Medida visa aumentar preço da commodity, que despencou pela metade nos últimos dois anos. Contribuição de países-membros no corte será definida em Novembro. Após notícia, cotação fecha em alta de 5,9%.
Os países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chegaram nesta quarta-feira (28/09), em Argel, a um acordo para reduzir a produção de petróleo na tentativa de aumentar o preço da commodity. O corte é o primeiro realizado desde 2008.
O acordo preliminar prevê uma redução na produção para uma faixa entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia em 2017. Atualmente, os países da organização produzem 33,2 milhões de barris diariamente. Os níveis individuais de corte para cada país-membro e a duração da medida serão decididos numa reunião marcada para o fim de novembro.
Os países da Opep – entre eles a Arábia Saudita, Iraque, Irã, Nigéria e Angola – fornecem cerca de 40% da oferta mundial de petróleo. Riade tem parte da culpa na queda dos preços. O país possui a segunda maior reserva mundial do produto e inundou o mercado com a commodity para combater a extração por fracking, em expansão nos Estados Unidos, e dificultar a entrada do Irã no mercado.
A notícia do acordo preliminar animou o mercado e fez com que o preço da commodity fechasse em alta nesta quarta-feira. O petróleo Brent subiu 5,9%, sendo comercializado a 48,69 dólares o barril. O tipo U.S. West Texas Intermediate (WTI) subiu 2.38 dólares, ou 5,3%, para 47,05 dólares.
O preço do petróleo caiu mais de 50% desde meados de 2014, quando o barril era cotado a mais de 100 dólares e chegou, no início deste ano, a ser comercializado por 30 dólares. Essa queda causou problemas nas economias de alguns países exportadores, como a Venezuela e a Rússia.
CN/lusa/afp/ap/rtr
Edição: Konner/Plano Brasil
Fonte: DW
Petróleo de Xisto americano sobrevive ao colapso
Quando os preços do petróleo começaram a cair há dois anos, devido ao excedente global de oferta, os especialistas previram que os produtores de petróleo de xisto dos Estados Unidos seriam as grandes vítimas.
Mas as empresas americanas que revolucionaram o negócio de petróleo e gás com o fraturamento hidráulico, ou “fracking”, e a perfuração horizontal estão sobrevivendo ao massacre praticamente ilesas.
Embora o colapso de preços tenha provocado uma onda de falências, a produção total de petróleo americano caiu apenas 535 mil barris por dia até o momento este ano ante o mesmo período de 2015, quando ela ficou em uma média de 9,4 milhões de barris, segundo os dados federais mais recentes.
Poucos previram isso no segundo semestre de 2014, quando a Arábia Saudita sinalizou que não iria reduzir sua produção para derrubar os preços do petróleo. Especialistas do setor concluíram que uma redução brutal de preços forçaria os produtores menos eficientes conhecidos como “marginais” — um grupo que inclui os produtores de xisto — a sair do mercado.
Mas a maior consequência da decisão saudita e subsequente queda nos preços foi um atraso nos megaprojetos caros de petróleo, como as plataformas em águas profundas na costa de Angola e as minas de areias betuminosas no Canadá.
Mesmo se os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), reunidos esta semana na Argélia, conseguirem fechar um acordo ainda este ano para cortar a produção, os produtores americanos cobrirão esse vácuo. “Os EUA não são produtores marginais, mas são os mais flexíveis”, diz R.T. Dukes, analista da consultoria britânica Wood Mackenzie. “Serão os mais rápidos a voltar.”
Mais de 100 produtores americanos de petróleo entraram em recuperação judicial durante a crise, mas mesmo essas empresas continuaram a explorar petróleo e gás. Muitos se livraram da recuperação judicial e ficaram mais fortes graças a um resultado financeiro sem dívidas. A SandRidge Energy Inc., que entrou em recuperação judicial em maio, sairá desse processo no próximo mês, depois de eliminar quase US$ 3,7 bilhões em dívidas.
