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Brasil se prepara para ampliar participação em missões de  	paz  
  
DE BRASÍLIA E DO RIO – A ampliação do centro de  	formação de militares para missões de paz e o treinamento conjunto entre  	exército, Marinha e Aeronáutica são os primeiros passos do Brasil para  	ampliar sua participação em missões da paz da ONU, objetivo traçado pelo  	Ministério da Defesa. 
Três países estão hoje na lista de preferências  	de autoridades responsáveis por subsidiar a escolha, que cabe ao presidente  	e requer aval do Congresso. Sudão, Líbano e Chipre são consideradas missões  	capazes de oferecer menos riscos e ganho político real ao país. 
Hoje o Brasil contribui com 9 das 16 missões da  	ONU. 
Dos 2.254 brasileiros em ações para a manutenção  	da paz, 97% estão no Haiti. 
“O Brasil está fazendo um esforço grande para  	melhorar a qualidade de sua tropa”, diz Giancarlo Summa, diretor do Centro  	de Informações da ONU, no Rio de Janeiro. 
A participação em missões de paz é considerada  	fundamental para uma tropa que dificilmente enfrentará guerra. 
O general José Elito Carvalho Siqueira, chefe do  	Estado-Maior do Ministério da Defesa, afirmou que o comando do CCoPaB  	(Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil) caberá ao exército, que terá  	150 homens, contra 30 de Marinha e Aeronáutica. 
  
  
 cotidiano em cima da hora  
 Comandante da Rota sofre atentado na zona norte  
 Paulo Telhada saía de casa quando um homem atirou de dentro de um Corsa 
 Foram disparados pelo menos dez tiros, mas o militar não foi atingido; ele  	disse que anotou o final da placa do carro  
 ANDRÉ CARAMANTE 
 DE SÃO PAULO  
 NÁDIA GUERLENDA CABRAL  
 COLABORAÇÃO PARA A FOLHA  
  
O comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de  	Aguiar), tenente-coronel Paulo Telhada, sofreu um atentado na manhã de  	ontem, em frente à sua casa, na zona norte de São Paulo. 
Dois homens passavam num carro quando um deles  	começou a atirar. O comandante não se feriu. 
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 72º  	DP (Vila Penteado), Telhada saía de casa por volta das 11h em sua  	caminhonete Pajero, na Vila Marina, quando um Corsa cinza parou em frente. O  	homem no banco do passageiro abriu o vidro e começou a atirar com uma  	pistola. 
Foram disparados, segundo a polícia, pelo menos  	dez tiros. O tenente-coronel se abaixou dentro do carro e não foi atingido.  	O veículo de um vizinho foi baleado. 
Para o comandante, o atentado foi um “recado do  	crime organizado para tentar mostrar aos políticos e às forças de segurança  	pública que ninguém está seguro”. 
Ele, porém, não soube especificar quem teria  	atirado. Telhada afirmou ter conseguido anotar o final da placa do Corsa (o  	número 80): “Nós vamos atrás”. 
Até a conclusão da edição, ninguém havia sido  	preso. 
A Rota é uma espécie de tropa de elite da PM de  	São Paulo. Telhada comanda o grupo desde maio de 2009. Sua primeira passagem  	pela Rota foi entre o final dos anos 80 e o início dos 90. 
  
  
 Petistas fazem dossiê contra ministro do PT  
 Documentos acusam Marina, filha de Mantega, de tráfico de influência no BB;  	ela nega, e titular da Fazenda não comenta 
 LEONARDO SOUZA 
 DE BRASÍLIA  
  
Na briga por cargos e poder na administração do  	presidente Lula, até o ministro Guido Mantega (Fazenda) foi alvo de um  	dossiê apócrifo que o próprio governo identifica como elaborado pela ala do  	partido egressa do sindicalismo bancário. 
O material, obtido pela Folha, traz acusações de  	tráfico de influência no Banco do Brasil contra a filha de Mantega, a modelo  	Marina. No final de abril, o papel foi enviado para a presidência do BB,  	para o gabinete de Mantega e para a Casa Civil. 
O objetivo era forçar o ministro a desistir de  	nomear o vice-presidente do BB Paulo Caffarelli para a presidência da Previ  	(fundo de pensão dos funcionários do banco), um colosso de R$ 150 bilhões de  	patrimônio. 
Caffarelli acabou preterido por ordem do  	Planalto, mas os bancários também saíram enfraquecidos. O nome por eles  	defendido para assumir a presidência da Previ, Joílson Ferreira, não foi  	escolhido. 
Além disso, os dois principais expoentes do  	grupo, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Previ  	Sérgio Rosa, perderam espaço no governo e foram alijados da campanha de  	Dilma Rousseff à Presidência. 
  
