A pequena aldeia de Qunu em Eastern Cape, na África do Sul, começa a preparação para o funeral do filho mais famoso: Nelson Mandela. Na última sexta-feira, escavadeiras ocupavam a aldeia natal do ex-presidente. Os moradores do local, onde ele retornou após ficar 27 anos preso, sabem o que isso representa. As novas estradas vão dar passagem para o cortejo que levará à sepultura de Nelson Mandela.
A tensão na aldeia aumentou porque Mandela nunca deu instruções exatas sobre o seu funeral. Sabes-e apenas que Mandela manifestou há 20 anos – inclusive em entrevista ao The Guardian do país e do jornal Mail – o desejo de uma cerimônia simples em Qunu.
A maioria dos moradores da vila não fala muito sobre o assunto, mas reconhece que, em breve, o filho ilustre de Qunu será enterrado em uma colina perto dali. A cautela em falar sobre morte de Mandela é cultural. Na África, discutir a morte de uma pessoa enquanto ela ainda está viva é tabu.
As informações são do The Guardian.
Obama pede que jovens africanos se inspirem em Mandela
O presidente Barack Obama pediu neste sábado à juventude africana a se inspirar na vida de Nelson Mandela para superar as dificuldades da vida.
“Pensem em 27 anos de prisão. Pensem nos sofrimentos, nos conflitos e na distância da família e dos amigos”, afirmou Obama, referindo-se aos anos que Mandela passou preso.
“Houve alguns momentos sombrios que testaram sua fé na humanidade, mas ele jamais desistiu”, prosseguiu o presidente diante de uma multidão de jovens africanos reunidos na Universidade de Soweto, sudeste de Johannesburgo.
“Em sua vida, haverá momentos que testarão sua fé”, enfatizou.
Obama foi calorosamente aplaudido quando anunciou o lançamento de um novo programa que permitirá a 500 “jovens líderes africanos” a ir estudar nos Estados Unidos.
Do lado de fora do campus, alguns manifestantes protestavam contra a política americana, e queimaram bandeiras dos Estados Unidos e fotos de Obama. O protesto foi dispersado pela polícia.
AFP