A Sukhoi em busca do seu destino

http://media.diariodarussia.com.br/fotos/2011/06/30/630x390crop/Sukhoi_Superjet_Boeing_747-1.jpg

http://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/02/Logo-Diario-da-Russia-original-grande-300x55.jpgPrograma da indústria aeronáutica russa está focado no Superjet 100 no MS-21 e no Tu-204

O futuro imediato da indústria de aviação russa depende do destino do Sukhoi Superjet 100 e do Tupolev Tu-204, duas aeronaves com trajetórias bem diferentes.

O primeiro exemplar do Sukhoi Superjet 100, entregue à companhia armênia Armavia

O Superjet, primeiro avião russo desenvolvido integralmente depois do período soviético e a usar grande número de componentes estrangeiros (inclusive um motor feito na França), comemorou um importante marco no mês passado após completar com sucesso seu primeiro voo comercial pela companhia aérea Armavia.

Já o Tu-204, que voou pela primeira vez em 1989 e se assemelha ao Boeing 757, está tendo dificuldades de se reinventar, principalmente tendo em vista o fato de que apenas 69 exemplares foram construídos em 20 anos.

A operação comercial do Sukhoi Superjet provavelmente irá permitir que compradores em potencial verifiquem seu desempenho e gerem novos negócios para a companhia. Hoje, a Sukhoi tem 150 encomendas para aeronaves comerciais de 100 lugares.

A situação é bem menos encorajadora para o Tu-204, um avião de alcance médio com capacidade para até 210 passageiros. A empresa teria recebido uma encomenda de 44 aeronaves da companhia Red Wings, mas o acordo está suspenso desde abril. A UAC (United Aircraft Corporation), liderada por Mikhail Pogossian e detentora da Sukhoi, ainda gozando do brilho do lançamento do Superjet, anunciou no Primeiro Fórum Internacional de Transporte Aéreo de Ulianovski, em abril, a compra de 30 aviões pela Aeroflot em 2011, sete a mais que a encomenda feita em 2010.

O clima em torno do lançamento, no entanto, foi de algum modo encoberto pelos comentários feitos em abril pelo ministro dos Transportes, Igor Levitin, quanto a uma possível compensação à Aeroflot (maior cliente da empresa, com 30 pedidos), depois de repetidos atrasos na entrega do Superjet. O ministro também demonstrou frustração quanto ao peso acima do esperado e à baixa eficiência energética do modelo, cujo desenvolvimento consumiu largamente recursos federais.

Segundo o especialista em transporte aéreo Maksim Piaduchkin, a posição assumida pela Aeroflot, que é controlada pelo governo, “reduz o apelo do produto sob o ponto de vista de compradores em potencial e pode fazer com que o dinheiro público tenha sido gasto em vão”.

A Aeroflot, que previa receber seu primeiro Superjet em maio, não iniciará voos comerciais com o modelo da Sukhoi até o fim deste mês.

No fórum, Pogossian expressou a esperança de que, com o apoio do programa do governo de estímulo à indústria aeronáutica, a Rússia possa deter 10% do mercado global de aviação civil até 2025.

O programa do governo está focado em três aeronaves, a primeira sendo a Superjet 100. A segunda, conhecida como MS-21, é um avião de médio alcance (com capacidade entre 150 e 210 passageiros) hoje em elaboração, baseada parcialmente no Tu-204.

Mas diversos conflitos surgiram no decorrer do fórum em Ulianovski. O veterano da indústria Oleg Smirnov, por exemplo, fez comentários ácidos criticando o diretor-geral da Aeroflot, Vitali Saveliev, e Aleksandr Lebedev, detentor de ações de diversas companhias.

A fábrica responsável pela montagem final do Superjet está localizada em Komsomolsk-on-Amur, 7 mil quilômetros a leste de Moscou, e essa concentração da produção confronta com a política de distribuição de vagas de trabalho. Além disso, motivos financeiros impulsionam a compra de aviões estrangeiros, que têm um custo de operação bem mais baixo.

O Estado, porém, perseguindo sua meta de restabelecer a indústria nacional, parece que não deixará de lado as companhias russas para cair nas graças da Airbus e da Boeing num futuro próximo.

Fonte: Diário da Russia

12 Comentários

  1. Acho que caberia uma aliança da EMBRAER dom os russos para alavancar o Tu-204 e seu sucessor MS-21, não é nessa classe que a brasileira quer entrar?

  2. COMBATENTE disse:
    01/07/2011 às 00:19
    Perdão amigo mas o AMX não é, nunca foi e nunca será supersônico, Abraço.

  3. Nesse aspecto parece que os russo e japoneses e mesmo os chineses estão correndo atrás do mercado que nós conquistamos, é ponto pro Brasil, Embraer inclusive….

  4. combatente só pra concluir oque os outros falaram.o amx ñ pode nem ser considerado um caça,mas sim um avião de ataque especializado apenas isso,ele até pode apattisipar de combates entre caças mas apenas em forma de defesa propria,se um dia colocarem nele novas turbinas nele mais potentes ele por consideração pode ser considerado um caça; flws..

  5. Tudo bem,+ cadê o caçinha supersônico da Embraer até agr, ninguém ainda viu o mesmo…seria mt bom se n´pos o vissemos.Quem viver o verá. (eu espero viver p ver o tal caçinha supersônico..)

Comentários não permitidos.