Itamaraty defende presença de tropas

O Senado recebe hoje representantes de movimentos sociais do Haiti e do Brasil, além de membros Casa Civil, do Ministério das Relações Exteriores e do exército brasileiro para debater a participação brasileira na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Ontem, o Itamaraty defendeu as tropas e os técnicos brasileiros que ajudam na estabilização do país por meio da missão da ONU e de projetos bilaterais. “O compromisso do Brasil com o Haiti é de longo prazo. Não existe um cronograma determinado, porque a situação no terreno tem que ser avaliada à medida que evoluem as questões de segurança e de desenvolvimento. E só o que pode sustentar a segurança ao longo do tempo é o desenvolvimento”, afirmou a conselheira Gilda Santos Neves, chefe da divisão das Nações Unidas do Itamaraty.

A diplomata avalia que, se a situação no Haiti se mantiver em evolução, a ONU poderá pensar em reduzir a missão de manutenção da paz em 2011. Gilda recorda que no Conselho de Segurança também existem países que arcam com a maior parte das despesas para manter a missão e que fazem certa pressão para reduzir a presença rapidamente. “Mas eles também, cada vez mais, têm a consciência de que se você reduz muito rápido, você tem que voltar com outra missão da ONU, como aconteceu em vários casos na África, por exemplo.”

Ocupação

Opositores haitianos consideram que o país foi “ocupado” pelas tropas dos capacetes azuis. “A expressão ‘cinco anos da ocupação do país’ foi redigida sob ótica ideológica e não espelha o processo conduzido pelo governo haitiano e a ONU. O mandato da Minustah é renovado anualmente pela ONU, com a aprovação das condições de execução pelas autoridades haitianas, referendado no Senado do Haiti e homologado pelo Poder Judiciário do país”, disse ao Correio o Coronel Gerson Pinheiro Gomes, chefe da Seção de Comunicação Social do Batalhão de Infantaria Força de Paz Haiti (Brabatt). “É notória a mudança nas áreas anteriormente violentas. Em Cité Soleil, há pouco mais de um ano, ONGs, órgãos do governo haitiano e agências internacionais não podiam atuar com segurança em prol da população carente. Hoje, proliferam projetos de cunho social”, defendeu o militar.

Outro argumento da oposição é o de que a Minustah seria usada para impedir manifestações contrárias ao governo da premiê haitiana, Michele Pierre-Louis, e do presidente, René Préval. “Em uma manifestação pacífica, haverá tropas da Minustah observando em conjunto com a polícia haitiana apenas para se houver algum tipo de manifestação violenta e se os civis estiverem sendo agredidos”, explicou Gilda.

Fonte: DefesaBrasil


4 Comentários

  1. temos de respeitar acordos firmados com a ONU, até pq só assim seremos considerados aptos a integrar o CS, é os direitos humanos. Cadê a grana p ajudar esse Páis, prometere tanto..cadê?

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