Israel Weapon Industries (IWI) metralhadora leve NEGEV NG7

 NEGEV NG7

Autor: Sistema de Armas

O Exército Israelense buscava uma substituta para sua FN MAG que, apesar de extremamente confiável em combate, era considerada pesada demais para ser transportada a pé nas longas marchas ou nos extenuantes combates sob o sol do deserto, além de produzir muito recuo quando disparada apenas de seu bipé, fazendo com que, nas longas distâncias de tiro características destas regiões desérticas, seus disparos se dispersassem muito, o que era agravado ainda mais pela exaustão do atirador, resultando em um cone de tiro grande e ineficiente.

Buscou-se então, já por volta dos anos noventa, uma Metralhadora Leve em calibre 5,56x45mm OTAN que pudesse atender aos requisitos daquela Força Armada, sendo a FN MINIMI, recém adotada pela US Army, e em uso com as próprias Forças Especiais Israelenses, a candidata natural.

Porém, os testes de campo mostraram que a Metralhadora Leve belga não era muito confiável em condições de uso real nas areias do deserto, fazendo com que fosse emitida uma ordem às Indústrias Militares de Israel para que fosse desenvolvida uma arma com características similares à da FN MINIMI, porém que tivesse um desempenho mais confiável no teatro de operações local.

A determinação foi cumprida em um curto prazo, gerando como resultado a Metralhadora IMI “NEGEV”, nome de um deserto daquele país, e que significa, em uma tradução livre do hebraico, “sinta a dureza”. Sua produção em larga escala foi autorizada em 1997.

A NEGEV tem uma aparência similar à da FN MINIMI, mas seu mecanismo de funcionamento é sutilmente diferente, o que faz desta arma muito mais confiável em condições adversas do que sua congênere mais famosa.

É toda construída em aço usinado, o que garante uma grande resistência e uma incrível durabilidade.

Funciona por tomada de gases, regulador de gases e alça de transporte solidários ao cano, que é de troca rápida, sistema este que otimiza seu emprego tático.

Dispara com mecanismo partindo da posição aberta, para evitar o fenômeno do “cook-off”, sendo seu ferrolho do tipo rotativo, com múltiplos ressaltos de trancamento.

Ela possui também algumas vantagens como, por exemplo, um seletor de tiro que permite o fogo semi-automático, facilitando seu uso como um Fuzil de Assalto em ocasiões que assim se exija.

Possui também, um adaptador que permite o uso de vários tipos de carregadores (AR-15/M-16, Galil) como alternativa à alimentação por cinta de elos metálicos, e uma coronha rebatível similar à do FAL que não interfere com a operação da arma, além de ser mais rápida para estender ou rebater que aquela similar de origem belga.

Metralhadora Leve IMI NEGEV versão Comando. — Note o cano de menor comprimento, a ausência da luva sobre o cano para adaptação do apontador laser e a empunhadura vertical rebatida para esquerda.

Pode-se ver mais claramente nesta foto a estrutura que se assemelha a uma alça de transporte, situada à frente da alça de mira e atrás da tampa de alimentação da cinta de elos metálicos, para adaptação de miras óticas.

Uma característica interessante, exatamente o oposto ao da FN MINIMI.

É o fato de que, quando alimentada por carregadores destacáveis, a IMI NEGEV dispara em uma cadência teórica de fogo mais lenta, o que faz muito mais sentido, pois neste modo de fogo, além de as peças do mecanismo de alimentação trabalhar “em seco”, o suprimento de munição é mais limitado, o que resulta em duas vantagens: — a primeira é que o desgaste das peças do mecanismo de alimentação da cinta de elos metálicos e dos outros componentes em geral, não é aumentado, e a segunda, é que a munição no carregador tem melhor aproveitamento devido à cadência de fogo mais controlável.

A cadência de fogo é variável conforme a posição em que se coloca o regulador de gases: na posição – [1], para uso em condições normais e com alimentação por carregador do tipo Fuzil de Assalto, a cadência teórica de fogo é de 850 a 1050 disparos por minuto.

