Dilma se aproxima da Argentina na política externa, dizem especialistas

O primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff foi marcado por uma aproximação com a Argentina no âmbito da política externa, segundo especialistas consultados pela ANSA.

“Sem ter havido incidentes e crises, foi um ano bastante tranquilo, que se caracterizou pelo fortalecimento e convergência de interesses regionais”, afirmou o professor da Unesp e coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI) Luis Fernando Ayerbe, destacando que “a Argentina foi o país com o qual o Brasil estabeleceu mais aproximação”.

Para o professor de Economia e Política Internacional da Universidade Mackenzie Arnaldo Cardoso, isso faz parte de uma agenda pragmática, com fortes interesses econômicos, sobretudo devido à crise que afeta o Hemisfério Norte.

“A Argentina, depois de uma longa crise econômica e política no começo da década passada, vem ressurgindo com a economia crescida e com um quadro de estabilidade política, especialmente com a reeleição de Cristina Kirchner”, explicou Cardoso, relembrando que a primeira viagem internacional de Dilma foi para o país vizinho.

De acordo com o especialista, a petista vem “mantendo uma relação mais próxima, mais intensa com a Argentina, tentando resolver pontualmente problemas de natureza comercial”, como algumas práticas protecionistas, e incentivando a chamada “integração produtiva”.

“Quando eu falo de integração produtiva, estou falando da expansão do investimento direto brasileiro em países da América do Sul, especialmente na Argentina. Então nós temos grandes empresas brasileiras expandindo seus negócios para a Argentina, mas não através de exportações, e sim, de transferência de unidades produtivas”, explicou Cardoso.

Para ele, “se a presidente Dilma conseguir avançar nessa direção, será a grande marca do seu governo. E nesse primeiro ano ela tem conseguido dar passos importantes”.

Os especialistas também afirmam que a aproximação com a Argentina ocorreu, em partes, pelo enfraquecimento de governos de esquerda na América Latina.

Segundo Luis Fernando Ayerbe, enquanto as relações brasileiras com Venezuela, Bolívia e Equador não apresentaram mudanças significativas, a chegada de Juan Manuel Santos à Presidência da Colômbia proporcionou uma maior aproximação com o governo de Bogotá, considerado de direita e que já passou por momentos de tensões com Caracas e Quito.

“Há um maior diálogo e um respeito pelas diferenças”, disse o coordenador do IEEI. De acordo com ele, “os tempos mudaram”, com um “menor ativismo da Venezuela”, até por conta do câncer diagnosticado no presidente Hugo Chávez, e com Cuba “procurando estabelecer medidas de abertura”.

Essa nova fase, porém, não significa uma “ruptura” com o governo Lula, na opinião dos especialistas.

“No governo Lula, parece que faltava uma estratégia. Nós tivemos múltiplas ações em diferentes dimensões sem que a gente conseguisse identificar uma estratégia. No governo Dilma Rousseff, as coisas estão mais claras, até por conta de um maior pragmatismo na construção da agenda de política externa”, disse Cardoso.

“Não dá para dizer que a posição de Dilma mudou (em comparação a Lula). Ficou claro que mudou em relação ao Irã, mas em relação à América Latina não houve nada que demonstrasse uma mudança”, acrescentou Ayerbe.

O primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff foi marcado por uma aproximação com a Argentina no âmbito da política externa, segundo especialistas consultados pela ANSA.

“Sem ter havido incidentes e crises, foi um ano bastante tranquilo, que se caracterizou pelo fortalecimento e convergência de interesses regionais”, afirmou o professor da Unesp e coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI) Luis Fernando Ayerbe, destacando que “a Argentina foi o país com o qual o Brasil estabeleceu mais aproximação”.

Para o professor de Economia e Política Internacional da Universidade Mackenzie Arnaldo Cardoso, isso faz parte de uma agenda pragmática, com fortes interesses econômicos, sobretudo devido à crise que afeta o Hemisfério Norte.

“A Argentina, depois de uma longa crise econômica e política no começo da década passada, vem ressurgindo com a economia crescida e com um quadro de estabilidade política, especialmente com a reeleição de Cristina Kirchner”, explicou Cardoso, relembrando que a primeira viagem internacional de Dilma foi para o país vizinho.

