Brasil deve aumentar seu poderio militar, diz americano

Richard Haass

CLAUDIA  ANTUNES / Rio

O Brasil deve aumentar seu poderio militar porque só soft power (poder brando) não basta, e uma maior capacidade brasileira em defesa abre a possibilidade de cooperação com os EUA. É o que sugere Richard Haass, que fez carreira na diplomacia americana, ocupando postos importantes em governos republicanos, e desde 2003 preside o Council on Foreign Relations, centro de estudos influente na política externa do seu país.

Ele falou à Folha após viagem de estudos de uma semana em que liderou uma delegação de 19 pessoas por Rio, São Paulo e Brasília, incluindo reuniões com a presidente Dilma Rousseff e o chanceler Antonio Patriota.

Abaixo, a íntegra da entrevista:

FOLHA – Em que essa viagem mudou ou não sua percepção do Brasil?
RICHARD HAASS
– Tenho vindo aqui há 15, 20 anos. É difícil não ficar impressionado com o sucesso econômico. O que realmente me impressionou é que parei de pensar no Brasil como um país em desenvolvimento; o vejo como um país maduro. Seus desafios econômicos e sociais me lembram os EUA: a infraestrutura obsoleta, a educação, o capital humano, o peso dos impostos e da estrutura regulatória.
Outra coisa é como é boa relação entre EUA e Brasil. Não significa que concordamos em tudo, mas o nível de conforto é alto.

FOLHA – O subsecretário de Estado William Burns descreveu o Brasil como uma “potência global emergente”. Usaria a mesma descrição?
HAASS
– A resposta curta é sim. A palavra emergente é difícil. Em alguma medida, o Brasil já chegou lá. Economicamente, o Brasil já é uma potência mundial. Diplomaticamente, tem assumido um papel maior. Militarmente, ainda é modesto, e tem que decidir que tipo de capacidade o país quer, que papel quer desempenhar.

FOLHA – Sobre o que foi a conversa com a Dilma, sobre a relação bilateral?
HAASS
– Foi bastante sobre isso, e também sobre a visão dela sobre a América. Como americano, achei alentador. Nos EUA temos um debate permanente sobre se estamos em declínio. É bom ter uma conversa com sua presidente em que ela se mostrou tão confiante e positiva sobre a capacidade de os EUA superarem seus problemas, nossa flexibilidade, nossa abertura, nossa criatividade, nossa tradição de inovação, a capacidade de adaptação. Às vezes em nossos debates internos esquecemos disso.

FOLHA – Dilma tem ressaltado a vontade de aprofundar o intercâmbio com os EUA em educação, inovação. Isso é suficiente para a relação? Toda a viagem de Burns girou em torno da decisão da Força Aérea de cancelar a licitação vencida pela Embraer.
HAASS
– Sempre haverá dificuldades sobre essa ou aquela decisão, mas fora do governo coisas como essas parecem pequenas, uma distração em relação ao quadro maior de uma relação cada vez maior entre dois países que enfrentam desafios comuns em suas economias, suas sociedades.

FOLHA – Aprofundar a parceria em defesa é importante para a relação bilateral?
HAASS
– Apoio uma relação maior entre os dois países no campo da defesa. Gosto da ideia de que o Brasil desenvolva maiores capacidades nessa área. Isso abre a possibilidade de que o Brasil e os EUA possam ter parcerias em desafios na Ásia, no Oriente Médio ou na América Latina. Não vamos concordar sempre, mas se o Brasil não tem essa capacidade e se nós não temos a cooperação, mesmo se concordarmos, não podemos fazer muito.
Gosto da ideia de o Brasil gradualmente desenvolver maior poder militar. Precisamos de parceiros. Não precisa ser um aliado, pode manter sua independência, mas ter uma uma colaboração seletiva quando vermos coisas do mesmo modo, e a defesa é parte disso.
As pessoas aqui gostam de falar de soft power, muito bem. Mas há épocas no mundo em que você precisa se voltar para o poder duro. Às vezes a economia e a diplomacia são suficientes, mas às vezes nenhuma das duas funciona, e você precisa usar a força militar. Nessas ocasiões, esperaria que houvesse ao menos a possibilidade de cooperação entre Brasil e EUA.

