"Lazika": Veículo blindado de transporte de pessoal da Geórgia

VBTP – “Lazika”

Autor: konner

Plano Brasil

Dotado de blindagem modular com capacidade de ação em qualquer condição meteorológica de Dia/Noite, e segundo algumas fontes, pesando armado algo em torno de 14 T, possui um motor que lhe permite alcançar até 70 K/h com capacidade para transporte de oito infantes.

É o segundo veículo blindado  de combate produzido na Geógia  pelo Militar Scientific-Technical Center  – “Delta”, que é subordinado ao Ministério da Defesa da Geórgia, o primeiro foi o blindado leve “Didgori”, que veio ao conhecimento do público no desfile militar em 26 de maio de 2011.

Há quem afirme que o desenvolvimento deste projeto se deu sobre um veículo blindado de transporte  de pessoal  produzido pela antiga Yugoslav State Factories, veiculo este de concepção própria da antiga industria da Yugoslávia, nos tempos da União Soviética.

O fato se deu depois do final da Segunda Grande Guerra, na ocasião foi utilizado como base o chassis e a suspensão do carro de combate leve soviético T-70 no desenvolvimento de uma viatura blindada de transporte de pessoal que viria se chamar ou ser conhecida como M-60.

Veículo leve sobre lagartas para o transporte de infantes, sem capacidade anfíbia e armado com uma simples metralhadora 12.7mm.

25 Comentários

  1. lindo,taticamente fantastico, notem a torreta remota, muito parecida com nossa remax, desenvolvida pelo CTEX, (que infelismente não resistira ao lobby das importadas).

    será que se tivesemos investido no charrua, não teriamos hoje versões mais modernas no mesmo estagio que este ? será que não valeria mais a pena fazer como a georgia, e produzir localmente algo novo, ao inves de modernizar centenas de M113 ??

  2. .
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    “Veículo leve sobre lagartas para o transporte de infantes, sem capacidade anfíbia e armado com uma simples metralhadora 12.7mm.”
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    Muito provavelmente o culpado sou eu, mas, me refiro com estas palavras acima ao veiculo M-60, produzido pela antiga Yugoslav State Factories, que na ocasião foi utilizado como base o chassis e a suspensão do carro de combate leve soviético T-70.
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    Portanto, na afirmação do ultimo parágrafo, não me refiro ao veiculo em questão o — “Lazika”.
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    Saudações,
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    konner

  3. Prefiro o Guarani.Na minha opinião, a única coisa que vacilaram com ele foi a blindagem, muito leve.Mas já é melhor que ficar comprando dos outros.

    Duvido que vá resistir com o primeiro encontro com um BMP-3.
    E mesmo que sobreviva,não vai poder revidar.

  4. Bruno,
    Até os futuros MBTs terão blindagem suficiente apenas para resistir a tiros de canhões leves, se tanto.
    O futuro dos “tanques” e dos veículos de combate de modo geral aponta na direção de veículos leves, aerotransportados, não pesando mais que 30 t, e claro, dotados de blindagem leve.
    Os veículos deverão ser furtivos, com reduzida assinatura acústica, térmica e radar, com uma série de dispositivos de vigilância capazes de detectar ameaças, e dotados de defesa avançada, tanto “soft kill” (contra medidas) quanto “hard kill” (destruição física da ameaça), na forma de sistemas de proteção ativo ou mesmo de “blindagem inteligente”.
    Há projetos que lançam redes, placas, air bags, etc,na direção da ameaça e ela explode ou perde energia antes de atingir o veículo.
    Digo isso para justificar a blindagem relativamente reduzida do Guarani. O conceito de blindagem hoje é modular e blindagem adicional pode ser conectada à estrutura externa do veículo, incluindo blindagem reativa, gaiola, placas de blindagem espaçada, etc, e no futuro, até os sistemas de proteção ativo.
    Um abraço.

  5. Quanto ao Guarani “resistir a um primeiro encontro com um BMP-3”, se for a versão dotada de canhão de 30 mm, o mesmo tem alcance similar ao do canhão de 100 mm e ao de 30 mm do veículo russo.
    Seria mais uma questão de sorte do que de capacidade.
    Claro que na hipótese desse improvável duelo, fatores como treinamento, tática, apoio externo (consciência situacional, fusão de dados, NWC, etc), etc, contam.
    Esses fatores devem se somar a capacidade própria do veículo (sensores e armas) e teria vantagem o que conseguisse ver primeiro e atirar primeiro.
    A vantagem do BMP-3 só seria relevante se ele estivesse dotado de mísseis antitanques, mas não há nada que impeça que a versão com canhão de 30 mm do Guarani também não possa vir a ter os seus (Spike ?).

