Programa CAXIAS

PROGRAMA CAXIAS

Nota do Blog

Este Artigo é de Autoria pessoal de Ageu Rodrigues, não possui nenhum vínculo oficial ou representa as instituições militares brasileiras.

Ficheiro:Luís Alves de Lima e Silva.jpgMarechal Luis Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, cujo trabalho exaustivo transformou o Exército Imperial na mais poderosa máquina de guerra da América Latina

Até o início do ano de 1867, o Exército Imperial apenas acumulou fracassos ou vitórias esporádicas contra o profissional e disciplinado exército paraguaio de Francisco Solano López, durante a Guerra do Paraguai (1864-70).

Coube ao então Marquês de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva, nomeado em fevereiro de 1867 como comandante supremo das forças da Tríplice Aliança, reestruturar a carcomida organização militar vigente no Brasil, transformando o indisciplinado e mal-equipado Exército Imperial na mais poderosa máquina militar da América Latina em seu tempo.

Para efeito de comparação, em 1865 o Exército Imperial contava com 18 mil homens. Em 1866 passou a ter 67.365, aumentados para 71.039, em 1867, e 82.271, em 1869. Caxias reorganizou profundamente as tropas, que receberam uniformes, bagagem e equipamentos tão bons quanto os do Exército Prussiano (tido como o mais poderoso do mundo, na época). O serviço de Saúde prestado às forças armadas tinha qualidade pouco inferior ao que existiu na Guerra de Secessão dos Estados Unidos (que mobilizou mais de um milhão de soldados) e superior ao da Guerra da Criméia (que reuniu importantes potências da época, como França, Rússia e Grã-Bretanha).

Em homenagem ao seu exímio trabalho, que o consagrou como Patrono do Exército Brasileiro, esta simulação de reestruturação organizacional das unidades militares do proposta Força Terrestre da Força de Defesa do Brasil será chamada de PROGRAMA CAXIAS.

FORÇA DE DEFESA DO BRASIL

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Objetivando elevar a capacidade dissuasória das Forças Armadas do Brasil, a Estratégia Cruzeiro do Sul aposta na ideia de integração e unificação das três Forças Singulares dentro de uma moderna e estruturada Força de Defesa. Todos os meios terrestres atuais (armas e equipamentos, unidades e efetivos) das três Forças Singulares (Brigadas e Divisões de Exército, Corpo de Fuzileiros Navais, Batalhões de Infantaria da Aeronáutica Especial) passariam a compor o braço operacional eminentemente terrestre da nova Força de Defesa do Brasil, a Força Terrestre.

Sua organização visará fundir elementos atualmente presentes nas forças terrestres das três Forças Singulares – aprofundando o conceito de integração. Ela contará com unidades especializadas em missões aeroterrestres e aeromóveis, operações anfíbias e ações de combate direto ao inimigo. Para isso, buscará adotar princípios já adotados em países como França (onde os fuzileiros navais pertencem ao Exército), Canadá (que adota o principio de força de defesa única) e Estados Unidos (cujo U. S. Marine Corps é uma das forças de combate mais dinâmicas e modernas da atualidade).

REESTRUTURAÇÃO  E EXPANSÃO

Para poder fazer frente às futuras ameaças que o país está sujeito, a futura Força Terrestre deverá adotar uma nova forma de organização vertical de suas pequenas e grandes unidades, de forma que estas possam reunir todas as condições necessárias para atuar em diferentes Teatros de Operações, dentro de suas capacidades e missões. É óbvio que em cada uma das Divisões-Gerais de Força (Armas) haverá uma organização própria que atenda suas necessidades operacionais.

Assim, em ordem crescente, a Força Terrestre teria basicamente os seguintes escalões:

Esquadra de Tiro (Esq): composta por quatro elementos (um Cabo Comandante, um Soldado granadeiro, um Soldado fuzileiro e um Soldado Metralhador);

ESQUADRA DE COMBATE

Esquadra de combate segundo o autor, na figura a composição de uma Esquadra de Combate, a menor fração existente no EB e que será estendido à Força Terrestre proposta. Uma Seção de Combate é formada por duas Esquadras de Combate. O Ministério da Defesa deveria partir para o desenvolvimento de um fuzil universal o qual seria concebido em sistema modular e que seria facilmente convertido em todas as armas necessárias para uma esquadra de combate (Arte por: E.M.Pinto)

Ilustração mostrando basicamente a composição de uma Seção de Combate. Cada Pelotão de Combate reestruturado deverá contar com três Seções de Combate como esta e uma Seção de Apoio, além da Seção de Comando do Pelotão. Abaixo, a Seção de Apoio de Combate de um Pelotão de Combate, responsável pelo apoio de fogo às três Seções de Combate.