FOLHA – Uma pergunta que se faz aqui é se o Brasil pode ser uma potência mundial sem armas nucleares, como as potências atuais têm. Qual a sua opinião?
HAASS
– Um país pode ser um poder regional ou global sem armas nucleares. Pense no Japão, na Alemanha, na Turquia e na África do Sul. Em segundo lugar, ter armas nucleares não torna um país uma potência necessariamente. Veja o caso da Coreia do Norte e do Paquistão.
Finalmente, a maioria dos países que são potências e têm armas nucleares são potências por outras razões. Isso se aplica aos EUA, à China e a outros. O Brasil pode se tornar uma potência global sem armas nucleares. Não vejo nenhuma razão estratégica para que o Brasil as desenvolva. Não aumentaria a segurança do país, mas complicaria muitas de suas relações e drenaria recursos.

FOLHA – Por suas conversas aqui, considera que há consenso sobre o papel que o Brasil deve desempenhar no mundo?
HAASS
– Consenso é uma palavra muito forte. Acho que há um debate sobre as prioridades internas e internacionais. Não é surpreendente porque a ideia de o Brasil ser um ator global e não regional é relativamente nova.
Um exemplo: agora vocês têm a realidade desses grandes recursos petrolíferos na costa. Isso tem consequências, o Brasil vai ter que repensar como dar segurança a esses grandes investimentos.

FOLHA – Por que, apesar de ainda haver divergências entre os dois países sobre o Irã, a tensão não é a mesma de dois anos atrás?
HAASS
– Em parte é porque, quando a relação melhora, você aprende a discordar. Também acho que o critério de uma relação não é se você concorda todo o tempo, isso é impossível. Mas você faz com que as áreas em que você discorda não travem o caminho daquelas em que você coopera. Acho que há mais áreas de concordância na economia e na diplomacia. Na Síria há bastante concordância.
Muitos americanos no negócio, entre aspas, da política externa, não pensávamos no Brasil há 20 anos. Isso mudou e essa é uma da razões pelas quais o Council on Foreign Relations está no Brasil agora, porque é importante globalmente. A relação está se tornando mais ampla e profunda.

FOLHA – O sr. teme uma nova guerra no Oriente Médio antes do fim do ano?
HAASS
– É uma possibilidade. No caso do Irã, uma possibilidade real. Escrevi um artigo em que argumentei que, além de continuar pressionando com sanções, deveríamos oferecer uma proposta diplomática ampla. Não sei se o Irã vai aceitar, e se não aceitar, acho que as chances de um ataque por Israel, pelos EUA ou por outro país é uma possibilidade real. Claro que é passo arriscado e custoso, mas ninguém deve subestimar o custo de o Irã ter armas nucleares.

FOLHA – O Brasil consultou o secretário-geral da ONU sobre a legalidade de um ataque ao Irã. O sr. conversou sobre esses temas com o Patriota?
HAASS
– Um ataque às instalalações nucleares do Irã seria o se chama de ataque preventivo. É controvertido legalmente, diplomaticamente. A questão é se, apesar disso, dada a trajetória do Irã, dada a implicação potencial de uma bomba iraniana, ainda vale a pena fazer. Para mim a lei internacional não é preto e branco, tem muito cinza. Um líder israelense pode pensar que tem que pesar a lei, mas também a segurança de seu país. Os EUA têm que pensar em seu compromisso com Israel, sua oposição à proliferação nuclear, o preço e a oferta de petróleo, a criação de um precedente nas relações internacionais sobre o uso da força. Há toda uma gama de considerações, e não será uma decisão fácil para ninguém.

FOLHA – O Brasil deveria voltar a ser chamado para as negociações com o Irã?
HAASS
– Não vejo razão no momento. O Irã tem uma linha de comunicação clara com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). No momento o problema não é a falta de mediadores, mas a recusa do Irã em cumprir suas obrigações internacionais. Se o P5+1 (as cinco potências do Conselho de Segurança) e a ONU estiverem dispostos a pôr na mesa uma oferta razoável, que não seja para humillhar o Irã mas permita que o país tenha atividades limitadas nessa área, desde que coopere com os inspetores internacionais, não precisamos do Brasil ou de outro país nas negociações. Não queremos ter uma situação em que temos cinco mediadores e os iranianos escolham qual querem, e usam a situação para ganhar tempo. Isso não é uma crítica ao Brasil, acho que há clareza sobre o que é necessário e a verdadeira questão é se o Irã está disposto a compromissos.

