Um contingente de 7 mil efetivos, 250 viaturas blindadas e mais de 30 navios está participando em manobras de larga escala na costa russa do mar Negro e região de Krasnodar.
Deste modo, por encargo do presidente russo, Vladimir Putin, a partir de 28 março está sendo testada a preparação combativa das tropas estacionadas na circunscrição militar sul. Já na sexta-feira, o Comandante em Chefe chegou à região de Krasnodar para assistir in loco ao decurso das manobras.
Vale recordar que os exercícios militares decorrem na região onde, dentro de um ano, terão lugar os Jogos Olímpicos de Sochi, evento que, em termos de segurança, foi proclamado prioritário tanto para as Forças Armadas como para os órgãos competentes. No âmbito da inspeção corrente, os navios de guerra efetuaram manobras visando à defesa contra eventuais ataques no mar e no espaço aéreo. Mais de 20 vôos foram realizados por aviões militares. É evidente que tais iniciativas permitem revelar deficiências no sistema de comando das tropas, na sua mobilidade e na capacidade estratégicas, assinala a propósito o redator-chefe da revista Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria), Viktor Murakhovsky.
“Na região do mar Negro, estamos testando a prontidão e a coordenação entre as tropas de diversos ramos militares. Os exercícios estão envolvendo as tropas terrestres, bem como os grupos de desembarque aéreo e os navios militares. Foi por esta razão que se criaram novas circunscrições com respectivos comandos para submeter à prova as ações em situações de crise complicadas, incluindo eventuais casos de agressão.”
Neste contexto, as atuais manobras são, de fato, as segundas em larga escala realizadas nas Forças Armadas este ano. Em fevereiro, pela primeira vez nos últimos 20 anos, as tropas das circunscrições central e do sul foram colocadas em estado de alerta, prossegue o tema o diretor do Centro de Conjuntura Estratégica, Ivan Konovalov.
“Estamos na fase inicial das provas em que se pode verificar o estado das Forças Armadas nos últimos anos da reforma difícil. Desta maneira, será possível apreciar até que ponto se elevou o nível de preparação das tropas. A decisão de realizar tais exercícios constitui em si um sinal positivo.”
Nas manobras estão a tomar parte cerca de 7 mil efetivos. Segundo as normas internacionais, os exercícios com tal número de efetivos se isentam de notificações prévias obrigatórias, adianta Ivan Konovalov.
“Por um lado, a Rússia realiza os exercícios na região com a situação tradicionalmente complicada devido ao mar Negro, onde se articulam os interesses de vários países. Em segundo lugar, as manobras não estão viradas contra qualquer país. Por outro lado, esta é uma situação rotineira em que os nossos parceiros estrangeiros se manifestam apreensivos em relação ao fato de manobras. Isto não depende de região. Acontece que, em ocasiões como essa, seria impossível agir sem que fossem afetados os interesses de uma ou outra parte. Mas isto não põe em causa a necessidade de efetuar manobras.”
Na ótica de peritos, a realização dos exercícios militares como esses elevará ainda mais o nível de prontidão combativa das tropas, se tais eventos forem efetuados de forma regular.