Acordo nuclear com o Irã prevê redução considerável na produção do país

iran

LAUSANNE – Dois dias além do prazo original estipulado para dar prosseguimento às negociações nucleares com o Irã, os chefes diplomáticos dos países envolvidos chegaram ao sucesso das conversas. O chanceler persa, Javad Zarif, afirmou que o avanço foi iminente, e o presidente Hassan Rouhani confirmou um acerto. Teerã e as potências envolvidas nas negociações se pronunciam ainda nesta tarde sobre um acordo.

Em um tweet, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, disse que tinha “boas notícias”. Zarif voltou a dizer a repórteres nesta quinta-feira que o progresso em temas centrais das negociações foi “significativo”. O secretário de Estado americano, John Kerry, chamou o acordo de “um grande dia”, e garantiu que trabalhará em breve para fechar um acordo final em 30 de junho.

Rouhani afirmou que o acordo final já começará a ser rascunhado.

Mogherini apresentou os temas-base do acordo: a Organização Internacional de Energia Atômica usará seus artifícios para modernizar o programa do país; o Irã fará parte da cooperação mundial em energia nuclear; a agência responsável da ONU poderá verificar as instalações a qualquer momento; não haverá material físsil na principal central de enriquecimento, e para fins pacíficos; a capacidade de produção e enriquecimento do país será consideravelmente reduzida; as sanções americanas e europeias serão liberadas quando a IAEA confirmar a incorporação das medidas pelo Irã, e os bloqueios financeiros estão totalmente liberados.

De acordo com funcionários europeus e americanos, o número de centrífugas do país será cortado de 19 mil para 5 mil, todas em um mesmo centro. Dois terços do atual enriquecimento de urânio do país serão suspensos e monitorados por dez anos. Durante 15 anos, o país não criará novas facilidades do tipo.

O centro de enriquecimento de Fordo será parcialmente convertido para pesquisa nuclear avançada e produção médica, com observadores internacionais. O reator de Arak, temido por Israel e os EUA pela produção de plutônio, funcionará sem energia suficiente para produzir uma bomba.

Segundo vários diplomatas no local, os pontos de conflito continuavam a ser os prazos para a suspensão das sanções que sufocam a economia de Teerã, o futuro limite da capacidade de enriquecimento de urânio, e o destino do material nuclear do Irã.

 

Fonte: O Globo

8 Comentários

    • PALESTINOS SE TORNAM OFICIALMENTE MEMBROS DO TPI
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      Adesão permite que Tribunal Penal Internacional tenha jurisdição sobre crimes cometidos em territórios palestinos, inclusive durante última guerra. Gesto é considerado parte de esforço para elevar pressão sobre Israel.
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      (*)fonte: [ dw.de/palestinos-se-tornam-oficialmente-membros-do-tpi/a-18351922 ]
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      (…) O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, classificou o dia como histórico. “Hoje firmamos a adesão oficial do Estado da Palestina ao TPI, mostrando o nosso compromisso com a justiça, a lei internacional e os direitos humanos”, afirmou Erekat em comunicado. (…)
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      E imaginar que a nossa diplomacia do atabaque ajudou nisso tudo … e quem terminou como anão nessa história toda foi Israel….. como esse mundo é sacartico com os anões …rsrsr

  1. Uma coisa é certa. os fascistas segregacionista do governo de Israel em coluio com com os corruptos congressistas que recebem uma mesada gorda dos lobbys Sob o nome “J-Street” e a AIPAC vão pega pesado agora.

    • ELEIÇÃO EM ISRAEL MOSTRA QUE CIDADES MAIS RICAS VOLTARAM NA ESQUERDA E MAIS POBRES NA DIREITA.
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      Analistas dizem que país é dividido em “tribos” e que motivação dos eleitores é de caráter ideológico, étnico, cultural ou de “lealdade à tribo”
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      (*) fonte: [ operamundi.uol.com.br ]
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      (…) O quadro em Israel, bastante diferente dos resultados da eleição no Brasil, onde as regiões mais pobres concentraram votos em Dilma Rousseff (PT) e as mais ricas em Aécio Neves (PSDB), merece uma explicação e a chave para entendê-lo se encontra nas divisões étnicas e culturais da sociedade israelense. (…)
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      (…) A “tribo branca”, também denominada a “bolha de Tel Aviv”, inclui judeus de origem europeia, laicos, de classe media e alta, que em sua maioria votaram em partidos de centro e de esquerda. (…)
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      Parece que a tribo dos barrigas brancas de Israel são mais evoluídos que os seus congêneres tupiniquins. 😉

  2. Por que Israel vai perder a guerra?
    Se vencer é poder viver em paz e segurança, então Israel vence todas as batalhas, mas perde a guerra.

    Palestina
    Palestinos carregam o corpo de Udai Nafez, de 19 anos, morto em conflito com tropas israelenses na Cisjordânia. A violência da Faixa de Gaza vai chegando ao outro território palestino.

    Por Salem H. Nasser

    A evidente decisão israelense de alvejar preferencialmente os civis e de multiplicar de modo terrível o número de massacres nos últimos dias tem uma explicação e uma razão que se misturam.

