Foguete de sondagem brasileiro será lançado na Europa

O foguete de sondagem VSB-30, fabricado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) de São José dos Campos, no interior de São Paulo, deve ser lançado ainda esta semana, dependendo das condições climáticas, no campo sueco de Esrange. O segundo lançamento está previsto para o dia 23 de novembro na mesma localidade. O VSB-30 poderá se tornar o primeiro foguete de sondagem nacional a ser produzido integralmente no parque industrial brasileiro.

A missão do VSB-30 é a de impulsionar um conjunto de experimentos (carga útil) com massa de 400 quilos, em uma trajetória cujo apogeu é de 250 km, permanecendo no ambiente de microgravidade por seis minutos acima de 110 quilômetros.

A microgravidade proporciona aos experimentos um ambiente em que a única ação externa é o campo gravitacional terrestre. Durante este período, a carga útil aciona um sistema que elimina quaisquer movimentos angulares e a formação de cristais torna-se uniforme, conferindo propriedades melhores aos produtos químicos, orgânicos e inorgânicos, e a ligas metálicas.

No primeiro lançamento, previsto para acontecer nos próximos dias, a carga útil denominada TEXUS 46 realizará experimentos científicos importantes, como a determinação de alta precisão de propriedades termofísicas de ligas metálicas em estado de fusão, para fins de modelamento de solidificação das ligas em ambiente industrial; o resfriamento sob baixa temperatura de levitador eletromagnético, dentro da cadeia de produção contínua de aço; e a medição da tensão superficial e viscosidade em amostra de PdSi (paládio-silício).

Já no segundo lançamento o VSB-30 levará ao espaço a carga útil TEXUS 47 com outra série de experimentos europeus. São vários os objetivos desta missão: medir os resultados da solidificação de uma “liga transparente”; obter respostas moleculares de células vegetais sob o efeito de mudanças no campo gravitacional; investigar reações gravitrópicas primárias rápidas do fungo Phycoomyces blakesleeanus, sob o efeito de micro e hipergravidade; e, por fim, verificar a convecção vibratória em zonas de flutuação de silício. 

O IAE enviou três especialistas ao campo de lançamento de Esrange para os trabalhos de integração mecânica e pirotécnica, além dos testes elétricos necessários para cobrir as atividades de lançamento. Já foram realizados com o VSB-30 um voo de qualificação e outro operacional, ocorrido do Campo de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Alem disso, outros cinco lançamentos operacionais foram promovidos no campo sueco de Esrange.

No futuro, fábricas instaladas no espaço produzirão os produtos obtidos da experiência adquirida em voos de foguete de sondagem e outros recursos existentes para o mesmo fim.
 

Fonte: IAE  via FAB

2 Comentários

  1. Salve Edilson,

    Cientistas brasileiros desenvolvem foguete com propulsão a laser

    Cientistas brasileiros estão desenvolvendo uma nova tecnologia na área espacial.
    É uma propulsão a laser.

    Uma fonte aqui na Terra dispara um feixe de laser que atinge o foguete.
    Esse foguete, então, decola, sem precisar levar combustível.

    O projeto é coordenado por pesquisadores brasileiros, que trabalham em parceria com cientistas americanos.

    De uma base na Terra, serão emitidos feixes do raio que vão aquecer o ar, provocar uma explosão e empurrar o veículo para cima.

    As experiências para transformar em realidade o que por enquanto é só uma simulação de computador estão sendo feitos em um laboratório da Aeronáutica em São José dos Campos (SP).

    Os EUA, parceiros do projeto, forneceram as fontes de laser.

    A luz segue por uma tubulação preta até o túnel de vento, que suporta temperaturas e pressão extremas.
    Lá dentro ocorre a explosão que vai mover a aeronave.

    Pesquisas com propulsão a laser também são feitas por outros países, como Estados Unidos e Japão, mas essa é a primeira vez que a tecnologia é testada dentro de um túnel de vento, equipamento que simula todas as condições de um voo até o espaço.

    Sem precisar levar combustível, o foguete poderá carregar até 50% de seu peso em carga, no caso, satélites.
    Hoje a carga pode chegar a no máximo 5% do peso do foguete. Os 95% restantes correspondem à estrutura e ao combustível.

    ” Atualmente, para se colocar 1 quilo em órbita custa US$ 20 mil.
    Com essa tecnologia, se espera que o custo seja reduzido para US$ 200 “, explica o diretor do Instituto de Estudos Avançados, Cel.Marco Antônio Minucci.

    Fonte: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1386353-16020,00-CIENTISTAS+BRASILEIROS+DESENVOLVEM+FOGUETE+COM+PROPULSAO+A+LASER.html

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