“É oficial: EUA é o maior Estado terrorista do mundo e se orgulha disso”

Avram Noam Chomsky

Essa deveria ser o título da história principal do “The New York Times” de 15 de outubro, que foi intitulada mais polidamente de “Estudo da CIA sobre Ajuda Secreta Alimenta Ceticismo a Respeito de Ajuda aos Rebeldes Sírios”.

O artigo tratava de uma análise da CIA das recentes operações secretas dos Estados Unidos para determinar sua eficácia. A Casa Branca concluiu que, infelizmente, os sucessos eram tão raros que um repensar da política era necessário.

O presidente Barack Obama foi citado no artigo como tendo dito que pediu à CIA que realizasse a análise, para descobrir casos de “financiamento e fornecimento de armas a uma insurreição em um país que tenham funcionado. E ela não conseguiu encontrar nenhum”. Assim, Obama exibiu relutância em prosseguir com esses esforços.

O primeiro parágrafo do artigo do “Times” cita três exemplos de “ajuda secreta”: Angola, Nicarágua e Cuba. Na verdade, cada caso foi uma grande operação terrorista conduzida pelos Estados Unidos.

Angola foi invadida pela África do Sul, que, segundo Washington, estava se defendendo de um dos “grupos terroristas mais notórios” do mundo –o Congresso Nacional Africano de Nelson Mandela. Isso foi em 1988.

Na época, o governo Reagan estava virtualmente sozinho em seu apoio ao regime do apartheid, até mesmo violando as sanções do Congresso ao aumentar o comércio com seu aliado sul-africano.

Enquanto isso, Washington se juntava à África do Sul no fornecimento de apoio crucial ao exército terrorista Unita, de Jonas Savimbi, em Angola. Washington continuou fazendo isso mesmo depois de Savimbi ter sido esmagadoramente derrotado em uma eleição livre cuidadosamente monitorada e da África do Sul ter retirado seu apoio. Savimbi era um “monstro cuja sede por poder levou uma miséria terrível ao seu povo”, nas palavras de Marrack Goulding, o embaixador britânico em Angola.

As consequências foram horrendas. Uma investigação da ONU em 1989 estimou que os ataques sul-africanos levaram a 1,5 milhão de mortes nos países vizinhos, sem contar o que estava acontecendo dentro da própria África do Sul. Forças cubanas finalmente derrotaram os agressores sul-africanos e os levaram a se retirar da Namíbia ilegalmente ocupada. Os Estados Unidos continuaram apoiando sozinhos o monstro Savimbi.

Em Cuba, após o fracasso da invasão na Baía dos Porcos em 1961, o presidente John F. Kennedy lançou uma campanha assassina e destrutiva para levar “os terrores da Terra” a Cuba –as palavras de um associado próximo de Kennedy, o historiador Arthur Schlesinger, em sua biografia semioficial de Robert Kennedy, que foi encarregado pela condução da guerra terrorista.

As atrocidades contra Cuba foram severas. Os planos eram para que o terrorismo culminasse em um levante em outubro de 1962, que levaria a uma invasão americana. Agora, estudos acadêmicos reconhecem que esse foi um dos motivos para o premiê russo Nikita Khruschov ter instalado mísseis em Cuba, iniciando uma crise que chegou perigosamente perto de uma guerra nuclear. O secretário de Defesa americano, Robert McNamara, reconheceu posteriormente que se ele fosse um líder cubano, ele “esperaria uma invasão americana”.

Os ataques terroristas americanos contra Cuba continuaram por mais de 30 anos. O custo para os cubanos foi severo, é claro. Os relatos das vítimas, pouco ouvidos nos Estados Unidos, foram relatados em detalhes pela primeira vez em um estudo de autoria do acadêmico canadense Keith Bolender, “Voices From the Other Side: an Oral History of Terrorism Against Cuba”, em 2010.

O preço da longa guerra terrorista foi ampliado por um embargo esmagador, que continua até hoje, em desafio ao mundo. Em 28 de outubro, a ONU, pela 23ª vez, endossou a “necessidade de encerrar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba”. A votação foi de 188 a 2 (Estados Unidos e Israel), com abstenção de três dependências dos Estados Unidos no Pacífico.

Atualmente há alguma oposição ao embargo nos altos escalões nos Estados Unidos, como relata a “ABC News”, porque “não é mais útil” (citando o novo livro de Hillary Clinton, “Hard Choices”). O acadêmico francês Salim Lamrani analisa os custos amargos para os cubanos em seu livro de 2013, “The Economic War Against Cuba”.

