A ALIANÇA EBX – FOXCONN. APLICAR O DINHEIRO DAS COMMODITIES TAMBÉM NA INDÚSTRIA DE DEFESA, EIS O X DA QUESTÃO

Boa notícia que o Sr. Eike Batista, da EBX, esteja estudando associar-se aos chineses da Foxconn para a produção de eletro-eletrônicos de primeira linha como tablets, no Brasil. Seria importante que outras empresas de capital nacional que lucram com a exportação de produtos primários, como a Vale, também aplicassem parte de seus lucros na fabricação de produtos de alto valor agregado, entrando em outras áreas, como é o caso da indústria bélica.

O fato de não termos grandes grupos nacionais, com poder de alavancagem de bilhões de dólares na indústria bélica, nem um grande complexo industrial estatal no setor, nos leva a determinados absurdos, como é o caso de não se exigir, por exemplo, mais de que 65% de nacionalização na fabricação dos 2000 blindados encomendados à IVECO.

Isso quer dizer que, em caso de guerra, quando nosso material começar a ser destruído na linha de frente, vamos ter que ir a Roma ou a Turim mendigar peças de reposição para nossas linhas de montagem, e levar na cara um tremendo não, redondo, caso o inimigo que estejamos combatendo seja um país ocidental.

O grupo Cassidian, da EADS, a grande empresa de defesa européia, está anunciando com grande estardalhaço na imprensa estrangeira sua entrada no mercado brasileiro para “cooperar” com nossa indústria de defesa.

Nossos militares tem que entender, apesar de sua formação ancestral em escolas como a francesa e depois a norte-americana, que o Ocidente, na hora de agir contra paises sul-americanos, não fará nenhuma diferença, como aconteceu com a Argentina na Guerra das Malvinas, entre o Brasil, uma Libia ou o Afeganistao.

Em nome da contenção da expansão do Brasil sobre o Atlântico Sul, por causa do pré-sal, ou da “defesa” da natureza na Amazônia, pode se montar uma coalizão entre países europeus e os Estados Unidos, para agir ao arrepio da ONU, de um dia para o outro, com a mesma facilidade com que se montou a agressão contra o Iraque.

Para isso, como aconteceu com as famosas “armas de destruição em massa”, que nunca apareceram, basta uma campanha midiática, como as diversas que já estão em andamento – e que podem ser facilmente intensificadas – como é o caso da que se opõe à construção de Belo Monte, por exemplo.

No campo da defesa, o Brasil tem que se esquecer de países como a França e a Itália, que sempre, no frigir dos ovos, vão ficar do lado da Inglaterra e dos Estados Unidos, e desenvolver suas novas gerações de armamento com o BRICS.

Rússia, Índia e China, devido à distancia geográfica que mantêm com relação ao Brasil e ao fato de terem de cuidar – mesmo no caso da África do Sul – de suas própria áreas de influência – dificilmente irão entrar em guerra contra o Brasil.

Temos que desenvolver, com eles, um novo caça-bombardeio para o BRICS, um novo blindado pesado para o BRICS, um novo helicóptero de assalto para o BRICS, uma nova geração de submarinos nucleares para o BRICS, um novo porta-aviões para o BRICS, novos mísseis ar-ar, terra-ar, e de cruzeiro, para o BRICS, e com eles trabalhar na pesquisa de armas revolucionárias, na fronteira do conhecimento, como as munições cinéticas que estão sendo desenvolvidas pelos Estados Unidos para a sua marinha, por exemplo.

Apesar dos sorrisinhos e dos tapinhas nas costas nos encontros multilaterais, nos “cursos” de aperfeiçoamento ou nos coquetéis dos adidos militares em Brasília – quantas vezes os generais de Khadafi ou de Saddam não foram afagados por esses mesmos mimos? – o pessoal de nossas Forças Armadas precisa entender que o Brasil só poderia se aliar ao Ocidente se pelo Ocidente fosse tratado como igual entre seus pares.

