Discurso de Obama deve determinar agenda de retirada do Afeganistão

WASHINGTON – O presidente Barack Obama planeja delinear uma agenda para a diminuição do envolvimento dos Estados Unidos na guerra do Afeganistão quando anunciar sua decisão de enviar mais tropas ao país nesta terça-feira, afirmaram oficiais sênior da gestão.

Embora ainda não passe de um rascunho, os oficiais afirmaram que o presidente quer usar o discurso que será feito na Academia Militar de West Point na terça-feira à noite não apenas para anunciar a ordem imediata para o envio de 30 mil tropas adicionais à guerra, mas também para mostrar como ele pretende passar a briga para as mãos do governo afegão.

É correto dizer que ele será mais explícito a respeito de metas e prazos do que antes“, disse um oficial sênior que pediu anonimato para falar sobre o discurso antes que ele tenha sido feito. “Ele deixará claro tanto um prazo para ação quanto para o fim da guerra”.

Os oficiais não informaram a agenda de retirada. Mas disseram que não será ligada a condições particulares no campo de batalha nem será tão firme quanto aquela adotada no Iraque.

Alguns membros proeminentes do Congresso falaram publicamente no domingo sobre sua esperança de que o presidente explique qual será o final para o envolvimento dos Estados Unidos na guerra que já dura oito anos no Afeganistão. Mas republicanos mais cautelosos alertaram que  colocar um prazo final pode demonstrar uma falta de comprometimento americano para os aliados, incluindo Afeganistão e Paquistão.

Espera-se que Obama descreva na terça-feira os compromissos do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, e pontos de referência específicos que o governo dele tem que atingir – acabar com a corrupção, escalar tropas e forças policiais afegãs bem-treinadas e se concentrar no desenvolvimento de uma das nações mais pobres do mundo.

Obama deve ser muito menos específico a respeito do Paquistão, de onde os líderes Talebans comandam operações do outro lado da fronteira contra os Estados Unidos e onde a liderança central da Al-Qaeda ainda vive.

Nós concordamos que não importa quantas tropas que você envie, se o porto seguro no Paquistão não for exterminado, toda a missão está prejudicada“, disse um dos oficiais que participou do debate sobre a nova estratégia. “Mas se fizer muitas exigências aos paquistaneses em público, a estratégia pode se voltar contra você“.

Oficiais da Casa Branca disseram relativamente pouco sobre o papel do Paquistão na estratégia de guerra da gestão, em parte porque eles têm poucas opções e pequena influência. Eles não podem enviar tropas ao Paquistão e eles não podem falar publicamente sobre uma das medidas mais eficientes no país, o avião Predador da CIA.

Fonte: NYT via Último Segundo

1 Comentário

  1. A maior burrada q esses ianks cometem e ñ acabarem com os talebans, eles teram acesso as armas atômicas dos paquistaneses…o bom q o primeiro país q os mesmos vão bater a porta em primeiro lugar será a deles…e eles só querem q seje uma só vez…e seus aliados…quem viver verá.

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