que Kiev fala sobre democracia, é um regime democrático, mas isto não é verdade, escreve o jornal alemão Die Zeit.
“Quando Viktor Yanukovich anunciou que não iria assinar o acordo de associação com a União Europeia, ele virou contra si os intelectuais pró-ocidentais, aqueles que queriam a todo o custo evitar o retorno da Ucrânia ao “império”. O acordo de associação também previa a inclusão da Ucrânia no Espaço Económico Europeu, bem como na arquitetura de segurança europeia. Moscou viu nestas promessas uma tentativa de alargar a esfera dos interesses ocidentais no antigo império soviético. A OTAN no mar Negro e no leste da Ucrânia? Impensável!”
Baberowski acredita que a Rússia e o Ocidente poderiam ter chegado a um entendimento se os governos da Europa não tivessem apoiado esta posição /dos revolucionários do Maidan/, confirmando assim os temores do Kremlin:
“Eles (o Ocidente – red.) não conseguiram ver a gravidade da situação e consideraram os intelectuais-líderes dos eventos no Maidan como os representantes do governo. Mas já neste tempo ficou claro que os revolucionários do Maidan não representavam todo o país. Na Crimeia e no leste da Ucrânia já ninguém apoiava o presidente deposto (Viktor Yanukovich – nota red.). No entanto, poucos se identificavam com os acontecimentos em Kiev e com a orientação ocidental dos novos governantes.”
“Alguém sabe na realidade como e quem controla a Ucrânia e em que se baseia a lealdade da população ao governo em Kiev?”– pergunta Jorg Baberowski.
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