De acordo com o especialista, a petista vem “mantendo uma relação mais próxima, mais intensa com a Argentina, tentando resolver pontualmente problemas de natureza comercial”, como algumas práticas protecionistas, e incentivando a chamada “integração produtiva”.

“Quando eu falo de integração produtiva, estou falando da expansão do investimento direto brasileiro em países da América do Sul, especialmente na Argentina. Então nós temos grandes empresas brasileiras expandindo seus negócios para a Argentina, mas não através de exportações, e sim, de transferência de unidades produtivas”, explicou Cardoso.

Para ele, “se a presidente Dilma conseguir avançar nessa direção, será a grande marca do seu governo. E nesse primeiro ano ela tem conseguido dar passos importantes”.

Os especialistas também afirmam que a aproximação com a Argentina ocorreu, em partes, pelo enfraquecimento de governos de esquerda na América Latina.

Segundo Luis Fernando Ayerbe, enquanto as relações brasileiras com Venezuela, Bolívia e Equador não apresentaram mudanças significativas, a chegada de Juan Manuel Santos à Presidência da Colômbia proporcionou uma maior aproximação com o governo de Bogotá, considerado de direita e que já passou por momentos de tensões com Caracas e Quito.

“Há um maior diálogo e um respeito pelas diferenças”, disse o coordenador do IEEI. De acordo com ele, “os tempos mudaram”, com um “menor ativismo da Venezuela”, até por conta do câncer diagnosticado no presidente Hugo Chávez, e com Cuba “procurando estabelecer medidas de abertura”.

Essa nova fase, porém, não significa uma “ruptura” com o governo Lula, na opinião dos especialistas.

“No governo Lula, parece que faltava uma estratégia. Nós tivemos múltiplas ações em diferentes dimensões sem que a gente conseguisse identificar uma estratégia. No governo Dilma Rousseff, as coisas estão mais claras, até por conta de um maior pragmatismo na construção da agenda de política externa”, disse Cardoso.

“Não dá para dizer que a posição de Dilma mudou (em comparação a Lula). Ficou claro que mudou em relação ao Irã, mas em relação à América Latina não houve nada que demonstrasse uma mudança”, acrescentou Ayerbe.

Fonte: americaeconomia

21 Comentários

  1. Off topic: não to conseguindo ver a reportagem anterior, será algum bug aqui no meu pc ou se trata de um problema no artigo? Alguém mais ta tendo o mesmo problema que eu?

  2. É de extrema importância nos aproximarmos não só da Argentina, mas de todos os nossos vizinhos e interligarmos e nos integrar a suas cadeias produtivas, isso valoriza nossas empresas e também reduz a importância do comércio com outras regiões. É muito mais fácil fazermos comércio aqui dentro do que lá fora, aqui ta debaixo do nosso nariz sobre nossa tutela e nossos interesses são mais fortes e mais bem atendidos. Sempre tendo em vista relações que sejam vantajosas para ambos para fortalecermos a AL como um todo e aumentarmos nossa influência e poder na região. Mas pra isso tem que ter disuasão para poder se impor e manter o respeito. Não quer dizer que temos que sair intervindo em tudo quanto é país, mas se preciso for, estaremos pronto para o que for necessário. Além do que a área de comercio militar é extremamente lucrativa e movimenta muito dinheiro, se tivermos produtos de qualidade e com preços competitivos, serão vendas obvias e fáceis, gerando divisas e reduzindo a influência e produtos militares de outros países, ao equiparmos os nossos vizinhos garantimos que não serão usados contra nós(afinal nos o conhecemos como ninguém, nos os projetamos, e basta um chipzinho pra inutiliza-lo) conseguindo de vez a supremacia militar inquestionável nos tornando de uma vez por todas a potência da região e também nos deixa mais um passo próximo do CS.

  3. Ministro de defsa Puricelli foi o principal gestor do acordo que levou a Argentina participar do projeto EMBRAER KC-390 .
    .
    “”Puricelli gestiona para que a Argentina participe do projeto da VBTP-MR Guarani, uma versão 8×8 a ser desenvolvida.