A Nicarágua nem precisaria ser mencionada. A guerra terrorista do presidente Ronald Reagan foi condenada pelo Tribunal Internacional de Justiça, que ordenou aos Estados Unidos que encerrassem seu “uso ilegal de força” e que pagasse indenizações substanciais.

Washington respondeu com uma escalada da guerra e vetando uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de 1986 exigindo que todos os Estados –isto é, os Estados Unidos– cumprissem a lei internacional.

Outro exemplo de terrorismo será comemorado em 16 de novembro, o 25º aniversário do assassinato de seus padres jesuítas em San Salvador, por uma unidade terrorista do exército salvadorenho, armado e treinado pelos Estados Unidos. Por ordem do alto comando militar, os soldados invadiram a universidade jesuíta para assassinar os padres e quaisquer testemunhas –incluindo a empregada deles e a filha dela.

Esse evento culminou as guerras terroristas americanas na América Central nos anos 80, apesar dos efeitos ainda estarem nas primeiras páginas dos jornais de hoje, nas reportagens sobre os “imigrantes ilegais”, fugindo em parte pelas consequências daquela carnificina, e sendo deportados dos Estados Unidos para sobreviverem, se puderem, nas ruínas de seus países de origem.

Washington também desponta como campeão mundial da geração de terror. O ex-analista da CIA, Paul Pillar, alerta sobre o “impacto gerador de ressentimento dos ataques americanos” na Síria, que podem induzir ainda mais as organizações jihadistas Jabhat al-Nusra e o Estado Islâmico a “repararem sua ruptura no ano passado e fazerem campanha em conjunto contra a intervenção americana, ao retratá-la como uma guerra contra o Islã”.

Essa já é uma consequência familiar das operações americanas, que ajudaram a espalhar o jihadismo de um canto do Afeganistão para grande parte do mundo.

A manifestação atual mais temível do jihadismo é o Estado Islâmico (EI), que estabeleceu seu califado assassino em grandes áreas do Iraque e da Síria.

“Eu acho que os Estados Unidos são um dos principais criadores dessa organização”, relata o ex-analista da CIA, Graham Fuller, um proeminente comentarista sobre a região. “Os Estados Unidos não planejaram a formação do EI”, ele acrescenta, “mas suas intervenções destrutivas no Oriente Médio e a Guerra no Iraque foram as causas básicas do nascimento do EI”.

A isso nós podemos acrescentar a maior campanha terrorista do mundo: o projeto global de Obama de assassinato de “terroristas”. O “impacto gerador de ressentimento” desses ataques com drones e forças especiais também já é bem conhecido, de modo que não exige comentário adicional.

Trata-se de um retrospecto para ser contemplado com certo espanto.

 

Tradutor: George El Khouri Andolfato

Avram Noam Chomsky:  Um dos mais importantes linguistas do século 20 e escreve sobre questões internacionais.

33 Comentários

  1. Noam Chomsky e suas já conhecidas diarréias verbais de cunho esquerdista. Aliás, diarréia esquerdista é um pleonasmo visto que se é de esquerda, é uma diarréia…rs!

    • Fala sério minha cara, em que mundo você vive? Você não enxerga, não quer enxergar, ou usa tapa olhos para dormir enquanto mundo é solapado pelos seus idolos?

      • Claro Julio, Rússia e China são as pátrias da virtude e da liberdade que apenas querem libertar o mundo “duzamericanú mau”….

      • Eu nunca disse isso, pde vasculhar em todas as minhas participações. Mas você ao contrario só vê virtudes nos States e lógico em Israel, fala sério minha cara, Israel a parte que só tem tamanho para ferrar com os palestinos em particular e o arabes de maneira geral, por que esses são completamente perdidos nos próprios radicalismos religiosos e nos reinados trogloditas e desumanos, os States são apontados por todos aqueles que sabem discernir algo mais que interesses e umbigos proprios, como o Chomsky por exemplo, como o que tem sido de fato, terrorristas. Infelizmente sempre que ocorre isso, desse reconhecimento baseado na constatação mais que cientifica, vem o reducionismo dos amantes do imperio como é seu caso. Você, minha cara, me impressiona as vezes, como mulher deveria ser mais sensivel, mas vejo que isso não lhe tras nada de especial, nem solidariedade as vitimas, incrivel.