– Seção (Sec): formada por duas Esquadras de Tiro, um Terceiro-Sargento Comandante e um Cabo atendente médico;

SEÇÃO DE COMBATE

Seção de combate segundo o Autor (Arte por E.M.Pinto)

– Pelotão (Pel): formado por três Seções de Combate, uma Seção de Apoio de Combate e um Grupo de Comando (formado por um Segundo-Tenente Comandante e um Primeiro-Sargento Subcomandante, um Cabo rádio-operador e um Cabo atendente médico, um Sargento atirador (caçador) e um Cabo observador, e dois Sargentos operadores de VANT e dois Cabos auxiliares de VANT);

SEÇÃO DE COMANDO DE PELOTÃO

Seção de commando de Pelotão segundo o Autor (Arte por E.M.Pinto)

Seção de Comando de um Pelotão de Combate. Com o advento da Guerra de 4ª Geração e o deslocamento do Teatro de Operações do campo para as cidades, o Pelotão de Combate será o escalão básico para ação em ambientes limitados, daí necessitando reunir condições mínimas para atuação independente de seu comando (Companhia ou Batalhão). Por isso necessitará de apoio de veículos aéreos não-tripulados de pequeno porte (como o Carcará, já em uso pelos Fuzileiros Navais).

SEÇÃO DE APOIO

Seção de Apoio segundo o Autor (Arte por E.M.Pinto)

Companhia (Cia): composta por três Pelotões de Combate, um Pelotão de Apoio de Combate, o Comando da Companhia e uma Seção de Comando, tendo um Capitão como Comandante e um Primeiro-Tenente como Subcomandante. Na Cavalaria será designada de Esquadrão e na Artilharia será designada de Bateria;

– Companhia de Comando e Apoio (Cia Cmdo Ap): será formada pelo Comando da Companhia, por um Pelotão de Comando, Pelotão de Manutenção e Transporte, Pelotão de Artilharia (morteiros e armas anticarro), Pelotão de Comunicações, Pelotão de Suprimentos, Pelotão de Saúde e um Pelotão de Engenharia de Combate.

Batalhão (Btl): composto por três subunidades de escalão Companhia de Combate, uma subunidade de escalão Companhia de Comando e Apoio com sete Pelotões de Apoio, uma Base Administrativa (B Adm) para assuntos burocráticos (composto por uma Seção de Comando, uma Seção Mobilizadora, uma Divisão de Pessoal, uma Divisão de Saúde e uma Divisão Administrativa), e pelo Comando do Batalhão. No Corpo de Cavalaria será designada de Regimento e, na Artilharia, de Grupo;

Comando do Batalhão: será composto por um Tenente-Coronel Comandante, um Major Subcomandante, quatro Seções de Comando, um Pelotão de Operações Especiais (formado pelos efetivos mais bem treinados da unidade) e por um Pelotão de Reconhecimento/Vant (habilitado a executar missões de reconhecimento remoto);

– Batalhão de Comando e Controle (Btl Cmdo Ctrl): existente atualmente na Divisão Anfíbia do Corpo de Fuzileiros Navais, contará com o Comando do Batalhão, uma Companhia de Comando, uma Companhia de Comunicações, uma Companhia de Inteligência de Sinais e a Base Administrativa.

Organograma representando um típico Batalhão de Infantaria de Selva do EB (52º BIS), com suas Subunidades de Combate e Apoio, Arte: E.M.Pinto.

Organograma elaborado pelo autor a partir do organograma do 52º BIS  (Arte:E.M.Pinto).

Composição de um futuro Batalhão de Infantaria Motorizado reestruturado da Força de Defesa do Brasil. Notar a adição dos Pelotões de Reconhecimento/Vant e de Operações Especiais, no Comando da Companhia, e as mudanças na Base Administrativa. Os Pelotões Anticarro e de Morteiros foram fundidos numa única Fração, o Pelotão de Artilharia, e foi adicionado o Pelotão de Engenharia de Combate, para dar apoio de mobilidade e contramobilidade ao Batalhão.

– Brigada (Bda): será composta por quatro elementos de manobra (quatro Batalhões ou Regimentos), um Grupo de Artilharia, um Batalhão Logístico, três Companhias de Apoio ao Combate (Bateria de Artilharia Antiaérea, Companhia de Engenharia de Combate e um Esquadrão de Cavalaria Mecanizado), um Pelotão de Polícia da Força de Defesa e o Comando da Brigada;

– Comando da Brigada (Cmdo Bda): terá em sua dotação o Comandante da Grande Unidade (um Brigadeiro-General) um Oficial-Subcomandante (um Coronel) e Seções de Pessoal, de Inteligência, de Operações, de Logística, de Comunicações e de Intendência;


Atual composição de uma Brigada de Combate típica do EB, aqui mostrada a configuração de uma Brigada de Infantaria Motorizada. Concepção: Ageu Rodrigues, Arte: E.M.Pinto.

Organograma mostrando a futura composição de uma Brigada de Combate da Força Terrestre, aqui mostrada como será uma nova Brigada de Infantaria Motorizada (observar a mudança da designação do Pelotão de Polícia do Exército para Polícia da Força de Defesa e a substituição do Grupo de Artilharia de Campanha (Obuseiros de 105mm) pelo Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes (Sistema ASTROS Hawk)). Note a influência do CFN em sua nova estrutura (Batalhão de Comando e Controle). (Elaborado pelo autor).