 ENCONTROS 
O papel traz dados inverídicos. Diz, por exemplo,  	que Caffarelli autorizou, quando esteve na Previ (foi gerente de  	investimentos imobiliários entre 1999 e 2000), aplicações em títulos e ações  	desastrosas para o fundo. Sua área, porém, não tinha relação com renda  	variável. 
Mas o documento relata também que Marina esteve  	com Caffarelli para encaminhar pleitos por diversas vezes na sede do BB em  	São Paulo. Segundo Caffarelli, os encontros realmente ocorreram. Marina  	nega. 
Caffarelli disse à Folha que a recebeu em três  	ocasiões e contou, de forma genérica, quais foram os pedidos. Mas afirmou  	que nenhum foi levado adiante. 
Na versão dele, o primeiro pedido foi para a  	abertura de conta para a loja de uma amiga. Na segunda ocasião, ela teria  	solicitado informações sobre uma linha de crédito para exportação de frango.  	Na terceira, queria renegociar dívidas de uma empresa. 
No último caso, segundo a Folha apurou,  	tratava-se da Gradiente. Marina namora um dos sócios da empresa, Ricardo  	Staub. Mas o banco manteve as medidas judiciais contra a empresa. 
Apenas pessoas de dentro da máquina pública  	saberiam dos encontros de Marina com Caffarelli. 
Nas últimas quatro semanas, a Folha ouviu nove  	pessoas que fazem parte da estrutura do governo. Todas confirmaram que, para  	o Planalto, a cúpula do BB e a Fazenda, partiu dos bancários a produção do  	dossiê. 
  
 PT 
Nas conversas, foram apontados dois supostos  	autores, ambos filiados ao PT e muito próximos de Berzoini. 
O primeiro se chama Alencar Ferreira,  	secretário-executivo do Ministério do Trabalho na gestão de Berzoini, que  	comandou a pasta entre 2004 e 2005. Ele nega quaisquer irregularidades. 
Quando Caffarelli foi alçado a vice-presidente do  	banco, no final de 2009, bateu de frente com Ferreira, que na época estava  	na Companhia de Seguros Aliança do Brasil, uma coligada do BB. Caffarelli  	tirou Ferreira da empresa. 
O segundo suspeito, para integrantes do governo,  	é José Luís Salinas, que perdeu o cargo de vice-presidente de tecnologia do  	BB em junho. 
Salinas testemunhou, segundo executivos do banco  	ouvidos pela Folha, encontros de Marina com Caffarelli no prédio da  	Paulista. 
As suspeitas do governo chegaram ao conhecimento  	dos bancários. Em meados de maio, Alencar Ferreira ligou para dois  	vice-presidentes do BB para dizer que nada tinha a ver com o dossiê. 
Sérgio Rosa também quis se desvincular do  	episódio. No dia 21 de maio, pediu para ser recebido por Mantega, que o  	atendeu, em São Paulo, fora da agenda oficial. 
Rosa solicitou a audiência a pretexto de fazer um  	balanço de sua gestão, que se encerraria no dia 31 daquele mês. Mas  	aproveitou o encontro para dizer pessoalmente a Mantega que não teve  	participação no dossiê. 
Além de não ter conseguido emplacar Joílson como  	seu sucessor, o ex-presidente da Previ também não foi convidado a participar  	da campanha de Dilma, ao contrário do que se cogitava no começo do ano, e  	não recebeu uma oferta de cargo. 
No final do ano passado, havia a especulação em  	círculos governistas de que Rosa poderia ocupar uma diretoria na Vale ou a  	presidência de alguma empresa de grande porte na qual a Previ tivesse  	participação. 
Mas foi oferecida a ele a presidência da  	Brasilprev, uma coligada do BB de menor peso. Rosa ainda não disse sim ao  	convite. 
Berzoini, por sua vez, perdeu no começo de julho  	os últimos cargos de sua indicação na direção do BB. Após a saída de  	Salinas, seu apadrinhado, caíram os diretores José Raya (tecnologia) e  	Sebastião Brandão (logística). Ele também não participa do comando da  	campanha de Dilma, como foi cogitado. 
  
