10 Comentários

  1. Os EUA querem ter um sistema de armas convencional (ou mais de um) antes de 2025 que seja capaz de atingir com precisão qualquer ponto do globo terrestre em menos de 2 horas partindo do seu território continental.
    Vária tecnologias estão sendo avaliadas, tais como: mísseis balísticos (lançados de terra ou de submarinos), mísseis de cruzeiro hipersônico de longo alcance, bombardeiros hipersônicos (tripulados ou não), etc.

  2. Hornet,
    eu sei que tem hora que você me acha meio que “vira-lata” (rsrs) mas como tenho muito respeito por você, não importo.
    Quanto ao nosso programa de “aeronave hipersônica” eu temo que tenha sido somente uma tese de doutorado mesmo (14-X) onde um modelo em escala foi testado no túnel de vento hipersônico.
    Daí a imprensa leiga (com o “misterioso” consentimento de nossas autoridades, devo salientar) sai anunciando que estamos em vias de desenvolver uma aeronave hipersônica, etc, etc, etc……e leigos que somos, nos enchemos do mais puro orgulho patriótico por acreditar que conseguimos o que outros países buscam a décadas, com verbas bilionárias, e ainda estão longe de conseguir.
    Ou seja, é aquele minuto de alta auto-estima que nossos governantes a muito sabem que faz bem (igual a canja de galinha) já que ajuda a desviar, mesmo que por apenas um instante, o foco de nossa atenção das mazelas institucionalizadas pelo poder público.
    Que venha a Copa do Mundo. rsrs.
    Um abraço canídio. Auauauauau…..

  3. O 14-X

    É uma aeronave bem diferente das que voam atualmente. Ela é equipada com um motor sem partes móveis, que funciona integrado à fuselagem. Durante o vôo, o ar é comprimido pela própria geometria e velocidade do veículo e é direcionado para uma câmara na parte inferior do avião, onde também é injetado gás hidrogênio, que entra em combustão supersônica.

    O 14-X, nome dado em homenagem ao 14-Bis de Santos Dumont, foi projetado pelo estudante de mestrado 1º Tenente Tiago Rolim, que se formou no ITA em 2005. A previsão é que o 14-X seja lançado de um foguete brasileiro em 2012. Isso porque o motor precisa de um impulso inicial até que atinja o ponto de combustão.

  4. Bosco meu véio,

    que papo é este de vira-lata?! Nunca achei vc um destes, até porque o viralatismo é uma designação que se aplica melhor aos mentalmente colonizados e reprimidos, o que não é seu caso nem de longe. Embora eu ache, sinceramente, que vc ás vezes exagera um pouco em relação a sua visão dos EUA, no tocante a tecnologia. O que ainda é projeto (ou ás vezes nem isso) nos EUA vc já toma como realidade, e por vezes o que já está sendo feito e em andamento em outros lugares, vc tende a desconfiar que possa dar certo ou que tenha viabilidade, entende o que eu digo? Mas enfim…essa é outra conversa.

    Então, eu não sei direito a quantas andam o hipersônico no Brasil. O último informe que eu tive foi este do teste no tunel de vento. Mas eu acho o seguinte, tese de doutorado não se testa em tunel de vento. Tese de doutorado defende-se diante de uma banca examinadora dentro da Universidade e nada mais que isso…hehe

    neste sentido, eu acho que a pesquisa do hipesónico deva estar em andamento aqui no Brasil. Não creio que deva ser apenas uma questão acadêmica apenas.

    Agora, é claro, não acho que essa pesquisa do hipersônico brasileira vá dar frutos em pouco tempo. Tal coisa demora e depende de muita coisa. Mas eu confio na capacidade de C&T brasileira. Talvez por trabalhar na universidade e verr no dia a dia o desenvolvimento que temos e estamos tendo, não sei…

    Mas confio na nossa C&T também pelo seguinte: ela existe e pelo pouco tempo que ela existe já deu mostras fundamentais de sua capacidade.

    O Brasil, ao contrário dos EUA e principalmente da Europa, não fez parte da revolução industrial e tecnológica do século XIX. Nós chegamos tardiamente neste processo. Enquanto a Inglaterra já era a “fábrica do mundo”, no século XIX, o Brasil ainda tinha escravos. Ou seja, nós estávamos na idade da pedra, pra falar o mínimo.

    No entanto, o mundo mudou muito de lá pra cá. A tecnologia, hoje (vamos dizer, pós-II Guerra), não está mais restrita a uma meia dúzia de países centrais. A globalização impôs novas regras no convívio mundial. Regras que não apenas permitem, como exigem que países como a India, por exemplo, seja um dos pólos mundias da informática. E o Brasil está neste contexto atual.

    Não espere que resolvamos nossos problemas sociasi primeiro, para depois adentrarmos triunfalmente no mundo da tecnologia de ponta. Não é assim que as coisas funcionam mais no mundo. Podemos ter e infelizmente ainda teremos por algum tempo (espero que o menor tempo possível) que conviver com muitas de nossas mazelas sociais e políticas, no entanto, isso em nada (ou quase nada) alterará o desenvolvimento tecnológico do país, pois tal coisa é uma dinâmica descolada da antiga maneira como se dava a capacitação tecnológica dos países centrais.