Essas serão as Grandes Unidades, Unidades, Subunidades e Frações de Combate que passarão a existir na Força Terrestre da FDB. Corpo de Cavalaria (designação proposta para o atual conceito de Arma) será reestruturado em dois tipos específicos: Cavalaria Mecanizada (que será dotada de blindados sobre rodas) e a Cavalaria Blindada (que fará uso de blindados sobre lagartas). Um Regimento típico de Cavalaria (blindado ou mecanizado) contará com quatro esquadrões equipados com dezessete blindados (sendo quatro por pelotão e um destinado ao comandante do esquadrão) e um Esquadrão de Comando e Apoio equipado com oito viaturas blindadas.

Como o Brasil pleiteia um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, não sofre ameaças externas “declaradas” e levando-se em conta que as missões de paz requerem o uso de blindados sobre rodas para operações em ambientes urbanos, a espinha dorsal da Cavalaria brasileira deverá ser formada por blindados sobre rodas GUARANÍ (proposto no Programa OSÓRIO – Terrestre). As Forças Blindadas do EB, formada por blindados sobre lagartas, constituirão basicamente uma força de defesa estratégica contra possíveis ameaças externas.

http://www.defesanet.com.br/imagens/haiti/veiculos/urutu_6.jpg

As missões de paz e de Garantia da Lei e da Ordem se desenvolvem basicamente em ambientes urbanos. Para isso, o uso de blindados sobre rodas é essencialmente necessário. A foto, acampamento da Brigada Haiti (Forças Armadas Brasileiras), com nove Urutus II alinhados. O segundo blindado (da direita para esquerda) é o Urutu Ambulância, única versão em serviço no EB atualmente. Embaixo, Urutu Moustache (bigodes) com lâmina frontal tipo buldozer removendo um obstáculo nas ruas de Port-Au-Prince.

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VBTP Urutu II, totalmente modificada para operação em ambientes urbanos no Haiti. Notar a cabine blindada para o motorista, a lâmina frontal para remoção de obstáculos e a torreta para o atirador. O Teatro de Operações futuro se deslocará totalmente do campo para as cidades, devendo as forças combatentes se adaptar à nova realidade para vencer o oponente.

A Arma da Artilharia também sofrerá uma reorganização, (passando a ser denominada Corpo de Artilharia) procurando se adaptar à Brigada a qual se destinará a apoiar. Cada Grupo de Artilharia contará com três Baterias de Tiro e uma Bateria de Comando e Apoio. Cada Bateria de Tiro contará com nove peças de artilharia (sendo três peças por pelotão de tiro e tendo um pelotão de apoio para realizar missões de designação de alvos, com seus Vant’s orgânicos), perfazendo um total de vinte e sete bocas por Grupo.

Com as transformações geopolíticas que estão se processando atualmente em todo o mundo, fornecendo verdadeiros laboratórios para estudos de estratégias militares (Haiti, para o Brasil e Afeganistão e Iraque, para os EUA), verificou-se que os futuros Teatros de Operações não serão mais campos ou áreas amplas, mas ambientes urbanos com espaços limitados.

Não é ficção prever que, num futuro assustadoramente próximo, as guerras ocorrerão num prazo máximo de 48 horas (com amplo uso de forças aerotransportadas e aeromóveis) e se decidirão basicamente nas ruas das grandes megalópoles. Num bairro seriam instalados os postos de comando e acampamentos das tropas, no outro será dada assistência médica e humanitária para a população civil (pois com a velocidade dos confrontos, invariavelmente não será possível efetuar a devida evacuação de não-combatentes), e em outro bairro se desdobrarão os conflitos que ocorrerão no estilo Stalingrado – cômodo-a-cômodo.

Num conflito dessa magnitude, o vencedor será aquele que conquistar mais espaço (mais bairros ou, dependendo da intensidade do conflito, mais ruas e quarteirões) ou que conseguir manter suas posições por mais tempo. Num combate desse estilo, unidades pequenas e fortemente armadas e equipadas terão valor estratégico superior às Grandes Unidades clássicas. (Para saber mais sobre o futuro dos combates urbanos, leia:(http://defesabrasil.com/site/artigos/artigos/o-combate-urbano-e-o-combatente-urbano-de-2025.php).

Dessa maneira, as Divisões (Grandes Unidades que possuem efetivo entre 10.000 e 25.000 elementos, organizados em funções específicas) se tornarão completamente obsoletas, pois fracionar uma Divisão e empregar parte de seu efetivo num Teatro de Operações desse tipo se constitui uma problemática que o U. S. Army tem sofrido no Oriente Médio. Com isso, a Unidade Básica (que reunirá os elementos necessários para emprego individual no campo de batalha) será a Brigada (Grandes Unidades com efetivo médio entre 2.000 a 7.000 soldados, com diversas Unidades e Subunidades destinadas ao combate e apoio de combate).

Pensando nisso, as Divisões operacionais propriamente ditas (o EB conta com um total de nove Divisões de Exército, porém grande parte delas é combinada com Regiões Militares ou outros comandos (1ª DEDivisão Mascarenhas de Morais, 2ª DEDivisão Presidente Costa e Silva, 3ª DEDivisão Encouraçada e 6ª DEDivisão Voluntários da Pátria, do EB, e Divisão Anfíbia, do CFN)) serão suprimidas em favor das Brigadas de Combate que as compõem.