  
 São Paulo 
 Clóvis Rossi:  
 Sobre avacalhações  
  
SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da  	Silva acha que acaba virando uma esculhambação se algum país desobedecer  	suas leis para atender pedidos de presidentes. 
E daí, presidente? Se as leis são primitivas,  	medievais, como a que prevê a lapidação de adúlteros e adúlteras no Irã,  	viva a avacalhação. Ditadura é mesmo para ser avacalhada. 
O presidente sabe disso. Tanto sabe que, em seus  	tempos de sindicalista, deu valiosa contribuição para avacalhar a ditadura  	militar, ao desafiar suas leis e, mais ainda, o arbítrio não previsto nem  	mesmo nas leis de exceção. 
Além disso, não achava avacalhação pedir a  	solidariedade de sindicatos e autoridades estrangeiras. 
Inúmeros companheiros seus, na época, também  	recorreram a governantes estrangeiros para tentar pressionar a ditadura. Ou  	avacalhá-la, se o que vale é a nova e atual versão de Lula. 
Conheço pelo menos um caso de ex-preso político,  	torturado, que agradece até hoje a ação do então presidente norte-americano  	Jimmy Carter para afrouxar as regras da ditadura (ou avacalhá-las, diria o  	Lula-2010) e preservar a sua vida. 
Os militares rangeram os dentes, reclamaram,  	espumaram, mas a vida seguiu, as relações diplomáticas, econômicas e  	comerciais só fizeram melhorar com o passar dos anos, até porque, como diz o  	chanceler Celso Amorim, “negócios são negócios”. Princípios, bom, aí é outra  	história. 
Ditaduras são, se o leitor me perdoa a incorreção  	política, como se dizia ser a mulher do malandro: a gente pode até não saber  	porque está batendo, mas elas sempre sabem porque estão apanhando. 
Logo, Lula não precisa ter medo de perder  	negócios se fizer com a ditadura iraniana, como presidente, o que fazia com  	a brasileira, como opositor. Ajudaria a não avacalhar a sua própria  	biografia. 
  
  
 Brasília – Eliane Cantanhêde:  
 Vamos ao que interessa?  
 BRASÍLIA –  
  
Até agora, o que se vê, lê e ouve é Dilma e o PT  	dizendo que José Serra deslizou para a direita e vai ter “um fim  	melancólico”, e José Serra chamando Dilma e o PT de “trogloditas de direita”  	por apoiarem o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. 
Um candidato chama o outro de feio, de chato, de  	bobo, de direitista, numa profusão de adjetivos pejorativos. E nós com isso? 
Enquanto eles ficam nesse rame-rame, o Pnud  	(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulga relatório  	colocando o Brasil no terceiro pior nível de desigualdade de renda do mundo,  	melancolicamente empatado com o Equador. Aliás, dos 15 países com maior  	concentração de renda, dez são da América Latina. 
Enquanto os candidatos trocam adjetivos e quebram  	a cabeça com estratégias mirabolantes e pegadinhas espertas, fica-se sabendo  	que o Brasil tem uma nota anual de 4,6 no Ideb (Índice de Desenvolvimento da  	Educação Básica) e que muito dificilmente vai atingir a meta de chegar à  	nota 6 em 2021. 
E, enquanto eles pensam em cabelo, maquiagem,  	empostação de voz e qual a próxima maldade contra o adversário, vem a  	informação de que 8 milhões de eleitores são analfabetos e 19 milhões  	declararam saber ler e escrever, mas nunca pisaram numa sala de aula. 
A pior situação é no Nordeste, mas é chocante por  	toda a parte. Dê um pulo ali na escolinha de Sobradinho dos Melo, a meia  	hora do centro da capital da República, e pergunte quantos pais e mães sabem  	ler e escrever… 
Quando o dado do analfabetismo saiu do TSE e  	inundou o país de vergonha, o que se perguntou é se o analfabeto (um a cada  	cinco eleitores) tem discernimento para votar. Mas a pergunta é outra: como  	os candidatos e candidatas pretendem tornar o país mais justo e quitar essa  	dívida com os cidadãos? 
A resposta não comporta adjetivos e sim  	compromisso. 
  
