Programa nuclear do Irã sofre interrupção

O Irã não amplia desde maio o número de centrífugas que enriquecem urânio na sua usina de Natanz, depois de passar três anos instalando-as constantemente, segundo diplomatas.

A razão para essa parada não está clara. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) deve divulgar nesta semana um relatório que influenciará as discussões das grandes potências a respeito de novas sanções contra o programa nuclear iraniano.

Desde maio, o Irã tem sido afetado por turbulências políticas que culminaram com denúncias de fraude nas eleições presidenciais de junho, que resultaram em manifestações violentamente reprimidas e revelaram uma profunda divisão na elite governante.

Ao mesmo tempo, um político relativamente moderado assumiu a direção da agência nuclear do país, e potências ocidentais manifestaramse a favor de sanções mais duras a Teerã caso o país não aceite negociar sua atividade nuclear até o final de setembro.

Alguns analistas dizem que a desaceleração do enriquecimento de urânio pode se dever mais a questões técnicas do que políticas. Eles lembram que as autoridades iranianas reiteraram sua desafiadora recusa em restringir o programa, apesar da ameaça de novas sanções.

Fonte: Resenha CCOMSEX