As Grandes Unidades serão classificadas em basicamente dois tipos distintos, considerando-se a organização atualmente existente no EB e no CFN:

– Brigada de Combate: reunirá todas as condições necessárias para seu emprego independente no Teatro de Operações, como unidades de combate e de apoio ao combate. Será subdividida da seguinte maneira:

Leves: categoria que reunirá as brigadas de combate ligeiras e de pronto-emprego, como as aeromóveis, paraquedista, de selva e etc.;

Médias: será composta principalmente pelas Brigadas de Infantaria Motorizada, que serão as principais e mais versáteis forças combatentes urbanas;

Pesadas: formadas pelas Brigadas Blindadas e Mecanizadas, destinadas principalmente a ações de choque direto contra o inimigo;

Brigada de Apoio ao Combate: também chamada de Grupamento (no caso da Engenharia), será composta por um Comando, uma Companhia de Comando e cinco elementos de manobra.

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No futuro, todos os Batalhões de Infantaria (principalmente aqueles pertencentes às Brigadas de Infantaria Motorizada, Mecanizada e Blindada) contarão com Companhias aptas a realizarem operações de Garantia da Lei e da Ordem. Abaixo, o EB também estará capacitado para atender às solicitações da ONU, contando com unidades capacitadas para realizarem missões de paz no exterior.

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Haverá profunda reorganização de meios e pessoal entre as Brigadas existentes, capacitando-as para o emprego independente em qualquer Teatro de Operações que venha a engajar.

Essas unidades ficarão dispersas pelas novas Regiões Militares (antigos Comandos Militares de Área) para pronto-emprego em caso de necessidade. Com a extinção das Divisões de Exército, as quatro Artilharias Divisionárias (AD/1Artilharia Divisionária Cordeiro de Farias, AD/3Artilharia Divisionária Brigadeiro Gurjão, AD/5Artilharia Divisionária Marechal Setembrino de Carvalho, e AD/6 Artilharia Divisionária Marechal Gastão de Orleans e Bragança) serão suprimidas e suas unidades orgânicas serão distribuídas entre as novas Brigadas Reestruturadas de Combate.

Todas as Organizações Militares (OM) dentro da estrutura do EB serão basicamente do TIPO III. A definição de OM Tipo I, II e III é a seguinte:

– Tipo I: Comando, Cia de Comando e Apoio, e uma Cia de Combate;

– Tipo II: Comando, Cia de Comando e Apoio, e duas Cia de Combate;

– Tipo III: Comando, Cia de Comando e Apoio, e três Cia de Combate.

Tipo IV: Comando, Cia Comando e Apoio e quatro Cia de Combate.

É uma maneira de se economizar efetivo e material em tempo de paz. Uma OM Tipo I ou II é muito prejudicada no seu preparo particularmente em função do serviço de escala. Entendido que isto é válido para todos os Corpos. Dessa maneira, todas as OM Tipo I e II serão complementadas com pessoal e material, criando-se mecanismos para que todas as OM que não sejam do tipo III deixem de existir completamente.

No caso do Corpo de Cavalaria, seria interessante estender a atual organização aplicada à Cavalaria Blindada (Tipo IV) para a Cavalaria Mecanizada também. Isso, porque a Cavalaria é tradicionalmente uma força de combate destinada ao embate frontal, daí necessitando de realizar rodízio constante de suas unidades em combate. Também, diferentemente das demais Brigadas de Combate (que contam com uma Companhia de Engenharia de Combate) as Brigadas de Cavalaria, quer seja Mecanizada ou Blindada, contarão com um Batalhão de Engenharia de Combate. – O mesmo ocorrerá com as Brigadas de Operações Anfíbias (oriundas das Divisões Anfíbias do CFN) que também contarão com unidades de Engenharia de Combate de escalão Batalhão.

Esquema elaborado pelo autor mostrando a configuração básica de uma Brigada Blindada reestruturada, aqui mostrado como será uma Brigada de Infantaria Blindada. Tanto as Brigadas de Infantaria quanto às de Cavalaria apresentarão a mesma organização (já adotada pela Força Blindada do EB), com o acréscimo do Batalhão de Comando e Controle (que no corpo de Cavalaria será classificado de Regimento) e a substituição do Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (Obuseiros M-108 de 105 mm) pelo Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes (Sistema ASTROS III). Seus elementos de manobra (dois Batalhões de Infantaria Blindado e dois Regimentos de Cavalaria Blindado) serão do Tipo IV, Concepção Ageu Rodrigues, Arte: E.M.Pinto.