    Em um documentário chamado Os Guardiões, Ami Ayalon, que dirigiu o serviço de segurança interna de Israel de 1996 a 2000, se refere à noção de banalidade do mal para nos contar como matar intencionalmente grandes contingentes de civis vai se tornando, para os israelenses, algo banal, desprovido de importância, desprovido de peso psicológico, algo a que se acostumaram gradualmente.

    Em outro momento, o mesmo Ayalon nos diz algo precioso: se vencer a guerra é poder viver em paz e segurança, então Israel vence todas as batalhas, mas perde a guerra.

    A razão e a explicação são ao mesmo tempo a banalidade e a inevitabilidade da derrota. Os civis são alvejados em massa porque a coisa tornou-se banal, e eles são alvejados em massa porque Israel está perdendo a batalha, e, também porque eles são alvejados em massa, Israel perderá a guerra no sentido pensado por Ayalon.

    Mas, antes da guerra, a batalha, esta última campanha contra Gaza. A esta altura, sabemos todos que, em meio à violência contínua contra os palestinos, Israel escolheu o episódio dos três colonos mortos como pretexto para um ataque massivo contra a Faixa de Gaza.

    As razões reais para a nova campanha, no entanto, tornaram-se objeto de conjecturas para cujo esclarecimento Israel não contribui muito. É razoável supor que os ataques tivessem por alvo, num primeiro momento, a recém conquistada união nacional entre Fatah e Hamas. E é razoável pensar que, como acontece a cada 2 ou 3 anos, Israel estivesse tentando atingir as capacidades de resistência militar que desenvolvem os grupos armados palestinos.

    Esses objetivos mais prováveis foram logo sendo envoltos numa sucessão de objetivos declarados e depois revistos: o bombardeio para a eliminação da capacidade de lançar foguetes, a incursão terrestre para acabar com os túneis, a continuidade da incursão até o desarmamento total da resistência e, logo mais, até a libertação do oficial capturado hoje.

    A confusão dos objetivos é ajudada pelas descobertas desagradáveis que fez Israel desde que iniciou os ataques à Faixa: a surpreendente capacidade de lançamento de mais foguetes, mais precisos, de maior alcance, que tem a resistência; o perigo representado pelos túneis e o que estes dizem sobre o preparo dos grupos armados; a disposição e a qualidade dos combatentes palestinos no confronto de proximidade, uma vez iniciada a incursão terrestre; as altas perdas em número de soldados e equipamentos no campo de batalha da Faixa; a capacidade da resistência de levar a guerra até o território israelense.

    Tudo isso mostrou que alguns dos objetivos possivelmente concebidos por Israel são simplesmente inatingíveis e que outros demandariam concessões importantes. Mostrou também que a continuidade da guerra traria custos que Israel não pode suportar. É por isso que Israel quer e os Estados Unidos tentam lhe fornecer um cessar-fogo.

    Já a resistência, consciente de suas possibilidades no campo de batalha, pensa que não pode haver outro resultado final para esta rodada de violência que não seja o fim daquela violência, mais longeva e igualmente dolorosa, do cerco à Faixa. Qualquer outra resultante fará, em sua própria linguagem, com que o sangue das vítimas tenha corrido em vão.

    É por isso que, para Israel, matar o maior número de civis apresenta-se como o melhor meio de levar os palestinos, população e resistência, à exaustão, e fazê-los aceitar um fim das hostilidades sem que Israel tenha que fazer concessões, é o que permitiria aos israelenses dizer que venceram esta batalha, que machucaram os grupos armados, reduziram suas capacidades, mataram vinte vezes mais do que morreram, e mantiveram o cerco.

    Mas, apesar dos números, a batalha está sendo perdida por Israel. A partir de certo momento, os números que contarão a vitória serão outros: a resistência palestina poderá dizer que 95% dos que matou eram militares e morreram no combate direto, e Israel terá que explicar por que 95% dos que matou eram civis, mulheres, crianças, velhos. E as fábulas da legítima defesa, dos escudos humanos, do desejo de morrer, do desamor à vida já não servirão a estancar a verdade da banalidade de que falava Ayalon.

    E a guerra também está sendo perdida. Ao menos desde o ano de 2000, a capacidade militar de Israel – sempre fenomenal – tem crescido em impotência. Naquele ano, pela primeira vez, o exército israelense se viu forçado a sair de um território ocupado, o sul do Líbano, por força das ações armadas de grupos de resistência. Isso aconteceu de novo na Faixa de Gaza em 2005. Em 2006, na guerra de julho, o Hezbollah libanês impôs os foguetes como instrumento de dissuasão e de equilíbrio – relativo – do poder de fogo, e assustou os israelenses com a sua proficiência na guerra de guerrilha. O resultado final foi a descoberta de que agora Israel já não conseguia operar uma ocupação terrestre, quanto mais manter uma. Algo parecido aconteceu em Gaza em 2008-2009 e em 2012. O que está trazendo este último episódio que testemunhamos agora é o anúncio de que os próximos, e inevitáveis, confrontos entre Israel e os grupos da resistência palestina e libanesa poderão acontecer no território israelense.

