INDRA lidera projeto europeu para detecção de explosivos à distância

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A INDRA, empresa multinacional espanhola do setor de Tecnologia da Informação, lidera o projeto OPTIX, promovido pela União Européia dentro do Programa Marco de I&D (Investigação e Desenvolvimento), cujo objetivo é desenvolver novos métodos de detecção de explosivos à distância.

Contando com um investimento de €$ 3,3 milhões, o programa está estudando um sistema capaz de identificar resíduos de explosivos com peso da ordem de microgramas a 20 metros de distância e determinar qual seu tipo. O protótipo estará operacional no final do corrente ano e os ensaios se estenderão até o início de 2012.

O OPTIX é o projeto mais ambicioso e avançado tecnologicamente em marcha na Europa com esse tipo de objetivo. Sua aplicação imediata será a de proporcionar às Forças e Corporações de Segurança um método confiável e seguro de identificação de explosivos. Com isso, poderá se saber, assumindo riscos pessoais mínimos, se um veículo ou objeto suspeito contém explosivos ou, pelo contrário, se é  um alarme falso. Até o momento, não existe nenhum sistema no mundo que ofereça um grau de acerto adequado para ser utilizado pela polícia.

A solução que está sendo estudada será transportável e empregará um laser multipropósito de alta energia que atuará sobre o material ou objeto suspeito, excitando a substância que o constitui e identificando seu padrão químico.

Até o momento, já foi completada a fase de definição de requisitos e funcionalidades, sendo que no mês de agosto de 2009 iniciou-se a fase de desenvolvimento.

O projeto parte do princípio de que o manejo de explosivos sempre implica na disseminação de resíduos. É praticamente impossível manipulá-los e transportá-los sem deixar rastros. Trata-se de minúsculos resíduos que se aderem à superfície dos objetos que os portam e às mãos das pessoas que os manipulam. Eliminar esses traços, que por vezes pesam a milionésima parte de um grama, é um trabalho muito difícil.

Para identificar o padrão químico com máxima precisão, o sistema combinará três técnicas distintas: a espectrometria LIBS (Laser Induced Breakdown Spectroscopy), técnica que remove com um feixe de laser as partículas (átomos) da superfície do material, ionizando-as, excitando-as e analisando o espectro eletromagnético que elas emitem; espectrometria Raman, técnica que mede as variações dos estados de vibração das moléculas da amostra, excitadas previamente com o feixe de laser, permitindo a identificação unívoca de sua estrutura molecular; e a espectrometria por absorção infra-vermelha, que caracteriza as amostras em função da sua absorção de radiação ao longo de determinados intervalos do espectro eletromagnético infra-vermelho.

Fonte:Tecnologia &Defesa