Novozymes apresenta tecnologia para produzir etanol a partir do bagaço da cana

http://images.ig.com.br/publicador/ultimosegundo/185/185/84/7522199.etanol_de_2_geracao_economia_250_167.jpg A empresa de biotecnologia dinamarquesa Novozymes, uma das maiores produtoras industriais de enzimas, apresenta no fim deste mês no Brasil sua recém-lançada tecnologia para a produção de etanol a partir de resíduos agrícolas, o chamado etanol de segunda geração (2G).

Resultado de pesquisas realizadas ao longo dos últimos 10 anos, as enzimas Cellic CTec2 e a Cellic HTec2  – mostradas pela primeira vez em fevereiro nos Estados Unidos – podem transformar resíduos como palha de milho, restos de madeira e bagaço de cana-de-açúcar em etanol a custos mais competitivos que as outras soluções criadas anteriormente, garante a empresa dinamarquesa.

Os resultados obtidos pelas novas tecnologias serão revelados durante a feira “Sugar and Ethanol Brazil”, um importante evento que apresenta as principais tendências para o setor de açúcar e álcool, que ocorre entre os dias 22 e 24 de março, em São Paulo.

A Novozymes mostrará ainda um estudo sobre a viabilidade econômica para a produção deste etanol a partir da cana-de-açúcar no Brasil. As enzimas são proteínas que aceleram o processo de reações químicas, facilitando o processo de produção.

Testes

Para a elaboração do estudo a partir da cana-de-açucar, a empresa dinamarquesa fechou parceria com a Praj, empresa indiana de equipamentos para produção de açúcar e etanol. Segundo o presidente para a América Latina da Novozymes, Pedro Fernandes, a Praj está realizando, numa unidade industrial própria na Índia, uma série de testes do etanol 2G, usando tanto o bagaço de cana-de-açúcar de origem brasileira quanto a cana plantada na Índia.

O laboratório da Novozymes, situado no estado americano da Carolina do Norte, que recebeu do Brasil o bagaço de cana pré-tratado, também deve contribuir com dados para a montagem do modelo econômico brasileiro.

Enquanto o estudo econômico brasileiro ainda não fica pronto, a Novozymes conta apenas com as projeções feitas a partir de testes realizados nos Estados Unidos. A expectativa da empresa é que as primeiras usinas a produzirem o etanol 2G – também chamado etanol celulósico – consigam chegar a um custo abaixo de US$ 0,50 por litro de combustível nos EUA, valor próximo ao do etanol de primeira geração feito a partir do milho naquele país.

Para cada litro de etanol celulósico produzido, estima-se um custo de US$ 0,13 com as enzimas. Os Estados Unidos devem começar em breve a produzir etanol a partir da palha e do sabugo do milho em suas usinas usando as enzimas da Novozymes.

Fonte: Último Segundo

5 Comentários

  1. “consigam chegar a um custo abaixo de *US$ 0,50 por litro* de combustível nos EUA”

    Temos centenas de toneladas de resíduos proveniente da plantação da Cana.
    Mesmo assim, sendo produzido no Brasil, o custo seria em torno de +- R$0,80, mas como aqui é o Brasil e vão colocar muito imposto encima desse preço, vamos pagar os mesmos 1,80 como sempre.

  2. Eu moro em Belo Horizonte, linda cidade mesmo.

    Mas, vendo realmente, resíduos da cana temos e muito.
    O problema é exatamente esse.
    Duvido que os EUA vão deixar o preço desse biocombústivel barato assim.
    Vai ser igual no Brasi, autos imposos trplicando o preço.
    Ja viram os novos carros econômicos da General Motors?
    Esses americanos nunca mudam mesmo, o carro custa o olho da cara. Lá, tanto carro à gasolina quanto biocumbustivel, eletricidade, é tudo pra arracar dinheiro do povo. Não é atoa que são ricos.
    Dizerque a China abusa da população é não prestar atenção aos impostos que os EUA cobram também são enormes.
    Ja morei em Nova York e digo, lá tudo é motivo para enfiar impotso, muito parecido aqui não é mesmo?
    Os EUA, assim como o Brasil, poderiam ajudar o mundo de maneira a ajudar a população a se concientizar, mas tudo é só querem arrecadar e dani-se o povo.

    Esse é o mundo.

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