  6. Posto aqui o mesmo comentário feito para o veículo da BAE, noutro post
    http://planobrasil.com/2012/03/01/tanques-de-guerra-verdes-sao-testados-nos-eua/#comment-143380
    Achoq ue o mesmo serve para Viículos blindados de transporte de tropas.
    Para Mim esta é a cara dos futuros carros de combate, leves aerotransportados e dotados de muitos sistemas defensivos e ofensivos, Radares, mísseis, ECM e tudo mais. Os velhos dinossauros de 50 a 75 toneladas serão aposentados.
    A arma de cano de grosso calibre dará lugar a mísseis e munições Guiadas de maior precisão e com capacidade de planar para distâncias maiores.
    o Carro terá defesa ativa por armas e utilizará blindagem leve apenas para combates curtos.
    Em Suma, os caças da 2ª guerra eram motores com asas dotados de canhões, hoje são máquinas inteligentes dotadas de computadores e armas inteligentes, os carros de combate seguirão a mesma trilha, esta é a minha visão. Para mim é isto que se deve buscar.
    sds
    E.M.Pinto

  7. O esquecimento do”Charrua”foi uma das maiores bobagem de nossa industria.Tratava-se de veiculo de reconhecimento de baixo perfil dificultanto ser alvo facil.E hoje com novas tecnologia,seria completo.

  8. E.M.Pinto,
    Eu também não vejo muito futuro no canhão de grosso calibre dos MBTs.
    A combinação canhão de pequeno calibre (até 40 mm), metralhadora e mísseis é eficaz na maioria das situações.
    A grande vantagem do canhão é o custo de um projétil não guiado, eficaz até 4 km (no caso de seu usar munição cinética), e podendo variar o tipo de projétil em relação ao tipo de alvo e claro, ao maior poder destrutivo de cada tiro individualmente.
    Mas hoje já não é mais essencial ter um pesado canhão, com um grande recuo para fazer isso.
    Por exemplo, o tubo de um lançador de míssil TOW pode, em teria, ser carregado com uma série de tipos diferentes de mísseis. Desde mísseis guiados tradicionais até um foguete estabilizado por um sistema inercial, mais barato, contra alvos estáticos, em combates assimétricos até 2 km de distância ou mais.
    Também já se cogitou de usar o lançador do TOW para lançar um míssil de energia cinética.
    Soma-se a isso um carregador automático para os mísseis, um canhão de até 30 mm, uma metralhadora coaxial, uma torreta não tripulada e, voilà, tem-se o armamento do futuro para carros de combate.

    Fato é que hoje consegue-se um projétil propulsado por foguete, com dimensões e peso semelhante a de um projétil laçado por canhão + carga de projeção de um canhão, com alcance equivalente, custo equivalente, efeito sobre o alvo equivalente.
    O peso morto do canhão em si pode não ser mais necessário no futuro e ao invés, se ter um veículo mais leve, com igual poder de fogo.
    A sobrevida do canhão de grande calibre em MBTs e em carros de combate mais leves está assegurada ainda por mais um bom tempo devido a que ele está evoluindo (podendo até lançar projéteis guiados a 12 km de distância) e devido a inércia mental dos usuários, que são avessos a mudanças radicais, claro, com toda razão.
    Um abraço.

  9. Na invasão do Iraque todos vimos os americanos atacando a casa onde se encontrava o filho do Saddan usando mísseis TOW lançados de um lançador em um Humvee, à queima roupa.
    Um absurdo do ponto de vista custo x benefício.
    Tivesse um canhão e ele seria usado. Na verdade bastaria um CSR Carl Gustav.
    Mas serviu para ilustrar o quanto o míssil é uma arma pouco flexível. Se existisse um “míssil” de 152 mm compatível com o lançador TOW, usando basicamente os mesmos sistemas de laçamento e propulsão, mas “guiado” apenas por um sistema inercial para ser usado contra alvos estáticos, faria mais sentido que lançar mísseis TOW (4 km de alcance) contra um alvo estático a 200 metros de distância.
    A sorte é que o TOW é um míssil de baixo custo, com um sistema de orientação por linha de visada e que custa 4 a 5 x menos que um Javelin.
    Mas um hipotético TOW engessado para alvos estáticos, assimétricos, com uma ogiva de emprego geral, teria um custo ainda menor que o TOW tradicional (CLOS) e que não seria muito maior (se é que seria maior) que um projétil HESH de 105 mm.
    Um Humvee armado com um lançador TOW poderia levar 5 ou 6 mísseis guiados convencionais (alvos móveis, blindados, até 4,5 km, etc) e mais uns 5 ou 6 “mísseis” alternativos (alvos assimétricos/urbanos/bunkers, etc, fixos, até 2 km).