Atualmente, o Exército Brasileiro conta com as seguintes Brigadas:

1ª Brigada de Infantaria de Selva – Boa Vista-RR

2ª Brigada de Infantaria de Selva – São Gabriel da Cachoeira-AM

3ª Brigada de Infantaria Motorizada – Cristalina-GO

4ª Brigada de Infantaria Motorizada – Juiz de Fora-MG

6ª Brigada de Infantaria Blindada – Santa Maria-RS

7ª Brigada de Infantaria Motorizada – Natal-RN

8ª Brigada de Infantaria Motorizada – Pelotas-RS

9ª Brigada de Infantaria Motorizada-Grupamento de Unidades-Escola – Rio de Janeiro-RJ

10ª Brigada de Infantaria Motorizada – Recife-PE

11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO) – Campinas-SP

12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) – Caçapava-SP

13ª Brigada de Infantaria Motorizada – Cuiabá-MT

14ª Brigada de Infantaria Motorizada – Florianópolis-SC

15ª Brigada de Infantaria Motorizada– Cascavel-PR

16ª Brigada de Infantaria de Selva – Tefé-AM

17ª Brigada de Infantaria de Selva – Porto Velho-RO

18ª Brigada de Infantaria de Fronteira – Corumbá-MS

23ª Brigada de Infantaria de Selva – Marabá-PA

1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Santiago-RS

2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Uruguaiana-RS

3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Bagé-RS

4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Dourados-MS

5ª Brigada de Cavalaria Blindada – Ponta Grossa-PR

1º Grupamento de Engenharia – João Pessoa-PB

2º Grupamento de Engenharia – Manaus-AM

1ª Brigada de Artilharia Anti-Aérea – Guarujá-SP

Brigada de Infantaria Pára-quedista – Rio de Janeiro-RJ (Anápolis-GO)

Brigada de Operações Especiais – Goiânia-GO

Comando de Aviação do Exército – Taubaté-SP

Artilharia Divisionária (1ª Divisão de Exército) – Niterói-RJ

Artilharia Divisionária (3ª Divisão de Exército) – Cruz Alta-RS

Artilharia Divisionária (5ª Divisão de Exército) – Curitiba-PR

Artilharia Divisionária (6ª Divisão de Exército) – Porto Alegre/RS

São 19 Brigadas de Infantaria, 5 Brigadas de Cavalaria, 5 de Artilharia, 1 de Aviação, 1 de Operações Especiais e 2 de Engenharia. Essas brigadas têm efetivos extremamente variados entre si, não havendo uma coesão ou padronização de meios. No Programa Caxias, todas as Brigadas que não contam com os meios orgânicos de apoio logístico e de apoio de combate serão complementadas, mediante a criação ou, em caráter emergencial, a transferência de OM de regiões onde são menos necessárias.

Com a extinção do escalão Divisão de Exército, suas unidades de apoio orgânicas serão dispersas pelas Brigadas existentes. Exemplos de remanejamento de unidades serão os das Artilharias Divisionárias (que serão extintas) e o Comando de Aviação do Exército (cujas unidades serão englobadas pela Força Aérea da FDB). Com a junção das duas Divisões Anfíbias (considerando a nova Divisão que será criada no Norte/Nordeste junto com a Segunda Esquadra) e dos Batalhões de Infantaria da Aeronáutica Especial e outras unidades de combate terrestre congêneres, a Força Terrestre reestruturada será organizada da seguinte maneira:

– Brigadas de Combate Convencionais:

Leves: unidades de pronto-emprego e de ação rápida

1ª Brigada de Infantaria de Selva (Aeromóvel) – Manaus-AM

2ª Brigada de Infantaria de Selva – São Gabriel da Cachoeira-AM

16ª Brigada de Infantaria de Selva – Tefé-AM

17ª Brigada de Infantaria de Selva – Porto Velho-RO

19ª Brigada de Infantaria de Selva – Macapá-AP

20ª Brigada de Infantaria de Selva – Rio Branco-AC

23ª Brigada de Infantaria de Selva – Marabá-PA

4ª Brigada de Infantaria de Montanha – Juiz de Fora-MG

10ª Brigada de Infantaria de Caatinga – Recife-PE

18ª Brigada de Infantaria de Pantanal – Corumbá-MS

21ª Brigada de Operações Ribeirinhas – Tabatinga-AM

12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) – Caçapava-SP

24ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) – Rio de Janeiro-RJ

1ª Brigada de Operações Anfíbias – Rio de Janeiro-RJ

2ª Brigada de Operações Anfíbias – São Luís-MA

Brigada de Infantaria Paraquedista – Anápolis-GO

Comando de Operações Especiais – Goiânia-GO

Médias: unidades de desdobramento e reforço estratégico

5ª Brigada de Infantaria Motorizada – Salvador-BA

8ª Brigada de Infantaria Motorizada – Pelotas-RS

13ª Brigada de Infantaria Motorizada – Cuiabá-MT

14ª Brigada de Infantaria Motorizada – Florianópolis-SC

22ª Brigada de Infantaria Motorizada – Fortaleza-CE

Pesadas: unidades de ação direta e combate frontal

3ª Brigada de Infantaria Mecanizada – Cristalina-GO

7ª Brigada de Infantaria Mecanizada – Natal-RN

11ª Brigada de Infantaria Mecanizada – Campinas-SP

15ª Brigada de Infantaria Mecanizada – Cascavel-PR

1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Santiago-RS

2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Uruguaiana-RS

3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Bagé-RS

6ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Boa Vista-RR

4ª Brigada de Cavalaria Blindada – Dourados-MS

5ª Brigada de Cavalaria Blindada – Ponta Grossa-PR

6ª Brigada de Infantaria Blindada – Santa Maria-RS

9ª Brigada de Infantaria Blindada – Rio de Janeiro-RJ

– Brigadas de Apoio ao Combate:

1º Grupamento de Engenharia – João Pessoa-PB

2º Grupamento de Engenharia – Manaus-AM

3º Grupamento de Engenharia – Campo Grande-MS

1ª Brigada de Artilharia Antiaérea – Guarujá-SP

2ª Brigada de Artilharia Antiaérea – Brasília-DF

(clicando nos títulos sublinhados, abrirá uma página mostrando a atual unidade da qual as brigadas propostas derivarão).

