Por: Luíz Pinelli
O Velho Patriota
Por imoral tragédia o denominado Plano Estratégico de Rearmamento Bélico das FAs do Brasil e a criação da Empresa de Produção Industrial de Armamentos e Equipamentos Bélicos no Brasil ( a prometida Engesaer ) para a modernização das nossas FAs se transformaram em programas de plataformas eleitoreiras de propaganda governamental para assegurar o desmoralizante continuísmo da atual gestão de homens politiqueiros.
E como convém ao exercício da demagogia política a liberação financeira dos recursos ocorre em estudados percentuais na forma de cotas com o fim de atender um número maior de projetos desta natureza, em outras palavras, contenta todo mundo, mas não desenvolve nenhuma ação administrativa intensa no sentido do cumprimento das metas prometidas de modernização das FAs; não incentiva ou estimula, de forma decisiva a produção nacional de armamentos ou equipamentos bélicos requeridos pelas necessidades das FAs do Brasil.
Assim, concluímos, que a aquisição de modernas armas e equipamentos bélicos não ocorrerão tão cedo, pois, os governos brasileiros não colocam a segurança e soberania nacionais, como um dos itens prioritários, como são saúde, educação, esporte, trabalho, comercio e industria, agricultura, etc, no exercício das funções legais constantes da Lei Orçamentária Anual.
Em função disto, dentro das gestões públicas não existem Planejamento Estratégico ou Planejamento Operacional, ou na linguagem técnica própria, não são fixados os PPA dentro da LDO, onde deveriam ficar evidenciados os Fundos ou Reservas Orçamentários/Financeiros e as Fontes dos Recursos, necessárias á implantação permanente e contínua da modernização das FAs do Brasil.
Como resultado dificilmente teremos um Plano Estratégico Militar de Armamentos que modernize as nossas FAs e também, fica complicado termos no Brasil bases industriais, de iniciativa nacional, para a produção bélica de suprimentos tão necessários à independência logística das nossas FAs.
Parece que o recebimento aqui no Brasil, pelas nossas FAs de armamentos e equipamentos militares de 2ª mão faz parte de algum plano maquiavélico em que os governos brasileiros são literalmente obrigados a participarem, vergonhosamente, com as “calças nas mãos”, destas transferências bélicas para as FAs do Brasil.
A manutenção, a modernização ou a repontencialização necessárias nestes modelos velhos, bem como dos novos, por ventura, comprados, tornam-se um grande complicador pela ausência crônica de recursos próprios, especialmente, designados nesta Função de Segurança Nacional no planejamento estratégico da Lei do Orçamento.
O governo do Brasil não considera importante as experiências industriais obtidas com os famosos modelos construídos no passado pela Engesa, só explicado pela indiferença proposital aos objetivos bélicos militares, por “vingança” ou pela aplicação de falsos conceitos sociais na solução de todos os problemas da Nação, por isso, mostra-se incapaz de dar prosseguimento aos trabalhos de aperfeiçoamento técnico dos modelos antigos do Urutu, Cascavel. Sucuri, Jararaca, Ogum, Tamoio, Osório.
Outra coisa que causa estranheza é que não vemos o governo investir nas pesquisas, nos estudos de projetos e programas militares em escola sérias como o IMI e O ITA. Verificamos que a sociedade brasileira encontra-se muito distanciada da realidade da política internacional em relação à Amazônia brasileira, embora mais de 50% da região amazônica seja Brasil.
Como não procedemos ao estabelecimento das respectivas reservas financeiras e como não possuímos a necessária consciência nacional, não teremos tão cedo quaisquer providências no sentido da modernização bélica das nossas FAs. Sabemos que o Brasil assinou um contrato com a IVECO/FIAT para produzir o Urutu III, mas até agora os prazos de apresentação do protótipo não foram cumpridos.
