Economia da UE continua perdendo força

Cinco anos após o início da crise do euro, economia da UE continua perdendo força, e nem mesmo a locomotiva Alemanha escapa. Bloco deve crescer apenas 1,3% neste ano, e perspectivas só melhoram para 2016.

Mal a nova Comissão Europeia foi empossada, sob a presidência de Jean-Claude Juncker, e os problemas já começaram. Enquanto o finlandês Jyrki Katainen – vice-presidente para o Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade do órgão executivo – é conhecido como adepto do Pacto de Estabilidade e Crescimento da Zona do Euro, não se pode dizer o mesmo de seu colega de equipe, Pierre Moscovici.

Na qualidade de antigo ministro das Finanças da França, Moscovici é responsabilizado pelo endividamento excessivo do Estado francês. Como comissário para Assuntos Econômicos e Financeiros e Fiscalidade, ele terá que trabalhar em conjunto com Katainen.

Entretanto, nesta terça-feira (04/11), a coletiva de imprensa para apresentação do prognóstico econômico para o quarto trimestre na União Europeia (UE) e na zona do euro mostrou que a colaboração entre os dois ainda não está funcionando muito bem.

Inesperadamente, Moscovici anunciou que pretendia viajar para a Grécia, a fim de conversar sobre o breve fim do programa de apoio financeiro da UE para o país. Katainen disse, então, que tinha a mesma a intenção e que talvez ambos pudessem viajar para Atenas juntos. Assim, a primeira lição que os dois precisam aprender é como coordenar suas agendas.

O que ambos tinham a anunciar em seguida, porém, eram os lamentáveis dados sobre o desenvolvimento econômico na zona do euro, coletados por seus antecessores. A tendência é sombria, e só com muito esforço os dois comissários conseguiram passar alguma esperança de melhora.

Se, no início do ano, Bruxelas ainda contava com uma taxa de crescimento de 1,6% para a UE, agora está claro que ela não passará de 1,3%. Na zona do euro, o crescimento deve ser de 0,8%, em vez do antes previsto 1,2%. As previsões para 2015 são igualmente desoladoras: crescimento de 1,5% para a UE e de 1,1% para a zona do euro. Somente para o ano seguinte, as perspectivas melhoram ligeiramente.

Como primeira razão dessa dinâmica tão lenta, Katainen citou os problemas estruturais profundos, conhecidos mesmo antes da crise do euro. Em segundo lugar, vem o excesso de dívidas públicas e privadas; em terceiro, as tensões nos mercados financeiros desde a crise; e por último, um curso de reformas instável e não implementado em alguns Estados-membros.

Segundo a Comissão Europeia, mesmo na Alemanha, até então país-modelo, as coisas não vão mais tão bem: em 2014 a economia alemã se arrasta à beira de uma recessão, mas ainda alcança 1,3% de crescimento. No ano seguinte, o nível permanece baixo, e só em 2016, a conjuntura alemã volta a ganhar impulso. Por enquanto, o país estará bem restrito em seu papel de locomotiva econômica da UE. Katainen aconselha investimentos em infraestrutura.

Confiança na UE em xeque

No entanto, os prognósticos ficam realmente negativos quando se trata da maior economia nacional da zona do euro, a França: no ano em curso, seu crescimento fica abaixo de 1%, insuficiente para progredir na redução da dívida pública. E o novo endividamento francês aumenta implacavelmente, devendo chegar a até 4,7% do PIB até 2016 – bem distante dos 3% prescritos pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A questão é se – e como – a Comissão pode dar mais tempo para o país reduzir suas dívidas, já que ela tem até o fim do mês para se manifestar a respeito do planejamento orçamentário de Paris. A princípio, está claro que não haverá uma advertência de Bruxelas, porém, ainda não está à vista nenhum curso de reforma e austeridade plausível para a França.

Por sua vez, Moscovici reforçou que está na hora de a política europeia agir. “Nas últimas eleições europeias, partiu dos eleitores uma mensagem inquietante para nós: eles nos dizem que querem crescimento e empregos. Por isso, faz tanto sentido o presidente Juncker nos chamar de ‘a Comissão da última chance’.”

Caso não haja nos próximos cinco anos uma vontade definida nem ação decidida no sentido de crescimento e de vagas de trabalho, os cidadãos poderão ter dúvidas sobre o projeto europeu, advertiu o comissário francês. “Por isso, temos que acrescentar uma nova dimensão à política europeia: estabilização era e é necessária. Agora precisamos de mais dinamismo.”

Com isso, Moscovici se referiu a novos investimentos e, nesse ponto, continua defendendo a linha do governo francês. Para a Comissão Europeia, contudo, o impulso virá na forma do pacote de investimentos de 300 bilhões de euros anunciado por Juncker, cujos detalhes ainda são desconhecidos.

Desemprego elevado

Para citar pontos positivos dos prognósticos apresentados em Bruxelas: a economia da Irlanda cresceu sensacionais 3,6% – a lembrança da crise nacional de endividamento quase já vai longe. A Espanha também se encontra em rota ascendente, com expectativa de 1,7% de crescimento para 2015. O que continua sendo catastrófico no país, contudo, é o desemprego, cuja taxa é claramente superior a 20%.

No que tange à zona do euro, em geral, nos próximos dois anos os índices de desemprego só baixarão discretamente, mantendo-se bem acima de 10%. A Comissão segue prescrevendo reformas estruturais e investimentos públicos como antídoto.

A questão que o comissário Katainen não conseguiu responder a contento, é por que a zona do euro apresenta os mais baixos índices de crescimento entre as regiões econômicas mais desenvolvidas. Por um lado, disse, as crises pelo mundo, da Ucrânia até o Oriente Médio, afetam com violência especial sobre a Europa. Além disso, alguns países-membros se acomodaram numa falsa segurança, acrescentou. Afinal, a zona do euro só pode ser tão forte quanto a soma de seus membros.