      • Voltando ao texto meu caro Julio basta ver as reais simpatias de Noam Chomsky para entender suas motivações. Ele discorre muito pouco, ou quase nada, sobre o que está acontecendo atualmente no O.M mas sim concetra suas atenções em Cuba e Nicarágua. Mesmo Angola, onde de fato a CIA apoiou criminosamente o regime Sul Africano, é tratado de forma subjacente. Ocorre que Chomky frequente viaja a Cuba para sessões beija anel com os irmãos Castro, especialmente a múmia Fidel, e ignora o fato de Daniel Ortega ser além de um cretido também um corrupto populista da pior espécie.

      • Minha cara, você me desculpe, mas acho interessante, para não dizer hipócrita, esse tipo de opinião. Por que você não simpatiza passa a ser beija mão, quando simpatiza o ato muda de característica, podendo passar a ser consideração e irmandade. Veja, o Chomsky é apenas um cidadão, judeu, com representatividade apenas, apesar de sua importância, literária, fala por ele principalmente, não tem representatividade de estado. Como você interpretaria o Show de visitações que ocorrem com diversos lideres políticos que visitam os States após suas eleições? o Brasil já esteve entre esses, a isso eu vejo como beija mãos, isso sim é um ato vergonhoso de submissão.
        O Chomsky tem a representatividade como humanista e literato, talvez isso seja o que você menos goste nele, é judeu e pensa fora do estreitos acordos culturais forjados para marginalizar os discordantes.

      • E você realmente acha que os nosso últimos “Gúvernantes” não beijam anel? Eles atualmente beijam o mesmo anel que Chomsky beija, e ainda colocaram o dinheiro do contribuinte brasileiro na jogada com o farsesco programa “Mais Médicos” que sob o pretexto de aumentar o atendimento de saúde da população tinha dois objetivos: Ajudar o combalido caixa dos Irmãos Castro e eleger o inepto ex-Ministro da Saúde Governador de SP (nesse último intento, falhou miseravelmente visto que a derrota foi histórica)

      • Minha cara, não precisa você se descabelar para tentar não reconhecer o que eu afirmei como o certo. Você inverte consciente ou inconsciente, sei lá, a questão do beija mão que você trouxe para o debate. O Brasil hoje não tem beijado mãos de poderosos, pode até ser que isso volte a acontecer. Quanto ao investimento em Cuba que vocês todos, adeptos do americanismo e de suas determinações de isolamento da ilha, o Brasil faz o que os States cansam de fazer, mesmo sendo distorcido por pessoas que agem como você, para enganar os mais incultos. O Brasil investe nas empresas daqui, nada sairá gratis, são financiamentos do BNDES para os grupos privados nacionais, se os grupos são corruptos ai já é outra história, mas capitalismo sem corrupção não existe e você sabe, são inerentes. Tanto na America do Norte como aqui, afinal não fosse a corrupção americana o mundo dependente não estaria sofrendo com esse debaclê econômico, e fosse poderia estar tendo muito mais facilidade na defesa de seus ídolos. Portanto minha cara, culpa por sua dificuldade é deles. Sds.

      • Meu caro Júlio, onde eu citei mesmo o BNDES? Em momento algum aqui nos comentários desse texto eu fiz qualquer menção aos investimentos do Banco na ilha prisão. O que eu levantei foi:

        – O fato dos nossos dois últimos “Gúvernantes” terem tido em diversas oportunidades sessões beija anel com os irmãos Castro, mormente a múmia Fidel e;

        – Esse beja anel ter envolvido o dinheiro dos pobre impostos do contribuinte brasileiro visto que a farsa chamada “mais médicos” tinha como reais objetivos reforçar o caixa dos irmão Castro e tentar eleger o ex- ministro da saúde governador de SP. E neste último intento falhou miseravelmente, ou o resultado da eleição em SP foi outro e eu não sei?..rs!

        Como se vê, cada vez mais suas dificuldade em leitura, compreensão e interpretação de textos salta à vista. E fica a pergunta: Seria culpa do PRONATEC?…rs!

      • Só para você mesmo que o Brasil investe em Cuba por beijar a mão, é uma completa distorção conveniente do discurso politico capitalista de interesse. Se fazem é jogo capitalista e isso é aquilo se fizemos e beija mão. Fala serio minha cara, você precisa começar a se decidir sobre o que significa capitalismo para você. E a proposito, você não citou o BNDES mas eu citei por que ele é o centro do debate sobre nossos investimentos em Cuba, a ilha cujos yankes pretendiam castigar com o apoio constrangedor e submisso do mundo. Ainda bem que nós somos ainda somos soberanos o suficiente para tomarmos decisão que nos interesse. Afinal o problema cubano nunca foi conosco, ante pelo contrário, temos uma identidade latina comum. Para não me surpreende tua ginastica para no fim ficar onde sempre esteve, beijando as mãos yankes.

