O Partido Nazista e o Brasil

Foto: Arquivo Público do Paraná

Líder nazista em Curitiba era funcionário do Consulado da Alemanha e fez pressão nos anos 30 para introduzir o ideal do partido entre os imigrantes alemães, relata Rafael Athaides.

Por Rafael Athaides*

Nos anos 1930, período em que o Brasil de Getúlio Vargas se aproximava economicamente da Alemanha, a Seção do Partido Nazista ganhava forma e atuava livremente no País. Não era uma organização do tipo “Cavalo de Tróia”, ou “quinta-coluna” separatista, como acreditava certa literatura e o senso comum da época.

Alguns pioneiros no estudo acadêmico desse tema (dentre eles cito René Gertz, Marion Brepohl e Luís Edmundo Moraes) insistiram na desconstrução do mito da “Alemanha Antártica”: a ideia de que as comunidades germânicas do Sul do Brasil trabalhariam sorrateiramente para anexar seus respectivos Estados ao III Reich.

Crianças fazem a saudação nazista em Presidente Bernardes, São Paulo cerca de 1935.

A Seção Brasileira do Partido Nazista ligava-se à Alemanha por meio da Organização do Partido Nazista para o Exterior (AO), um órgão do Ministério das Relações Exteriores do III Reich, e chegou a possuir Círculos em 17 estados da federação, por volta de 1937.

Embora existam registros de atividades partidárias no Brasil desde 1928, somente em 1934 foi oficialmente fundada a Seção, na tentativa de centralizar a ação de grupos autônomos que surgiram espalhados pelo país até aquela data. As aspirações principais da organização eram levar a doutrina nacional-socialista aos alemães residentes fora da pátria-mãe e, onde fosse possível, encabeçar organizações de caráter germânico no Brasil, como clubes e consulados.

Os números quanto à filiação, elucidado pelas pesquisas de Ana Maria Dietrich e Luís Edmundo Moraes vão de cerca de 2.900 (pelas estatísticas da AO, para o ano de 1937) a aproximadamente 4.500 (se considerarmos o total de membros que foram registrados no Partido durante toda sua atuação). A região Sudeste abarcava a maioria dos militantes seguida pela região Sul; os três círculos que possuíam maior número de filiados eram os de São Paulo (sede do partido), Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Evidentemente, trata-se de números pequenos, se considerarmos que cerca de 100.000 alemães imigraram para o Brasil no período entreguerras e, potencialmente, poderiam ingressar no partido. Algumas pesquisas, como as de Ana Dietrich, contra-argumentam que esses números não refletem o total de simpatizantes ao Nazismo, uma vez que indivíduos poderiam se filiar a associações paralelas, como a Frente Alemã do Trabalho, ou simplesmente simpatizarem “em silêncio”.

Nunca saberemos absolutamente, mas é possível conjeturar que muitos alemães se encontravam “introspectivamente filiados” e pelos mais variados motivos: da adesão concreta à ideologia, passando pela sua articulação com o germanismo (entendido como a preservação da pureza racial, da língua e da identidade cultural alemã), até situações estritamente pessoais.

Em meus estudos, procuro investigar um desses grupos nazistas autônomos que surgiram no início dos anos 1930, sem qualquer instrução vinda de cima, mas que posteriormente se integrou à sede da NSDAP no Brasil: o círculo paranaense do Partido Nazista, sediado em Curitiba e com nove “filiais” no interior do Estado. Com aproximadamente duas centenas de militantes (mais da metade concentrados em Curitiba), ocupava o quinto lugar entre os Círculos estaduais no Brasil.

Em números relativos era menor ainda: levando em conta que residiam no Estado cerca de 12.000 pessoas indicadas pelo censo como “alemães” natos, apenas menos de 2% dos “aptos” se filiaram ao partido.

Em geral, os militantes eram jovens (entre 25 e 35 anos); pertenciam à classe média, ou média alta, e trabalhavam como empregados em empresas alemãs, às quais mantinham constantes ligações com a pátria-mãe. Liderava-os, desde a fundação do núcleo em 1933, um funcionário do Consulado da Alemanha de Curitiba, Werner Hoffmann.