  
 Emílio Odebrecht: 
 Lições para não esquecer  
  
Em uma noite de semanas atrás, surpreso com a  	avalanche de notícias sobre dois casos policiais (o assassinato de uma jovem  	advogada em São Paulo e o suposto envolvimento do goleiro Bruno do Flamengo  	em episódio ainda não esclarecido pela polícia), decidi cronometrar o espaço  	que lhes seria dedicado nos jornais de TVs abertas e a cabo: foi nada menos  	do que 57% do tempo daqueles que pude assistir. 
Mas o que me chamou a atenção não foi apenas a  	quantidade de tempo usada com os dois assuntos durante vários dias, mas  	principalmente a abordagem da cobertura jornalística, marcada aparentemente  	pelo compromisso exclusivo com os índices de audiência. 
Não tenho dúvidas de que são acontecimentos que  	mexem com a opinião pública e que cabe à imprensa selecionar e noticiar os  	fatos que impactam nosso dia-a-dia. Porém, o papel adicional que a televisão  	pode exercer de contribuir para a formação das pessoas em momentos como este  	não pode ser esquecido. 
Fiquei com a sensação de que, refém dos índices  	de audiência, a televisão acaba se deixando dominar por notícias dessa  	natureza. Em quase sua totalidade, o noticiário concentrou-se na exibição e  	no relato de detalhes que atraem uma certa curiosidade mórbida dos  	espectadores, sem buscar no bojo das tragédias as profundas lições que  	deixam e que servem para educar para a vida as novas gerações. Na cobertura  	jornalística dos dois fatos o tratamento tem sido semelhante ao que é dado  	aos espetáculos, quando, em minha opinião, deveria ser aproveitada a  	oportunidade para reflexão, análise e investigação serena e cuidadosa das  	causas que resultam em episódios tão dramáticos. 
No caso do goleiro Bruno, por exemplo, muitos  	aspectos poderiam ser aprofundados pelas reportagens das TVs. No Brasil,  	olhamos com um certo descompromisso para jovens como ele, que, de repente,  	sem o menor preparo pessoal ou social, se deparam com o sucesso e a riqueza.  	Transformam-se em ídolos, fazem opinião, são imitados, mas perdem a noção  	dos limites e acabam vítimas trágicas das próprias escolhas -porque não  	receberam na hora certa amparo e orientação. 
É desejável, portanto, que a televisão mude o  	enfoque ao contar essas histórias, de modo a retirar de cada uma delas  	lições que sirvam à construção de uma sociedade melhor. Ter a audiência como  	a única referência da quantidade e da qualidade da abordagem é visão de  	curto prazo -porque, dessa forma, as emissoras não criarão telespectadores  	mais críticos e mais preparados para assistir programas melhores no futuro.  	Perdem elas próprias, perde a sociedade, perde o Brasil. 
 EMÍLIO ODEBRECHT escreve aos domingos nesta coluna. 
  
  
 Por prestígio, Brasil ajuda países pobres 
 Governo brasileiro dissemina doações, ações sociais e transferências para nº  	cada vez mais amplo de parceiros 
 Objetivo desse “soft power” é conquistar simpatias, influência política e  	votos em órgãos internacionais 
 ELIANE CANTANHÊDE 
 COLUNISTA DA FOLHA 
 JOHANNA NUBLAT 
 DA SUCURSAL DE BRASÍLIA 
  
