O Octopus é um veículo de quatro eixos e oito rodas, com tração integral e voltado a aplicações militares, de salvamento e serviços gerais em ambiente hostil. Para atender a estas expectativas, o veículo inclui diversos aparatos tais como:
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Suporte escamoteável para lançador de foguetes
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Guinchos dianteiros e traseiros com alta capacidade de içamento
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Sistema de locomoção para ambientes de extrema dificuldade (rastejador)
Nas fases posteriores do projeto está prevista a inclusão de um sistema de controle remoto do veículo, o que irá permitir que o operador pilote o veículo a distância.
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Florianópolis, 30.6.2004 – O M8, veículo-conceito com tração em oito rodas, foi apresentado nesta quinta-feira, dia 30, na Federação das Indústrias de Santa Catarina. Este é o segundo veículo criado pelo Programa Automotivo Catarinense, desenvolvido pela FIESC com objetivo de alavancar o uso de sistemas e autopeças fabricados por indústrias do Estado. O primeiro veículo concebido pelo Programa, um jipe com tração nas 4 rodas apresentado no final do ano passado, já está em fase de ajustes e homologação e chega ao mercado em 2006.
O M8 é um caminhão com tração nas oito rodas, ideal para uso em situações extremas. Sua suspensão independente com duplo feixe de molas invertidos garante que transponha terrenos de dificuldade severa. O veículo-conceito apresentado nesta quinta-feira foi construído para alinhar-se ao uso militar, mas seu chassi multiuso permite que seja adaptado a outros nichos de mercado com considerável especificidade, como por exemplo o uso em trabalhos de defesa civil e bombeiros, na patrulha de fronteiras secas, no combate ao narcotráfico, na patrulha ambiental e como ambulâncias para resgates em áreas de difícil acesso, como em acidentes com aviões.
Na versão militar, permite vários tipos de operações, com transporte de até 16 homens. Dispõe de dois lança-foguetes retráteis, capazes de buscar alvos terrestres e aéreos. Conta ainda com um sistema revolucionário de garras hidráulicas rastejadoras, que podem ser acionadas para ajudar na locomoção em terrenos com condições extremamente adversas, caso as oito rodas percam aderência. O sistema baixa dois patins com unhas de aço, capazes de utilizar apoios no solo para impulsionar o veículo, algo muito parecido com o movimento de um soldado rastejando.
O M8 possui ainda um computador de bordo que permite o comando eletrônico de praticamente todas as suas funções, do armamento ao acionamento dos guinchos. Em uma de suas versões futuras, permitirá o acionamento de seus sistemas por controle remoto, possibilitando que o veículo seja teleguiado por um operador que o observe de longe. De um helicóptero, por exemplo.
Graças a sua tecnologia embarcada, o M8 ganha também excepcional potencial no uso anti-terror, como por exemplo no resgate de reféns ou acesso a áreas com risco químico ou de explosivos sem risco à tripulação.
O veículo levou um ano e meio para ser construído e, assim como o jipe A4, está sendo conduzido também por um outro grupo de empresários catarinenses, que pretende constituir uma empresa para a fabricação. O M8 será produzido em Santa Catarina, sob demanda, privilegiando, sempre que possível, a tecnologia e produtos de empresas do Estado. Entre as indústrias que forneceram componentes para o protótipo estão a Metalúrgica Fey, de Indaial (fixadores automotivos), a SC Tec Automação e Projetos Especiais, de Joinville (softwares embarcados), a Previncêndio Equipamentos, de Florianópolis (extintores), a Guidale, de Lages (pneus), Roberge, de Siderópolis (rodas), Estofacenter, de Florianópolis (lonas e revestimentos), Elf Automação, de Florianópolis (cilindros pneumáticos) e Arte Máxima, de Florianópolis (sinalização de cabine).
O projeto M8 foi apresentado em Brasília pelo presidente da FIESC, José Fernando Xavier Faraco, ao vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, e também está sendo apreciado pelo Alto Comando do Exército Brasileiro. “Apesar de sua inúmera possibilidade de usos, resolvemos primeiro concebê-lo com características militares, em razão de sua extrema aderência ao uso pelo Exército”, explica Faraco.
O desenvolvimento do M8, além de ajudar a dar visibilidade à indústria automotiva catarinense, chega para ser um componente a mais na retomada da indústria de defesa nacional. Para Faraco, um país com pretensões de ser líder regional e pleitear um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU tem que produzir seus próprios meios de defesa.
Achei o veículo interessante e a idéia genial. Poucos se atrevem a inovar. Faltou falar das especificações.
Salve Ricardo.
Antes de editar a matéria procurei informações sobre o veículo, entretanto, como é prática no Brasil, elas são praticamente nulas.
queres ver um exemplo? tenta entrar no site da Avibras e obter informações sobre os Caminões Tectran que equipam o sistemas astrus II.
as vezes é mais fácil buscar informações em Forums estrangeiros do que nas nossas indústrias.
infelizmente esta é a rotina, nossas empresas precisam aprender a vender o peixe…
Grande abraço
E.M.Pinto
Tá aí uma ótima notícia. É bom saber que a indústria militar brasileira está voltando a respirar! Alguém sabe se as forças armadas pretender adquirir o veículo?
abraços
Boa dia E.M. Pinto,
Sou muito fã de seu blog e gostaria de ter mais informações sobre esse veiculo que achei interessante e inovador. Concordo com vc quando diz que os empresarios brasileiros são muitos descuidados na divulgação de seus produtos, do que adianta ter um produto bom se ninguem conhece vide o caso da Agrale (eu gostaria muito de uma reportagem sobre seus produtos) que acaba vendendo mais para a argentina e o resto da america latina do que para nosso exercito aqui. Acho eu, que devemos sim fazer cada vez mais lobby para nossas empressas e obrigar o governo equipar no que for possivel com produtos nacionais (no caso de um similar nacional) só assim teremos uma industria de defesa. Mas uma vez parabéns aos empresarios de Santa catarina que nos orgulham com esse projeto.
Interessante estas notícias..
E.M.
Só para complementar, aqui tem tanto segredo que a gente nem sabe o que tem na mão não é?
Mais fácil é o gringo saber!
kkkk
Brincadeirinha!