FOLHA – A força-tarefa do CFR recomendou que os EUA apoiem a candidatura brasileira ao Conselho de Segurança da ONU. Isso lhe pareceu importante para os brasileiros?
HAASS
– O assunto aparece algumas vezes, mas não sempre. Para alguns é importante como um símbolo, para outros por causa da substância, porque o Brasil estaria numa posição de maior influência. Para outros não tem tanta importância.
Para ser honesto, eu tenho duas posições sobre isso. Eu acho que Brasil, Índia e Japão deveriam ter cadeiras permanentes no Conselho de Segurança, que não reflete mais a realidade geopolítica.
Por outro lado, por causa dos vetos e com mais países, a inação que às vezes existe hoje vai continuar. Não acho que se deve equiparar a ONU com multilateralismo. O Brasil não precisa ser membro do CS para ter um papel importante no mundo.

FOLHA – Os EUA anunciaram prioridade para o Pacífico, por causa da China. Como o Brasil se encaixa nisso?
HAASS
– Há um ajuste na política externa americana, de afastamento do Grande Oriente Médio e aproximação com a Ásia-Pacífico, onde acredito que muito do século 21 será traçado e decidido. Para os EUA fazerem isso, precisamos pôr a economia interna em ordem e ter parceiros para trabalhar conosco na região. O Brasil é um parceiro potencial. Também precisamos que este hemisfério permaneça estável. Parte da capacidade de nos envolvermos mais com a Ásia depende da estabilidade das Américas. Há poucas grandes potências na história com vizinhanças pacíficas e estáveis. Nós temos, em grande medida. É uma exceção extraordinária e um luxo em termos históricos. Mas é também algo que deve continuar a ser trabalhado pelo Brasil e os EUA. Para mim tudo isso reforça o argumento de que Brasil e EUA devem ter um diálogo estratégico.

FOLHA – Já se falou muito na perspectiva de uma rivalidade crescente entre Brasil e EUA. Acredito nisso?
HAASS
– De jeito nenhum. Brasil e EUA enfrentam desafios e oportunidades. De certa maneira, ou vamos ter sucesso juntos ou vamos fracassar juntos, seja no hemisfério ou além.

Fonte: Folha

36 Comentários

  1. Resumindo, vamos deixar tudo como está. Temos maiores preocupações com nossa produção na Ásia dos produtos desenhados na América. Brasil, por favor, não enche o saco 😛
    [ ]s

  2. Bastante coerente a entrevista. Resta saber a que ponto essa percepção está disseminada no Congresso Americano, além da presidência.
    “PENSO” que o caminho dos EUA, militar ou econômica, deveriam passar pelo Brasil. Pode demorar 10 ou 20 anos a mais para o Brasil atingir o status militar e de tecnologia que precisamos. Mas a principal diferença é que os EUA não poderão surfar no desenvolvimento do Brasil
    Eles tem todo o poder agora para decidir se querem estar juntos com o Brasil no futuro ou estar à margem. Óbvio: com Brasil ou sem Brasil os EUA serão sempre o maior coadjuvante econômico e militar. Mas com o Brasil tudo ficaria muito mais fácil. Principalmente economicamente.

  3. .
    .kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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    Brasil deve aumentar seu poderio militar
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    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    .
    O americano MITIROSOOOOOOOOOOOOOOOO
    .
    E voces acreditam
    .
    E PRA RRRRRIIIIII OU PRA CHORA
    .
    SE ESTE AMERICANO FALAR QUE O Brasil deve aumentar seu
    .
    poderio ((( POLITICO ))))) A SIM

  4. CONCORDO SE NÃO SOMOS ESQUERDA E NEM DIREITA,TEMOS QUE SER CENTRO PODENDO TER CERTA INCLINAÇÃO PARA ESQUERDA OU DIREITA,BRASIL E EUA TEM QUE PROCURAR ANDAR JUNTOS MAS A AROGANCIA dos deputados e senadores americanos pode atrapalhar bastante,o SUPER TUCANO É UM GRANDE EXEMPLO,como ter parceria militar com um pais que só quer vender,ser protagonista sem dar nenhuma chance,gostei da entrevista se todos os americanos pensasem assim as coisas seriam muito diferentes.