  4. Ta, e bom termos muitos negocios com nossos vizinhos, mas sao estes mesmos viinhos que teem nos “ferrado” mais nos ultimos tempos.

    Os caras se acham no direito de simplesmente nao cumprirem os acordos firmados. vide Paraguai, Bolivia, Venezuele, etc todos nos deram cano nos ultimos nos, leia-se governo PT.

    E o que fizenmos? NADA.

  5. Isso mesmo temos que nos unir crescer por igual!! Mia alguém deve aparecer aqui dizendo que ha Argentina vai atacar o Brasil que não temos que confiar neles.
    Tem gente que confunde futebol com politica!!!!

  6. desejo a todos do PB feliz ano novo que 2012 seja cheio se noticias boas para nosso pais,más pinto por favor nós que lemos sempre o PB vocé com seus produtores do saite não poderiam deixar a tela um pouco melhor para a leitrura más opaca quem sabe assim melhorará mais para os leitores,bem minha opinião o que dizem sr. sds

  7. A UNIÃO faz a força,e a argentina é um pais com muitas perpectivas ,é só encarar as coisas com seriedade,esquerda comunista só deu serto até agora na china,mas mesmo assimtem que perguntar aos chineses se estão felizes,acredito num governo de centro mas flexivel temperado nem muito aqui e nem muito lá e nem muito no centro mas como disse flexivel,a hora é agora e a mentalidade sul americana tem que enchergar que a nião faz a força não digo uma mesma moéda mas mais flexibilidade nos negocios e no bem comum procurando enterar as diferenças e procurar o bem comum um facilitando a vida do outro abrindo as fronteiras da fratenidade,feliz ano novo a toda a AMERICA DO SUL.

  8. Uma pequena ressalva sem soar um traira, ja que tem tanta gente confiando na politica Argentina, que por sinal esta equivocada.. E sempre bom nao se abrir muito porque os trairas nisso tudo sao os Argentinos. Se eles estivessen com a bola toda, sua arrogancia estaria em evidencia, e nao seria da aceitacao deles se aproximarem de ninguen, muito menos o Brasil. Para os mais velhos e que tem estudado as relacoes entre os dois paises sabem muito bem que a Argentina praticamente nao olhava a America do Sul como parceiro. Se vian mais no vieis Europeu do que AS. Hoje mesmo podem se tornar uma arapuca, ja que eles se alinham muito proximo aos Bolivarianos de Chavez, e so nao ve quem nao quer:invasao de TVs, controle de jornais, e hoje ainda mais com controle total sobre a materia prima que nesse caso e papel jornal. Nao se iludam muito Gafanhotos, porque a Argentina tem muita inveja e se nao sabem, agora ja ficam sabendo que na cultura Argentina Brasileiro=Macaco. Uma visita de pelo ao menos 20 dias e recomendado aos Gafanhotos com muito amor Portenho e sentirao na pele o que sao eles.

    Gustavo G..volte ao tempo e veras que a Argentina nunca foi muita amiga do Brasil; momentos atuais nao o elevam a nenhum patamar melhor. ELES tem muito a aprender. AGORA querem alinhar coma AS, mas nunca foi o caso. Volte a politica Argentina durante a 2da Guerra pelo ao menos.

  9. Qual foi o primeiro pais que a Dilma visitou?E o segundo pais que ela visitou?China o maior parceiro comercial do Brasil e Argentina o maior parceiro regional do Brasil.So que entusiastas de plant~]ao VIAJAM NA MAIONESE e ja interpretam como se tivessemos pactos de aliados militares com eles rsrs rsrs A mesma coisa ,F18,F35,Mickey Mouse e o Popeye.Brasileiros não so se fantasiam no carnaval e sim o tempo todo rsrs rsrs

  10. Não nos esqueçamos que eles os Argentinos sempre cheiraram os sacos dos Yankees que sempre os fomentaram contra nós e eles sempre lhes foram prestativos colaboradores se informando conosco e repassando pra eles.Coisa que não são divulgadas né.

