O exército russo receberá, até o final de 2017, o mais moderno caça super manobrável de geração 4++ Su-35S, já testado em combate na Síria.
Esse avião é considerado uma resposta da Rússia aos caças F-22 Raptor, dos Estados Unidos, e é o último nível da evolução dos aviões militares Su-27 antes da chegada das aeronaves da quinta geração.
Modelo transitório
Na prática o Su-35 é quase uma cópia do futuro caça de quinta geração russo conhecido como T-50 ou PAK FA, que só deve entrar em operação no final da década.
“O Su-35S e o T-50 têm um cockpit digital sem dispositivos analógicos”, diz o professor da Academia das Ciências Militares, Vadim Koziulin.
O acionamento hidráulico do motor foi substituído por sistemas de acionamento elétrico, o que, segundo engenheiros, permitirá não apenas economizar espaço e diminuir o peso do avião, mas também controlar a aeronave remotamente.
“Na prática, isso significa que o papel do piloto é reduzido. O computador determina a velocidade, a rota e o momento para iniciar ataques contra o inimigo. Além disso, o avião é capaz de voar de forma autônoma a baixa altitude. Os sistemas eletrônicos monitoram o uso de armamento pelo piloto”, diz Koziulin.
O Su-35S é equipado com o moderno sistema de radares Irbis que pode detectar alvos aéreos a uma distância de até 400 km, rastrear até 30 alvos de uma só vez, atacar oito alvos ao mesmo tempo e detectar e rastrear até quatro alvos terrestres simultaneamente. Já o alcance do radar instalado no F-22 é de 300 km.
“Em geral, o Irbis é quase semelhante ao radar dos caças americanos F-22. O radar russo pode detectar um porta-aviões a uma distancia de até 400 km, uma ponte ferroviária a 150-200 km, um barco a 100-120 km e sistemas de mísseis táticos ou grupos de tanques e blindados a 60-70 km”, diz Koziúlin.
O avião também traz um sistema de localização autônomo que permite localizar a aeronave e determinar seus parâmetros de voo na ausência de sistemas de localização por satélite (como Glonass e GPS) e comunicação com os serviços terrestres.
O Su-35S é capaz de transportar até oito toneladas métricas de mísseis ar-ar e ar-superfície, além de efetuar disparos a uma distância fora da zona de cobertura dos sistemas de defesa aérea de potenciais adversários.
O que falta para criar o avião da quinta geração
Segundo o vice-ministro da Defesa russo, Iúlia Borísova, o T-50 receberá o novo motor que é o principal requisito para um avião da quinta geração.
Esse motor permitirá alcançar velocidade supersônica sem o uso da pós-combustão.
O Su-35S pode alcançar velocidade supersônica apenas graças à pós-combustão, por um período limitado.
Armamento do Su-35
Mísseis ar-ar:
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8 mísseis R-27ER1
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4 mísseis R-27ET1
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4 mísseis R-27EP1
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Até 12 mísseis RVV-AE
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6 mísseis de curto alcance R-73E
Mísseis ar-terra:
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6 mísseis táticos X-29TE ou X-29L
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6 mísseis anti-navio X-31A e X-31P
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5 novos mísseis antinavio de longo alcance x-59MK
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5 mísseis antirradar X-58UShE
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3 mísseis de longo alcance Kalibr-A
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1 míssil antinavio pesado de longo alcance Iákhont
Bombas guiadas:
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Até 8 bombas guiadas KAB-500KR com sistema de orientação por vídeo ou até 8 bombas KAB-500S-E com sistema de orientação por satélite
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3 bombas KAB-1500KR ou KAB-1500L com sistema de orientação por laser ou video.
NIKOLAI LITÔVKIN
Edição: Plano Brasil
Fonte: Gazeta Russa
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