  5. Para “caminhar” junto com os EUA quer dizer na prática que teremos que levar no lombo o maximo de carga…pois deste modo a caminhada deles será mais rápida que a nosso.

    Exploradores, podem esquecer, se não temos $ sobrando não fazemos dividas assim como vocês, aprendemos após 500 anos de chicote e chacota…

  6. Também achei bastante coerente e em alguma medida o diretor do Council on Foreign Relations faz a defesa dos seus interesses, óbvio ele não é o diretor do “concelho de relações exteriores” seria um abuso querer ouvir dele defesas declaradas as ambições do Brasil.
    Entretanto no meu ponto de vista ele foi extremamente coerente do começo ao fim, apontando a realidade e fico com os seguintes dizeres:

    1 Soft Power é conversa pra boi dormir- Concordo plenamente, nota jóia só o instituto Rio Branco acha o contrário.
    2 O Brasil precisa aumentar a sua influência e poderio Militar- Concordo plenamnete, mas tem gente que acha que acabar coma fome de milhões é mais estratégico, quero ver o que farão quando e se o pau cantar e ficarmos sem nossas fontes, quero ver quem vai matar a fome de 200 milhões de famigerados, desalojados do seu país e sobre a influência de outras potências.
    3 Brasil e EUA tem um destino cruzado, só não concordo em um ponto, o sucesso de um não necessáriamente é o do outro, por vezes isto é verdade, mas nem sempre, entretanto, concordo plenamente quando diz que o fracasso de um , será inevitavelmente o do outro.
    4 São Preciso ações conjuntas e incremento das relações, especialmente em campos hoje negligenciados.
    5 Ao contrário do que a os batedores de pinico afirmavam, as relações e opiniões sobre o Irã são claras e estão na mesa, sem ônus ou despesas, EUA e Brasil tem caminhado juntos apesar das discordâncias, atropelos e sacanagens ocorridas.
    6 Por último, o Brasil precisa provar e deixar claro o que quer, para depois solicitar a cadeira na ONU, Estou plenamente de acordo, ele ainda tocou num ponto forte,
    O Mundo não precisa sindicalizar a ONU para que ela funcione, precisa é de compromissos e respeitos as regras preestabelecidas, até aqui eu concordo com ele, porém, lembro-lhe que quem mais tem ultrajado, rasgado, ignorado e sujado as regras da ONU, são justamente os 5
    A França na sua guerra genocida na áfrica e haiti.
    A inglaterra com as suas confabulações em todos os continentes e mais recentemente no derrespeito ao tratado de não exploração de petróleo nas Falklands/Malvinas.
    A Rússia na sua guerra de extermínio na Geórgia e chechenia.
    Os Eua nos históricos que vem desde a nicarágua até especialmente a 2ª do golfo sobre a proibição da ONU.
    A China pelos desmandes e masssacres no Tibet entre outros sufocamentos internos.

    Portanto, sou contra sindicalizar, mas até quando os 5 farão o que querem enquanto o mundo é obrigado a ter que pagar pelos crimes?????
    Sds
    E.M.Pinto

  7. Todo mundo sabe que o Brasil precisa aumentar o seu Poderio Militar,até uma criança na escola sabe disso.
    Parece que só o nosso Governo que não enxergou isso ainda!!!
    O dia em que invadirem o Brasil e tomarem as nossas riquezas do Pré-Sal e Amazônia,aí eu quero ver qual vai ser a desculpa!

  8. quando o reporte pergunta como um pais que quer ser potencia militar sem armas nucleares ,o gringo finge nao ser necessario telas ,famos fingir que acreditamos e continuar os nossos outros armamentos até ter capacidade militar para poder fazer sem ser ‘incomodado’.

  9. Bom, muito bom.
    Falou o que já sabíamos e muito discutíamos aqui.
    Como disse o E. M . Pinto, soft power é conversa prá boi dormir.
    Usando um outro jargão, diria que flores para mulheres são lindas, mas se não tiver o cacete armado, não vai avante.

