Rússia – Mais10 submarinos nucleares até 2020

russian submarine nuclear

Víktor Litóvkin

O submarino nuclear do projeto 885 reúne todos os conhecimentos e tecnologias elaborados pelas forças armadas russas ao longo de mais de meio século de existência.

O casco do novo submarino terá alta resistência e será feito de aço não magnético, o que permitirá os mergulhos em profundezas abaixo de 600 metros. Como a profundidade de imersão dos submarinos tradicionais não excede 300 metros, isso o torna quase inatingível por todos os tipos de armas antissubmarinas.

O novo submarino nuclear poderá se deslocar com uma velocidade acima de 30 nós (cerca de 60 km/h) e será equipado com uma câmara de salvamento para a retirada de todos os membros de tripulação.

Segundo os engenheiros russos, o novo Iasen será mais silencioso do que o último modelo americano Seawolf, além do submarino ser russo menos ruidoso no momento chamado de Akula (“tubarão”, em russo e fabricado conforme o projeto 971. Se não bastasse, com os novos armamentos (vários tipos de mísseis de cruzeiro e torpedos), ele terá suas funcionalidades ampliadas e poderá realizar uma maior variedade de tarefas no mar.

Invisibilidade

Hoje em dia, as operações do Exército russo no fundo do mar e as patrulhas de rotas marítimas são executadas pelos submarinos multiuso do tipo Akula. O seu deslocamento silencioso nas profundezas oceânicas aumentam tanto a eficiência de ações contra navios de carga e embarcações militares quanto permite atacar a infraestrutura costeira do inimigo com os mísseis de cruzeiro.

Há pouco tempo, a aproximação dos submarinos do modelo Akula dos litorais dos EUA e do Canadá provocou certo incômodo nas forças armadas desses países. As tecnologias deles detectaram a presença de “visitantes”, mas não conseguiram rastrear os trajetos desses submarinos potentes equipados com 28 mísseis de cruzeiro Kh-55 Granat (similares aos mísseis Tomahawk utilizados pela marinha americana), capazes de percorrer 3 mil quilômetros e atingir o alvo escolhido com uma carga nuclear de 200 quilotoneladas.

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Mísseis supersônicos de cruzeiro P-800 Ônix em voo

Novidade supersônica

O principal armamento de ataque do novo Iasen são mísseis supersônicos de cruzeiro P-800 Ônix, que existem em duas versões para exportação e possuem visuais idênticos: o Iakhont, fabricado em território russo, e o BraMos, feito do solo indiano. Os mísseis que fazem parte do novo submarino podem ser lançados ainda debaixo d’àgua e carregam um fornilho potente de meia-tonelada com velocidade de 750 metros por segundo por até 600 quilômetros.

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O alvo do Ônix captura-se por meio de um sistema de navegação que utiliza os coordenados pré-estabelecidos. Para que o inimigo não consiga desviar um míssil lançado usando a interferência eletrônica, o mecanismo de controle automático de trajetória do míssil é acionado brevemente  em um ponto previamente calculado (à distância de 25-80 km), detectando, assim, a localização exata do alvo escolhido. O segundo acionamento do mecanismo acontece poucos segundos antes da colisão e após a redução brusca de altura até o nível de 5-15 metros acima da superfície.

“Matilha de lobos”

O Ônix é considerado uma arma de nova geração não apenas devido à alta velocidade e proteção contra interferências eletrônicas do mecanismo de controle automático de trajetória. O seu princípio de atuação possui certa semelhança com a estratégia de caça utilizada pelos lobos que detectam uma presa e se reúnem para cercá-la. Os engenheiros não fornecem maiores detalhes sobre esse princípio, porém, afirmam que a distribuição e classificação de alvos entre os mísseis individuais de um sistema, assim como a elaboração e realização do plano de ataque, são efetuados no modo automático.

A fim de evitar os possíveis erros, os computadores dos mísseis foram carregados com todas as informações referentes a todos os classes e tipos de navios modernos que permitem a identificação de suas funções numa frota (navio de escolta, porta-aviões, grupo de desembarque) para um ataque mais eficiente. O computador do Ônix também possui os dados referentes aos meios de proteção contra interferência eletrônica emitida pelo inimigo com a intenção de desviar os mísseis dos alvos escolhidos, assim como às táticas de neutralização da defesa antiaérea.

Essas informações servem como base para distribuição automática dos papéis entre os mísseis do grupo para que alguns se comportem como alvos falsos atraindo a defesa antiaérea do inimigo, enquanto outros atacam os principais alvos e se organizam para eliminar os navios de apoio. Apesar da possibilidade de detecção dos mísseis pelos radares, no momento não existe nenhum sistema de defesa antiaérea que seja capaz de evitar a colisão devido à alta velocidade e manobras constantes dos mísseis sobre a superfície do mar.

