O Conselho de Segurança das Nações Unidas “condenou firmemente” nesta sexta-feira (9) o teste nuclear norte-coreano e decidiu preparar uma nova resolução impondo sanções econômicas a Pyongyang.
Em uma declaração unânime, os 15 membros do Conselho, incluindo a China, aliada de Pyongyang, informam que “vão iniciar imediatamente os trabalhos sobre as medidas apropriadas, de acordo com o artigo 41 da Carta da ONU, e uma resolução do Conselho”.
O artigo 41 prevê “medidas que não envolvem a utilização da força”, em geral sanções econômicas e comerciais.
A declaração qualifica o último teste atômico norte-coreano de “violação flagrante” das resoluções da ONU e “ameaça evidente à paz e à segurança internacionais”.
O Conselho se reuniu a pedido do Japão, da Coreia do Sul e dos Estados Unidos para definir os próximos passos após o quinto teste nuclear da Coreia do Norte, nesta sexta-feira.
“Acreditamos que novas sanções são indispensáveis”, disse o embaixador francês, François Delattre, quando se dirigia a uma reunião de emergência do Conselho.
“A França faz um chamado à adoção, o quanto antes, de uma nova resolução sob o Capítulo 7” da Carta das Nações Unidas, que prevê sanções.
O embaixador japonês junto a ONU, Koro Bessho, defendeu uma “nova resolução com uma série de medidas firmes”.
Já o embaixador chinês, Liu Jieyi, não citou sanções na saída da reunião, limitando-se a destacar “a urgência de se trabalhar juntos para livrar a península coreana das armas nucleares”.
“Devemos nos abster de qualquer provocação e de qualquer ação passível de exacerbar a tensão”, declarou Liu Jieyi, em referência direta ao projeto de escudo antimísseis americano na Coreia do Sul, rejeitado por Pequim.
A resolução precedente do Conselho sobre a Coreia do Norte data de março passado e decretou as sanções econômicas e comerciais mais severas já adotadas contra Pyongyang, após o quatro teste nuclear e tiros de mísseis balísticos, a partir de janeiro.
A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que conseguiu detonar um artefato nuclear capaz de ser instalado na ogiva de um míssil balístico.
A detonação, a mais potente já realizada pelo Norte, de acordo com Seul, permitiu a Pyongyang alcançar seu objetivo: miniaturizar uma ogiva nuclear para conseguir armar um míssil, segundo a imprensa norte-coreana.
“Este teste nuclear confirmou a estrutura e as características específicas de uma ogiva nuclear que foi padronizada de maneira a ser montada em mísseis balísticos estratégicos”, afirmou a agência estatal norte-coreana KCNA.
Fonte: Uol
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