  10. O Brasil não deve se inserir no mundo como potência para oferecer mais do mesmo. Devemos seguir como estamos, oferecendo um contraponto a essa politica de exploração pelo porrete. Devemos sim melhorar nosso potencial militar mas não para obter aprovação desse ou daquele país, e sim para nos defender-mos de potenciais agressões vindas das gangues planetarias que não aceitam um não ao recrutamento de países as fileiras de suas hostes e fazem deles seus inimigos potenciais, pela simples diferença de estratégias que possam lhes retirar o poder.

  11. Até os próprios ianks “sabem” q ñ temos FAs adequadamente equipadas, um tapa na cara;claro q existem os “culpados”.E nunca ajudar os ianks , +sempre os nossos interessa,se convergirem ,tubo bem.Tem até os q colocaram o BRASIL de joelhos ao assinar tratados q nos tiraram o direito de defnder-nos.Depois de lerem esa matéria, espero q o congresso e o executivo partam p uma cirrida armamentista p melhor equipar n FAs e p ontem..entenderam, p ontem.Trágico p se dizer o mínimo.Sds.

  12. Que bunitinhu Elezinhu quer que nos armemos para sermos policinhas e soldadinhos deles rsrs rsrs O caminho eminente dos EUA e Europa Ocidental é ralarem o Ku-Nas-Ostras e darem seus jeitos.Cada um carrega a sua Cruz meus caros porque no deserto não tem agua.Quando deixaremos de sermos capaxos deles e de eles pensarem que existimos para lhes servirem.

  13. Esse conceito de Hard Power e Soft Power já foi levantado pelo velho e bom Maquíavel,aonde ele diz que um Principe pode ser amado ou temido,eu prefito amado e nisso o Brasil tem uma situação impar,é querido desde do oriente ao ocidente,e nesse mundo globalizado aonde o que importa a uma nação vender seus produtos isso é um trunfo,mas tb temos que nos armar,e não ficarmos com demonstrações idiotas e infantis como a China fez com seus vizinhos,essa declaração americana ao meu ver é importante pois nos dá uma espécie de carta branca para aumentar nosso poderio militar,sem entrar em conflito com o TIO SAM e sua máquina de propaganda,agora cabe saber se eles vão ver com bons olhos se esse rearmamento brasileiro não for com seus produtos…kkkk.Eu espero sinceramente que o Brasil feche uma parceiria energetica com os E.U.A e baseie seu rearmamento na Europa,mas especificamente com a FRANÇA,ITÁLIA,REINO UNIDO E ALEMANHA,HOJE EU VEJO APENAS DUAS NAÇÕES A FRENTE DESSE PROCESSO,FRANÇA E ISRAEL.E uma vontade louca dos ingleses de fazerem parte dessa festa brasileira.

  14. Acredite quem quiser, mais sucatas para o Brasil. Já chegam as que compramos por vontade própria. Vejo neste clima pré-visita de Dilma uma tentativa de chacolhar as cadeiras. Os funcionários da embaixada já estão plantando crises para ver se expurgam oufragilizam o Amorim que, aparentemente, seria à favor do Rafale. Temos de diversificar as fontes de armamentos para termos uma chance de dissuação. Lembram do caso do RQ-170 jammeado por equipamento russo? Pois é, penso que precisamos desenvolver aqui a parte inteligente que gerenciam as plataformas de combate. De todos os estrangeiros precisamos acesso às ligas de blindagem, soldas especiais, técnicas de usinagem e modelagem. Precisamos atualizar a nossa engenharia no que diz respeito ao modo-de-produção. Devemos nos capacitar para criarmos os nossos Frankenstein.

  15. Ao contrário do que possa parecer este cara disse tudo!!
    O Brasil pode se armar: com aviões, navios, submarinos ( só diesel, nuclear para que ? ), pode também, se quiser economizar se armar com arco e fecha, que aliás é ecológico. AGORA ARMAS DE VERDADE COMO AS NUCLEARES : nem pensar. Americano bonzinho né???

  16. Um país rico, que é atualmente a sexta economia do mundo, tem que ter forças armadas compatível com tal situação e também uma diplomacia competente, forte e atuante. É tudo o que o brasil não tem.