  10. E claro, além da maior flexibilidade do canhão, ele ainda tem a vantagem de ainda ser insubstituível na função de perfurar as pesadas blindagens compostas dos atuais MBTs, com seus projéteis cinéticos numa distância de até 2 a 3 km.
    Mas claro, essa “exclusividade” está sendo seriamente ameaçada pelo míssil já há algum tempo.

  11. ******
    Bosco
    ***
    Então tu não ve muito futuro em canhães de grosso calibres, acho que tu esta com muita fé na vida meu irmão!
    Mas quanto a viaturas de transportes sim concordo contigo.

  12. Adriano,
    Na década de 90 havia grande expectativa quanto ao surgimento de novos canhões para os MBTs, que fossem mais potentes (força cinética medida em kJ, ou quilojoules) e capazes de romper a moderna blindagem pesada dos moderno MBT a partir de distâncias maiores (tal energia era tida como sendo em torno de 20 kJ).
    Os estrategistas e engenheiros pensavam desde em aumentar o calibre do canhão (140mm, 152 mm, etc), até em tecnologias inovadoras (ETC, canhão eletromagnético, etc).
    Esses estudos ainda persistem, mas o ritmos diminuiu tendo em vista uma mudança de paradigma que ocorreu em relação à blindagem e a como entende-se hoje ser o melhor meio de proteção de um veículo de combate.
    A blindagem dos “tanques” não está crescendo como se imaginava. Pelo contrário, tende a diminuir, como disse acima.
    A sobrevivência do tanque não depende hoje somente do binômio blindagem/mobilidade.
    Neste contexto, não se precisa mais de canhões com cada vez maior energia cinética para romper blindagens cada vez mais pesadas.
    Está longe o dia em que os canhões pesados, de grosso calibre, serão abolidos dos carros de combate (MBT), mas não tenho dúvida que esse dia chegará num futuro a médio prazo.
    Talvez poderemos ter um canhão EM de porte médio (num futuro bem mais distante), associado a um lançador de míssil, um canhão convencional e um metralhadora
    (O conceito do BMP-3 é interessante e poderia ser aproveitado, ficando o canhão convencional de pequeno calibre conectado ao cano do canhão EM, em paralelo).
    Também pode ser que volte o velho conceito usado no veículo Sheridan dos anos 70, que lançava o projétil/míssil Shilelagh, guiado.
    O canhão lançador do Shilelagh era de baixa velocidade/recuo, e lançava vários projéteis, inclusive o projétil guiado Shilelagh.
    O conceito era inovador para a época, mas hoje poderia ressurgir na forma de um “canhão” de baixa velocidade capaz de lançar projéteis guiados autopropulsados de diversos tipos, desde os autoguiados e os de alta velocidade (energia cinética) até os dotados apenas de sistemas de correção de orientação inercial para correção da trajetória reta, usado contra alvos fixos, para reduzir os custos.
    Um abraço.

  13. Quem defendeu o Guarani frente os carros sobre lagartas, esquecem da nossa própria experiência há pouco tempo, quando da invasão dos morros no Rio de Janeiro: sem os M113 a situação teria ficado complicada, já que as barras de ferro fincadas no meio do caminho dificultavam a entrada de carros sobre rodas. Percebe-se então que os veículos sobre rodas possuem limitações, não só a citada acima.

  14. COMO É UM VEÍCULO LEVE, É O SUFICIENTE MESMO PARA LEVAR A INFANTARIA, MESMO SENDO UM VEÍCULO MAIS SIMPLES PELO JEITO É MUITO BOM PARA ISSO… DESDE QUE NÃO CAIA EM UMA ÁREA CAREGADA DE MINAS TERRESTRES, FUZIS 7.62 OU BAZOOCAS DÁ PRA LEVAR A TCHURMA DENTRO !