Enérgico e impositivo, Hoffmann usou de múltiplos artifícios para introduzir o Nazismo nos clubes, sociedades e outras entidades germânicas; em seus depoimentos à polícia, descaradamente falava em “tomar de assalto” os clubes germânicos e mesmo o Consulado da Alemanha. Nesse último, a troca de um embaixador, transferido para a África, por pressão dos nazistas, significou uma espécie de fusão entre o partido e o órgão governamental alemão.

Em algumas deliberações, que cabiam tradicionalmente à entidade consular, as questões eram antes remetidas ao líder da NSDAP, para ouvir-lhe um parecer. No Paraná, a resistência encontrada à pressão dos nazistas não foi pequena, mesmo que ela não significasse, de imediato, uma recusa ao Nazismo como ideologia.

O problema é que os nazistas se sentiram no direito de se portarem como administradores das entidades alemãs, mesmo que essas tivessem sua fundação num passado distante e carregassem toda uma bagagem de luta pela manutenção do germanismo no exterior. Com isso, os “partidários”, de fato, implodiram a comunidade germânica paranaense.

Não apenas porque atraíram a repressão do Estado brasileiro mais tarde, mas, sobretudo, porque disputaram o poder virulentamente com os grupos já estabelecidos nos postos de gerência intracomunitários.

A ação efetiva do Partido Nazista no Brasil terminou pouco tempo depois da decretação do Estado Novo de Getúlio Vargas, com um decreto de 18 de abril de 1938, que proibiu toda atividade político-partidária aos estrangeiros. Em 1942, com o envolvimento do Brasil na Segunda Guerra ao lado dos Aliados, os nazistas foram definitivamente caçados.

Assim, com um programa repressor desenfreado, o Estado brasileiro perseguiu os nazistas (e, por tabela, qualquer alemão “suspeito”) em dois momentos: a partir de 1938, por serem eles estrangeiros “não aculturados”, inúteis ao projeto homogeneizante de Vargas, e após 1942, por serem os alemães inimigos de guerra.

Quanto a este tema, cabe aqui um comentário final. O mito da “Alemanha Antártica” e a ideia da periculosidade dos “quistos raciais do Sul” apresentou-se com tanta força (talvez no mesmo nível em que lhe faltava base empírica), que seus reflexos ainda hoje são encontrados em certas opiniões populares de cunho germanófobo.

Entre os piores tipos de conexão histórica desavisada e preconceituosa, uma verdadeira “transferência osmótica metafísica” (como a chama René Gertz), é a questão do neonazismo.

Sustenta-se popularmente, com intensidades diferentes de acordo com a localidade, a intrínseca ligação do tema tratado nesse artigo com seu “avatar” do tempo presente, o neonazismo. Não tenho muitas dúvidas de que o fenômeno do neonazismo no Brasil não tem qualquer relação – empiricamente comprovada – com a Seção Brasileira da NSDAP dos anos 1930; muito menos, com a presença de populações de origem germânica no Paraná e nos outros estados do Sul.

Sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, acirradas escaramuças já se travam nesse sentido: de um lado ficam os defensores (cônscios ou não) da ideia de que os neonazistas são os filhos tardios do “Nazismo histórico” e, portanto, seus defensores ainda estão entre os filhos das comunidades germânicas que viveram nos anos 1930 e 1940 e que “naturalmente eram nazistas”; do outro lado, estão os “empiricistas” que não veem relação de determinância entre a origem alemã e a defesa do neonazismo atual.

Do estado do Paraná, o “desavisamento” da opinião pública parece ser menor que, por exemplo, no Rio Grande do Sul, onde setores da mídia ainda nutrem certo receio em relação aos “quistos”.

A polícia e os principais veículos de notícia do Paraná tomam alguns cuidados evitando associações entre o “passado imigrante” do estado e a presença dos neonazistas, que às vezes são pegos em atos racistas (como no caso dos adesivos espalhados pela região com a frase “Mistura racial? Não. Obrigado”) ou cometendo violência contra homossexuais e negros. Procuram em “outro lugar” as explicações para o fenômeno, chamando psiquiatras, psicólogos ou mesmo historiadores bem informados para explicar as adesões a tal ideologia, em meio ao mundo da consciência pós-moderna.

Até que me provem o contrário, creio que esse ainda é o “lugar”, onde devemos procurar as explicações para a ação dos neonazis. Se eles se utilizam do nazismo, apenas o manipulam de forma instrumental; a ligação deles com o passado é capengante, caótica: quase nenhum deles sabe alguma coisa sobre a Seção Brasileira da NSDAP, dos anos 1930.