Enquanto os Estados Unidos aumentam em mais US$  	59 bilhões o orçamento para as guerras no Iraque e no Afeganistão, o Brasil  	investe no chamado “soft power”, disseminando doações, ações sociais,  	treinamento de pessoal e transferência de tecnologia para um número cada vez  	maior de países pobres, ou nem tanto, da América Latina, África e Ásia. 
O objetivo é conquistar simpatias que convertam  	em influência política e votos, não apenas para obter a sonhada vaga no  	Conselho Permanente de Segurança das Nações Unidas, mas também para vencer  	disputas em organismos e instituições internacionais. 
O Brasil anda mesmo precisando de votos, depois  	das derrotas para a OMC (Organização Mundial do Comércio), para o BID (Banco  	Interamericano de Desenvolvimento) e para a Unesco (o órgão da ONU para  	educação). A última foi na eleição do diretor-executivo do Escritório da ONU  	para o Combate ao Crime e Drogas. 
O “soft power” está acelerado. Na sexta-feira  	passada, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava no Paraguai,  	visitando linhas de transmissão de energia que o Brasil financia no país, o  	Itamaraty divulgava em Brasília a liberação de US$ 500 mil para refugiados  	colombianos no Equador. 
O maior alvo do “soft power” é o Haiti, o país  	mais pobre das Américas e que acaba de sofrer um terremoto devastador. 
O Brasil detém o comando militar das tropas de  	paz da ONU no país, o governo destinou US$ 15 milhões logo após a tragédia,  	e Lula enviou proposta ao Congresso para um adicional de R$ 375 milhões. 
Além disso, o Brasil atua na reativação da  	produção agrícola no país, fez contribuição voluntária de US$ 130 mil via  	Programa Mundial de Alimentos, enviou mais US$ 50 mil para a embaixada em  	Porto Príncipe distribuir água e comida e doou US$ 55 milhões para o Fundo  	de Reconstrução do Haiti. 
Há duas coordenações desse “saco de bondades”,  	ambas do Itamaraty. Uma é a ABC (Agência Brasileira de Cooperação), e a  	outra, a CGFome (Coordenação Geral de Ações Internacionais de Combate à  	Fome). 
O orçamento da ABC foi de R$ 18,7 milhões em 2006  	para R$ 52,6 milhões neste ano, enquanto a equipe pulou de 90 para 160  	funcionários de 2009 para 2010. São 56 países assistidos, e o valor é  	considerado pequeno. Se computasse a hora técnica (remuneração dos  	profissionais) seria cinco vezes maior, estima o diretor da agência,  	ministro Marco Farani. 
A fila dos que recebem ajuda é encabeçada por  	Moçambique,Timor Leste, Guiné Bissau, Cabo Verde, Paraguai, Guatemala, São  	Tomé e Príncipe, Angola, Uruguai e Cuba. E inclui Autoridade Nacional  	Palestina, Níger, Burundi, Uganda, Serra Leoa e Nigéria, entre outros. 
  
 FILOSOFIA DA AJUDA 
A filosofia da ajuda, como diz, é fazer doações  	só em casos de emergência, privilegiando “sustentabilidade”. Exemplo: o  	projeto “Cotton 4”, de US$ 4 milhões, para desenvolver a indústria de  	algodão em Mali, Chade, Benin e Burkina Fasso. 
Já o CGFome tenta exportar experiências  	brasileiras (como destinar alimentos da agricultura familiar para escolas)  	inclusive para o Chile, que não é pobre. 
Mas são finalidades variadas e, só em junho deste  	ano, foram R$ 6 milhões para ajuda, entre outras, às vítimas dos episódios  	recentes de violência no Quirguistão, a reassentamentos no Sri Lanka e à  	recuperação do inverno rigoroso na Mongólia. 
O coordenador do grupo, ministro Milton Rondó  	Filho, disse que o orçamento passou de R$ 2,4 milhões em 2007 para cerca de  	R$ 50 milhões neste ano, segundo ele, para “reforçar a solidariedade e os  	gestos políticos brasileiros no mundo”. 
Segundo o embaixador Piragibe Tarragô,  	subsecretário do Itamaraty para África, respalda a política Sul-Sul, de  	aproximação com países pobres e emergentes. “O Brasil quer ser reconhecido e  	ter influência.” 
A investida já foi tema de reportagem da revista  	britânica “The Economist”, mas com um alerta: “O país ainda tem grandes  	bolsões de pobreza, e o envio de dinheiro para o estrangeiro pode ser  	controverso”. 
O presidente da Comissão de Relações Exteriores  	do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), concorda: “É uma ação tortuosa. Se  	você fala em Haiti e países muito pobres, é correto. Mas a busca pelo  	protagonismo fez com que o Brasil exagerasse nas suas relações e na sua  	bondade”, disse. 
A oposição tenta impedir a revisão do Tratado de  	Itaipu, alegando que o aumento do preço da energia excedente que o Paraguai  	vende ao Brasil pode custar R$ 5,5 bilhões. “Vamos resistir”, diz. 
  
