Brasil e Rússia estreitam cooperação na área de defesa

Comitiva russa demonstra interesse na experiência do Brasil como anfitrião da Copa do Mundo. Europeus sediarão evento em 2018

Comitiva da Rússia visitou o Brasil nesta semana para conhecer a parte operacional dos sistemas brasileiros de Defesa Aeroespacial e de Defesa Antiaérea, responsáveis pelas ações de proteção com emprego de mísseis para o abate de alvos aéreos hostis.

Liderado pelo general Serguei Babakov, comandante das tropas de misseis antiaéreos da Força Aérea Russa, o grupo foi recebido pelo brigadeiro Gérson Machado, responsável pela Chefia de Logística do Ministério da Defesa.

A comitiva cumpriu uma extensa agenda com o objetivo de estreitar a cooperação entre os dois países no setor de defesa antiaérea.

Em Brasília, a comitiva russa visitou o 11º Grupo de Artilharia Antiaérea, onde o comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, general João Chalella, fez uma apresentação sobre como a unidade se insere no sistema de defesa aeroespacial.

Na oportunidade, foram apresentados os equipamentos utilizados pelo Brasil, como radares e misseis, além do Centro de Operação Antiaérea.

“Mostramos a estrutura da Brigada e como é feito esse acionamento pelos nossos sistemas de comunicações, sempre sob o controle do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra)”, disse o general.

Os militares russos também estiveram no Comdabra e no Cindacta 1 (1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), onde o brigadeiro Leonidas Medeiros detalhou como é feito o monitoramento de toda a malha aérea, além de apresentar os sistemas utilizados para controlar os cerca de 22 milhões de quilômetros quadrados do espaço aéreo brasileiro.

Troca de experiências
O general Serguei Babakov conversou com os responsáveis pela defesa antiaérea do Brasil, detalhando técnicas e equipamentos que já são utilizados em seu país e elogiou a parceria com o Brasil.

“Estou muito satisfeito com a cooperação estabelecida entre os nossos ministérios da Defesa. Espero que esses contatos se aprofundem, porque isso amplia a nossa cooperação mútua e também o entendimento entre os nossos países”, disse.

Brasil e Rússia vêm estabelecendo uma série de conversas ao longo dos últimos anos sobre a demanda das Forças Armadas brasileiras por um sistema de defesa antiaérea de média altura, capaz de abater alvos que transitam a partir de 10 mil metros.

Em agosto deste ano, uma comitiva brasileira esteve em Moscou, na Rússia, para realizar avaliações complementares do sistema de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1, que poderá ser adquirido pelo Brasil para suprir essa necessidade.

Até o final deste ano, está prevista outra visita de comitiva do Ministério da Defesa a Rússia, como parte da continuação das tratativas entre os dois países sobre o assunto.

A Copa do Mundo e o planejamento de Defesa
Além de técnicas e equipamentos de defesa antiaérea, os militares dos dois países também trocaram informações sobre o planejamento de segurança e defesa adotado pelo Brasil durante a realização de grandes eventos, que obteve bons resultados copa do Mundo 2014.

Os oficiais brasileiros explicaram que, para o mundial, os militares das três Forças Armadas atuaram em diversas áreas de segurança e que tudo foi monitorado pelos centros de comando e controle.

A comitiva russa demonstrou grande interesse em saber mais da experiência brasileira, já que, em 2018, a Rússia sediará o maior evento de futebol do planeta.

“Temos total interesse em continuar esse contato para podermos adotar mais a experiência dos brasileiros”, afirmou o general Serguei Babakov.

Fonte: Portal Brasil via NOTIMP

8 Comentários

  1. De fato, se esta parceria realmente ocorrer (ou qualquer outra com qualquer país sobre AA), é trabalho a ser feito à partir do zero. Não temos nada que possa receber a classificação de defesa anti-aérea.

    Por outro lado o desafio pode ser tremendamente estimulador. E arrisco a dizer que somente EUA, China ou Rússia tem algo a nos mostrar com relação ao tema, principalmente por semelhança quanto as dimensões características geográficas.

  2. A parte de inteligencia da defesa aérea do país é ruim mas já está melhorando com a implantação do SISFRON, SIVAM e SISGAAZ. Todos esses sistemas estarão integrados aos centros integrados de defesa aérea e controle de tráfego (CINDACTAS), ou seja, atualmente está ruim mas já está se desenhando um sistema complexo que irá oferecer um alerta antecipado eficiente nessa área… Agora precisamos com urgência adquirir meios de reação, que seriam as baterias anti aéreas de médio e de longo alcance e também caças modernos para interceptação, os caças já estão a caminho então agora o que falta para fechar nosso espaço aéreo são os mísseis SAM e ninguém melhor do que a Rússia para prover o Brasil com essa capacidade… Lógico, isso tudo ainda levará mais de 5 anos para estar operacional, mesmo assim já é uma luz no fim do túnel, para que estava sem nada…