Por fim, sobre a pseudo-ligação entre velhos e novos nazis, sempre repito a frase de um colega, estudioso dos “neo”, professor Odilon Caldeira Neto: “se há a manutenção dos ‘quistos’ alemães no PR, RS, SC, o mais óbvio é supor que estes quistos, caso tenham algum apreço pelo nazismo antigo ou novo, certamente fazem esta admiração num quarto escuro, com vedação e isolamento acústico”.

*Rafael Athaides, especialista em integralismo, é mestre em História pela Universidade Estadual de Maringá, autor do livro “O Partido Nazista no Paraná (1933 – 1942)”, e professor de História Comtemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Carta Capital

Nota – konner:

O juiz de Direito Marcos Aurélio Jatobá Filho (titular da 64ª Zona Eleitoral da comarca de João Pessoa), é um aficionado por militaria da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e – vez ou outra – pesquisa referências na Internet a respeito do assunto, para consumo próprio e enriquecimento cultural.

Só que, recentemente, ele foi surpreendido com a existência de um sítio virtual, onde se faz apologia explícita, no maior estilo caradurismo, da ideologia nazista no Brasil. — [ Por motivos óbvios não reproduzirei o endereço ]

Segundo o próprio magistrado, tal ato trata-se de conduta criminosa, consubstanciada nos termos da Lei nº 7.716/89. Na condição de simples cidadão comum, Dr. Marcos Jatobá denunciou o caso — mas é preciso que tirem isso imediatamente do ar, daí a necessidade de tornarmos público este episódio.


32 Comentários

  1. Anaue…o partido integralista do BRASIL,…q excrescência ,q aberração.Espero q fike no n passado , afinal somos quse um povo, tamanha a n miscigênação, 68% da população são = a mim…Sds..

  2. “Assim, com um programa repressor desenfreado, o Estado brasileiro perseguiu os nazistas (e, por tabela, qualquer alemão “suspeito”) em dois momentos: a partir de 1938, por serem eles estrangeiros “não aculturados”, inúteis ao projeto homogeneizante de Vargas, e após 1942, por serem os alemães inimigos de guerra.”

    Bom, não era exatamente isso que a Alemanha Nazista fazia?

  3. O Brasil é um país que recebeu muita imigração, Battistis socialistas comunas anarcos, alemães nazistas e também de esquerda, então? Acho não adianta a perseguição de minorias, entanto elas não cometam crimes, o país vai precisar uma enorme quantidade de imigrantes, visto o atraso educativo.

    VAMOS PRECISAR IMIGRANTES
    PORQUE NINGUÉM SE TOCA PARA O ESTUDO

    Bem, falo meio exagerado, mas poucos estudam a tecnologia que o país precisa: genética agronomia engenharia e ciências básicas. Tudo mundo quer estudar administração de empresa, “analista” de qq coisa etc.
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    Cheguei a conclusão que o estado não pode resolver o problema educativo, pelo menos com as ferramentas usadas até agora.
    Já precisa dar um basta nisso do estado vai ajudar blablabla, não adianta proescola nenhum, nem prouni nenhum se o alumno é promovido automaticamente.

    Todos os planos são brincadeira perante à promoção automática

    Se vão continuar com a promoção automática então é preciso conscientizar as crianças e adolescentes que eles são os únicos responsáveis do seu futuro, se eles não estudam vão se ferrar, mas ninguém lhes diz isso.

    CIDADANIA: SÓ COM ESTUDO

    Só dão a liberdade ao estudante de decidir se acha que aprendeu ou não, mas não lhe explicam que dessa decisão vai depender vivir da esmola pública ou ser um cidadão.

    Esta digressão sobre a educação tem a ver com a evidente necessidade que vai ter o país de técnicos extrangeiros, já é algo que se vive nas empresas como Petrobrás por exemplo.
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    O Brasil tem muitos imigrantes de muitos países, e vai precisar ainda muitos mais, então é muito importante passar para o exterior uma imagem de país hospitaleiro, e não adianta falar que são “terroristas” nazistas ou sei lá, precisamos imigrantes, eles depois aqui se viram.