  
 Farc são problema regional, diz ministro do Equador 
 Miguel Carvajal, da pasta de Segurança, crê que cooperação Quito-Bogotá dá  	frutos e pede inspeção da Unasul nas fronteiras 
 FLÁVIA MARREIRO 
 ENVIADA ESPECIAL A QUITO 
Nos seis primeiros meses deste ano, o Equador diz  	ter desmontado 62 “instalações” das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da  	Colômbia) em seu território- casas vazias na selva e postos de observação.  	Em janeiro, avisaram os colombianos de um combate em uma área fronteiriça  	onde morreram três guerrilheiros.  
Dias depois, a Colômbia bombardeou um local  	próximo, no seu lado da divisa, e matou Ángel Gabriel Lozada, o “Edgar Tovar”,  	chefe importante das Farc. 
Quem conta é Miguel Carvajal, ministro da  	Segurança Interna e Externa do Equador. O relato do integrante do governo  	esquerdista Rafael Correa, aliado de Hugo Chávez, expõe a complexidade da  	fronteira. Ao mesmo tempo, oferece elementos que podem nortear a resolução  	da crise Bogotá-Caracas. 
Carvajal integrou parte da negociação do processo  	de normalização das relações com a Colômbia, rompidas após o bombardeio  	colombiano às Farc no Equador, em 2008. O ataque provocou a crise mais grave  	da década na sub-região, e nem todas as feridas foram sanadas. 
Mas os governos Correa e Uribe resolveram separar  	a questão em dois campos: a reativação da cooperação militar e inteligência  	e uma comissão de “temas sensíveis”, na qual Quito ainda espera obter de  	Bogotá detalhes do bombardeio. “Esperamos que o próximo governo cumpra a  	promessa de entregar os supostos computadores encontrados [ no local]”, diz  	Carvajal. 
O ministro diz que não se pode ignorar que o  	conflito que é colombiano -frisa- transborda fronteiras e gera instabilidade  	regional. Para ele, o melhor é cooperar. 
A operação que matou “Tovar” -a ajuda equatoriana  	foi elogiada publicamente por Bogotá- só foi possível porque se restabeleceu  	em outubro a Combifron, a Comissão Binacional de Fronteira, para intercâmbio  	de segurança e defesa. Venezuela e Colômbia não têm mecanismo similar desde  	2002. 
Mas para que esse elo funcione é preciso dissipar  	todas os elementos que impedem a confiança entre os Estados, ele diz, e  	impedem que a região seja uma zona de paz. 
Carvajal critica a Colômbia por jogar o peso do  	conflito sobre os vizinhos e montar “operações midiáticas” para desacreditar  	suas políticas de segurança. “Sofremos isso até meados do ano passado.” 
“Qualquer grupo armado será repelido. Mas não  	aceitamos operações conjuntas com a Colômbia. Que façam em seu território o  	que têm de fazer. Pedimos que a Colômbia militarize sua fronteira.” 
O ministro diz que o Equador passou de um efetivo  	de 500 homens para 5.000 -dentro de um contingente total de 45 mil- na  	divisa de mais de 700 km. Quer que o vizinho combata o cultivo de 35 mil ha  	de coca no seu lado da divisa. Defende inspeções da Unasul (União de Nações  	Sul-Americanas) em todas as fronteiras da Colômbia -e também do lado  	colombiano. 
A comissão também deveria, diz, revisar as bases  	militares na Colômbia que serão usadas pelos EUA para que “haja confiança de  	que, como dizem Bogotá e EUA, não serão equipadas com instrumental de  	espionagem que possa afetar nossos países”. 
  
