HÉCTOR E. SCHAMIS
A história é sempre um longo processo acumulativo, mas há marcos que assinalam descontinuidades. Às vezes são acidentes, outras vezes planejadas, mas são conjunturas críticas nas quais algo acontece e a história dá uma guinada de 180 graus. Hoje é um desses momentos. É preciso registrá-lo. Vamos nos lembrar de onde estávamos quando Obama anunciou que os Estados Unidos restabelecerão relações diplomáticas e comerciais com Cuba .
Mais de meio século de história mudou. Quer dizer, mudará com isso o próximo meio século. Há dez dias, neste mesmo espaço, sugeri que já não era questão de se o embargo seria levantado ou não, mas de quando. Esse é o próximo tema, mas é plausível imaginar que a própria dinâmica de relações diplomáticas e comerciais normais o transformará em outra dessas tantas normas legais que existem mas que ninguém cumpre. Possivelmente se dilua por si mesmo.
Aquelas notas de dez dias atrás também sugeriam possíveis estratégias democratizadoras. Obama acaba de escrever esse roteiro com bastante precisão: o político, o comercial, a cooperação, a tecnologia, as viagens, um decálogo de tarefas que, passo a passo, descrevem como abrir uma sociedade fechada. Alguém dirá que é mais do mesmo imperialismo. Talvez seja. Às vezes a democracia chega de dentro, quase sempre tem ajuda de fora.
Precisamente, Obama especificou o aspecto central da nova política externa: seu apoio indeclinável aos direitos humanos e à democracia. Por isso enfatizou a imperiosa necessidade de que a sociedade civil cubana participe da cúpula do Panamá, como todas as demais e em cumprimento da Carta Democrática Interamericana. É uma demanda da própria oposição na Ilha que, além disso, reclama que os grupos que participem sejam genuinamente parte da sociedade civil –ou seja, independentes– e não aparelho do estado disfarçado, como é habitual em um regime de partido único.
A oposição cubana deverá ser ouvida, tanto suas reclamações como seus temores. Por um lado porque ninguém tem mais legitimidade do que eles, as vítimas de um regime opressivo de mais do meio século, e também por sua comprovada sensatez. Temem que um boom econômico fortaleça o partido-estado em vez de debilitá-lo, como ocorreu na China . Temem que o capitalismo enriqueça os burocratas do partido, como na piñata nicaraguense, quando os ativos privatizados terminaram em mãos dos Ortega e de seus clientes. Em dois anos, dizem os oposicionistas, Obama estará em sua casa e os Castro provavelmente no poder ou, na falta dele, poderiam estar dirigindo a economia cubana.
Nos Estados Unidos as reações também devem ser levadas em conta. Os republicanos no Congresso já se opuseram, talvez por reflexo, sem lhes importar o texto da decisão da Casa Branca e sem escutar algumas de suas bases sociais naturais, como a Câmara de comércio e a terceira geração de cubano-americanos, para citar dois exemplos de sólido apoio ao levantamento do embargo. É que nada é como era ontem, disso se trata quando a história dá uma guinada de 180 graus.
Que nada é como era ontem deveria ser matéria de reflexão para Maduro, Cabello e outros socialistas do século XXI. Os incentivos para Cuba mudaram dramaticamente. O custo de apoiar o chavismo aumentou exponencialmente hoje, nesta mesma manhã. O negócio político e econômico já não está na Venezuela, possivelmente esteja nos próprios Estados Unidos. Além disso, o subsídio petrolífero chega ao fim e isso poderia gerar uma mudança nas prioridades da política externa cubana. Talvez Maduro termine vivendo na própria carne um dos aspectos centrais do castrismo: o instrumentalismo e o oportunismo em estado puro. Seria irônico, mas não necessariamente injusto.
Os legisladores aceitariam o levantamento do embargo e a Casa Branca poderia apoiá-los com maior firmeza nas sanções contra os chavistas. Um frio polar -e anterior ao aquecimento global- deve soprar pelo Palácio Miraflores com esta ideia tresloucada. Mas se Paris bem valeu uma missa –talvez pensem em Havana–, o que não faríamos por uma embaixada de fato e de direito em Massachusetts Avenue, Embassy Row, no Northwest Washington.