Unidades da Federação com maior concentração de Brigadas

Amazonas /Rio Grande do Sul: 5

Mato Grosso do Sul/Goiás/São Paulo/Rio de Janeiro: 3

Paraná: 2

A seguir seguirá os links de matérias sobre algumas propostas para a otimização do Exército Brasileiro que foram aproveitadas pela Estratégia Cruzeiro do Sul para o aprimoramento operacional da Força Terrestre:

Planejamento elaborado pelo Exército para atender às determinações da END

Proposta de modificação, atualização das forças Mecanizadas

Brigada de infantaria mecanizada

 

O Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais será renomeado para Batalhão de Operações Especiais Anfíbio e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (FAB) será transformado em Batalhão, sendo integrados juntamente com o Grupamento de Mergulhadores de Combate à Brigada de Operações Especiais, que será transformado em Comando de Operações Especiais – desvinculando sua organização da Força Terrestre e transformando-o numa OM de Operações Especiais de toda a Força de Defesa do Brasil.

Será a principal força de combate da Força de Ação rápida Estratégica integrada proposta por Roberto Silva em Defesa BR. As demais OM serão a Brigada de Infantaria Paraquedista as duas Brigadas de Operações Anfíbias (derivadas das Divisões Anfíbias de Fuzileiros Navais), as duas Brigadas de Infantaria Leve (Aeromóvel) (a 12ª Brigada de Caçapava e a nova Brigada que será criada pelo EB no Rio de Janeiro em substituição à Brigada de Infantaria Paraquedista que será deslocada para Anápolis – aqui mostrada como 24ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel)) e ainda a 1ª Brigada de Infantaria de Selva (Aeromóvel) que será transferida de Boa Vista para Manaus e otimizada para operações de assalto aeromóvel.

Organograma elaborado pelo autor mostrando a organização da futura Força de Ação Rápida Estratégica Integrada proposta por Roberto Silva do Defesa BR, adequada à organização proposta pelo Programa Caxias. Note os tempos de reação mínimo e máximo de cada tropa (concepção: Ageu Rodrigues, Arte: E.M.Pinto).

Cada Região Militar (vide Estratégia Cruzeiro do Sul) será servida por uma Companhia de Comando, uma Companhia de Guardas, um Batalhão de Polícia da Força de Defesa e um Batalhão de Comunicações. Já o Distrito Federal, que será desvinculado de qualquer OM geográfica (estando suas unidades orgânicas subordinadas diretamente ao Comando de Operações de Defesa), contará com o Batalhão de Guarda Presidencial, com o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, com o Batalhão de Polícia da Força de Defesa de Brasília (essas unidades outrora pertencentes ao EB), com o Batalhão Naval (pertencente ao CFN, estando baseado no Rio de Janeiro, mas podendo ter uma Companhia instalada na capital federal), e com o Batalhão de Cerimonial da Força Aérea (que a FAB pretende criar em Brasília para as demonstrações da Força).

A partir da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada (baseada em Recife-PE), seria criada a Brigada de Infantaria de Caatinga. A 4ª de Infantaria Motorizada seria transformada na Brigada de Infantaria de Montanha e a 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira seria reorganizada e complementada, passando a ser denominada de Brigada de Infantaria de Pantanal. Todas essas unidades, assim como as sete Brigadas de Infantaria de Selva, seriam classificadas como Brigadas de Pronto-Emprego, estando capacitadas para engajamento imediato.

As Brigadas de Infantaria Mecanizadas seriam criadas a partir da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada (baseada em Cristalina-GO), da 11ª Brigada de Infantaria Leve-GLO (instalada em Campinas-SP), da 15ª Brigada de Infantaria Motorizada (baseada em Cascavel-PR) e a partir da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Natal-RN. A 1ª Brigada de Infantaria de Selva (fixada em Boa Vista-RR) seria transferida para Manaus-AM e otimizada para assalto aeromóvel e, em suas instalações, seria criada a 6ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.

Isso se deverá principalmente a dois fatores: a região propícia ao uso desses meios (conhecida como Lavrado, que permite o amplo uso de veículos blindados – sendo que já se encontra baseada na região a única unidade equipada com blindados, o 12º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado) e também pelo fato, já mencionado, de que praticamente não há unidades mecanizadas em toda a Região Norte do país, que carece de tais instrumentos de dissuasão. Somando-se às Brigadas de Cavalaria Mecanizadas já existentes, o total de Brigadas desse tipo passarão ao total de oito.