    • Mas não adianta nada monitorar e não poder intervir.
      Sempre afirmei que nosso tendão de Aquiles é defesa aerea.Ela é a unica arma assim tambem como submarinos que realmente pode causar pesadas perdas e pesadas baixas a um superior adverso ou coalisão.
      Um complexo de defesa aeroespacial é a cabeça e o coração da defesa e tudo o mais deve intregar-se ao mesmo.
      Não adianta sair adiquirindo o melhor possivel.
      Antes alegavam que nossos sistemas e comunicações eram não compativeis com os dos Russos.
      Agora tudo o que a Russia faz para exportar na area militar vem nos dois padrões ou num so.
      O filé do programa de rearmamento é justamente o que não se vincula midialiticamente.Defesa Aeroespacial.
      O sistema de defesa aeroespacial oferecido pela Russia,que jamais foi oferecido e sera oferecido por eles a ninguem é muito complexo e carissimo.É o nosso sonho de consumo e o Gripen NG se enquadra como uma luva nele que deve ter tambem aeronaves mais pesadas.
      Mas são negociações muito complexas apesar de que os caras aceitaram ASSOCIAÇÃO conjunta que vai dar em novos armamentos e versatilização de outros existentes com grande nacionalização.
      Mas a interrogação é : Vai o governo Brasileiro entrar nesse objetivo sem deixar ele se transformar num elefante branco para depois nossos militares e industria militar catarem os cacos e dos cacos realizarem prodigios.O SIVAM foi isso,dos cacos surgiram desenvolvimento tecnologico e material.

  3. Tudo isso é toucinho pra encher tripa.
    Deveria ser selado o contrato-acordo em outubro.
    Não envolve apenas governos mas privados tambem.
    Essas coisas por si so são complexas mas ate que tudo ja esta mastigadinho e remoido bastando apenas pequenos detalhes.
    Os caras tem o know how e nós a vontade.Os caras querem grana e nós queremos associações.Os caras ja entenderam a aceitam que joint ventures é a forma de negocio mais viavel,pois ninguem esta comprando muito nada na area bélica.
    Desse acerto o que vier a ser produzido SERA produto NACIONAL que independe de licitação.Ate mesmo consecionamentos independe de licitações.Então não se espantem se alem de defesa aeroespacial e antiaerea houver acertos tambem com caças e helicopteros.

    • O motivo maior deve ser o fator quantidade, pois o ocidente não deseja que tenhamos capacidade defensiva e motivo é para se apropriarem de nossas riquezas pois à muito os mesmos as cobiçam, não aprecio nem um pouco os acordos com americanos, franceses ou ingleses pois estes são os cobiçadores de nossos bens. Gostaria de salientar que a oportunidade de negócios com os Russos significa independência como nunca houvera para nós e essa oportunidade é ouro e não significando rompimento com o ocidente, nada de radicalismo mas tão somente capacidade DEFENSIVA.

      • Meu caro apesar do pensamento militar Brasileiro ter mudado muito e ate passarmosw a apreciar material belico e tecnologia militar de origem Russa ainda existe uma averssão ideologica não resquicios da guerra fria mas pela influencia Bolivariana que se arma na Russia.
        Eu sempre comentei que essas ratazanas que insistem em trazermos a reboque como carrapatos muito atrazam o Brasil em muitos sentidos.Tanto econo-comercial quanto estrategico-militar.
        Não se iluda,a grande maioria militar Brasileira tem aversão a ideologias e pensa unicamente em estrategia de segurança nacional,incondicional,não atrelada.
        Tem-se consciencia pelo potencial humano,material,que somos alvo.
        Essa debil visão de que fortalecendo e enriquecendo vizinhos estariamos fortalecidos não passa de visão ideologica enriquecida de ganancia privada.
        Com excessão da Venezuela que morre de medo de ser invadida pelos EUA e da Argentina que escuda-se em nós para suas pretenções contra a UK tudo o mais na hora do créu vira cabeça de ponte estrangeira contra nós.Ate mesmo Venezuela e Argentina basta que mude a politica tambem se virariam contra nós.
        Não se esqueçam : O Bolivariuanismo alimentado por Chavez era pura inveja contra nossa prosperidade.
        Retornando ao principio do raciocineo.Poderiamos termos nos beneficiado da tecnologia Russa quando tivemos oportunidade e fomos covardes.
        Hoje dentro das forças armadas Brasileiras existem uma maior simpatia de aproximação com a China.
        Para entender isso tem-se de enxergar com neutralidade.Brasil e China estão na mesma canoa furada.Brasil e China são hoje os dois maiores alvos.Invejam a prosperidade Chinesa como invejam o potencial do Brasil.
        Desde o final dos anos 50 inicio dos anos 60 os EUA temem que o Brasil seja uma nova China no sentido de capitalizar pesado investimento avantajando grande desenvolvimento tecnologico energetico,militar e cientifico.
        A inteligencia e a prosperidade habita no sudeste Asiatico e não mais no mundo Ocidental.
        Asiaticos estão chegando aos montes no Brasil e os investimentos,aplicações e desenvolvimentos conjuntos e tambem associações esta crescendo fortemente.
        Porque então apesar de toda crise mundiual e reflexos em nossa economia,porque jamais paramos de crescer ou quebramos heim !
        A nossa economia é alicerçada em consumo,que gera serviços,tributos.Então imagine esse mercado obtendo injeção tecnologica-cientifica.

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