Basta entrar na internet e ver os comentários pejorativos, discriminatórios, eivados de preconceito e de ignorância com que o Brasil é brindado todos os dias e a propósito de qualquer assunto por parte de norte-americanos, italianos, franceses ou ingleses, e até mesmo de seus sócios menores, como os portugueses ou os espanhóis, para ver que isso não tem a menor chance de acontecer.

Fonte: maurosantayana

24 Comentários

  1. É isso mesmo na hora do pega pra capar o Brasil não vai ter nenhum amiguinho não…nem França,nem Alemanha pois eles vão logo lamber o saco do presidente americano que estiver lá,o Brasil tem que se virar sozinho com os Brics!

  2. Pois é amigo, concerteza um desenvolvimento bélico conjunto entre os países dos BRICS seria o ideal… temos muito em comum… mas também temos nossas diferenças…
    India e china, se não estou enganado, tem rixas que serão dificeis de se superar….
    O brasil inclusive ainda se sente constrangido perante o ocidente ao debater sobre defesa e comprar produtos de origem russas…
    Essas barreiras que impedem a total integração deveria cair….
    Se iniciarmos essa quebra de paradigmas com a compra de sukhois para nossa forca aérea…. ja seria um grande passo

  3. O texto repete oque vivemos comentando nesse site,a má vontade e a falta de visão do governo federal em relação a defesa do BRASIL,ultimamente fala-se tanto em estratégia mas parece que até agora ninguém do governo se deu ao trabalho de consultar um dicionário para saber o real significado dessa palavra!

  4. Dou todo aval a estas palavras de consolo á mim. Foi como calmante (………..) à minha aflição. Só faltou incluir o tema EDUCAÇÃO, que merece atenção triplicada pois depende de um processo árduo para libertação dos conceitos parasitários, principalmente escondidos na historia e FÉ.

  5. Esses paises do Norte em sua matriz cultural sempre foram cheios de preconceitos e discriminação; e em se tratando dos paises abaixo da linha do equador eles tratam com mais preconceitos ainda; não é de se imaginar que eles deixaram de nos ver como sempre viram; fato é que enqto nossa matriz produtiva lhes remeterem polpudos lucros eles fingirão que nos amam; o Brasil tem que fazer a lição de casa e construir sua independencia tecnológica em oposiçao há qualquer outro pais; a Argentina, por exemplo, nos venderia fácil por trinta moedas. Então, se não pudermos compra a tecnologia, aplica-se engenharia reversa e pronto; só que pra isso nós teriamos que ter um agência secreta ou a descoberto memso com essa incumbência; há e com dinheiro, porque esse discurso de falta de recurso de sempre é o discurso do fracasso!Sem xenofobia, mas todo e qualquer pais estrangeiro deve ser visto de forma igual, se é amigo hoje pode ser uma ameaça amanhã, por razões lógicas, não é de se esperar que eles façam a defesa dos nossos legitimos interesses como se brasileiros fossem!As nações tem intereses não amigos!

  6. Tem muita lógica esse texto! Foi uma enorme demonstração de fraqueza o Brasil não ter aderido ao PAK FA! E sobre as grandes empresas brasileiras eu vi em outro site q a Odebrecht entrou em negociação com a Avibrás!

  7. Matéria verdadeira, lúcida e correta.
    Ninguém aprende a andar sozinho. E pior, em má compania, desaprenderá até mesmo a raciocinar.
    Comecemos a pensar e buscar novos parceiros. E aí, vamos aprender a andar. E rápido.

  8. Concordo com o texto do Mauro Santayana, pelo menos na maior parte dele.

    Temos gigantes da área de mineração e finanças que poderiam diversificar seus negócios em direção à uma área extremamente Estratégica que é a Indústria de Defesa.

    Por outro lado, o Governo Federal precisa sinalizar que vai investir com seriedade, e não vai ficar apenas no discursos da END.
    Precisa aprovar algum dispositivo que garanta uma inversão mínima de 1% do PIB, para Pesquisa, e Aquisição de sistemas de Defesa. Ou seja livre dos encargos de Custeio das Forças.