    Entanto sejam poucos os que estudam coisas sérias, entanto todos queram estudar bobagens onde não tem matemática nem física, então vamos precisar imigrantes.

    Já tivemos ondas migratórias e acho todas deram certo.

    Não adianta perseguir minorias.

    Na Europa perseguem tudo mundo,
    o Brasil não pode se dar esse luxo.
    Se os nazistas fazem sua macumba no quarto escuro, ok, se fazem propaganda discreta, tipo adesivos, acho não é problema.

    Resulta óbvio que o Brasil não é um país receptivo de ideologias racistas nem fundamentalistas (tipo taliban por ex), não há risco de se espalhar esse tipo de pensamento.

    PRA O FUTURO VOU SEM MEDO: SOU BRASILEIRO!

    Temos que pensar que seria muito difícil qualquer dessas ideologias que tanto medo causam na Europa, se espalhar pelo Brasil, impossível, SOMOS UMA CIVILIZAÇÃO, não temos nada a temer de nenhuma cultura, menos ainda das culturas emo-plásticas do dito primeiro mundo.

  4. Pessoas despreparadas QUE DESCONHESEM A HISTORIA, o sofrimento angustia do passado as milhões de vidas perdidas,podem brincar com algo tão serio e grave,ésta juventude estragada em sua maioria de miolo mole,sem filosofia sem meta,é um perigo as instituições .

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    No Brasil, os movimentos neonazistas do sul do país, não só são racistas como tem a caraterística de pregar o separatismo, são dois crimes…São movimentos de minorias muito pequenas, mesmo assim, é necessário sempre estar atento, monitorando.

  6. sobre movimentos radicais, a varios no brasil e nao so o neonazista , a movimentos da comunidade negra brasileira(principalmente na bahia) , o MST e por ai vai…

  7. Isso reflete os valores das nossas elites desde o império, entreguista, queriam embranquecer a raça brasileira!Quem leu Canaã, de Graça Aranha, sabe do que eu estou falando!E é exatamente no sul do Brasil que se alocavam os contingentes para dar uma feição européia ao Brasil, até Getulio Vargas flertou com o nazismo!Isso demonstra que os vencedores impõe sua politica e sua vontade, ainda bem que o nazismo foi vencido e com luta brasileira também…acho que os brasileiros do sul estão desapegados desses valores separatista e entreguista de ontem…eles mesmo contribuem hoje com o avanço da nossa prosperidade ocupando terras e produzindo Brasil afora…

  8. Pois é Sr. Antônio Salles,conveniências! E são essas conveniências que me fazem nem dar muita atenção quando falam sobre partido nazista, por exemplo. A política e propaganda reina nesse meio, e canalizam todo mal pra um único inimigo. Nunca vi ninguém criticar o racismo japonês, por exemplo. Muito menos alguém falar sobre a sua Unidade 731. A política dita as regras pra mídia, que repassa ao povo. Por causa disso, o povo odeia alemães só por serem alemães, enquanto fazem comemoração dos ‘100 anos da imigração japonesa no Brasil’. Não estou dizendo que odeio japoneses, muito menos fazendo apologia ao nazismo. Só estou criticando as CONVENIÊNCIAS.

  9. Anauê, do Partido Integralista, de Plinio Salgado – nossa versão facista de partido político. Bem lembrado, Carlos Argus. A saudação era a mesma dos nazistas. Pouco lembrado, esteve mais em voga no Brasil em geral do que as versões nazistas. Lembrem-se que nossas leis trabalhistas da era Vargas, da década de 30, tiveram inspiração no modelo mussoliniano.
    Acrescentando um pouco ao dito pelo E.Artacho, lembro que o nosso Estado Novo era altamente repressor, não só com nazistas, mas em geral. O remanescente-mor foi o Senador Filinto Mûller, falecido no acidente do 707 da Varig, em Paris, em 1972 (ou foi 73?).
    E, finalmente, minhas felicitações ao JClaudio – “não esqueçamos que A HISTÓRIA É CONTADA PELO VENCEDOR”.
    Mas nós estamos aqui para dar nossos palpites, hem pessoal?
    Um abraço para todos.

  10. Concordo com quem disse que a história é contada pelos vencedores. Até hoje muitas coisas que ocorreram durante a Segunda Guerra foram (são) manipuladas ou claramente falseadas.