O total de carros de combate atualmente em uso pelo EB (mesmo aqueles que ainda estão em processo de entrega) chegam a quase seiscentos, divididos da seguinte maneira:

91 M60 Patton A3 TTS;

18 SK-105A2S (do Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais);

112 M41-C Caxias (que serão desativados com a chegada dos Leopard 1A5);

128 Leopard 1A1 (aqui classificados como 1BE); e

240 Leopard 1A5 (sendo 20 de apoio de combate).

São cerca de 590 carros de combate (mesmo não considerando os outros 40 Leopard 1A5 adquiridos para “reposição de peças”, mas que podem ser colocados em operação devido ao excelente estado de conservação em que se encontram, mesmo sem a revitalização que está sendo processada nos outros 240 carros).

Um Regimento de Carros de Combate típico (que serão renomeados para Regimentos de Cavalaria Blindados, no Programa Caxias) concentra 52 carros de combate em quatro esquadrões (cada um com 13 carros, mais um VBTP M113-B de suporte). Descontando-se os carros de combate de apoio (cerca de 20) e aqueles destinados ao Centro de Instrução de Blindados (que utiliza oito M60 A3 TTS, quatro Leopard 1BE, um M-41C Caxias (em processo de restauro, mas que em breve pode ser retirado de serviço) e dois M-113B), há em dotação no EB carros em número suficiente para mobiliar 8 Regimentos.

Como cada Brigada Blindada (apenas duas, 5ª Bda Cav Bld e 6ª Bda Inf Bld) opera dois Regimentos de Carros de Combate e dois Batalhões de Infantaria Blindados, o EB possui material suficiente para mobiliar mais duas novas Brigadas Blindadas. Isto, sem considerar o total de viaturas blindadas de transporte de pessoal M-113B (num total de 583 viaturas) que, pelo fato de que não serão mais modernizadas pelo EB, deverão ser substituídas em breve (ainda sem nada de concreto) por outro modelo mais eficiente que possa operar em forças-tarefas com os Leopard – um modelo proposto para substituí-los é VBTP GUAICURÚ (ver Programa OSÓRIO).

Como cada Batalhão de Infantaria Blindado opera 72 M113-B, existem viaturas em número suficiente para equipar também 8 Batalhões de Infantaria Blindado.

Esses cálculos não consideram os blindados em operação nos quatro Regimentos de Cavalaria Blindado (que operam em média 34 VBTP e 32 carros de combate), pois unidades desse tipo são orgânicas das Brigadas de Cavalaria Mecanizada – que serão reestruturadas dentro dos planos do EB, para receberem um Regimento de Cavalaria Mecanizado (equipado com blindados sobre rodas), no lugar dessa unidade.

Também leva em consideração que praticamente todos os RCB’s existentes são mobiliados com carros de combate M41-C Caxias, que estão no final de sua vida útil (à guisa de exemplo, dentro do 4º RCB, dos 32 M-41C existentes, apenas 12 estão operacionais). Dessa maneira, o EB tem atualmente em seu arsenal todos os meios necessários para criar mais duas novas BRIGADAS BLINDADAS (sendo uma de Infantaria e uma de Cavalaria).

A localização dessas duas novas brigadas deve considerar duas coisas importantes: a finalidade de emprego (Teatro de Operações a que se destina) e coesão com outras unidades equivalentes (mesmo que mecanizadas). Dessa maneira, as duas regiões mais aptas para receberem essas duas novas brigadas são a Região Centro-Oeste e a Região Sudeste.

Para a criação da futura Brigada de Cavalaria Blindada, poder-se-ia utilizar a já existente 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados-MS. Assim, esta brigada seria mobiliada com viaturas blindadas sobre lagartas e em sua substituição seria instalada uma Brigada Mecanizada (a proposta 6ª Bda Cav Mec) em Boa Vista-RR. Já na Região Sudeste, a Grande Unidade que apresenta as melhores condições de transformação é a 9ª Brigada de Infantaria Motorizada (GUE’s) no Rio de Janeiro. Principalmente, pelo fato de já contar com um Batalhão de Engenharia de Combate orgânico e ter facilidade de deslocamento (pela malha rodo-ferroviária do Sudeste e pelos portos marítimos).

A escolha dessas duas regiões para abrigar as novas brigadas blindadas do EB considera como finalidade de emprego o ambiente onde serão empregadas: região de fronteira e área urbana. A Região Centro-Oeste, como região fronteiriça, carece de meios blindados mais pesados para a defesa estratégica. A Região Sudeste, predominantemente urbana e onde são gerados 2/3 do PIB nacional, tem necessidade de meios blindados pesados como instrumento de dissuasão contra ameaças vindas do mar.

Uma invasão ao território nacional pode ser dada por dois modos: por terra e por mar. Como o Brasil mantém boas relações com seus vizinhos (apesar de alguns problemas diplomáticos com Venezuela, Bolívia e Paraguai e o temor da instalação de bases americanas na Colômbia), a primeira pode ser considerada descartada. Desse modo, a maior ameaça à integridade territorial brasileira viria do mar, na forma de assalto anfíbio de larga escala.

Salienta-se ainda a recente descoberta de petróleo na camada de Pré-Sal que, segundo estimativas chegam 100 bilhões de barris, se estende do litoral do Espírito Santo à Santa Catarina. Como a Região Sul já conta com a presença de numerosas unidades mecanizadas e blindadas, a Região Sudeste carece de meios desse tipo – principalmente na falta do submarino nuclear de ataque da MB, importante meio de negação de mar ao inimigo.