    A profecia de Hannah Arendt de que Israel degeneraria em uma Esparta realizou-se há muito. Mas, o que acontece quando Esparta vai deixando de ser Esparta e vai deixando de assustar?

    Muitos israelenses – e muitos de seus apoiadores – nos apresentam a sua Esparta como uma necessidade da auto-preservação: um Davi cercado por um Golias de muitas cabeças. Essa tese mereceria maior crédito se Israel não nos provasse, dia após dia, por mais de sete décadas, por ações – e por palavras que cada vez mais escapam entre as cortinas de fumaça da encenação da paz – que o seu projeto é de ocupação e domínio permanente sobre qualquer pedaço de terra que se pudesse candidatar a ser um Estado palestino, e ao gradual esvaziamento desses espaços da população palestina originária. Simplesmente, para não falar de mais nada, não há explicação plausível para os assentamentos na Cisjordânia e em torno de Jerusalém, que já abrigam perto de 700.000 colonos, que não seja essa apropriação e essa expulsão.

    O que Israel vem ensinando, aos palestinos e a outros, é que não há processo negociador que possa por fim a essa gradual despossessão, especialmente quando o único mediador aceito por Israel é a superpotência que parece funcionar sob suas ordens, que não há esperança a ter na ONU quando ali também opera a mesma superpotência, que não há caminho senão a resistência armada, que nada fez Israel recuar senão a resistência armada.

    Israel está perdendo a guerra não apenas porque não conseguirá, ao fim de sucessivas batalhas, viver em segurança, mas porque, à força de querer manter a todo custo a sua dominação colonial sobre um outro povo, corre o risco de realizar outra profecia, a de Henry Kissinger, de que em alguns anos já não haverá Israel.

    *Salem H Nasser é professor de Direito Internacional na FGV Direito SP e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)

    Fonte: http://www.cartacapital.com.br/internacional/por-que-israel-vai-perder-a-guerra-6120.html

    Além de pressionar os governos, participar de manifestações públicas, ajudar a esclarecer o maior número de pessoas acerca do que está ocorrendo, outra maneira de pressionar Israel é através do boicote de produtos fabricados lá. Os números 729 no início do código de barras do produto informam justamente que ele tem essa procedência.

    Abraços
    às 22:19
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    Reações:
    Desatracado…. Sds. 😉

  3. O Desatracado.: Deveriam proibir produtos de Israel também
    Zara recolhe camiseta que lembra uniforme de campo de concentração.

    Peça infantil era listrada e com uma estrela de seis pontas. Empresa se desculpou e disse que a roupa foi inspirada em filmes clássicos de faroeste.

    Imagem da camiseta infantil que foi retirada das lojas
    Imagem da camiseta infantil que foi retirada das lojas (Reprodução/Internet/VEJA.com)

    A rede mundial de roupas e acessórios femininos Zara, de propriedade da espanhola Inditex, suspendeu nesta quarta-feira a venda de uma camiseta infantil listrada decorado com uma grande estrela de seis pontas depois que a peça foi comparada aos uniformes usados por judeus em campos de concentração da Alemanha nazista. A empresa pediu desculpas pelo ocorrido.

    A camiseta, que tinha listras azuis e brancas horizontais, estava à venda na internet em três países europeus, mas não em Israel, informou uma porta-voz da Inditex. Porém, segundo o site americano Business Insider, a camisa podia ser vista nas versões sueca e israelense da loja on-line da Zara nesta quarta-feira de manhã. Na versão americana do site, a peça já não estava disponível.

    Camiseta criticada da Zara
    Reprodução/Twitter/VEJA.comCamiseta criticada da Zara

    O uniforme usado pelos judeus em campos de concentração e a camiseta da Zara: semelhança perturbadora. A semelhança não foi intencional e o modelo foi inspirado em astros de filmes clássicos de faroeste, afirmou ela. Poucas horas depois de a peça ser colocada à venda, alguns jornais notaram a semelhança e mensagens criticando o modelo foram publicadas no Twitter.

    “A camiseta tem uma grande estrela de seis pontas no lado superior esquerdo, lugar exato em que os nazistas forçavam os judeus a usar a Estrela de Davi”, escreveu o jornal israelense Haaretz, dizendo que a peça é “uma reminiscência assombrosa de uma era mais sombria”. Em seu site, o Haaretz mostrou uma foto de parte de um uniforme usado pelos prisioneiros de Auschwitz em que se vê um agasalho com listras verdes e brancas e uma estrela amarela abaixo do ombro esquerdo com a palavra Jude (judeu, em alemão).

    Esta não é a primeira vez que a Zara é acusada de vender mercadorias relacionadas com o antissemitismo. Em 2007, após uma avalanche de críticas, a empresa foi forçada a retirar de suas lojas uma bolsa bordada com uma suástica.

    (Com agência Reuters)

    Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/zara-recolhe-camiseta-que-lembra-uniforme-de-campo-de-concentracao

    Abraços
    às 23:46
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    Reações:
    Sds. 😉

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