  
 COLÔMBIA 
 Bogotá nega estar planejando ataque contra a Venezuela 
  
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – O governo da Colômbia  	negou ontem que esteja planejando lançar ataque contra a Venezuela e que um  	helicóptero militar colombiano tenha invadido o vizinho, como o presidente  	venezuelano, Hugo Chávez, havia denunciado na véspera. 
“A Colômbia jamais pensou em atacar o povo irmão  	da Venezuela, como afirmou o presidente desse país, num claro engano à  	própria nação”, disse Bogotá num comunicado. 
Anteontem, Chávez havia anunciado o deslocamento  	de unidades militares à fronteira ante a “ameaça de guerra” da Colômbia.  	Segundo ele, o colombiano Álvaro Uribe “é capaz de qualquer coisa nos dias  	que lhe restam” -Juan Manuel Santos assume no dia 7. 
Bogotá também rejeitou a versão de que um  	helicóptero militar invadiu a Venezuela na quinta e disse que tem recorrido  	apenas a “canais do direito internacional” para que Caracas cumpra com sua  	obrigação de “não abrigar terroristas”. 
A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a  	Colômbia no último dia 22, após Bogotá apresentar supostas provas à OEA  	(Organização dos Estados Americanos) de que Caracas abriga membros das Farc  	(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). 
Anteontem, Chávez disse que investigou as  	denúncias, porém não encontrou nada. 
  