E se isso acontecer, ironia das ironias, o que será de outros bolivarianos, aprendizes de ditadores que contavam se perpetuar no poder? O que será dos Correa, dos Morales e de outros parentes próximos sem Caracas e com Havana cuidando do negócio dos gringos? Isso sim poderia ser uma nova onda de transições democráticas, a queda do Muro do Berlim outra vez, mas no Caribe e nas regiões vizinhas.
O fim da história? A história acaba de começar: nada é como era ontem.
Finalmente a mais longa, a mais assassina e mais influente ditadura das Américas está se encaminhando para um fim. Felicidades ao povo cubano.
Com a ascensão da China e essa nova Guerra Fria com a Rússia, com certeza o Tio Sam não quer ver se repetir uma nova crise dos mísseis na ilha de Fidel…
Cuidado Castro, o mais velho, seu irmao mais novo, esta abrindo as portas de Cuba para o USATAN. Depois e tarde, nao te esquecas o que aconteceu com Kadafi, o velho, quando, seus filhos abriram as portas da Libia para os imperialistas franco-britanico. Foi como diz o japonese Fakanoku.
Mais uma vez assistiremos as vozes que representam lados puxando brasas para suas sardinhas como justficativa para a situação. A verdade dos fatos, a unica verdade, essa que eles, até nas entrelinhas, reconhecem, é que é o tempo, o inexoravel tempo, que mostrará as consequências para os povos e os paises, e não a vontade ou o marketing cultural que teabalhe para qualquer dos lados. Fosse diferente a história já teria sido escrita e não, como vemos, sendo escrita diariamente e surpreendendo seguidamente o mundo.
kkkkkk, infantil o odio contra opinioes discordantes ,kkkkkk, temendo pela orfandade , pois vai ter que chupar esta ,querendo ou nao , sendo uva ou limao,kkkkkkk rimou,kkkkkkkkk , antes as titiricas criticavam o bloqueio economico , com o fim proximo deste , os vira-latas sarnentos começam a morder o proprio rabo,kkkkkkk , so lhes resta-rah cerrar filheiras junto ao estado islamico,kkkkkkkkk , nao cansam de fracassar , VIDA LONGA A RAUL CASTRO,defendendo u seu !
Cuba deve ser extremamente cuidadosa nessa aproximação com os EUA. Com as recentes operações de desetabilização conduzidas pelos americanos na Ucrânia, Líbia, Síria e em Hongkong entre outros pontos do planeta. Digam o que disserem os EUA em público, continuarão com a tentativa sufocar a autoderminação dos cubanos.
Como disse Evo Morales (presidente da Bolíbia – “que vai muito bem obrigado”) – os EUA são o único país que pode ter certeza de lá jamais haverá golpes de Estado – porque não há embaixada dos EUA nos EUA.
Eu acho graça dessa manipulação capaxa de fonte unica ao conotar como se “em breve tudo sera nosso”.
Podem se criarem com Cuba e Venezuela mas tirem seus cavalinhos da chuva que aqui no Brasil o buraco é bem mais embaixo.
E agora quando algo adentra segurança nacional e unidade do territorio Brasileiro o capeta fuma.
Eu fui o primeiro a dizer na internet que toda a manipulação escondida em pseudos-ativismos não passa de instrumento de manipulação de ultra-direita ortodoxa internacional.
Vamos devolver o Brasil pros indios.Vamos dar independencia aos indios.Vamos internacionalisar a Amazonia.Vamos liberar a maconha e vulgarizar a sexualidade.
Eu fui o primeiro a dizer tambem que organizações como Anonimous,Anarquia Internaciobnal entre outros se travestem mas no fundo são instrumentos da maquina de dominação Americana afinal de contas como eles mesmo dizem “todas as opções estão sobre a mesa.
Otario é todo aquele que acha que luta ´por liberdades,direitos,mas no fundo é usado pelo vampiro.
A manipulação age em muitas frentes inclusive religiosa.
Nós somos Brasileiros e NÃO SOMOS CIDADÕES DO MUNDO.NOSSO PAIS TEM FRONTEIRAS SIM E TEMOS UM DEUS SIM.
E tudo isso não nos obriga a atrelismos nenhum.
N]ão vão arrumarem nada com o Brasil e nem com a Argentina.
Aqui so arrumam é aço quente por dentro da cara.