  15. Bosco,
    Legal sua opinião, mas a minha é que não vejo a substituição do canhão, pra mim surgirá novas munições guiadas como foi citado, aumentando o alcance, logo talvez quem use 120mm volte pro 105mm.
    Concordo com o mix lançador de míssil e canhão e a metranca que não pode faltar.
    Talvez, talvez como surgimento do canhão EM faça o calibre diminuir, mas não tem como sabermos pois não trampamos nas pesquisas dessa tecnologia para prever algo.
    Ahh quanto a blindagem eu concordo, tende a ficar mais leve a cada modelo de MBT, mesmo porque na guerra convencional um MBT sem proteção aérea é um baita alvo.

  16. Bosco,

    O futuro pode até ser da forma que você descreveu,mas o Guarani já não cumpre os requisitos que você mencionou ( baixas assinaturas, sistemas ativos de defesa…), o que seria interessante, já que as entregas vão se estender pelo próximos vinte anos.Por isso acho que a blindagem deveria resistir à calibres um pouco maiores. Quanto ao encontro com um BMP-3, eu me expressei mal.Falava sobre um possível encontro entre o Lazika e o BMP, não o Guarani.

  17. Galileu,
    A maior vantagem do canhão de grosso calibre para um MBT é a flexibilidade (vários tipos de projéteis) aliada ao baixo custo da munição (não guiada) e à grande precisão.
    Sem um sistema de correção do curso, um foguete não tem como se igualar a um projétil lançado por canhão em relação à precisão e não teria como fazê-lo acertar um alvo do tamanho de um carro de combate ou mesmo de uma pequena casa nem a 500 metros, muito mais a 2000 ou 4000 metros.
    Já um canhão combinado a uma mira eficaz consegue fazer o “serviço” facilmente, usando munição barata e não guiada.
    Mas essa característica singular do canhão tem ônus.
    Um deles é o custo do próprio canhão, que no caso do uso de mísseis é muito menor. Outro é o peso do canhão como um todo (tubo, culatra, carregador, etc). Também há de se notar o grande recuo, que exige carros com massa compatível.
    Hoje, já é possível desenvolver projéteis autopropelidos (foguetes) com sistemas de orientação de baixo custo (por exemplo, um sistema inercial para correção da trajetória que sofre influência do vento, da inconstância da queima do propelente, etc) e até com orientação por laser semiativo, a um custo que rivaliza com projéteis não guiados lançados por canhões.
    Por exemplo, um veículo de combate leve armado com um lançador duplo de Javelin Block I ou de Spike LR (mais 8 de recarga), e ainda com um lançador de 19 tubos do APKWS de 70 mm, mais um canhão de 30 mm e uma metralhadora 7,62 mm, e pra quê um canhão de grosso calibre?
    Claro que estão sendo desenvolvidos projéteis guiados de canhão com alcance BLOS de mais de 12 km, mas só agora isto está ocorrendo, sem falar que os mísseis também conseguem ter esse alcance.
    A modularidade e versatilidade do conceito é grande e o mesmo veículo poderia ser armado com mísseis antiaéreos ou mísseis de dupla função e alguns ainda poderiam ter sensores apropriados para a defesa antiáerea, como um radar de vigilância. Tal conceito decretaria o fim do veículo antiaéreo dedicado, e deixaria o inimigo aturdido já que todos são capazes de se defender tanto de ameaças terrestres, as mais diversas, quanto aéreas.
    Só de curiosidade, na 1ª Guerra do Golfo o M-2/M-3 destruiu mais tanques que o M-1, e o M-6 de defesa antiaérea, nada mais era que um M-3 armado com o Stinger.
    Também o maior inimigo do carro de combate hoje quem é? O helicóptero. E helicóptero não tem canhão de grosso calibre.
    Não há dificuldade em que um carro de combate tenha a modularidade e as armas de um helicóptero de ataque.
    Um único veículo teria várias configurações.
    Mas claro que os projetistas de canhões de carros de combate não irão se dar por vencidos tão facilmente e o loby para mantê-lo é muito forte.
    Sem falar que o próprio canhão está se tornando um lançador de mísseis (sup-sup e sup-ar).
    Lembro como foi complicado trocar o velho capacete de aço M1 do USA pelo de material composto (PASGT) já que o até sopa eles faziam no capacete.
    Mas o preço a se pagar em termos de mobilidade estratégica é alto e com os veículos se tornando cada vez mais leves e furtivos, creio que o canhão perderá força no futuro.
    Vamos ver no que vai dar.
    Um abraço.

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