Fonte: DW.DE

11 Comentários

    • Napoleao tento Unificar a Europa , pela espada eos Mosquetes,porem nao conseguiu
      Estudioso da Biblia em especial do livro de Daniel ao analizar as profecias da estatua de Nabucodonozor

      Referindo se a Isso ele dise : Deus nao deixo

      Logo veio tempo dos Grandes casamentos das monarquias Europeias
      com intencao de Unificar a Europa

      Porem Faliu .tai Rainha Elizabete vovo da europa uma mistura de nacoes no sangue da COITADINHA efeito dessa epoca que sobrevive ate hoje .

      Adolf Hitler subiu com o mesmo obijetivo ,e mais alem o Mundo ,com a guerra relampango e Stukas dive bomber espalho terro na Europa ate a Ilhota com seu Sub wolf pack

      A MIGHT RED ARMY deu um fin no sonho do Austriaco . que se exilo na Argentina
      .
      In 1957 Nacia a Uniao Europeia com o mesmo proposito da tentativas

      anteriores , porem nao pela espada nem pela guerra relampago ou tao

      pouco por casamentos . mais por uma so moeda ,

      Ilhota dos Britons a tempo anda queendo pula fora ,e Alemanha anda de Namoro com os BRICKS

      Profecias estudada pelo corso Napoleao ate hoje tao ai se cumprindo para mostra

      credibilidade do livro dado por Deus ao Homen

  1. MAS UMA DOS NOSSOS MUI AMIGOS….

    A UE E O BRASIL

    (Hoje em Dia) – Mesmo estando – ao menos, na aparência – em plena negociação de um acordo de livre comércio com o Mercosul, a União Européia não consegue esconder sua verdadeira natureza.

    As autoridades da organização acabam de entrar com um processo contra o nosso país na Organização Mundial do Comércio – comandada pelo brasileiro Roberto Azevedo – pedindo que se abra um “painel” contra os incentivos dados, pelo Brasil, à indústria automobilística.

    Se a UE, antes mesmo de assinar um acordo de livre comércio com o Mercosul, já pretende sabotar a indústria brasileira, combatendo medidas que beneficiam diretamente empresas europeias instaladas no Brasil, como a Fiat e a Volkswagen, já é possível imaginar o que ela fará quando já não houver qualquer barreira à entrada de seus produtos no Brasil.

    Se o acordo Mercosul-Europa não avança, é por atitudes como essa, e por resistências dentro da própria UE, principalmente na área agrícola, onde somos mais competitivos.

    É ilusão pensar que abriremos espaços na Europa e nos EUA, se cedermos à sua chantagem. O mercado mundial já se encontra quase que definitivamente dividido. A América do Sul, e, no futuro, a África – e não a Europa ou os EUA – são o pedaço que nos coube nesse bolo.

    Não estamos, como o México, colados na fronteira dos Estados Unidos. Não podemos reduzir nossos salários em dois terços, para chegar ao que recebem os trabalhadores mexicanos. Lá, o salário mínimo é de cerca de 11 reais por dia. Nem é possível diminuir o índice de formalização e os direitos de nossos trabalhadores para atrair “maquiladoras” e apenas montar peças de terceiros. O déficit do México com a China, por exemplo, passou, nesse quesito, de 50 bilhões de dólares no ano passado.

    Da mesma forma, não podemos achar que os EUA e a Europa nos abrirão seus mercados, extremamente protegidos, se nunca os abriram no passado.

    É possível, sim, nos integrarmos à cadeia produtiva global, mas sem abrir mão de uma visão estratégica. O sucesso da EMBRAER é prova disso.

    A não ser que compremos matrizes industriais no exterior, como têm feito, com êxito, outros países do BRICS, como os indianos e os chineses, que já adquiriram marcas como a Jaguar, a Land Rover e a Volvo, nunca teremos acesso a seu mercado, e a tecnologia, como já não temos hoje. E os lucros continuarão sempre com as mesmas multinacionais.

    É portanto, um absurdo, que, ainda assim, tenhamos que enfrentar pressões da UE, tanto para colocar nossos produtos lá fora, como para abrir nossas fronteiras para a importação, praticamente forçada, de produtos feitos em seu território.

    O tempo passa, mas a história não muda. Os europeus, mesmo quando mergulhados na crise – segundo suas próprias previsões, a União Européia crescerá apenas 0.4% este ano – sempre verão a América Latina como uma colônia, a não ser que nos recusemos a assumir esse papel e essa postura.

    http://www.maurosantayana.com/2014/11/a-ue-e-o-brasil.html

    • Mauro Santayna é um jornalista patriota, defensor dos interesses nacionais. O livre comércio foi inventado pelas potências hegemônicas no intento de manter os demais países desindustrializados e submissos. Certa vez li um texto (inacreditável) no qual o BIRD aconselhava o Brasil a não investir em Ciência e Tecnologia, pois, segundo aquela instituição, nosso país teria vocação agrícola. HAHAHAHA…nós temos vocação para QUALQUER COISA, desde que sejamos dirigidos por políticos sérios e honestos. Eis a única coisa que nos faz falta, de fato.

  2. Enquanto a Europa afunda seu parçeiro preferencial, os States, vão melhorando sua situação. Pediram a Europa sanções a Russia e obtiveram, sanções que punem muito também aos Europeus, assim os states ganham mais espaço comercial enquanto a Europa perde im grande mercado. Os states são pessimos conselheiros, mas otimos em criar oportunidades para sí. Rsrsrsrsrs. Quase a França perde alguns bilhões e ainda corria o risco de ter que indenizar em cortês internacionais.

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