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Multiuso

Uma grande vantagem do sistema Ônix, cuja presença na Síria é o motivo de preocupação do governo americano, são as características universais que permitem sua instalação em qualquer tipo de portador, tais como os navios de superfície e subaquáticos, assim como as plataformas móveis terrestres (sistemas de mísseis de defesa costeira do tipo Bastion).

As autoridades russas pretendem incluir o sistema no complexo de armamento dos aviões de caça Su-30MK, assim como dos bombardeiros Si-34. No entanto, os engenheiros russos já estão desenvolvendo os sistemas de mísseis da próxima geração: um sistema hipersônico Circon, cujos testes serão realizados já no próximo ano.

Fonte: Gazeta Russa

 

14 Comentários

  1. Esse aparato e mais o que vem ai não é só pra eles, na verdade eles já tem o suficiente para destruir sozinho o mundo mais de uma vez.
    De fato tudo isso é para PROJETAR PODER em suas zonas de interesses geopolítico, geoeconômicos, geoestratégicos.
    Apoiarão os seus aliados, ainda que temporários, com tudo que tem, estamos entrando na zona do tudo ou nada.
    Passamos da guerra fria, estamos saindo da guera morna e vamos entrar na guerra quente.

    Não duvido bases russas …

    Da nossa parte , aqui na Am.do Sul/Atlântico Sul … quem são os responsáveis por isso mesmo ???
    O que temos falado a anos e anos ??

      • Que falta faz uma educação conservadora !!!… rsrsrsrsrsrs… vou te explicar: “Eles” = os poderosos; os que detêm o poder de destruir o mundo… “principio de fênix” = renascimento de uma nova ordem mundial com a consequente destruição da anterior… para breve = logo, em breve, às portas…

      • para destruir o mundo é Boreas!

        Ash é um verdadeiro caçador de porta-aviões dos EUA e outros objectivos da sua ash-uma saraivada de mísseis para destruir grupo de porta-aviões dos EUA é totalmente

        O preço desta obra-prima do russo que US $ 1,2 bilhões para uma unidade

      • Não é questão de educação conservadora ou progressista…

        o caso é que parece q voce teclou depois de ter bebido 3 litros de cachaça…..

        agora que voce explicou… dá pra entender….

  2. stadeu says:
    12 de agosto de 2013 at 17:49

    Esse aparato e mais o que vem ai não é só pra eles, na verdade eles já tem o suficiente para destruir sozinho o mundo mais de uma vez.
    De fato tudo isso é para PROJETAR PODER em suas zonas de interesses geopolítico, geoeconômicos, geoestratégicos.
    Apoiarão os seus aliados, ainda que temporários, com tudo que tem, estamos entrando na zona do tudo ou nada.
    Passamos da guerra fria, estamos saindo da guera morna e vamos entrar na guerra quente.

    Não duvido bases russas …

    Da nossa parte , aqui na Am.do Sul/Atlântico Sul … quem são os responsáveis por isso mesmo ???
    O que temos falado a anos e anos ??
    = São criativos, e terrivel/ perigosos, q seus oponentes/inimigos pensem 2x…eu sonho c esses misseis em n FAs…p ontem.

  3. Pra quê precisam de 10!!? @@ Façam as contas… numero de misseis balisticos… em cada sub x poder de cada ogiva nuclear… Os EUA tem isto tudo de subs nucleares?..

  4. Há de se saber se tem estaleiro na Russia sobrando pra isso. Afinal de contas, já existem outros submarinos em construção… Creio ser difícil alcançarem esse número num período tão curto de tempo. É até possível que iniciem a construção desses submarinos, mas daí a te-los em operação, imagino ser coisa para a próxima década…

  5. Num conta simples eles teriam que lançar ao mar um submarino nuclear a cada 8,4 meses.

    Sinto muito, mas não dá. Essa é mais uma das contas russas que entra para a conta de sua fanfarronice.

    Creio que no mínimo 2025 seja um prazo mais realista.

  6. Vader
    13 de agosto de 2013 at 10:25

    Num conta simples eles teriam que lançar ao mar um submarino nuclear a cada 8,4 meses.

    Sinto muito, mas não dá. Essa é mais uma das contas russas que entra para a conta de sua fanfarronice.

    Creio que no mínimo 2025 seja um prazo mais realista. ==== Fanfarronice ou ñ, a verdade e q ele vão fazer, e são os melhores, ora, construidos. Quizer eu q em |Pindorama o ‘ortoridades’ tivessem esse preocupação c a segurança …e esses caras foram eleitos…o piores entre os mt ruins…lamentável.Sds.

  7. Pois é… enquanto o grande esforço estratégico do governo brasileiro é construir estádios de futebol, na Russia a opção é por fortalecer sua real soberania… Se o Estado russo decidiu que precisam de novos subnucs então que as fornalhas derretam mais aço, e que seus projetistas queimem pestanas para tanto… sem mais delongas.

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