OTAN preocupada com possível entrega de navio Mistral à Rússia

Rússia, França, OTAN, armamentos, contratos, defesa

Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, disse esta quinta-feira, encontrando-se de visita na Estônia, que os aliados estão preocupados com a possibilidade de a França entregar os porta-helicópteros Mistral à Rússia.

“Os aliados da OTAN estão preocupados com o fato de a França poder entregar os Mistrais à Rússia”, afirmou Stoltenberg em coletiva de imprensa na base aérea militar de Amari, em proximidades de Tallinn.

Ao mesmo tempo, o secretário-geral observou que a aliança não se dedica ao comércio de equipamento militar e cada país-membro da OTAN decide sozinho essas questões.

Fonte: Voz da Rússia

14 Comentários

  1. Frescura grande, viu

    Entrega logo essa porra ou então devolvam o dinheiro e pagem a multa

    Até parece que duas embarcações dessa vai fazer diferença pra quem tem 2000 ogivas nucleares e mísseis Topol

    • Perfeito. Como qualquer negócio fica passível de ser defeito com a parte desistente arcando com a consequências. A OTAN podia correr a sacolinha para dar a França a grana para repassar a Russia, caso contrário apenas estão estimulando o estelionato.

  2. Rafa_Positron ( 21 de novembro de 2014 at 12:24 ),

    Há sim muita diferença…

    Com esses navios, a Russia ganha verdadeira projeção de força convencional a nível global… É a capacidade de desembarcar forças consideráveis em qualquer parte do globo ( além da considerável projeção de força humanitária ).

    Não se pode simplesmente utilizar armas nucleares pra tudo… Para efeito de dissuasão, elas servem principalmente para provar que qualquer ataque pode ser retaliado com uma força aniquiladora. Mas, na prática, não é uma arma para um primeiro ataque, posto que não há país no mundo hoje que poderia utilizar essas armas sem que incorresse em pesadas consequências…

    Já o poderio convencional pleno é algo bem mais palatável… E para a Russia, principalmente, significa poder intervir sem grandes riscos de retaliação, quando for necessário e em qualquer lugar, e em cenários de intensidade variada. Por exemplo, pode se dizer que esses dois Mistral poderiam ter dado uma mão enorme aos sírios, se os russos desejassem uma intervenção maior na Síria…

    • Desculpa ai RR mas vou concordar com o Rafa_positron, esses navios não irão tornar a Rússia mais perigosa do que já é, inclusive se a Rússia quiser projeta um navio igual ou até superior !

      O velho Porta-aviões Almirante Kuznetsov, impõe mais medo que esses navios Mistral ! podendo garantir a armada russa capacidade de atuação sem grandes riscos de retaliação !

      Haja vista que as grandes potência só agem contra os países fracos e sem capacidade de defesa !

      • Cesar Pereira,

        O Kuznetsov não faz o trabalho do Mistral, e vice-versa… São armas com propósitos distintos…

        O Mistral é um navio de assalto anfíbio, cujo propósito é proporcionar os meios para formar e consolidar uma cabeça de praia, que é uma capacidade fundamental para quem tem pretenções de projeção a nível global. Esses navios, portanto, tornam a Marinha Russa uma marinha com verdadeira capacidade expedicionária. E isso é sim um incremento substâncial ao poderio russo e as pretenções daquele país.

        O Kuznetsov é um porta-aviões STOBAR, e nunca foi pensado para operações anfíbias.

        Independente de contra quem se pretende agir, essa é uma capacidade que deve estar presente, se se pretende realmente operações anfíbias em real escala…

      • Cesar é diferente, navios de desembarque anfíbios como o Mistral cumprem tarefas que o porta aviões não pode realizar como por exemplo esses navios darão a Rússia a capacidade de colocar 40 veículos anfíbios BTR-80 e 1200 fuzileiros em terra rapidamente em qualquer lugar… O Kuznetsov pode garantir a segurança do espaço aéreo e projeção de poder por terra por meio de bombardeios mas não oferece essa capacidade… Os Mistrais com certeza aumentarão, e muito, o poder de dissuasão da Rússia.
        Sem contar as inúmeras funções secundárias que esses navios podem desempenhar como por exemplo transporte de carga, apoio hospitalar, apoio logístico para outros meios da esquadra, assalto aéreo e ataque por meios dos helis KA-52, etc…

    • Putz _RR_

      “Palatável”?