Um detalhe que merece ser abordado é que, enquanto as Brigadas Mecanizadas serão equipadas com Obuseiros Autopropulsados, um excelente sistema de artilharia que pode ser adotado para equipar as Brigadas Blindadas é o veículo lançador de foguetes para saturação de área ASTROS II ou III, produzido pela Avibras.

A aplicação do conceito de Exército Móvel será feita através da expansão da nova Força Aérea (que reunirá todos os meios necessários para a defesa aérea nacional, vigilância marítima e transporte de tropas). Dessa maneira, as unidades da Força Terrestre poderão se deslocar rapidamente para qualquer ponto do território nacional ou mesmo (em se tratando das OM da FAREI) no entorno continental da América do Sul, em cooperação com os demais países e seguindo orientações do Conselho de Defesa Sul-Americano.

A criação deste Conselho de Defesa Sul-Americano representou um importante avanço para o estreitamento das relações diplomáticas regionais (ainda que ainda esteja sofrendo alguns reveses por questões geopolíticas). Uma outra importante organização que deveria ser criada conjuntamente com este conselho (o Brasil, como idealizador da Unasul e do Conselho de Defesa Sul-Americano poderia encabeçar sua criação) seria a chamada Força de Defesa Sul-Americana.

Esta Força de Defesa seria composta por apenas uma parte do efetivo militar de cada Estado-Membro (parcela esta a ser definida), mas que não ultrapassasse o quantitativo de 10% do efetivo total de cada país. O Brasil poderia colaborar com sua formação apenas com os efetivos orgânicos da FAREI.

Pensando na organização operacional existente no Corpo de Fuzileiros Navais, a nova Força Terrestre poderá aproveitar esta experiência em seu proveito próprio. Seriam criados os chamados Grupamentos Operativos da Força Terrestre (Gpt Op For Ter), em alusão aos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (Gpt Op Fuz Nav), dentro do conceito “organizações por tarefa”, os quais, em decorrência de suas estruturas organizacionais pré-definidas, garantem respostas imediatas, além de possibilitarem posterior expansão da força inicialmente empregada, caso a evolução dos acontecimentos exija.

Os Gpt Op For Ter, assim como seus similares do CFN, serão preparados para atuar nos mais diversos ambientes, sob grande adversidade. De acordo com a missão que realizariam, os Gpt Op For Ter serão auto-suficientes, contando com todos os meios necessários para cumprir com sua missão.

Assim, os Gpt Op For Ter podem tomar as seguintes configurações:

Elemento Terrestre (Elm Ter): é um Gpt Op For Ter de valor militar reduzido, assim como o Elemento Anfíbio (Elm Anf), dos Fuzileiros Navais. Seria comandado por um Major e seu efetivo variaria de 150 a 400 militares, nucleado por uma Companhia de Combate (Cia Cmb). Contaria com Seções Mecanizadas (Sec Mec), Seções de Artilharia (Sec Art), e Seções Logísticas (Sec Log), além de um Grupo de Comando (Grp Cmdo).

Unidade Terrestre (U Ter): seu componente de combate terrestre (CCT) é nucleado por um Batalhão de Combate e é o equivalente dos Fuzileiros Navais da Unidade Anfíbia (U Anf). Contaria com um efetivo variável de 800 até 2.200 militares, dependendo da missão a ser executada, sendo comandado por um Coronel ou, dependendo da importância da missão, por um General-de-Brigada. Pode executar um vasto leque de missões, como de evacuação de não-combatentes, Garantia da Lei e da Ordem, apoio humanitário e busca-e-salvamento.

Grupamento Terrestre (Gpt Ter): é equivalente a Brigada Anfíbia (B Anf), do CFN, com um efetivo que pode variar de 3.000 a 7.000 soldados, de acordo com a tarefa que lhe for atribuída. É o maior Gpt Op For Ter, comandado por um oficial-general, geralmente um Brigadeiro-General ou um Major-General, e formado por três ou mais Batalhões de Infantaria, e outros Batalhões completos, como de Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Batalhão Logístico. Conta com Companhias de Apoio e Suporte e Pelotões Móveis, além de total apoio aéreo, dado por helicópteros e por dirigíveis híbridos, médios ou pesados.

Dessa maneira, a Força Terrestre estaria preparada para pronto emprego em qualquer ambiente, onde fosse necessária sua presença. Em geral, os Gpt Op For Ter teriam caráter expedicionário, atuando em missões de paz da ONU, ou até mesmo em missões de combate a forças inimigas, em operações de “guerra preventiva”, onde se buscaria lesar a capacidade ofensiva inimiga, antecipando-se na ação, no conceito de que A MELHOR DEFESA É O ATAQUE.


3 Comentários

    • Meire, boa tarde,
      este formato que ai está foi publicado em Publicado em: 13 de dezembro de 2009 às 12:04.
      Porém atento para o fato de que este artigo já fora publicado antes e por desejo do autor: (A. Rodrigues) foi alterado.
      Cumprimentos
      E.M.Pinto

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