  
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Já que a idéia é a de que as tropas brasileiras não vão entrar em combate, vale como experiência e treinamento, enviá-las para estas forças de paz. Lá vão adquirir alguma experiência real de combate e/ou conflito. Teremos combatentes “antenados” com os modos operacionais de outros países. Experiência essa, que poderão passar para os demais soldados brasileiros.
Em questão de Forças de Paz (segurança, pacificação e reconstrução de estruturas básicas de Estado) somos considerados “Vip” neste aspecto.
Excelente a foto escolhida, mostra respeito sem impor medo.
Parabéns as Forças Armadas por este serviço essencial para a segurança mundial.
Só digo uma coisa, vamos GASTAR DE FORMA ADEQUADA para protegê-los com equipamento moderno, com boa armadura e aparatos de ponta. Isso evitaria dano moral na tropa, custos indesejáveis por nossos combatentes feridos/fora de ação, que gera muito maior custo em reabilitação, além de ônus contra a família do militar. A família estaria mais confortada, pois em todo caso, combatente nosso NÃO É DESCARTÁVEL, são filhos de sua mãe gentil-patria Brasil, que por eles nos enfurecemos se forem ultrajados. Por fim, nada de entra em OBA-OBA dos EUA, pois não comungamos da mesma ótica que eles quanto a espoliar o país de destino, nem de descartar nosso pessoal. Eles usam os ( curiosos de plantão/espânicos/imigrantes atrás de greem-card/menos favorecidos ) como linha de frente, para suportem melhor suas perdas. Aqui nos temos brazucas,gente com vida por seguir em frente.
Brasil se prepara para ampliar participação em missões de paz que grande piada sem estrutura para tal ,exemplo o atraso para reaparelha todas as forças armadas se que isso ira acontecer total de verdade ainda mais num pais em que as autoridades são confusas e mudam de ideia a cada segundo deveriamos e cuidar da amazonia e o pre sal que a nossa realidade em resumo nosso quintal
Va nas missoes de paz mas pelo amor de Deus deixa os sucatoes do fuzil FAL em casa.Aqueles monstrengos estao super ultrapassados
“as autoridades são confusas e mudam de ideia a cada segundo”
minha nossa caro Rogério! Isso não passa dum disparate
fala sério, falar mal do governo é seu verdadeiro interesse
é cansativo todo esse pessoal oposicionista, muuuuuito cansativo
O que tenho encontrado na midia a favor e contra a nossa participação na missão de paz…Ate a suposta reconstrução do Haiti afirmam inexistir e que somente esta havendo remoção de escombros e nada mais…Eu não questiono nossa participação asim como as demais.E ainda manifesto apreço e estima a nossas tropas,as demais e em especial a Jordaniana.
rsrsrs Carlos…Conheces o Fal ? Ja manipulastes um ou mesmo o desmontastes…Prefiro o FAL que o 5.56…O FAL apenas da menos tiros por minuto que um AR-15,é mais pesado e muito mais potente e o que aparece na foto do tema é o Para-Fal,versão de coronha dobravel muito usado por Paraquedistas.
Carlos,
Servi o Exército por quase 5 anos (5BI – Regimento Itororó – Lorena-SP) e lá eu sempre usei o FAL 7,62 e, se alguém me perguntasse qual arma eu gostaria de usar num combate responderia sem pensar duas vezes: FAL 7,62!! é claro, um fabricado pela Imbel.
Julio, seu testemunho é importante,pois o que mais ouvimos no Brasil é que o FAl é uma porcaria, ouço o mesmo dos AK e no entanto fuzis, alienígenas não sobrevivem no afeghanistão, o AK sim, e tenho minhas dúvidas se os alienígenas sobreviveriam na amazônia e pantanal, mas FAL tenho certeza que sim.
Sds.
E.M.Pinto
Quando no EB vi um disparo de FAL penetrar a lateral de um de nossos blindados.Fiquei impressionado.Ponha uma fila indiana de homens e atire.O disparo do 7.62 FAL perfurara uns vinte corpos como o aço quente perfura a manteiga.Ele tem a cara de nossos guerreiros é nossa agressividade em combate.Os fuzis Hi-Tech dos alienigenas roboticos,retrateis e mais leves servelhes muito mais para não lhes atrapalhar a debandada,se fosse o FAL tropeçariam sendo fuzilados rsrsrs
Mais uma vez debates apaixonados em torno do FAL. mais uma vez não posso deixar de dá minha opinião quanto as confusões que alguns fazem:
1. não confundir o fuzil com o calibre. o calibre 7,62 é excelente, não deve ser mudado. o fuzil sim, o FAL é o dinossauro dos fuzis. pesado, material ruim, grande de mais, carregador inadequado, sistema de miras jurassico, não é possível adaptar nada ao fuzil, por exemplo: lanternas, apontadores laser, lunetas etc.
2. o Fal deveria ser desmontado e vendido como sucata pras siderurgicas.
3. pensem, se o FAL fosse tão bom como alguns dizem, os “senhores da guerra” USA, Reino Unido, Israel, Russia, dotariam suas tropas com FAL.
Se cara e coragem bastarem,td bem,+ alta suporte em : Navios,tanques,submarinos,caças…é brincadiera.
JClaudio o prototipo Nacional Hi-Tech é lindo e se encaixa em tudo o que escreveu.Quem usa a arma é o SOLDADO.Eles vão adorar os novos fuzis.Mas na hora de escolherem com o qual guerriarem te garanto que preferirão o FAL que não é tão velho assim quanto dizes.Basta olhar na foto da materia e notaras que são novinhos e que nenhum adverso gostaria de ficar na frente deles.
Cara numa coisa eu concordo o FN M964 Fal é um projeto rústico e antigo nisso todos nós devemos concordar, mas vejamos as adpatações feitas pela IMBEL no projeto belga surgiram o MD97L e o MD97LC diminuiu tamanho mas não poder de fogo nem qualidade, vale lembrar tbm q estamos no Brasil e como é nosso clima mesmo? Modernidade nem sempre vale por qualidade tomamos como exemplo a Guerra do Vietnam os “americanos” sentiram na pele a desvantagem de suas “poderosas M-16 contras os rusticos AK-47, que não travavam como os M16, fato q marcou muitos episodios de abandono de muitos fuzis M16 por parte dos “americanos” q as trocavam por AK’s-47 de guerrilheiros mortos.
Em resumo o projeto pode ser antigo e rústico mas q isso pesa na balança na hora do “vamo ver” pesa.
E para aqueles q disseram q não tem como adaptar nada nos fuzis dá uma conferida nessas fotos aki viu… Acho q elas falam por sí…
http://www.defesanet.com.br/01_lz/laad2009/090422_imbel.htm
IMAGINEM AS TROPAS NO PAÍS ÁRABE!! COMO VÃO SE COMUNICAR? SERÁ UM DESASTRE POLÍTICO!! UM SOLDADO OLHANDO PARA O TRASEIRO DE UMA MOÇA!! É MORTE NA CERTA!!