Rússia redireciona foco da cooperação militar com outros países

“Por causa das sanções contra a Rússia, decidimos redirecionar a Rostekhnolôguii, a Rosoboronexport e as empresas estratégicas de exportação às feiras de tecnologia militar organizadas em outras regiões do mundo, onde o armamento russo tem uma demanda significativa”, disse o representante da Rosoboronexport à agência Itar-Tass.

A principal empresa governamental russa de exportação de armas, a Rosoboronexport, declarou na exposição militar internacional Eurosatory-2014, em Paris, que reduzirá sua presença nas exposições europeias e se concentrará em outras regiões, como América Latina, Oriente Médio e nos países da região de Ásia-Pacífico.

“Por causa das sanções contra a Rússia, decidimos redirecionar a Rostekhnolôguii, a Rosoboronexport e as empresas estratégicas de exportação às feiras de tecnologia militar organizadas em outras regiões do mundo, onde o armamento russo tem uma demanda significativa”, disse o representante da Rosoboronexport à agência Itar-Tass.

Por essa razão, o BMPT-72 “Termitator” e o tanque T-90 não serão apresentados na próxima edição da Eurosatory na França. A exibição de tecnologias militares russas será reduzido ao mínimo.

BMPT-72 “Termitator II”

“É uma questão de conveniência econômica”, diz o editor da revista “Defesa Nacional” e especialista militar, Ígor Korôtchenko. “Na Europa, não vendemos praticamente nada. As grandes feiras, como a Eurosatory, são, principalmente, os espaços de apresentação, onde podemos mostrar ao mundo algumas das nossas novidades. No entanto, o nosso mercado real se encontra principalmente na América Latina, na Ásia e no Oriente Médio”, explica Korôtchenko.

Mais orçamento, maiores ambições

A maioria das regiões mencionadas estão experimentando um crescimento econômico, têm amplas ambições geopolíticas, estão aumentando seus orçamentos de defesa e realizam importantes programas de construção militar.

Além disso, organizam cada vez mais exposições de tecnologia militar não apenas para adquirir equipamentos e armamento modernos, mas também para atrair os países fabricantes de produtos que podem ajudar no desenvolvimento e na manutenção das tecnologias no país comprador.

T-90

Durante os últimos anos, o status e o prestígio dessas plataformas regionais têm aumentado consideravelmente. Agora, as feiras organizadas nos países em desenvolvimento são capazes de competir com as conhecidas plataformas europeias.

Assim, nos próximos anos, a Rússia vai aumentar sua presença nas exposições da América Latina.

Mercado latino-americano em expansão

A cooperação técnico-militar no período da União Soviética se desenvolveu com base em princípios ideológicos. A URSS fornecia armamento aos regimes amigos (países do Pacto de Varsóvia, do Sudeste da Ásia, além de China, Coreia do Norte e de alguns países da América Latina e do Oriente Médio).

De acordo com os dados do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, nos anos 80, o volume de fornecimento de armas alcançou US$ 22 bilhões.

De acordo com dados do Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo, entre 1981 e 1991, a União Soviética foi um dos maiores exportadores de armas do mundo. A URSS fornecia armas a 54 países, 44 dos quais países em desenvolvimento. Esses países utilizam armamento soviético até agora, e essas armas precisam da modernização.

Na América Latina, o Peru adquiriu tanques e aviões, a Nicarágua comprou equipamento blindado leve e Cuba importou vários tipos de armamento soviético.

Mi-35

Antes da queda do fornecimento russo nos anos 90, a cooperação técnico-militar com os países latino-americanos foi reduzida. No entanto, em 2005, o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, decidiu reduzir a dependência do país das armas americanas e se dirigiu à Rússia.

Igla-S

Atualmente, a Venezuela tem quase todos os tipos de armas russas, incluindo os sistemas da defesa antiaérea. Isso aumenta o interessa dos países vizinhos ao armamento russo. Por exemplo, em 2008, o Brasil assinou um contrato de compra de helicópteros de combate Mi-35 e planeja importar sistemas antiaéreos Pantsir-S1 e Igla-S.

Fonte: Gazeta Russa

9 Comentários

  1. A principal empresa governamental russa de exportação de armas, a Rosoboronexport, declarou na exposição militar internacional Eurosatory-2014, em Paris, que reduzirá sua presença nas exposições europeias e se concentrará em outras regiões, como América Latina, Oriente Médio e nos países da região de Ásia-Pacífico. === à AS só tem à agradecer…:-)

  2. A Europa está minando as relações com a Russia, nada mais do que justo o afastamento, ainda mais levando em conta os custos nesse merchandising de tentativas de vendas, que geram um retorno ridículo, o oposto de países como China, Brasil, India, Venezuela e outros que gastam cifras significativas nos produtos russo.

  3. Esse é o momento de se adquirir tecnologia russa, o BRASIL precisa saber negociar,principalmente na área espacial !

  4. esta na hora do brasil fechar a compra da bateria anti aérea e produção e troca de tecnologia com os russos ,mas temos uma oposição que quer cancelar a compra dos caças e etc e tal .

    mas depois da eleição muita coisa vai entrar em acelerado ,uma delas é o reaparelhamento das forças armadas

  5. O Brasil precisa receber da Russia mais que o discurso de parceiro preferencial de negócios em função dos BRICS. Precisa realmente mostrar interesse em fortalecer seu comercio com nosso país, interesse que deve ir de ambas as direções sem papo furado.

  6. E os esquerdinhas acreditam nos russos !!!… rsrsrsrsrsrs… tá certo… eles levaram anos roubando e copiando tecnologia militar para dar de graça para los hermanos… rsrsrsrs… tá fácil !!!… vão é vender só a barrigada… o filé NUNCA… NEVER… JAMÉ…

    • vampiro brasileiro bendo carneiro ou seria bento catarata rsrs jogando a sua praga maligna rsrs

      ô coitado !!! sobrou isso mesmo para o combalido !!

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