      Concordo com seus argumentos, apesar de não ver problema nenhum em ver a Rússia com (APENAS) dois LHD. Até porque estes meios tem limitações que devem ser cobertas por outras embarcações de escolta, que o país não tem em número adequado no momento para torná-los efetivos. Mas daí a alternativa tornar-se “palatável” foi um must…

      Espero que não tenha se ofendido, mesmo porque não foi minha intenção.

      Abs

      • RobertoCR,

        Sem problemas.

        Quis dizer no sentido de que o emprego desses navios, assim como outros meios convencionais, em ações ofensivas, seria mais tolerável frente a comunidade internacional que o emprego de armas nucleares… Mas creio que me expressei mal, de qualquer forma…

        No que diz respeito as escoltas, um desses navios ( com uns quinhentos fuzileiros a bordo ), escoltado por dois Udaloy e o Kuznetsov, já seria uma senhora força do mar, capaz de intervir com força em qualquer país que não fosse uma potencia organizada…

        Saudações!

    • Tenho certeza que o nosso amigo RR se referia ao cardápio francês servido a bordo do Mistral, com um sabor bem mais palatável que as gororobas russas !!! kkkkkkkk , brincadeira _RR_ !!!

  3. How to get rid of the “Mistral”?
    Paris chooses between the options “bad” and “worse”

    there are several scenarios

    Mistral “give Russia under contract

    Option absolutely scandalous: he is absolutely correct from a formal legal point of view, immaculate in terms of goodwill concern DCNS, which undertook to plow the great construction projects for the Russian Navy … and totally unacceptable politically. Primarily due to strong pressure on the US to Paris.

    But it would be nice. Maybe even too beautiful to happen.
    France – a special NATO country that is trying to be in the alliance “more equal than others” and everything to do with “self-reliant”. Conflict with America it is not the first time. However, the current political context is not just Paris will allow Washington to send back across the ocean, as it did half a century ago, President de Gaulle.
    In principle, Francois Hollande – a wholly-owned “lame duck” because of the extremely low popularity in France and confused policies. So he has nothing to lose – could take a chance and speak good quarterback western business custom, Holy Transaction.

    The problem is that you need to have let’s say, in the old dog, and while Hollande never showed himself a politician with a strong character. Perhaps this game would have played its predecessor, inspirational adventurer Sarkozy (who patronized the Russian contract “Mistral”). But really there is no other, and those far away.

    Mistral “hijacking Russian

    Oh, that would be splendid thriller, which was watched with bated breath the whole world! Direct inclusion, infographics, interactive maps with routing in real time, interviews bristling joy, the saliva experts … World media race produced an article entitled “10 things you can still steal the Russian right now.”
    Moscow with imperturbable countenance Bruce Willis says that money paid for the ship, and got it. “What did you do with the Mistral? – We took him away. “Paris, furtively sighing with relief, softly whining on one note “Save, depriving the latter of goodness” and happily subscribes to the next package of sanctions against Russia

    Pravda, vyshel by remeyk: v dekabre 1969 goda Izrail’, popav pod frantsuzskiye sanktsii, provernul tochno takuyu zhe operatsiyu, uspeshno ugnav iz Sherbura pyat’ stroivshikhsya tam raketnykh katerov.
    Возможно, вы имели в виду: тут несколько сценариевTrue, came to remake: in December 1969, Israel, came under French sanctions cranked exactly the same operation successfully hijacked from Cherbourg five missile boats to build there.

    The funny thing is that for all its cinematic this story could be a great way out of the situation for all parties: Russia would ship, and France, just turned away at the time of theft and get rid of headaches, could breathe and hypocritically complain about the decline of morals .

    The problem is that the “Mistral” two, and the second has only just launched. Gone two just does not work as well in order to re-crank such an operation a year later, we need the French side – fantastic bungling and the Russian – some astronomical stock audacity and simplicity of manners.
    Anyway, joke, repeated twice, is not funny.

    “Mistral” will give the French fleet

    One of those options is extremely instructive when France from his own pocket cover political ambitions of their leaders. No, do not say that it was quite indecent behavior for a great power. History is replete with examples of military orders confiscation of foreign states in favor of its own armed forces. Paris will be able to successfully portray high moral stance and get approval coalition colleagues pressure on Russia. But another question: from bedside to take any money?