  11. Como disseram bem acima(JClaudio e outros) a História é contada pelos vencedores. O que a Alemanha Nacional Socialista fez ou deixou de fazer não chega nem perto do que fizeram URSS, China, Coreia, Cuba, Israel,Japão,O Tráfico Negreiro, etc. Mas parece que só a “caca” dos Alemães é que fede não é? Já cansou essa tentativa de lavagem cerebral da mídia em relação a esse assunto, já forçaram tanto a barra com filme, revista, programinha, documentário, etc que fica irritante. Para mim é óbvio que 80% do que contam é exagero ou mentira mesmo..Poxa é claro que os alemães e seus descendentes apoiavam a Alemanha na IIGuerra; eles iriam apoiar quem? Os marcianos? ora..

  12. Já não é bem assim né?
    agora está muito difundido o Revisionismo Histórico
    Mas é claro na escola ainda ensinam a versão dos vencedores

  13. O brasil tem que tomar cuidado,não só o Brasil o mundo,de tijolo em tijolo se constrói um muro,o mundo tem bilhões de pessoas,do quais milhões tem pensamentos nazistas,hoje em dia qualquer um que tenha dinheiro pode contratar uma pessoa pra desenvolver um caça artesanalmente,um tanque,ou até um míssil,se esses desgraçados acharem alguém com dinheiro que saiba liderar estamos numa bela,mais uma bela enrascada,”ah mais a OTAN tem bombas atômicas”,pra isso existe asbombas biológicas e as armas químicas,qualquer um faz umaarma química ou biológica numa faculdade como a dos EUA que lhes dão muita coisapara fazer inclusive uma arma.

  14. OS FANTASMA DE HITLER
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    O que tem de fascista por aqui neste Brasil e fora dele,em especial na Europa não é brincadeira_Hahaha…
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    Pela forma de se expressarem nas palavras se escondendo em causas pro ocidental,como no causo da questão palestina,esse fantasmas coloca de uma forma apaixonante o seu ódio e desprezo a dignidade humana.

  15. A história é contada pelos vencedores, sem dúvida.
    A Alemanha queria as sua terras de volta, que foram perdidas após a I GM. A II GM foi a continuação da I GM. Essa guerra foi uma luta entre as grandes nações imperialistas, em que só teve um único vencedor: EUA. O nosso país e a Argentina, também se deram bem nas Guerras Mundiais. Alemães, franceses, ingleses, italianos, russos e japoneses, sempre foram brigões. A Europa foi forjada pelos povos bárbaros.
    Sobre os ETs, futuramente terão uma grande surpresa. Não posso falar certas coisas.

  16. Sou do sul, especificamente Curitiba, conheço algumas cidades aqui do Paraná e ouço dizer de outras como Marechal cândido rondon de imigração alemã, e Prudentópolis (ucranianos) como sendo muito racistas! Curitiba tem descendentes da vários países europeus, que numa geração anterior a minha pensavam que ainda eram europeus! Ainda hoje percebemos o ridículo sotaque desses povos aqui do paraná, mas graças a Deus ta caindo a fixa que, não somos europeus e sim Brasileiros com muito orgulho!

  17. Engano seu Cils, o nome das familias, o vinculo com os paises europeus não deixa elas romper as suas ancestralidade, a nova geração ela viaja muito para a europa. Vai trabalhar em fábricas, estudar, e volta passar férias no Brasil, o que conheço de pessoas que vai e volta da europa, a coisa mais normal atualmente. E tem muita integração nas embaixadas dos espectativas de manter este vinculo nas colônias. E qual o problema com o sotaque?

  18. SAO UM BANDO DE SEPARATISTA QUE CHEGARAM ARRASTANDO A CADELINA E AGORA ELES QUEREM PAGAR DE PITBULL OS AVOS DELES VINHERAM FUGIDO DE GUERRA PARA O BRASIL

  19. Essa história de racismo tem muito de medo e ignorância conforme constatariam os psicoterapeutas e também com a legitimaçao da dominação de um sobre o outro!Fato é que se vc pegar qualquer ser humano da face da terra e dar-lhe as condições adequadas, certametne ele chegará ao mesmo resultado daquela sociedade avançada supostamente!!!Logo, não devemos dar crédito há quem cultua a prática do racismo e de preconceitos…claro, desde que não queiram transformar em partidos politicos ou coisa que o valha,… nesse caso a lei é o bastante para demover o incaulto dessa insanidade!!!

