Governo quer turbinar programa espacial do país com nova agência

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Reestruturação de projeto brasileiro para o espaço pode envolver fusão de dois órgãos atuais Desafio é aumentar fluxo de recursos para planos e trazer técnicos, hoje desinteressados da área, para abraçá-la

Por CLAUDIO ANGELO

O governo conclui até agosto uma reestruturação completa do programa espacial brasileiro. As medidas incluem a criação de um novo órgão de gerenciamento, que pode ser uma fusão da AEB (Agência Espacial Brasileira) com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O formato da nova agência espacial ainda está sendo estudado, mas o Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual a AEB é subordinada, não descarta nem mesmo a extinção da agência atual.
“Precisamos enxugar a estrutura, dar mais competência”, disse à Folha o ministro Aloizio Mercadante.

O presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, afirma que a gestão do programa precisa de uma instituição capaz de acompanhar e fomentar projetos. Segundo ele, a AEB não tem “musculatura técnica” para isso.
Criada em 1994, sem quadro técnico próprio, a agência faz pouco mais do que distribuir o reduzido orçamento do programa “”R$ 332 milhões em 2011″” entre os órgãos que o gastam, o Inpe e o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), ligado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), do Ministério da Defesa.
Ainda não se sabe se a fusão será total, parcial (apenas o pedaço do Inpe responsável pelo programa de satélites seria incorporado à agência) ou se envolverá também o DCTA, da Defesa.
Também está em estudo a criação de um conselho gestor de alto nível, que envolva vários órgãos de governo, universidades e indústria. Raupp, porém, tem pressa: o novo desenho precisa estar concluído no próximo mês, para que possa ser incorporado ao Plano Plurianual do governo federal.
Mesmo com a nova estrutura da agência, o programa ainda precisa resolver dois problemas para deslanchar: sua crônica falta de recursos e sua carência de pessoal.
A falta de quadros decorre da falta de entusiasmo de engenheiros jovens pelo programa espacial. “Precisamos de sucessos intermediários, senão a população se desinteressa”, disse Raupp.
Na revisão do programa espacial, a AEB pedirá a contratação de 400 funcionários para o Inpe e 700 para o IAE.

O presidente da agência não diz qual será o pedido de verba adicional, mas um estudo feito no começo do ano por IAE, Inpe e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil dá uma ideia da necessidade: R$ 500 milhões por ano a partir de 2016 só para o programa de satélites do Inpe, mais cerca de R$ 200 milhões por ano para o programa de foguetes.
Outra estratégia será aumentar o número de contratos com a indústria nacional, como faz a Nasa.
Um produto que já está pronto para ser comercializado é o foguete de sondagem VSB-30, desenvolvido por Brasil e Alemanha, já certificado pela União Europeia e com dez voos suborbitais bem-sucedidos. “Está na hora de o DCTA repassar o motor à Embraer para vender”, afirmou Raupp.

Fonte: Notimp

21 Comentários

  1. Faz um livro! Que discurso lindo!.. Chega chorei aqui.. Ministro. Nem precisa mais de foguete nem satélites, este discurso lindo já me foi o bastante.


  2. 2014 satelite totalmente nacional…

    ja sei a industria espacial da ucrania será naturalizada … até 2020 já estaremos falando em voo tripulado a marte…rsrsrsrsr

    q. fim deu aquele militar vestido de astronauta.. que foi passear no espaço…a custa de impostos pagos por mim.. levando feijão plantado no algodão… já virou político???

  3. KKKKKKKKKKKKKKKKKK Governo quer turbinar programa espacial do país com nova agência??????? QUAL GOVERNO ??? DA RUSSIA HAAAAAAAAA ,, DA RUSSIA NE, A SIM KKKKKKKKKKKKKKKKKK PQ ESTE BRASIL NÃO PASSA DE UMA PIADA

  4. Com R$332 milhões/ano vamos longe mesmo. Ridículo.

    O programa de VLS deveria ficar inteiro a cargo da FAB, e esta dotada de um orçamento descente para desenvolve-lo. E claro, com viés totalmente militar. Podendo ser desdobrado, para fins comerciais.

    []’s

  5. Vaõ dividir os minguados e parcos meios fiananceiros entre + uma agência espacial?Isso é uma grande burrada..tem q levar a sério o n programa espacial , trabalhar metas , e criar n técnicos e inovações, c o sentido de guerra, o missil de agrora era o foguete VLS do dia anterior…ou seja, td p ontem.

  6. Vamos esperar, tava lendo na folha de são paulo a reestrututaçao do programa espacial brasileiro, pior do que tá não pode ficar!Eles pretendem fundir orgãos e dar um comando centralizado pra eles, evitando essa confusão de comando e de propósitos que há hoje!Lamentavelmente essa é a nossa realidade!Acho que dar enfase militar ao programa só vai atrapalhar com embargos e coisa e tal, afinal o que importa é assimilar tecnologia, depois disso, faremos o uso militar que quisermos…

  7. Precisamos construir a NASA brasileira, mas FEDERAL. Se colocar empresas civis na jogada, os custos dos projetos multiplicarão por mil.
    Mercadante está certo em procurar montar equipes confiáveis e de alto nível, formando a massa crítica necessária, mas quem vai selecionar o pessoal ? Esse é o problema.
    Alguém vai me chamar para tal projeto ? Não creio.
    As minhas ideias são muito avançadas para o padrão científico brasileiro.