    Next: Why the French fleet once the fourth and fifth “Mistral”, if they are just that, in 2013, already abandoned the fourth ship of the private construction (expensive and not necessary)?
    Of course, the ships are technically possible and steal (ie not pay a dime Russia). But it is that “technically”. Russia has on its territory a lot of French assets in the industry, which can be frozen and then confiscated in the security of payment. Already, French industrialists gnaw officials Elysee Palace intrigues around for legal transfer of ships of Russia. That begin after such forfeiture response, not even think it would be desirable, especially if the case has entered the French trade unions.

    Mistral sell any NATO country

    Amphibious assault ship – a very valuable combat unit in the framework adopted in NATO military doctrine, and at first glance, the ships could find a buyer. But in fact the vast majority of problems solved expeditionary forces available, primarily the US Navy has ten UDC, a large, powerful and expensive than the “Mistral” and their allies.

    Why they do not need France – we’ve already discussed, but for everyone else, “Mistral” Russian appearance will be even more alien element, alteration of which “by itself” will require major expenditure. Among the countries currently do not have such ships, and, therefore, potential buyers could be called Canada and Germany, however, and for them the problem of adaptation of foreign ships to its infrastructure will be no less acute, as well as the question of where borrow money for unplanned expenses? Military budgets in Canada and Germany, as the vast majority of its NATO allies, painted for many years, and find the required two billion euros (at least with regard to the price adjustment ships), is not easy.

    Finally, in this case, may emerge another funny problem on ships already assembled equipment, legally owned Russian, including a number of ship’s systems, including electrical wiring. In the case of a sale to a third party Russian ships may request the return of his property “in kind,” which means, in fact, need to cut metal ships – otherwise remove all assembled there during construction. Alternatives bit – tedious years of court or out of court a willful decision. The second option, perhaps worst of all, because it means the rejection of the legal settlement methods in principle. With unpredictable consequences.

    Mistral will sell to a third country outside NATO

    The issue of the Russian property can not be avoided in this case, but there is a chance to find a buyer in the normal relations with Moscow, which will be able to agree on the servicing of these ships, for them to buy Russian helicopters and install Russian weapons systems and avionics on already prepared place for them. Among the major countries, which could go to such a deal, you can call, say, Brazil, although the economic situation there is also not conducive to sudden expensive purchases.

    A variant of the double implication could be the sale of ships Argentina, in which case there would be money in Russia – in the form of a soft loan and to pay for the ships and their weapons with the service. At least in order to see the reaction of the UK – one of the main opponents of the sale of Russian ships. Given that London has recently announced its intention to block far more innocuous the sale of Argentina Swedish fighter Gripen-NG, the result may be curious. However, like trolling summit fraught with bad consequences, especially if the Royal Navy recalled his long-standing practice to neutralize potentially dangerous ships in the French port, for example, the operation “Catapult”. “We can not guarantee the security of ships to move to Argentina” – would say, probably, in this situation the press attache of the Admiralty. And thought to add: “And in Saint-Nazaire is also no guarantee, just in case.”

    Mistral surrender scrapped due to the French government

    It is obvious bad option implemented only if none of the previous fails. Price ships. Price forfeit. To scrap a few million will leave two ships with filling in the hundreds of millions, which is already useless. Undermining the reputation of the seller can do even more: the arms market in Paris directly competes with Moscow for the budgets of the third world countries, most of which had any problems with the West in the past, or have them now, or certainly will be in the future.

    Who are the lifelong presidents, kings, sheikhs and emirs, carefully watching what is happening in Europe, after that dares to mess with French suppliers – God knows. What problems arise from the French government no longer with the trade unions and their leaders with the same arms business, and appreciating its technological independence, and income from the arms trade – also known only to God.

    _ Ilya Kramnik _

  4. Os franceses podem estar aproveitando a oportunidade (e o pretexto) para propagandear seu produto pelo mundo afora.
    Se há tanta celeuma em torno da venda, todos dirão: “oh, nossa, se esse navio faz tanta diferença, então deve ser muito bom…”
    “se me restasse um único dólar, eu o investiria em propaganda…”
    É, os franceses parecem aprender depressa as lições do Tio Sam.

    • Bobagem, o que eles vão ganhar com isso é: “Um quer dizer que a França é capaz de rever contratos militares por pressão externa e conflitos entre terceiroos…Não confiáveis”

      A Índia que o diga.

      • Tolice, qualquer país do mundo pode estar sujeito a
        pressões, especialmente um país como a França, inserida no contexto do pacto europeu. Para isso existem multas contratuais. Qualquer negociador, por mais ingênuo, saberia disso. Importa saber quem está comprando e em que contexto.

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