  17. A Amazonia ja esta invadida. Invadida e carregada de armamentos para ser usados contra o Brasil. POde doer mas pode ser uma verdade. Say no more…

  18. ALEM DE EU ACHAR QUE DEVERIAMOS É AUMENTAR NOSSA POLITCA FORA DO PAÍS PRA PODER TER MAIS INFLUENCIA EM OUTRAS REGIÕES TUDO BEM, MAS ATÉ PRA ISSO TEMOS DE TER JUNTO O PODER DE DISSUASÃO, POIS QUEM TEM PODERIO MILITAR GRANDE, PODE TER CERTEZA QUE QUEM OS OUVE POLITICAMNETE PENSA ASSIM, ÔPA O GOVERNO BRASILEIRO TA FALANDO OUÇAM, POIS POR TRÁS DESSE GOVERNO TEM UM PODERIO BÉLICO TAMBEM FALANDO !

  19. No final, só RETORICA não resolve nossos problemas existenciais… essa de sermos bonzinhos e pregarmos o paz&amor só ouço aqui no blog e no maternal da minha filhinha… rsrsrsrsr… acordem… se armar não significa ser irresponsável e ganancioso… até para defendermos os frascos e comprimidos temos que demonstrar e TER força… o resto é bla bla bla de alienado consumidor de fantasias… se nos armarmos de acordo, a cadeira naturalmente sera nossa… só é convidado quem faz a diferença… quem não faz vai continuar olhando a parada da calçada…

  20. A Dilma vai ter de ouvir de extrangeiros sobre a precisão de aumentar a força militar brasileira pra agir, esta tendo progressos nesse lado mas é insuficiente e o brasileiro é facilmente enganável, assim proceguimos a uma invasão até do Paraguay.
    Só teremos de ter cuidado que os EUA vai nos querer ter como bucha de canhães.
    Quem vai ter ciumes é a rainha! rsrsrsrs

  21. Não falou nenhuma novidade. Mas falou.
    O fato desse assunto estar sendo comentado pelos yankees já é positivo. Sinal de que sabem o que queremos e querem “ajudar”(vender seus produtos) a gente. Tudo é dinheiro.

  22. existe algo muito grave na política brasileira de 1985 pra cá:
    o país praticamente “morreu” militarmente!
    não tem empresas fortes e consolidadas em todas as áreas estratégicas de armamentos!! saudosa ENGESA!!

    1 – não fabricamos caças a jato;
    2 – não fabricamos aviões treinadores avançados/ataque a jato;
    3 – não fabricamos NACIONALMENTE tanques de nenhum tipo;
    4 – não dominamos o básico de lançamento de foguetes espaciaís e nem a fabricação satélites avançados;(se não fosse à ajuda alemã!!);
    5 – não temos armas nucleares;
    6 – não fabricamos porta-aviões, destróyers ou cruzadores;
    7 – não fabricamos aviões de grande porte e com autonomia elevada;
    8 – não fabricamos mísseis/torpedos de real poder de fogo e superioridade ar-terra-mar;
    9 – não fabricamos mísseis balísticos/cruzeiros;
    10 – há décadas não fabricamos fragatas;
    11 – com muito custo saiu mais 1(UM) submarino convencional, o tikuna;
    12 – com muito custo fabricamos mais 1(corveta), a Barroso;
    13 – o que a indústria de defesa brasileira faz e desenvolve possui vários componentes de empresas multinacionais;
    14 – não fabricamos nenhum tipo de helicóptero, a Helibrás é apenas uma montadora; quem dirá helicopteros militares;
    15 – não fabricamos turbinas de aviões supersônicos e nem subsônicos, nem os motores turboélices dos A-29 são nacionais!

    o que fabricamos mesmo em termos de equipamentos de defesa:

    1 – mísseis de curto alcance ar-ar, ar-terra, terra-ar;
    2 – submarinos convencionais que perdem feio em combate direto com os nucleares ou até mesmo com outros subs convencionais mais avançados;
    3 – caças A-29 que servem apenas para ataque ao solo, caça helicópteros e vigilância de espaço aéreo que já esteja dominado, nem pensar em confrontos entre A-29xRafale, Thypon, F-18, Gripen, SU-35, etc.
    4 – não fabricamos aviões de reconhecimento e vigilância aérea de verdade, foi preciso comprar sucata modernizada sendo que a EMBRAER ofereceu a plataforma do 195!!! não tinha a autonomia de um P-3AM é claro, mas pelo menos é mais moderno, avião novo, mais rápido e fabricado no Brasil, ou seja, era equipamento “nacional”, pois vários componentes vem de fora;
    5 – jatos de pequeno porte para uso civil e militar, mas que possuem pouco alcance;
    6 – não domina e nem fabrica as tecnologias que equipam os aviões radares e de sensioriamento remoto na plataforma dos ERJ-145; e olha que o jato patrulha oceânico P-99 baseado na plataforma ERJ-145 foi oferecido à FAB para subistituir os Bandeirulha!!! mas…

