Thales desenvolverá novo radar AESA

Ivan Plavetz

A Direction Générale de l’Armement (DGA), organização do governo francês responsável pela administração dos assuntos envolvendo desenvolvimento e aquisição de armamentos para as Forças Armadas do país, concedeu contrato plurianual para a Thales pesquisar tecnologias necessárias visando o desenvolvimento e produção de radares AESA (varredura eletrônica  ativa) de geração avançada.

Assinado nesta segunda-feira (29), o contrato está avaliado em US$ 112 milhões. Com duração de quatro anos, o programa envolverá uma centena de especialistas nos trabalhos de pesquisa. Entre os desenvolvimentos especificados pela Thales, estão incluídas tecnologias aplicadas aos processadores modulares, dispositivos de guerra eletrônica e equipamentos de comunicações.

RBE2-AA integrado aos Rafales que estão saindo atualmente das linhas de montagem da Dassault

A empresa informou que essas novas tecnologias deverão ser empregadas no avião de combate Dassault Rafale e nos futuros aviões de combate não tripulados (UCAV, conforme sigla em inglês). Afirma também que os novos radares AESA apresentarão gama de capacidades ampliada e operação mais discreta, referindo-se ao uso furtivo de seu funcionamento.

Atualmente os Rafale produzidos pela Dassault estão saindo das linhas de produção equipados com radares AESA Thales RBE2.

Fonte: Tecnologia & Defesa

 

6 Comentários

    • Certamente não será superior ao Irbis em alcance, mas o Irbis é uma PESA. O novo radar do Rafale poderá transmitir em um maior número de frequências simultaneamente, terá feixe de transmissão mais estreito e mais difícil de se detectar por sistemas Elint.
      Pelo que eu li essa nova AESA também terá a vantagem de poder ser usada para transmitir dados e atuar com funções de guerra eletrônica ao mesmo tempo em que executa outras funções.

      São basicamente tecnologias de gerações diferentes.

    • Também a capacidade das AESAs de transmitir em diversas frequências simultaneamente multiplica as dificuldades para os RWRs e ECMs inimigos. Ao invés de ter que interferir em uma frequência de cada vez, como no caso das PESAs, contra uma AESA o adversário terá que ser capaz de interferir em diversas frequência ao mesmo tempo, isso se conseguir identifica-las.

      Jamear uma AESA é praticamente o mesmo que jamear diversos radares ao mesmo tempo. Para praticamente todos os sistemas de defesa eletrônica que existem hoje isso é impossível de ser feito com eficiência.

    • Caro Leslei.

      Justamente pelo fato de chineses e russos estarem desenvolvendo AESAs extremamente difíceis de jamear os americanos investem tanto em aeronaves furtivas, pois caças stealth não precisarão jamear radares de ondas curtas na maior parte do tempo.

      Dizem que pela capacidade das AESAs poderem concentrar energia em uma determinada direção teriam uma vantagem anti-stealth, mas mesmo assim a vantagem contra ECMs é muito maior.

      Pelo menos nos EUA as AESAs APG-77, APG-63V3, APG-79 também tem dificuldade para localizar os F-22 em exercícios.

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