  20. O nazismo sempre gera curiosidade:
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    Adolf Hitler é o mais buscado na wikipédia:
    Se se procura no Google, só escrevendo a palavra wikipédia
    pode se comprobar que Adolf Hitler e Portugal são as palavras mais buscadas além das ferramentas próprias da wiki.
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    Acho que se a história tivesse sido contada de forma imparcial e não pelos vencedores, quase ninguém lembraria do cara, ou talvez não exitiria tanto interesse.
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    Parece ocorre um efeito contrário, existe tanta censura e é tão propagandizada a vitória aliada, que o pessoal termina tendo mais interesse naquilo que é reprimido.
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    Tudo mundo seguramente associa Hitler com o século XX, ou com a segunda guerra mundial, mas poucos devem se lembrar do Truman por exemplo, que foi o presidente americano que decidiu usar nukes contra os japas.
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    Mas é claro o Truman não tem propaganda contra, ainda que mereceria né? então é pouco lembrado.
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    Por isso não presto muito para isso de a história é escrita pelos vencedores,
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    [essa frase acho é repetida mil vezes pelos angloamericanos, como conjurando que nunca ninguém ouse duvidar da veracidade da estorinha pra crianças que eles contam. Existe muito medo da verdade algum dia voltar do reino dos mortos.]

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    Isso da “história é escrita pelos vencedores” era assim antes da internet, a partir de agora vão existir várias histórias e dacordo ao nível de análise de cada cidadão se conformará com a que ensinam na escola ou irá em procura da verdade.
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  21. Rafhael Tiuba, o Rafael Greca, ex-prefeito de Curitiba, pensa assim como vc. Se vc entrar em um onibus coletivo expresso aqui, vc ouvirá Mozart, beethoven, villa-lobos e etc. E também conheço muitos que foram pra europa trabalhar e, nunca mais quiseram voltar pra lá! Os que se dão bem na europa, são pouquíssimos meu caro! Trabalhei numa empresa europeia aqui, e os europeus que trabalhavam aqui, não querem voltar pra europa! Preciso falar o porque?

  22. POIS É!… Agora que o STF decidiu que marchar pela liberação da maconha é apenas uma forma de livre expressar do pensamento, e não, apologia ao crime… Vejamos como eles irão conter os facínoras quando os mesmos sairem às ruas, em marcha, “pregando” a segregação e/ou o extermínio de negros e mestiços, judeus, gays, pobres, nordestinos, etc. (?!?!?!)… Só lamento que não haja nenhum grupo de manifestantes que pregue o extermínio dos corrúptos, tiranos, mafiosos, e outras pragas que corroem a sociedade… Pois com estes eu marcharia e faria côro.

  23. O Cils, o Rafael Grega candidato novamente à prefeitura de Curitiba, eng° Cívil e pós adm. publica, ex-Ministro da habitação, depois que esculambei, por não acabar com as favelas da capital que ele presidiu, e tentará mais uma nova presidência na prefeitura, não ter um planejamento de um transporte de Mêtro, com uma população de mais de 1,5 milhão pessoas, me pediu desculpa.
    Mais é lógico que viver na europa, não é fácil, lá tem regras, você já viu favela em alguma capital de qualquer país da Europa. Vou dar um exemplo, na Àustria tanto os serviços públicos, águas e eletricidade voçê paga por ano, e se não consumir o que você pagou pelo uso da água, eles lhe devolvem o dinheiro pago à mais, não pode colocar um móvel na calçada, sem antes marcar um horário na prefeitura a retirada, o brasileiro é mal acostumado, acha que vai fazer lá fora o que faz aqui, mas os europeus tem uma mamada aqui que não tem lá, é por isso que não querem voltar. Mais fala pros europeus se eles ficariam aqui no Brasil ganhando 2 salários minímos, mais vai ver o quanto eles ganham, os brasileiros a maioria vai lá pra fazer um pé de meia. Talvez você gostaria de ouvir fank carioca nos “buzão”. Se fosse prefeito colocaria a música gauderia tradicionalista.
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    Deste Piá vai aprendendo
    a ser Valente não ter medo, ter coragem,
    em manotaços dos tempos e em bochinchos
    Retempera e moldura a sua Imagem
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    -Não Podemo se Entregá pros home
    mas de jeito nenhum amigo e companheiro-
    Não tá morto quem luta e quem peleia
    Pois lutar é a marca do campeiro
    .
    Com lança, cavalo e no peitaço
    Foi implantada a fronteira deste chão
    toscas cruzes solitárias nas coxilhas
    a relembrar a valentia de tanto irmão.

