A Boeing e suas parceiras estão ficando mais ousadas em falar das melhorias das aeronaves de combate Super Hornet e Growler – desenvolvimento o qual coincide com um debate sobre os custos e cronograma do Joint Strike Fighter F-35. Veja a seguir as melhorias propostas para o caça F/A-18 Super Hornet que está sendo oferecido ao Brasil na competição F-X2.

Nessa semana, na Navy League Show realizada em Washington, D.C., a Boeing revelou um antecipado conceito de mock-up de um cockpit de um caça Super Hornet com uma grande tela LCD, visando clientes para exportação. Ele se parece um tanto com o cockpit do JSF, com exceção que a Boeing planeja utilizar somente uma tela ao invés de usar dois displays unidos. Também, ao invés de eliminar o HUD (head-up display) completamente, a Boeing colocou no assento dianteiro do cockpit um novo, e menor HUD, com um sistema óptico que não irá interferir com o grande monitor.

A General Electric, anunciando a entrega do motor F414 de número 1.000, motor este que equipa os caças Super Hornet e também a aeronave de guerra eletrônica Growler, reafirmou essa semana que está trabalhando em duas versões melhoradas do motor: um motor com durabilidade extendida (EDE), com um novo núcleo e menor consumo de combustível, e um motor com desempenho avançado (EPE), o qual adiciona um novo fan para um acréscimo de 20% de empuxo e que também “é focado em potencial clientes internacionais,” incluindo o Brasil.
A Boeing está também trabalhando junto com a ITT Defense na próxima geração do programa Jammer NG da U.S. Navy, um sistema de interferência de sinal. Numa entrevista na Navy League, representantes da Boeing/ITT deixaram claro que este programa está sendo focado em melhorias para a aeronave Growler.

Outro aspecto refere-se ao armamento do caça super Hornet. embora a Boeing tenha mostrado uma maquete muito genérica do futuro JDRADM (Joint Dual Role Air Dominance Missile) na Navy League, isto não representa o próximo passo para um novo Raytheon AIM-120D AMRAAM para o caça. A Boeing tem feito alguns movimentos na integração com os mísseis da MBDA, especificamente ao modelo ar-ar Meteor para o caça F/A-18E/F – novamente, com os clientes estrangeiros em mente. O míssil Meteor deverá oferecer uma melhor performance do que o AIM-120D (o qual acredita-se utilize o mesmo motor da versão atual C7). O míssil Meteor já está integrado aos caças europeus Rafale e Gripen, que competem com o Super Hornet no programa F-X2.
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