    e olhem só somos a 6ª economia mundial, ou seja, dinheiro para transformar as forças armadas brasileiras em um poder dissuasório de respeito internacional TEM SIM!!!

    observo o caso da Rússia: é mais pobre que o Brasil em termos de PIB, mas tem um parque industrial militar semelhante ao dos EUA! e os russos compram armas e às centenas de unidades! eles praticamente são independentes em termos militares, possuem fábricas em todos os setores militarmente estratégicos dos mais poderosos caças de 4ªG ++ a porta-aviões, todo tipo de escoltas navais, todo tipo de submarinos, ampla variedade de mísseis, de vários tipos de emprego, armas nucleares poderosas, munição para qualquer equipamento, satélites, foguetes espaciais, enfim eles possuem um PIB menor que a do Brasil, mas sabem direcionar seus recursos e muito bem! tem planejamento e visão!!

    e quem acha que nós abafamos com os sistemas ASTROS, estudem a capacidade bélica dos sistemas de defesa anti-aérea e de saturação desenvolvidos e fabricados pela Rússia e que são considerados os melhores do mundo!

    já é comprovado que o único país do mundo a causar um grande estrago às forças armadas dos EUA, são justamente as forças Armadas da Rússia! o PAK-FA 50 superou muitas das qualidades de combate do F-22 americano, olhem só, eles já desenvolveram um avião de 5ª geração! apenas EUA,China e Rússia detém essa tecnologia furtiva e mortal para caças a jato supersônicos!

    E O BRASIL??? NADA!

    O que falta à Rússia é ampliar seu nº de porta-aviões e mais escoltas, já que o nº de submarinos, principalmente os nucleares eles já o possuem às dezenas!! e já preparam um programa para modernização destes e a construção de novas classes! sem mencionar os formidáveis helicópteros militares que eles produzem e que até O BRASIL comprou parcas 12 unidades de uma versão de ataque bem feroz do MI-35, já que vergonhosamente não produzimos nenhum!!

    achamos que produzimos algo, mas não é bem assim!!
    esperem uma guerra evolvendo o Brasil e veremos o resultado!

  23. Brasil deve aumentar seu poderio militar…
    .
    Por que ele não fala logo:
    “O Brasil precisa comprar nossos equipamentos militares”, com restrições de entrega, de uso, sem TOT nenhuma, entre outras.
    E como aliados “bucha de canhão”, ajuda-los a saquerar os campos de petrôleo de outros paises, e manter o resto da AL na linha.
    Agora, na hora de comprar alguns ST como ação prática (não oficial) de uma aliança extratégica, parceria ou seja lá qual o termo usado para cooperação entre os dois paises nessa área,…nada.
    Assim fica difícel, os caras só nos dão tapa na cara e chute nos gluteos e querem que acreditemos que nos amam e podemos ser felizes juntos.

  24. fuscão, constatastes o que venho mostrando a um bom tempo… desde que os militares entregaram o pais aos vendilhões nossas FA foram sucateadas e solapadas… alguem tem duvida de que os governos de 1985 para ca entregou o Brasil de bandeija para os internacionalistas?… esperem o REVANCHISMO aumentar daqui para frente…

  25. O Que ele disse não é mais que a verdade. Mesmo que os anti-americanos de plantão neguem, eles são nossos aliados sim. O que acontece é que ninguém passa tecnologia militar nem armas modernas Pra um pais que não leva sua segurança a serio. Se o Brasil passar a tratar essa questão de defesa como ela deve ser, aí sim podemos reinvidicar o mesmo tratamento que os outros aliados tem. O Brasil mostra cada vez mais interesse em se projetar globalmente e uma aliança com os americanos é imprescindível.