Apesar de termos a Embraer e assinado um Acordo de Cooperação Militar com a França, não conseguimos fazer nenhum helicóptero, navio-patrulha ou submarino convencional. Até agora, o exército móvel ( o exército aeromóvel ), como pretendia o Sr. Ministro da Defesa, não foi armado modernamente com as melhores armas e os mais eficientes equipamentos bélicos, visto ser o seu efetivo 10% do contingente total das FAs do Brasil, facilitando aos cofres federais sua modernização imediata ).
A novela dos aviões de caça para a FAB são de fato uma vergonha nacional. O governo americano continua pressionando, inclusive, militarmente, o governo frouxo do Brasil, e segundo o Sr Secretário da FAB só teríamos as 1ª unidades em 2011. Vejam bem !!!! “ –somente, em 2011, quando estaremos com outro governo eleito”. E tudo assim, corre o risco de mudar o planejamento teórico para o fortalecimento bélico das FAs, pois, serão outras cabeças dirigentes. Em função disto é que digo “não compreendo o silêncio dos nossos militares”.
Em pleno funcionamento temos a AVIBRÁS e a IMBEL, que com vida útil, poderiam ser usadas pelo governo maciçamente, com encomendas bélicas robustas, mas para isso precisa-se de DINHEIRO e consciência nacional refletidos na Lei Orçamentária das sucessivas gestões governamentais.
Sem dúvidas, são de fato, excelentes notícias, como as da IMBEL transformando tecnicamente, Fusis FAL 7,62 em modernos Fusis PARAFAL 7,362 M 964 A1 MD1, num primeiro lote destinado às Tropas Pára-Quedistas, Aerotransportadas da Selva, Blindadas e Mecanizadas. É muito pouco, desejamos ver, rapidamente, toda a FAs do Brasil, assim equipadas !!!! Como também merecem destaque a AVIBRÁS e a MECTRON com seu Programa Caverna de Vulcano, Projeto Martelo de Thor, Projeto Punhos de Hércules e Projeto Tridente de Netuno, com seus mísseis MAA-1 , Piranha, MAR -1 e AV – MT – 300, e o INACE com seus contratos de navios patrulhas.
Não podemos negar que são ótimos encaminhamentos !!!! O que falamos é que não vemos a velocidade necessária e a agilização na implantação dos resultados que se quer obter. Como as nossas FAs estão deficientes não devemos e queremos perder tempo com delongas políticas. Queremos ver as FAs portando armamentos leves e pesados, novos e modernos, dentro do menor prazo possível.
E para isso acontecer, temos de ter disponibilizadas as Reservas de Recursos Orçamentário/Financeiros com este propósito. Medidas de Garantia Constitucional devem ser desencadeadas pelos nossos políticos da Câmara Federal do Senado. O temor que temos é que, os próximos governos constituídos alterem estes programas ou o próprio cronograma de aplicação do Plano Brasil. É a cabeça nua de patriotismo e legítimo nacionalismo do Dirigente Brasileiro !!!
Não adianta agora, formular críticas dizendo que nós outros, nos dedicamos a sonhar com moderníssimos equipamentos e armas dos últimos tipos, quando, na verdade, caímos numa humilhante armadilha política, levados que fomos pelo retardo mental da grande maioria da sociedade brasileira. Não devemos chorar ainda, vamos aguardar a próxima perda de 50% da região amazônica para os corsários internacionais, que logo chegará.
Quando isto, de fato acontecer, a parcela consciente e nacionalista da sociedade brasileira deve mobilizar toda a classe política do Brasil, nos três níveis de governo, e atira-la numa grande fogueira, como na Idade Média, para exorcizar o demônio que tomou conta de suas mentes !!!
Salve os brasileiros patriotas !!!
O velho patriota, Luiz Pinelli
NOTA DO BLOG: Os artigos publicados na seção O velho Patriota não necessariamente reflentem a opinão do Blog PLANO BRASIL, simplesmente por se tratarem de textos de autoria e responsabildades do autor.