    (Leopoldo Rassier)

  24. Nazismo e comunismo, por acaso, não são filhos do mesma mãe? A europa branca nacionalista/socialista? poque então, temos o partido comunista do Brasil e não podemos ter o partido ultra nacionalista Brasileiro? com a palavra os conhecedores do tema…

  25. Pois é seu Rafhael, não precisava tanto sensacionalismo, apenas racionalidade. Quanto a música no busão, nem funk, nem gauchesca, nem nada! Se tinha que tocar uma musiquinha, que representa status e cultura, nada seria melhor que uma musica de nosso solo tupiniquim que acho representar isso, como nossa vertente carioca, paulista e mineira, mas não o funk, e sim MPB! Gosto é gosto e ninguém chega num consenso! Eu respeito isso. Quanto a sua admiração pela Europa, existe a famosa frase: Brasil, ame-o ou deixe-o! Eu amo meu país do jeito que ele é, e faço o que está no meu alcance pra mudá-lo pra melhor! Não admiro a Europa, alias, lá não tem nada pra admirar, só do que se envergonhar pelo seu passado podre, que sugou o mundo e matou milhões… Bom , você sabe, ou apenas está iludido com o brilho de londres, paris, roma, berlin e etc!

  26. A Alemnha recebia apoio do mundo todo, até 1939, isso incluía EUA, Brasil,e até mesmo Russia e França. Mas quando a Alemanha saiu do controle, e seu sistema de governo se expandia e ganhava cada vez mais mais adeptos, colocando em risco a soberania das nações dominantes, se tornou o inimigo mortal e o sistema de governo chamado ‘nazista’ se tornou proibido. A causa racial foi usada habilmente de maneira a ganhar apoio da população de todo mundo. Ninguém queria judeus por perto naquela época (isso inclui o Brasil), muito menos comunistas.Mas claro que certas coisas são ocultadas da HIstória. Vemos o racismo americano na Segunda Guerra Mundial: negros e brancos não podia combater na mesma unidade. Marinheiros negros, não podiam ser mais que auxiliares. Vemos também o racismo Inglês contra a Índia: Churchill chegou mesmo a chamá-los de sub-humanos, igualzinho Hitler fez com judeus.E além do mais, deixou milhões morrerem de fome quando confiscava todo alimento produzido na ìndia, para o esforço de guerra aliado. Ou então, o racismo japonês para com os chineses. Procurem ler sobre o massacre de Nanquim, ou sobre a Unidade 731. Procurem saber sobre a ordem de Charles de Gaulle na libertação da França, em que nenhum soldado negro deveria marchar sobre Paris, que essa deveria ser uma vitória branca.
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    Portanto, não digam que o passado alemão é horrível. O passado de todo o mundo é, e todos os povos deveriam se envergonhar por uma ou outra coisa que seus antepassados fizeram. Endemonizar somente um inimigo é desviar a atenção de seus próprios erros,e isso a propaganda aliada soube fazer perfeitamente. Não estou defendendo a política racista de Hitler. Estou defendendo um povo inteiro injustiçado pelo erros de alguns. Podem reparar, qualquer pessoa, por mais que ela não saiba falar nem a própria língua, sabe quem foi Hitler e o que ele fez. Mas não faz idéia de quando aconteceu a Segunda Guerra Mundial, ou quando sabem isso, não sabem nem ao menos dizer o nome de outro líder. É lamentável ver como as pessoas se deixam ser ensinadas sobre a história, a arte, as ciências e a vida, sem nem ao menos questionar, sem nem ao menos dizer um “e se…”.
    Sei que serei criticado por alguns, mas críticas são bem-vindas, já que o que digo não é a verdade, é somente a minha opinião. Abraços