  8. geente, vamos falar serio. a AEB nao existe. quem leva — como se levasse — o programa espacial brasileiro — que prgrama!? — nas costas é o INPE.
    que sozinho nao faz nada.
    ta na hora msm de fundir tudo, o inpe, dcta, aeb…ta na hora da nova agencia comandar todas as missoes q envolvam as areas espacias e de aviação do brasil. precisamos de uma Confederação Aero-Espacial Brasileira. esse neg de agencia nao funciona no brasil. é coisa de gringo.
    e essa de ‘privatizao é du mal!’ nao exite. a embraer é oq é hoje pq foi privatizada. todos os produtos da nasa sempre foram construidos por empresas privadas. isso acorda e faz bem a industria. a nova agencia brasileira ajuda a construir o projeto, a embraer [ou avibras] constroi em larga escala. acorda brasil. a unica coisa q nao pode é mandar uma elbit produzir — pq tecnologia aero-espacial é patrimonio de cada país, vende, eu disse, Vende quem quer. Os russos venderam o projeto antigo da soyuz pq quiseram [tavam precisando de uma graninha] mas nao sei, vai q o brasil contrata a embraer-elbit? ai meu amigo, ai ja era. abraços e v s funda logo essa CAEB q eu nao guento mais falar isso.

  9. carlos argus, pelo que eu entendi no texto, não vai ser adicionada mais uma agência e sim, unificar várias para criar somente uma, entendeu?

  10. Não vai privatizar nada, o governo só quer trazer as empresas privadas a se qualificarem a produzir os produtos que o programa venha precisar. A politica para a área continuará a ser levada a cabo pelo estado, nada mais nada menos que isso. O estado não pode fazer td. Com a NASA ocorre a mesma coisa, a cadeia produtiva tem a participação da indústria privada, nada mais natural. O programa não pode continuar como está. Que mal tem se as empresas nacionais adquirirem tecnologia para construir foguetes, naves espaciais. Estão esquecendo que em breve haverá voos espaciais voltado para o turismo, pq a Embraer, por exemplo, não pode integrar nesse nicho de mercado? Pensem e não engulam td que leem. Papel aceita td.Sds,

  11. Não vejo problemas com uma agência que reuna todos. Tá ai um PAC Espacial. Temos de repetir as PPP(parcerias público privadas).

  12. Meus colegar já comentaram por mim… obrigado pessoal.
    Depios dessa, Boa noite a todos, vou Dormir… espero não ter pesadelo com isso….

  13. Hummmm esta elucidado o mais alto segredo da vultuosa compra de BUSCAPÉS e PUFFS.Os BUSCAPÉS serão os VLSs e os PUFFS a propulsão dos mesmos e com as caras chamuscadas de foligem esclamaremos num alto e sincronizado coro UAI ÉGUA OH LOKU O BRASIL LANÇOU UM BAITA FOGUETÃO ÇO

  14. Tenho que continuar acreditando. Fazer o quê? Sou brasileiro. Já sem paciencia, mas… Precisamos não só de submarinos, mas também de mísseis e satélites. E o programa espacial é o único meio de nos prover essas tecnologias.
    Você está tendo sua chance, caro ministro Mercadante. Coloque seu nome na história como o político que fez o Brasil decolar na área espacial. Ou pretendes ser mais um nesse time de inúteis que já passaram por este ministério?

  15. .
    O que me assusta é que existiam duas agencias para a mesma área de atuação, o espaço… Vamos Brasil, menos subdivisões as vezes é melhor, e nem este discurso do ministro pode esconder que isso era ridículo, finalmente virão que as duas agencias são “Agrupáveis” em uma só!!
    .
    Mas demorou hein!!

  16. Não sou a favor da centralização rígida. A razão é a grande incompetência dos nossos administradores, principalmente na área de pesquisa científica.Devemos criar 3 projetos concorrentes,ou mais. Não podem ser privados, pois os custos sobem muito. A empresa privada é eficiente, desde que se pague bilhões e mais bilhões.O nosso país não tem como bancar esses altíssimos custos. Um foguete, que numa empresa privada custe 100 mil dólares, na estatal vai custar 10 x menos. Por outro lado, as estatais possuem muitos profissionais acomodados e incompetentes, que andam a passo de cágado. Há o cabide de emprego político e dos grandes chefes. Só irão contratar quem é amigo, amigo do amigo, fidalgo (filho de algo), ou bajulador. Os concursados são péssimos, pois não se seleciona pessoas criativas e intuitivas, mas apenas as que possuem uma altíssima capacidade de memorização (problemas de matemática, física e química também se memorizam). O concurso público brasileiro é um dos grandes males do Brasil, pois o sistema de seleção é falho. O nosso ensino também é terrivelmente falho, pois elimina e/ou não se prioriza as pessoas criativas e intuitivas. Tais pessoas são detectadas na prática do dia a dia. Se formarmos 3 grupos de pesquisadores independentes, cada Força Armada poderia gerenciar um.
    Exército, Marinha e Aeronáutica. Não vamos deixar ver o que cada um está fazendo, e estimular a competição. Eu chefiaria o projeto do Exército.
    Depois de 1 ano, haveria o nivelamento entre os 3 projetos, que se transformariam em 1. As FFAA fariam contato com as Universidades e empresas privadas. Tem que ser assim, porque os chefes emperram o desenvolvimento das boas iniciativas. Eu já senti esse problema na pele. O mau gerenciamento, acaba com qualquer projeto de pesquisa importante. Um projeto, que poderia durar 3 anos, se prolonga por 30 anos, por falta de visão e competência.

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