    []’s

  9. Devemos nos unir a Rússia, China e conseguir de x tres(3) objetivos: O subNuck, o caça nacional supersônico multitudo e o amarrado VLS , o foguete de hj e o missil de amanhã, e p ontem .

  10. Muito boa a Materia tmb acho q o brasil deve desenvolver armas ee ppesquisas com o paises do Bric e cada vez mais cortar relaçoes militares com paises do ocidentes

  11. calma o brasil esta apenas engatinhando ainda,pois se não fosse o famoso pré sal estariamos muito encrencados ainda,pois com todo este reboliço de pré sal ainda não deu para comprarmos os tão esperados caças,é muita corrupção não sei se vai sobrar para os caças ein!.,

  12. O X da questão todo é alto investimento em infraestrutura e beneficiamento.Enquanto o Brasil não fizer isso jamais deixaremos de sermos medievais extratores de primarios.Infraestrutura e beneficiamento trazem qualificção e especialização que beneficia de engenheiro a peãotornando a nação mais competitiva e capaz.O empresariado Brasileiro pouco se importa com isso para eles manterem-nos medievalizados lhes dão mais lucros com menos encargos e folhas enxutas e seus lucros são astronomicos pois as despesas são minimas se comparando com o fluxo economico.

  13. Bom, texto, muito conciso ao tratar o problema geral da defesa sem especificar muito, mas ainda sim dá pra ver o caminho que temos pela frente. Complicado!

  14. “Isso quer dizer que, em caso de guerra, quando nosso material começar a ser destruído na linha de frente, vamos ter que ir a Roma ou a Turim mendigar peças de reposição para nossas linhas de montagem, e levar na cara um tremendo não, redondo, caso o inimigo que estejamos combatendo seja um país ocidental.”

    É por esse motivo que eu critico tanto essa parceria com a Iveco e a “parceria estratégica” com os franceses. Eles não nos darão uma transferência efetiva de tecnologia e conhecimento. Isso leva anos, décadas para acontecer e, sabendo-se disso, os europeus não sairão de promessas em meio a esses acordos militares. No máximo nos tornarão menos dependentes deles.

    Independência tecnológica não se compra, se conquista.

  15. Estratégia nacional? Estamos longe de algo concreto. Basta usar como termômetro as industrias que existe no Brasil, estão aqui apenas para lucrar o máximo possivel. Enquanto essas empresas estiverem se instalando aqui, com a atual politica que temos, dificilmente vamos evoluir. As pequenas empresas nacionais são fiscalizadas e exploradas em tudo, enquanto que as multinacionais tem lobista em tudo quanto é canto na politica brasileira, não pagam impostos e exploram o máximo que pode dos trabalhadores. Esses trabalhadores estão na maioria lesionados, muitos escondem esse fato para preservar o emprego. Quando descobertos, são mandados embora assim que podem, o trabalhador tem que recorrer ao INSS e ser tratado como cachorro, alias pior. Os peritos não se dão ao trabalho nem de olhar os exames e coloca na pericia: Apto para o trabalho, dai o jeito é apelar para os processos e esperar uns 3,4,5 anos para receber o que lhe é justo! Um país que trata o seu povo dessa maneira está longe de ser um país responsável, digo isso com pesar. A mudança cabe a nós, no nosso voto.