  11. Vejam o descaso do governo (não somente estes… todos os anteriores, em todos os niveis administrativo) com o consumidor e com as vias publicas… http://carros.ig.com.br/noticias/dez+noticias+que+queremos+ouvir+em+2012/4077.html … somos motivos de chacota até no exterior… os serviços revertidos pelos nossos escalabrosos impostos são uma, com o perdão da palavra, uma MERDA… até qndo aguentaremos isso?… como diria o poeta: “vida de gado… povo marcado… povo feliz”…

  12. Argentina nunca foi parceiro de verdade, pensa somente em si e não vai perder a primeira oportunidade de se aproveitar de alguma forma. É fumo e perda de tempo, não é confiavel e basta uma restropectiva para ver que como parceiro comercial é parceria unilateral. O Brasil possui prioridaes mais urgenes.

  13. No século 19, a Argentina, depois dos ditadores Rosas, Artigas, teve excelentes governantes, que criaram a infraestrutura do país, principalmente educação.
    Com as exportações de carne de primeirissima qualidade em alta, o país se tornou, na década de 30, do seculo 20, a 8a. economia do mundo.
    Buenos Aires era uma das grandes e badaladas cidades do mundo.

    Sua grandeza ainda se vê.
    *****
    Entretanto, o caudilhismo chegou.
    Peron gastou a economia toda, nada deixou de herança real para a Argentina, salvo o “peronismo”, que agora tem outro pseudonimo – kirchnerismo.
    *****
    Vive-se então, desde fins da 2a. guerra mundial, das riquezas e glórias passadas.
    *****
    Mas a Argentina tem infraestrutura – baqueada,mas tem – estrutura, ferrovias, terras agricultáveis e ferteis.
    *****
    Portanto, fazer a Argentina grande outra vez é interessante para nós. Manter a Argentina perto de nós é melhor ainda.
    *****
    Só não podemos esquecer que eles têm o ego muito maior do que realmente são hoje em dia.
    E ainda acreditam no peronismo ou na sua versão moderna.

  14. Não podemos ignorar a argentina eqto mercado disponivel aos nossos produtos, o que importa nisso tudo é que continuemos como estamos ou seja, mantendo-se sempre sete vezes mais poderosos economicamente que a argentina, nessa condiçao ela sempre nos respeitará!

  15. Não concordo com esta aproximação, mas posso entendê-la… Acredito que a ideia seja evitar o avanço chinês, e russo, sobre nossa área de influência, ou pelo menos o que deveria ser nossa área de influência, e, ao mesmo tempo, desfazer a figura de “Brasil colonizador”, reforçando a figura de “Brasil parceiro”. Pessoalmente acredito ser “malhar em ferro frio”, mas isso já foge da minha área de interesse. []´s

  16. o que acontece a argentina na segunda guerra tramou do lado dos alemaes mas o brasil tambem nao fez nada quando a argentina arranjou com a inglaterra hoje os governos sao outros. o brasil ajudou a operaçao condor na america latina se for assim nenhum pais tinha que confiar na gente tambem como disse hoje os governos estao alinhados e para nos latinos isso a unasul e melhor existir do que nao o povo argentino e igual ao povo brasileiro a elite argentina como a elite brasileira que sao caboclos querendo ser ingleses

  17. A consolidação do Brasil como potência, depende seguramente do modelo de relação que pretende adotar e compartilhar com os seus vizinhos sul-americanos. Quanto maior e melhor for o seu empenho nesse sentido, maiores e melhores serão as suas chances de exercer uma liderança “soft” não só no continente, mas no contexto global.

    O GF sabe disso e está colocando em prática uma acertada estratégia política que para muitos pode soar como indevida, mas que no médio a longo prazo fortalecerão as relações democráticas e as políticas governamentais no nosso continente. O Brasil é sem dúvida o maior beneficiado nesse cenário, pois tem diversos e macro interesses em jogo e é melhor tá cercado de parceiros do que de adversários ou inimigos.

  18. Acordem a Argentina é nossa vizinha e parceira comercial, se ela não for bem nos negócios acaba respingando em nós tbm, go go go Brasil vamos retomar o espaço que é nosso por direito, precisamos nos preparar o ataque esta próximo, se a America do Sul estiver unida dificilmente alguém se aventuraria mesmos os yankes pensarão 2x, pois os prejuízos seriam muitos e a falência inevitável numa economia que já agoniza.

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