    • Chomsky, um judeu, pode jorrar “diarreia verbais de cunho esquerdista”, mas o pessoal da direita norte americana, estao dizendo a mesma coisa. Alex Jones, Jim Willie, Craig Roberts, e outros anti nazistas, isto e anti neoconservativos estao dizendo que os EUA e um pais fascista terrorista-mor. Sendo um estrangeiro, eu aceito o que eles dizem, porque eu creio que esses gringos conhecem melhor seu pais do que um tupiniquim incansavel ou nao.

      • É isso aí Jojo, tem gente aqui que quer mudar o resultado das ações com palavras para que possam seguir se desculpando para amar o criminoso.

      • Você quer dizer o pessoal da extrema direita retrógrada, a mesma que estoca armas, se organiza em milícias, acha que o Obama é comunista e cultiva aquele antissemitismo rastaquera mas,quando são pegos no pulo, adoram dizer que não são antissemitas mas apenas “Antissionistas e contra as políticas de Israel”. E como é que eles chamam mesmo os sionistas? Lembrei! “Judeus trotskistas vira casaca”. E a turma de Wall Street é o que mesmo? “Satanistas” E como referenciais de “credibilidade”do aludido pensamento não poderiam ficar de fora os indefectíveis Jim Willie e Paul Craig Roberts, que apenas têm espaço nas mídias russa e Iraniana. Por que será?

        Ah! Você esqueceu de citar o “Veterans Today”, está com vergonha?

        Não adianta meu caro, essa turma que você citou como referenciais de credibilidade não possui nenhum apreço por liberdade e democracia. Aliás o grande sonho erótico deles é ter um Putin como déspota para chamar de seu. E como esse tipo de gente não se cria nos EUA, veneram o original….

  2. Falo isso a anos aqui no PB….

    E ainda tem certos indivíduos que movem “mundos e fundos” para fazer o resto das pessoas esquecerem a historia recente, defendendo estes estados hipócritas os quais consideram que a verdade única é aquela que atende somente aos seus interesses, mesmo esta história estando mais que disponível nos meios de comunicação, diferentemente de cerca de 15/20 anos atrás.

    Como já disse antes, esses indivíduos devem ter alguma vantagem proporcionada por terceiros ou devem ter algum tipo de veneração doentia por estes países. Serão os mesmos que, se porventura nossa pátria estiver sob perigo, farão o mesmo que aqueles que, quando da conquista da França pelos nazistas, apressaram-se em trair seu próprio país e serem subservientes ao invasor alemão, visando receber vantagens dos mesmos.

    Infelizmente é isso, o que menos falta no nosso país são os “5ª colunas”….

    • Defina “5ª Coluna” meu caro Vympel? E quem vai invadir o nosso país, a IV Frota da US Navy? Em tempo, os primeiros que trairam a França e colaboraram com os Nazistas após consumada a invasão foram justamente aqueles que antes do conflito prometiam resistir. Basta lembrar de Petain. A Resistência surgiu em meio ao povo e de onde menos se esperava.

      • Pois bem, meu caro Tireless:

        1. Definição de 5ª coluna:
        http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta-coluna
        Isso inclui obviamente a internet, onde esses indivíduos infiltram-se em sites sobre o assunto defesa, com o intuito de minimizar problemas que, embora sejam pouco prováveis, não são impossíveis, fazendo pouco caso de ameaças que já mostraram serem reais, como podemos ver nas operações de mudança de regime e intervenções criminosas sem o consentimento da ONU, baseadas em mentiras que cedo ou tarde sempre vem a tona, e quando vem, já não se pode fazer muita coisa. São especialistas em alterar a verdade, por mais evidente que seja, para o público mais desavisado e leigo, visando formar opinião favorável a sua causa, seja por um objeto de adoração ou por benefício pessoal através de terceiros.

        2. Quanto aos traidores franceses, é irrelevante o que dizes, devido ao fato dos mesmos existirem independente do período. Só aguardam o momento certo para aparecerem.