  26. Os americanos irão precisar do nosso petróleo… Para isso teremos que proteger o investimento “deles” em nosso pre-sal. Enfim, como disse o Nelori “dinheiro americano + tecnologia francesa”!

  27. pois é Blue Eyes, e tem gente que acha que “entende” de geopolítica e geoestratégia!!!

    o Brasil é um anão militar!
    eu sempre falo e continuarei defendendo esta tese:

    o Brasil deve parar com essa “política unificadora” “sulista” e ser independente militarmente, pois entre países não tem existe amizade e sim interesses!!
    a política externa do Brasil também deve ser forte e independente, sem se preocupar com “magoar” os sentimentos dos vizinhos!!!
    o que tem que ser dito deve ser falado claramente doa a quem doer! e devemos defender nossos interesses custe o que custar! não podemos deixar situações como as que aconteceram na Bolívia que praticamente tomou a força por via militar hein, uma refinaria da Petrobrás, do Paraguai que supitou pelo aumento do preço pago pela energia de Itaipu que eles não conseguem consumir e o Brasil compra o excedente sendo que quem construiu e pagou toda a usina fomos nós e ainda financiamos a parte do Paraguai, ou seja, olha a cara de pau deles e de nossos políticos: o Brasil construiu e pagou sua parte da usina, construiu e pagou a parte da usina do lado Paraguaio, eles nos devem dinheiro e ainda tiveram a arrogância de “EXIGIR” aumento dos valores pagos pela enegia que compramos deles, pois eles simplesmente não tem capacidade de usar tudo,do Equador que afrontou o Brasil com a declaração de moratória das suas dívidas para conosco, da Argentina que se acha a “super-potência” latina e vive impondo barreiras comerciais aos produtos fabricados no Brasil, do México que vive dando supitacos em se achar também uma “super-potência” latina e barrar via EUA as pretensões do Brasil em ascender vôos mais altos! já passou da ora da política brasileira se revolucionar! é preciso mudar o tom para com nossos vizinhos e mostrar quem é o maestro e quem dita o tom da música e quem corre o risco de sair dançando! ou então veremos uma 2ª guerra do Paraguai, 2ª guerra da “Cisplatina”, etc..

    olha eu sonhava em ser Presidente da República, mas vejo que não posso ser! se eu fosse teria mandado para a idade da pedra, pelas vias de fato: Bolívia, Paraguai, Argentina, México, Chile e Uruguai!!! meu pavio é curtíssimo para países desse tipo! sem mencionar que condenaria à morte todos os políticos que foram responsáveis pelos vexames e humilhações que nossa nação sofreu! eu os enquadraria em crime de traição ou lesa pátria! que aliás é a única situação da constituição de 1988 que prevê e autoriza à aplicação da pena capital!!!

  28. Resolvemos isso em dois tempos com 1/3 dos gastos: Armas nucleares + mísseis + submarinos. Com uns 15bi ou 20bi de reais, viramos potência de fato em uns 8 anos. Só falta é vergonha na cara e coragem. -> Soft power é o car*****!!!! Isso não serve para absolutamente nada!

  29. Nós somos uma daquelas famosas nações que ao longo da história “vivem à sombra do grande império”… A gente pode reclamar o quanto quiser, mas na verdade sem os EUA, apesar de suas mazelas, estaríamos bem mais à merce de outras forças…
    .
    Acho que o mais prudente é continuarmos alinhados aos EUA, do que ir contra eles… Não vejo benefício em uma disputa entre esses dois países, a colaboração é mais vantajosa a ambos…

  30. É evidente que o Brasil precisa ser uma potência militar.
    É evidente que será indispensável manter como aliado os
    Estados Unidos. Em parte concordo com o FUSCÃO. Chega de
    bancar o bonzinha com países como Bolívia, Equador, Uruguai e outros que querem tirar vantagem de nossa ingenuidade.

    Esperamos que esse governo passa a falar mais alto com
    ações no campo da defesa, do que com simples palavras e
    mais palavras.

  31. Para ser potência, o Brasil deve trilhar o próprio caminho, adotar uma postura independente em todos os sentidos, como fizeram os EUA, a URSS e a China. Se ficar nessa de cooperação com os os EUA será sempre planeta, e não estrela.

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