Empresas portuguesas fabricarão peças do cargueiro KC-390

Cargueiro militar KC-390

A Embraer assinou nesta quarta-feira vários acordos com as empresas portuguesas Indústria Aeronáutica de Portugal (OGMA) e com a Empresa de Engenharia Aeronáutica (EEA) para que estas desenvolvam e fabriquem os componentes do cargueiro militar KC-390.

A EEA será responsável pelo desenvolvimento do projeto de engenharia e do reabastecedor de combustível do KC-390 e a fabricação das peças ficará a cargo da OGMA, empresa cujos ativos pertencem ao Governo português, à própria Embraer e ao consórcio aeronáutico europeu EADS.

O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse em comunicado que este acordo servirá para “reforçar” a posição da empresa no mercado europeu.

O ministro da Defesa português, Pedro Aguiar-Branco, acredita que o acordo estreitará a relação entre ambos países e torceu para que em 2016 as condições financeiras permitam a Portugal ser também comprador destas aeronaves.

Já o ministro da Economia português, Álvaro Santos Pereira, declarou que as companhias portuguesas participarão “desde o estado mais embrionário” na montagem do cargueiro aéreo, ao qual oferecerão “equipamentos avançados”.

Com estes contratos se abre “uma porta de entrada ao mercado europeu e particularmente aos países que integram a Aliança Atlântica”, acrescentou Santos Pereira.

O contrato assinado hoje se inscreve em um acordo de intenções assinado entre Brasil e Portugal em setembro do ano passado para colaborar no desenvolvimento do cargueiro militar com o qual a Embraer pretende criar um concorrente para o modelo americano Hercules C-130.

O KC-390, com um peso máximo na decolagem de 81 toneladas e uma envergadura de 35,1 metros, tem um preço estimado de US$ 50 milhões, inferior aos US$ 62 milhões Hercules C-130.

Além de Portugal, o Governo também assinou acordos com Argentina, Chile, Colômbia e República Tcheca para o desenvolvimento de diferentes componentes do cargueiro.

A Força Aérea pretende adquirir inicialmente 28 unidades da aeronave, enquanto a Colômbia demonstrou interesse em comprar 12 e o Chile quer comprar outras seis.

A Embraer espera produzir o primeiro protótipo do avião em 2013 e, um ano depois, poderá realizar o voo inaugural.

Fonte: UOL

12 Comentários

  1. Espero estar vivo para ver o extraordinário futuro sucesso desse cargueiro aéreo que tem tudo para ser a Sprinter – Kombi – Mercedinho dos céus. E quanto aos eternos críticos negativos de “nossa” Embraer, e que não entendem nada de industrialização contemporânea, concluo com o seguinte… podem ficar resmungando e enquanto isso virem múmias esperando pelo fracasso da Embraer… como se vcs usassem apenas produtos 100% nacional em suas vidas.
    Quanto a um supersônico feito aqui… ele virá, pois são muitos os brasileiros que querem isso. E certamente que ele terá partes feitas em outros países. Quem sabe no Uruguai? O estofamento do banco do piloto, ou a lâmpada da ponta da asa, por que não?

  2. Aeronave militar com tecnologia nacional? Essa dai não vai ser não, todas as peças serão trazidas de outros paises. –‘

  3. A OGMA pertençe a EMBRAER pra quem não sabe. Tudo que ela ta fazendo é usar a capacidade ociosa da fabrica dela em portugal. Só isso.

  4. cargueiro (( TIQUINHO ))
    .
    TIQUIM DA argentina
    .
    TIQUIM DO CHILE
    .
    TIQUIM DO EUA
    .
    TIQUIM DO PORTUGUAL
    .
    TIQUIM DO BRASIL
    .
    TIQUIM DE TUDO ?????

  5. Iago disse:15/12/2011 às 08:02… que mentalidade ultrapassada, caro amigo… vc ja pensou se tivessemos que trazer todas as peças de um ford dos EUA para monta-lo aqui?… seria inviavel… mas, nem por isso ele deixa de ter tecnologia americana (na verdade tudo hoje é internacionalizado… é tudo a mesma mer…)… isso prova que o NOSSO cargueiro é brasileiro, pois quem o fabrica é uma empresa brasileira… simples assim… o que importa são os negócios, como dizem os yankes…

  6. Mineirinho

    Isso garante preços competitivos, se fosse ser feito completamente no Brasil (o que impossível) o preço seria muito alto, o que tornaria o Kc-390 inviável economicamente. O que ocorre com o Rafale. Além do mais, o importante não é só fazer, mais saber fazer. O que está sendo feito na República Tcheca, Argentina e Portugal, poderia muito bem ser feito no Brasil, mas por que não aproveitar certas oportunidades desses países, nós conseguimos vender essa aeronave a esses países. Em suma, é mais ou menos o que ocorre com o Gripen, onde as empresas suecas poderiam assumir quase que completamente o caças, mas preferem fazer uso de equipamentos estrangeiros e até fazer melhorias neles, para manter os custos da aeronave dentro de um certo limite.

  7. Olhos Azuis me da a lista de produtos críticos do C-130 que são fabricados fora dos EUA.Essa é a diferença!La se pode produzir uma peça cá outra la apenas para compensar os off-set’s dos compradores mas o critico fica nos EUA.O KC-390 devia seguir na mesma doutrina:Quer fabricar peças é só comprar um numero significativo do avião.

  8. Jakson, qndo o C-130 foi criado o mundo era diferente… hoje os paises perifericos podem e tem condições de fabricar peças diversas devido ao aumento de seus parques industriais e a internacionalização dos meios de produção… os EUA são um caso a parte devido ao tamanho de seu parque industrial… mas, se for possivel e viavel fabricar tudo aqui, que fabriquemos… seria melhor sim… outra coisa… o pais tem conhecimento, por exemplo, para fabricar turbinas?… tudo isso tem que ser analisado… ta certo alguns que chamam a Embraer de Montaer… mas é o que podemos ter por enquanto… saudações…

  9. No WIKIPEDIA:.
    A OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A., fundada em 1918, é uma empresa portuguesa dedicada à fabricação e manutenção de componentes de aviação. O seu capital é detido em 65% pelo consórcio Airholding SGPS, composto pela Embraer e EADS, sendo os restantes 35% detidos Estado Português (Empordef).

    A OGMA possui um vasto leque de clientes nacionais e internacionais, tanto civis como militares, e está certificada como centro de serviço autorizado, pela Embraer, Lockheed, Eurocopter e Rolls-Royce.
    Saudações

Comentários não permitidos.