        3. Quanto a IV frota, porque não poderiam, se possuem poder para tanto? Governos mudam e planos de governo também. Em 1980, se alguém dissesse que “a URSS vai acabar daqui a dez anos e irá se transformar em vários estados capitalistas”, você seria chamado de louco! Quem pode dizer ao certo o que vai acontecer daqui a dez anos, principalmente com os atuais desmandos feitos por EUA/OTAN, os quais nunca são devidamente sancionados pela comunidade internacional? Existem outras maneiras de subjugar um país sem ação direta. Eles são mestres nisso.

        “Caso o Brasil resolva fazer uso da Amazônia, pondo em risco o meio ambiente nos Estados Unidos, temos que estar prontos para interromper este processo imediatamente”.
        General Patrick Hugues (Diretor da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, 1998).

        Se isto não é uma ameaça direta, não sei mais o que é! Enxovalhando o Brasil na década de 90 acusando-nos de um crime que, hoje em dia, nem de longe tinha a gravidade que era propagada na época, visavam convencer a população mundial que o Brasil era o vilão da história e justificava-se tal intervenção. Acontece muito disso hoje em dia, certo?

        Não seria difícil desestabilizar a região norte do Brasil, com a bagunça que é a questão indígena, além da ação das ONG e governos estrangeiros que vivem de criticar o gerenciamento da Amazônia, mas que não reduzem as emissões de suas fábricas na atmosfera, as quais são muito mais danosas ao meio ambiente. Para terminar de vez, é só invocar o chamado “dever de ingerência” ou a “doutrina de intervenção humanitária” as quais estão na moda nos dias de hoje.
        pt.wikipedia.org/wiki/Ingerência_humanitária

        Já dizia Henry Kissinger em 1977:

        “Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem a sua disposição os recursos naturais não-renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus intentes.”

        A defesa de um país deve se basear na PREVENÇÃO E NÃO NA REAÇÃO AS POSSÍVEIS AMEAÇAS, independente da origem das mesmas, e sempre atentar as EVOLUÇÕES DA ARTE DA NÃO-GUERRA.

        Se sua pessoa não entende isto, mesmo com as toneladas de exemplos atuais, é porque simplesmente não queres entender, sendo inclusive conivente com nossos antigos, atuais e futuros (com certeza) contestadores.

        E olha que nem falei da “Amazônia azul”….

      • Olha meu caro Vympel, eu realmente acho muito louvável sua preocupação com a segurança nacional mas penso que você está lendo teorias conspiratórias demais. Daqui a pouco vai achar que a invasão dos EUA irá se dar semana que vem…..

        E se a encarnação do mal EUA/OTAN vai nos invadir, quem vai nos salvar? A Gloriosa Rússia ou a amada China?..rs!

        E quanto aos traidores franceses, o que eu disse não é relevante não, pelo contrário afinal denota exatamente qual é o comportamento dos traidores, o que diz muito sobre os que aqui postam e em outros sites da Internet…

      • Meu caro, sua pessoa acha que um país que vem se especializando em derrubada de governos desde o fim da 2ª GM quando lhe convém (segue o link para os mais curiosos)

        http://en.wikipedia.org/wiki/Covert_United_States_foreign_regime_change_actions

        mentem descaradamente perante o resto do mundo justificando alguma intervenção (como foi o Iraque que diretamente causou a zona que o Oriente Médio se encontra hoje), ignora a ONU e se lixa para a convenção dos direitos do mar, não pode ser uma ameaça para nosso país? Usam dois pesos e duas medidas quando lhe interessam (é só comparar o que aconteceu no Kosovo em 1999 e o que acontece na Ucrânia em 2014). Ambos viemos da caserna, eu ainda estou nela, e sinceramente, eu esperava mais do senhor.

        China, EUA e Rússia são farinha do mesmo saco, cada um do seu jeito. O que difere entre eles é a área de influência/interesse e sua capacidade de projeção de força. No caso do Brasil, fica evidente em termos geoestratégicos com quem devemos nos preocupar. É só olhar o nosso passado comum para entender isso. Se fossemos poloneses, a coisa iria simplesmente se inverter…

        Podemos manter boas relações com todos eles, mas que tais relações sejam dentro das nossas diretrizes, com respeito de ambos os lados. Estabilidade real se faz assim.

        Teorias conspiratórias??? Fala sério…..

  3. Isso não é novidade nenhuma, o EI é uma espécie de “efeito colateral” das intervenções desastrosas feitas pelos EUA no oriente médio desde 1986, na época da guerra entre Irã e Iraque, foi ali que o ódio começou… Um câncer que nasceu no seio de sua liberdade imposta, uma úlcera que brotou na sua paz através da força… E como um câncer se for detido a tempo pode existir cura caso contrário levará o indivíduo a morte.