Muitos operadores de xisto enfrentam dificuldades no nível atual de preços, buscando novas injeções de recursos em Wall Street enquanto operam com prejuízo. Mas os produtores mais fortes, como a EOG Resources Inc. e a Continental Resources Inc., em breve serão capazes de gerar dinheiro suficiente para fazer novos investimentos e pagar dividendos — assim como impulsionar a produção — mesmo com os preços baixos, dizem analistas.
As oscilações devem continuar por meses, à medida que os produtores de xisto voltem ao trabalho, diz Eric Lee, analista do Citibank, que prevê que o petróleo bruto se estabilizará em torno de US$ 60 por barril no fim de 2017.
Embora os tanques de armazenamento de petróleo estejam lotados no mundo todo, novas fontes logo serão necessárias porque campos de petróleo mais antigos registram queda de 5% ao ano na produção enquanto a demanda global cresce a um ritmo de 1,2% ao ano. A demanda atingirá a marca de 100 milhões de barris diários em 2020, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
O iminente descasamento entre oferta e demanda é um dos motivos pelo qual o dinheiro fácil que impulsionou o boom da exploração americana não secou, diz Lewis Hart, diretor sênior de consultoria corporativa e bancos do Brown Brothers Harriman, banco de Nova York.
Mesmo com os bancos e outros financiadores tradicionais fechando os cofres, fontes alternativas de dinheiro estão se multiplicando, desde fundos de private equity até especialistas em dívidas de risco.
“A própria existência desse capital significa que os preços devem ficar baixos por mais tempo, porque ele só piora o problema de oferta”, diz Hart.
Um motivo importante para a resistência dos produtores americanos é que eles encontraram formas de cortar custos e maximizar suas eficiências durante os anos de crise. Essas inovações agora devem impulsionar o ressurgimento do setor. Os cortes de custos foram dolorosos para muitos. Quase 160 mil trabalhadores foram demitidos em todo o país, segundo os dados mais recentes da consultoria Graves & Co.
Mesmo assim, muitas empresas que não acumularam dívida ou gastaram além de seus recursos durante o boom agora têm recursos suficientes para tirar proveito dos efeitos negativos do colapso nas finanças do setor.
Albert Huddleston, fundador e sócio-gerente da Aethon Energy, diz que a empresa, com sede em Dallas, gastou mais de US$ 600 milhões com a aquisição de ativos de petróleo e gás abatidos por dívidas desde o começo do declínio de preços, em 2014. “Pode-se matar o xisto? A resposta é não”, diz ele.
BRADLEY OLSON
Colaboração: Erin Ailworth
Foto: Eugene Richards / National Geographic – Gás natural queimado sinalizando outro poço de petróleo em Dakota do Norte/EUA, um dos centros do “boom” no abastecimento de petróleo dos Estados Unidos a partir de “Fracking”.
Edição: Konner/Plano Brasil
Fonte: Wall Street Journal
Mas logo agora que os golpistas querem vender a preço de banana o pré-sal e a PETROBRÁS para os gringos… puxa vida . >:)
Puxa vida mesmo! Coitado dos nossos políticos que, justamente agora, vão perder essa teta! Que maus….
agora que a guerra nos preços do petróleo para atingir/sabotar a Rússia não surtiu efeito e que a Petrobras será “privatizada”, com o pretexto de dividas e escândalos de corrupção, para algum grupo/multinacional estadunidense não convém mais manter a guerra econômica….
a Petrobras agradece !!
Se realmente a Petrobras for vendida aproveitar a grana construir um paredão mesmo que seja super faturado para fuzilar os traidores da patria, confiscar seus bens PERDOEN-ME mas estou com raiva de nossos governantes
…..a lei básica do capitalismo…..quando aumenta a oferta de uma mercadoria, seu prêço no mercado baixa….quando essa oferta baixa,seu prêço no mercado se eleva…tomara que aumente mais o prêço do petróleo e a Petrobrás se salve da sanha entreguista da bandalha golpista….esperemos…………