EADS investe na Helibras de olho no setor de óleo e gás

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CEO do Grupo, Louis Galois reafirmou estratégia de transformação da empresa brasileira em base mundial de produção de helicópteros.

A transformação da Helibras no quarto pilar de produção da Eurocopter, ao lado da França, da Alemanha e da Espanha, foi mais uma vez confirmada pelo CEO do grupo EADS, Louis Galois, durante visita às instalações da empresa na cidade de Itajubá – MG.

O executivo percorreu as atuais instalações onde, desde 1978, é produzido o modelo AS350 Esquilo e personalizadas as demais versões de aeronaves da gama Eurocopter comercializadas no Brasil, e visitou as obras do novo hangar onde serão fabricados os helicópteros militares EC725.

“Graças a este trabalho vocês serão o nosso quarto pilar, junto com França, Alemanha e Espanha, disse, referindo-se também à produção, em Itajubá, do modelo EC225 destinado ao mercado offshore (exploração de petróleo em plataformas marítimas), bem como à instalação de um simulador específico de treinamento para esta aeronave, aqui no país.

Neste segmento, o grupo prevê o surgimento de oportunidades. “O Brasil é de extrema importância na nossa visão. Nós estamos muito interessados na exploração de petróleo e gás na camada pré-sal e sabemos da importância desse negócio para a Petrobras. Estamos prontos para responder a uma demanda que pode chegar a cerca de 60 novos helicópteros para tal serviço”, explicou Louis Galois.

Novos planos- Além do projeto EC725, a EADS guarda outros planos para a Helibras. De acordo com o discurso do CEO francês, a intenção é transformar a empresa em uma plataforma de atendimento da companhia na América Latina e desenvolver tecnologia durável na planta mineira.

Para o presidente da Helibras, Eduardo Marson Ferreira, o reconhecimento da holding é fruto do trabalho desenvolvido pela empresa nos últimos anos. “Sabemos da importância do nosso país e ficamos muito satisfeitos ao ver os nossos acionistas interessados, pois os nossos resultados estão contribuindo com todo o grupo”.

Outro incentivo recebido da EADS foi o plano de reforçar a participação do setor de serviços, pois o Grupo desenvolve a mesma filosofia, através de seu plano 2020, que tem como objetivo aumentar dos atuais 13% para 25% o faturamento em serviços.

“No caso da Helibras, nosso plano é ampliar a receita com serviços para até 50% dos nossos resultados. Para isto, o reconhecimento das estratégias por parte dos controladores é importante para que tenhamos os investimentos necessários para a estruturação de nossas equipes”, revela Marson.

Todos esses investimentos vão garantir os planos da Helibras de ter capacidade para conceber e produzir um helicóptero brasileiro. “Estamos no caminho, contamos com o apoio da Eurocopter na transferência de tecnologia e utilizando o know-how do grupo, desenvolveremos o novo modelo até 2020”, disse Eduardo Marson.

Para a EADS, o plano também é vantajoso. “O projeto EC725 vai levar a Helibras no caminho de fazer um helicóptero brasileiro e a gente quer continuar com as sinergias do grupo. Somos mais fortes quando trabalhamos juntos, vamos usar essa força para o projeto e teremos, no final, um produto competitivo, seguro e que satisfaça os clientes”, concluiu Louis Galois.

Perfil-A Helibras é a única fabricante brasileira de helicópteros. A empresa é associada ao Grupo Eurocopter, maior fornecedor mundial do setor, controlado pela EADS – European Aeronautic Defence and Space Company. Com participação superior a 50% na frota brasileira de helicópteros a turbina, a Helibras está em atividade no Brasil desde 1978 e mantém instalações em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Sua fábrica, que emprega mais de 560 profissionais e tem capacidade de produção de 36 aeronaves por ano, está localizada na cidade de Itajubá (MG), onde são produzidos diversos modelos que atendem aos segmentos civil, governamental e militar. Desde sua fundação, a Helibras já entregou mais de 550 helicópteros no Brasil, sendo 70% do modelo Esquilo. Em 2010, a empresa teve um faturamento de R$ 395 milhões.

Fonte: Revista Fator

6 Comentários

  1. Blá Blá Blá e mimimimi.

    Sempre o mesmo papo furado do alto comando da EADS e suas promessas de “helicóptero brasileiro”. Desde 1980 é dito sobre esse heli 100% nacional e nada ! Só a mesma montagem do Esquilo com kits oriundos da Europa e com taxa de nacionalização de 20%.

    Pra mim a Helibrás que se exploda, ela é uma empresa tão brasileira quanto a Aeroeletrônica, controlada pelos israelenses e que nada faz sem consultar seus donos.

    Isso é dependência industrial e tecnológica de outro país através do setor empresarial. Por mim o (Des)governo poderia dar todo o aval e condições para a Odebrecht comprar a Helibrás.



  2. EADS… vive de guerras (reais ou frias) … FATO !

    a AS vai entrar em ebolição “maquinada” … questão de tempo.

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