  16. Estratégia nacional? Estamos longe de algo concreto. Basta usar como termômetro as industrias que existe no Brasil, estão aqui apenas para lucrar o máximo possivel. Enquanto essas empresas estiverem se instalando aqui, com a atual politica que temos, dificilmente vamos evoluir. As pequenas empresas nacionais são fiscalizadas e exploradas em tudo, enquanto que as multinacionais tem lobista em tudo quanto é canto na politica brasileira, não pagam impostos e exploram o máximo que pode dos trabalhadores. Esses trabalhadores estão na maioria lesionados, muitos escondem esse fato para preservar o emprego. Quando descobertos, são mandados embora assim que podem, o trabalhador tem que recorrer ao INSS e ser tratado como cachorro, alias pior. Os peritos não se dão ao trabalho nem de olhar os exames e colocam na pericia: Apto para o trabalho, dai o jeito é apelar para os processos e esperar uns 3,4,5 anos para receber o que lhe é justo! Temos traíras em tudo quanto é parte em se tratando dos direitos do trabalhador, as multinacionais tem “agentes” no Ministério do trabalho e no INSS. Um país que trata o seu povo dessa maneira está longe de ser um país responsável, digo isso com pesar. A mudança cabe a nós, no nosso voto.

  17. Impressionante a tara que os esquerdalhas possuem por conceitos inviáveis e ultrapassados. Se por um lado o texto começa com uma idéia excelente (A fabricação nacional de equipamentos de defesa), pouco depois descamba para os delírios de cunho ideológicos tão caros ao autor. Além de destilar seus conhecidos preconceitos contra o ocidente, volta a defender teses estúpidas como insistir em comparar uma ditadura brutal como a Líbia com uma democracia mais ou menos consolidada como a brasileira. Em verdade, se a democracia aqui corre riscos estes se devem aos conhecidos planos do ParTido para eternizar-se no poder seja por meio de alterações maléficas na legislação eleitoral, seja pelas reiteradas tentativas de impor a censura na imprensa sempre que esta revela os casos de corrupção.
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    Mas voltando à idéia principal, o autor esquerdalha volta a insistir em no velho conceito da guerra fria, de blocos monolíticos opondo-se entre si e em frequente fricção. É a velha e estúpida lógica maniqueísta “Brics bonzinhos contra uzamericanú mau e uzeuropeu falidú”. Mas a “brilhante” tese é repleta de furos. Como sabemos, o tal “brics” é um grupo por demais heterogêneo para que possam atuar como um bloco unido. E se na arena política não conseguem um consenso, o que dirá de uma indústria bélica unida tão cara aos rompantes ideológicos do autor?
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    Para finalizar fica a dica ao autor: O Brasil de fato precisa de uma indústria bélica mas, se quiser um exemplo vencedor, livre-se dos rancores ideológicos e observe a indústria de defesa israelense, esta sim um exemplo de independência nacional.

  18. HMS Tireless, vossa excelência se esquece que os Estados Unidos já atacaram, direta e indiretamente, inúmeras democracias, entre elas, a brasileira, apoiando descaradamente o golpe militar de 1964, aqui colocando, inclusive, uma frota com porta-aviões na costa do Estado de São Paulo, para desembarcar tropas em Santos, caso houvesse resistência popular.

    Por outro lado, embora o BRICS seja heterogeneo – muito embora todas suas nações tenham suas razões para se unir contra o Ocidente, que nos explorou e ocupou no passado – já temos um programa de satélites com a China, o CBERS, estamos desenvolvendo mísseis ar-ar e terra-ar com a África do Sul (vide a visita da Dilma Roussef à Denel, na semana passada) a Índia compra aviões AWACS da Embraer,e estamos negociando a compra de helicópteros russos de assalto. Porque não aprofundar essa aliança ? Em matéria de integração comercial, a Marcopolo fabrica ônibus na Rússia, na Índia e na África do Sul. Não me consta que faça isso nos Estados Unidos.

  19. Tireless, o BRICS tem consenso político sim, vide a última votação no Conselho de Segurança sobre a Líbia.

  20. Ora pois, manuel… os americanos nos salvaram de uma ditadura comunista nos idos de 60… não sejas ingenuo ou hipocrita como os demais aficcionados pela mentira socialista… bens sabes que a nossa tão propalada democracia da epoca era um embuste com finalidades fabianas de colocar uma ditadura comunista a la cubana nas terras brasilis… acorda pro mundo meu caro enganado… Briscs… um sonho de uma noite de verão em havana… marcos… gosto é igual a “olho”… uns gostam do olho, outros da remela… saudações…

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