Na posição – [2], para uso em situação normal e com alimentação por cinta de elos metálicos, a cadência é a mesma da anterior.

Já na posição – [3], para uso em condições adversas e com alimentação por cinta de elos metálicos, a cadência é de 950 a 1150 disparos por minuto.

Quando utiliza a cinta de elos metálicos, esta vem acondicionada em cofres fabricados de tecido e polímero, os quais se encaixam sob a caixa de culatra, no mesmo estilo da FN MINIMI, sendo disponíveis dois modelos que comportam, respectivamente, 150 ou 200 cartuchos.

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Metralhadora Leve IMI NEGEV Comando. — Note o cofre de munição de 150 cartuchos, a empunhadura vertical auxiliar de inclinação regulável e o seletor de tiro, logo atrás do gatilho.

A alça e a massa de mira são reguláveis nos planos horizontais e verticais, sendo a massa de mira solidária ao cano de troca rápida, o que vem a facilitar o trabalho de ajustar o ponto de visada de cada cano individualmente.

O bipé dobrável, que possui uma porção acolchoada em cada uma de suas pernas para facilitar a empunhadura dos atiradores que preferem segurar a arma por esta peça, é solidário à estrutura da arma, facilitando a troca de canos com a arma apoiada.

Soldado empunhando a IMI NEGEV por uma das pernas de seu bipé, que podem servir como empunhadura vertical.

(*) Vejam o vídeo da NEGEV em ação – simplesmente magnífica esta arma.

http://www.youtube.com/watch?v=_-va3P63S_0

Fonte: Sistema de Armas            http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/sof/sofber4b.html

12 Comentários

  1. Arma magnífica! Seria excelente para o EB, que ainda precisa se virar com suas velhas MAGs. As toupeiras ideologicamente intoxicada do MD, em especial seu inepto ministro, devem deixar de lados suas idéias arcaicas e anacrônicas e aprofundar a cooperação militar com Israel.

  2. ,fiu fiu,que meninona bonita hem kkk, como diria um genial, e genioso comentarista : PONHAM OS TONHOS NA RETA PARA VER !!! rsrsrs

  3. Se o Brasil for esperto assim como pode fazer o TAVOR, Israel autorizaria a produção do NEGEV para o Exercito.

  4. As primeiras notícias que chegam, dizem que ela é uma bosta. Os soldados da força colonial sionista, ainda preferem as MAG…

  5. arma de grande poder de fogo, os israelenses estao chegando no nivel das armas alemas e belgas, brasil tinha que fazer parceria com israel(que tem demonstrado ser um otimo parceiro na area militar).

  6. Uma arma desenvolvida para servir em área seca como um deserto
    talvez não sirva para o Brasil que tem clima tropical. Nós
    devemos fazer como os israelenses, investir no desenvolvimento
    do nosso próprio armamento. Temos o “know-how” só precisamos de
    verba.

  7. Jos de freitas nogueira, concordo planamente, nossa industria belica e altamente capacitada, so falta demanda .

  8. Talvez a arma não seja adequada ao nosso clima.Ou melhor a nossa diversidade climática,joga na amazônia e no pantanal para ver se passa nos teste.
    Devemos fazer como eles fazem,ajeitar um projeto a nossa realidade.Assim como fizemos com o IA2 da Imbel que ficou perfeito para a nossa realidade.

  9. A eficiência e o baixo peso realmente ajudam ( 4 kg a menos que a FN Mag) no campo de batalha. Mas ela também substituirá com a mesma eficiência a FN Mag Quando montada em veículos de combate, helicópteros ou embarcações? Não vi o texto mencionar esse tipo de uso da NEGEV.

  10. Ucraniano Rabugento:
    AS imagens provam que se trata de um excelente arma, que está a serviço do exército israelense desde 1997 e que já foi inclusive exportada. Seus comentários apenas fundam-se profunda picuinha ideológica.

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