No mesmo dia que o Presidente Obama recebia a futura candidata do Partido dos Trabalhadores à eleição presidencial de 2010 o Congresso americano negava 1,7 Bilhões de dólares para a aquisição adicional de caças F-22 Raptor.
Pressionado o Congresso Americano, inclusive com o voto do Senador Republica McCain, votou na prática pelo fim do programa F-22. Uma decisão já prevista quando em Abril a Administração Obama decretou a morte das armas avançadas. Armas estas inúteis para a Guerra ao Terror segundo o Secretário de Defesa americano Robert Gates.
O programa do caça F22 Raptor que tem a Lockheed Martin como contratista principal e a participação da Boeing e Pratt&Whitney deverá terminar com 187 aviões. A meta inicial era de substituir o F-15 com 750 aviões foi sendo reduzida nas décadas de 90 e atual para 442, então 381, 243 e agora 187.
Uma prática dos americanos em especial da USAF de ter sempre uma fonte adicional de fornecedor de motores para caças foi abandonada com o cancelamento do programa do motor do alternativo para o F-35 Joint Strike Fighter , a turbina F136 –desenvolvimento conjunto da GE e Rolls-Royce.
Permanecerá somente a turbina F135 produzida pela Pratt&Whitney.
Comentário do Blog:
Quanto a primeira matéria não comentário a fazer, pois isto já era mais do que anunciado, o custo benefício do F22 foi posto em prova e demonstrou ser substituível.
Os desenvolvimentos de novos sensores e detectores bem como dos VANT-C podem em um futuro à médio prazo superar as “excepcionais” vantagens deste tipo de aviões, a própria USAF camaninha para uma conversão total dos seus meios onde os VANT serão cerca de 30% da força de combate nos próximos 20 anos.
Entretanto a segunda notícia embora curta, contém algo muito importante para o Brasil que agora avalia a aquisição de caças 4.5G, como lê-se a Grã Bretanha agora não terá uma válvula de escape no tocante à motorização dos seus F-35.
O que era quase certo e contratualmente selado agora já não o é. Bom para os Britânicos que terão que pedir autorização para Washington sempre que quiserem adiquir uma aeronave nova ou tão somente os motores, tornando-se dependentes cada vez mais do humor e tecnologias Norte Americanas.
A R&R que desenvolveria a motorização em conjunto com sua parceira deixará de absorver a tecnologia e de quebra perdará os direitos no desenvolvimento deste importante projeto que era considerado por muitos como o mais avançado motor de aeronaves de combate em desenvolvimento.
É um risco que deve ser avaliado, chamo a atenção para este fato pois ele é um dos exemplos de transferências de tecnologias seladas e carimbadas por acordos governo-governo, certos e mais do que certos e que do dia para noite viraram poeira bastando para isto a decisão do Senado dos EUA.
E.M.Pinto
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