    No mundo de hoje, não se precisa mais necessariamente ter um país socialmente avançado para ser tecnologicamente avançado, e os EUA são a maior prova disso. São os mais avançados tecnologicamente, mas socialmente perdem feio para países como a Suécia, França, Alemanha, Austrália e até mesmo a minúscula Islândia.

    Russia, India e até mesmo o Brasil podem ser outros exemplos disso. Na verdade, são outros exemplos, em questões pontuais, o Brasil é um dos países mais denvolvido tecnologicamente do mundo: exemplo: biocombustíveis (entre outros).

    Então, não existe essa de vira-lata no seu caso. Nunca pensei isso. Mas acho que vc, inteligente como é, precisa descolar um pouco a velha visão sobre tecnologia e enteder como isso se dá no mundo atual. Mas tenho certeza que entede tais coisas também, apenas estou escrevendo para podermos trocar uma idéia.

    abração insectossaurico meu bom amigo

  5. Fui enganado pela memória e achava que o 14-X era fruto de uma tese de doutorado. Muito bem lembrado pelo colega Esdras a origem do mesmo.
    Mas devo lembrar que da fase em que nos encontramos ao primeiro vôo propulsado do X-43 (aeronave experimental demonstradora de conceito da NASA) em 2004 (salvo engano), se passaram mais de 20 anos de desenvolvimento do projeto com propulsão Scramjet, nos EUA.
    Acho difícil que façamos em 5 (2012) o que os americanos levaram mais de 20 anos, desde o projeto inicial, avaliação em túnel de vento, desenvolvimento do sistema propulsor, etc, etc,etc,etc, até um teste real de um veículo demonstrador de tecnologia.

    Hornet,
    os projetos americanos são muito bem fundamentados. Diferente daqui que com poucas informações somos que levados a acreditar que estão muito adiantados. Acho que é um resquício dos tempos da ditadura e do “milagre brasileiro”.
    Me lembro de uma manchete no Jornal Nacional na década de 70 em que um “cientista” brasileiro iria revolucionar a odontologia usando “cocô de cupim”. Foi alardeado como se a “descoberta” fosse resolver o problema dos desdentados nacionais. Até hoje não sei se o tal cocô fazia parte de uma receita de adesivo de dentadura ou se era para criar ranhuras em prótese para aumentar a rentenção quando fixada.
    De qualquer forma o tempo passou e o cocô de cupim não vingou.
    Voltando ao assunto eu é que gostaria de saber em que ponto está o 14-X com previsão de um lançamento propulsado para 2012?
    Assim como você eu também tenho grande respeito por nossos pesquisadores e no nível que atingiu a C&T em vários ramos de atividade, como por exemplo, exploração de petróleo, combustíveis alternativos, etc.
    O que me incomoda um pouco é algumas datas muito otimistas serem aventadas, assim como alguns fatos relativamente banais no âmbito da C&T serem maximizados, aparentemente com a cumplicidade do Estado para lhes dar crédito.
    Quando uma data (2012) é colocada como sendo a data do primeiro vôo de teste e na mesma matéria aparece a foto do Ministro da Defesa ou do Comandante da FAB, o Silêncio do poder Público se torna garantia do fato pelo peso das personalidades envolvidas.
    Isso realmente me incomoda.

    Um abraço meu amigo.

  6. Bosco,

    o problema é mais de fontes (ou falta delas) de informação que qualquer outra coisa.

    podemos dizer o seguinte: no Brasil os temas de C&T não são tão divulgados como nos EUA. Mas fica nisso apenas.

    Eu já trabalhei com americanos (Florida University) em projetos em conjunto: as dificuldades são as mesmas tanto para eles como para nós, e a capacidade de resolução são as mesmas também.

    O que nos difere dos EUA, no atual momento (o que não quer dizer que este atual momento vá se petrificar para sempre), é a quantidade de projeto, que lá se tem em grande quantidade e aqui no Brasil em nem tanta quantidade (ou bem abaixo do que seria o razoável, embora estamos melhorando nisso também). Mas quando o projeto é tido como necessario, como qualificado etc., são bem desenvolvidos tanto no Brasil como em qualquer outra parte do mundo, incluindo os EUA.

    Já sobre essa datas otimistas que vc comenta, e eu concordo em parte que muitas vezes são irreiais, de certo modo fazem parte de qualquer projeto (que tem “n” facetas e “n” variáveis…qualquer projeto de C&T no mundo tem facetas políticas, econômicas etc. que são incontroláveis e imprevisíveis. Eu posso prever as questões científicas no meu projeto de C&T e controlá-las, mas eu não posso controlar e prever os aspectos políticos, sociais e econômicos). Afinal, o F-35 já era para estar operacional há muito tempo, né? O F-22 era para ter sido produzido em número muito maior e assim por diante. O imponderável atrapalha tanto aqui no Brasil como nos EUA ou na China…hehehe

    o imprevisível não é “privilégio” nosso. Não somos apenas nós que não sabemos prever o futuro. Ninguém sabe.

    abração bro!

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