  27. Muito bem dito E.Artacho! O grande medo sobre a Alemanha do III Reich era direcionado principalmente ao seu sistema econômico, algo diferente do empregado no Ocidente e na URSS. UM SISTEMA ECONÔMICO QUE O OCIDENTE CAPTALISTA E A URSS COMUNISTA NÃO PODIAM CONTROLAR!!. Enquanto o mundo se desmanchava e passava fome após a crise de 1929 a Alemanha crescia sem parar, economicamente e tecnologicamente; mesmo com embargos, falta de crédito, matérias primas(petróleo,gás), etc. A questão racial foi e ainda é muito usada como propaganda de guerra contra a Alemanha na mídia. Pois EUA, Inglaterra, Japão, Balcãns(limpeza étnica), Tribos Africanas(genocídios e limpeza étnica), Chineses, etc. pensavam de maneira semelhante. Mas como eu disse por força da mídia dos vencedores só a “caca” alemã é que fede..Gostaria que as escolas ou pelo menos cursos superiores ou de pós-graduação estudassem sobre a economia alemã nesse período. Como se tira milhões da miséria, e se faz um país crescer tanto em tão pouco tempo em todas as áreas de maneira sustentável. Mas..infelizmente é mais fácil chover para cima do que isso acontecer..rsrs. Por isso continuam endemonizando a Alemanha da época, com medo de que a verdade venha á tona.

  28. .
    Bem lembrado E.Artacho,
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    O imperialismo britânico nada fica a dever, em matéria de horror, à Hitler e Stalin, juntos!
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    Além de Churchil, com seus milhões de mortos pela fome em Bengala:
    http://www.saladeguerra.com.br/2010/09/churchill-deixou-milhoes-morrerem-de.html
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    Houve também a grande fome do século 19:
    ……………………………………..
    “Essa é uma história pouco contada pelos historiadores. A história de três catástrofes humanitárias causadas pela seca na Ásia e em outras partes do mundo na segunda metade do século XIX, que poderiam ter sido evitadas.
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    Poderiam, se, para a infelicidade dos pobres camponeses das regiões afetadas, esta também não fosse a era do Imperialismo Europeu. Em nome do liberalismo econômico e da economia de mercado, produziu-se um verdadeiro holocausto humano, de 40 a 50 milhões de vítimas da Fome, enquanto a Europa prosperava em abundância.
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    Mas esse holocausto humano poderia ao menos ter sido infinitamente amenizado…
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    Os grãos que foram colhidos em regiões menos atingidas da Índia, por exemplo, poderiam abastecer as cidades onde a calamidade era urgente. No entanto, milhões tombaram de fome ao lado das grandes ferrovias britânicas, que conduziam trens abarrotados de grãos para os portos sob os olhares do povo faminto, e de lá para o mercado de Londres. Como afirmou um dos poucos historiadores a tratar com profundidade do tema, Karl Polanyi em 1944:
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    A quebra das safras, claro, fazia parte do quadro, mas o transporte de grãos por ferrovias possibilitaria o envio de socorro às áreas ameaçadas; o problema era que as pessoas não tinham meios de comprar o milho a preços em vertiginosa ascensão, o que em um mercado livre mas mal organizado tinha de ser uma reação à escassez. Em tempos anteriores, os pequenos depósitos locais haviam-se protegido contra colheitas insuficientes, mas agora se achavam fechados ou absorvidos pelo grande mercado.
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    Os impostos imperiais, as exportações de grãos e os abusos exorbitantes da nova lógica econômica smithiana (escassez = aumento de preços) agravaram a situação dos camponeses. Muitos venderam suas pequenas propriedades, a roupa do corpo e até os filhos em troca de um punhado de grãos. O cenário era de horror, com corpos esquálidos e famintos rastejando em meio a mortos no meio das ruas.
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    O “socorro” dos imperialistas muitas vezes só agravava a situação. Dezenas de milhares morreram nos campos de trabalho ingleses depois de caminhar dias em busca de trabalho e uma ração alimentar insuficiente. É claro que os imperialistas europeus, bem como os japoneses e americanos tiraram proveito da situação. Cada região afetada pela Fome era mais uma colônia em potencial, onde terras comunais eram desapropriadas e mão-de-obra para as minas eram selecionadas.”
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    Autor: Almir Ferreira |||10.2.11
    Fonte:
    DAVIS, Mike. Holocaustos Coloniais. Clima, Fome e Imperialismo na Formação do Terceiro Mundo. Rio de Janeiro: Record, 2002

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