  4. Alguma novidade?! A autoconfiança em policiar o mundo é tanta que a sutileza já ficou pra trás há muito tempo. Invasão do Iraque com o assassinato do Saddam, golpe na Líbia com o assassinato do Kaddafi, tentativa de destituir o Assaf armando terroristas de todas as partes, só que lá até agora não funcionou direito …, além de tantos outros eventos. Os EUA estão perdendo oportunidades de fazer uma união global e estável em troca de financiamento do terrorismo de estado que, de alguma forma, irá se voltar contra eles. Realmente uma pena.
    Como já falei antes, e o Brasil que se cuide quando o entretenimento acabar no oriente médio e leste europeu… mas com uma corrupção que gira entre 50 e 80 bilhões ($) ano…. nossos inimigos internos se comprovam (ainda) muito mais perigosos que os externos.
    Abraços,

  5. Noam Chomsky…
    Judeu, mas totalmente avesso ao sionismo.

    Para quem não sabe, Chomsky foi, melhor, é o catalisador do grande debate filosófico dos nossos temos, que se dá entre a visão cognitivista e behavioarista. A chamada “gramática inata”, foi a lançadora deste debate… Sou alinhado ao pensamento behaviorista, enquanto Chomsky declarou pender-se ao cognitivismo, mas, ainda assim, admiro-o como pensador.

    Esta é a diferença entre nós, Tireless, uma dentre muitas: eu não exijo que o outro pense como eu.
    .)

    • Tenho minhas dúvidas se Noam Chomsky seria antissionista. ANtissionismo, como vertente do antissemitismo, exige o fim do Estado de Israel. Chomsy morou em um Kibbutz até 1967 e defende a solução de dois Estados, Penso que ele estaria ligado ao Sionismo Trabalhista.

    • “judeu, mas totalmente avesso ao sionismo” Nao eu muito certo dessa sua afirmacao. A posicao de Chomsky durante a guerra imperialista contra a Libia sob Kadafi, fez-me repensar minha atitude sobre Chomsky. Durante a decada de 1970, fiz uma leitura de alguns de seus livros sobre linguistica, para melhor entender sua concepcao de “gramatica inata”. Partindo de uma posicao dialetica materialista,considerei sua teoria linguistica idealista, e nao digna de merecer meu tempo livre lhe estudando. Assim sendo, sempre considerei Chomsky um intelectual idealista, mas que produzia livros sobre questoes politicas do Oriente Medio que eram muito uteis. Muito informativos, ainda que cansativos para le-los. Politicamente sei que ele e um admirador do Anarquismo, eu, na entiga querela Marx versus Bakunin, sempre defendi o primeiro.

  6. Esse tema do “Noam Chomsky” poderá render mt debates acalorados.E ele ñ pode ser antissemitas,pois os Árabes são semitas, filhos de IBRAIM/ABRAÃO c sua escrava Egípcia Agar, gerando Ismael..(Gên.16:4 ) + ele pode ser , sim, antissionista..ótimo.Por 2 Estados livres e independentes e vivendo lado a lado e em pax..p ontem.Sds. 😉

  7. O texto faz um apanhado histórico irrefutável.

    No longo prazo, não é quem você diz ser que te define perante os outros, mas o que você faz! Os seus atos e ações concretas no mundo.

    Chega um tempo em que nem toda propaganda do mundo pode ocultar a realidade e o resultado destas ações…Assim como perfumes caros podem ocultar o mau cheiro só até certo ponto, más quando a coisa toda já está em ponto de putrefação, o mal cheiro sobrepuja os mais eficientes “perfumes” e “desodorizantes” 😉

  8. Independentemente da corrente de pensamento político e ideológico do subscritor do texto, o que esta em discussão são os temas versados e por mais fanático que seja o defensor da política exterior ocidental, infelizmente tal tema e indefeso, pois não há como se ocultar os retumbantes fracassos das intervenções americanas e europeias, sejam estas na África, na Ásia, na América Latina etc.

    Talvez as duas úncias intervenções americanas que tenham dado o resultado esperado tenham sido Granada e Panamá.

    Antigamente se criticava a URSS pelo seu intervencionismo e pela sua tentativa de expansão da cultura revolucionária, hoje o papel se inverteu pois vemos agrandes potencias ocidentais como exportadoras da denominada “pax americana”

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