Defesa & Geopolítica

Reflexões sobre a defesa nacional: Defesa do mar territorial e zona econômica exclusiva – Parte 4 de 4

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Autor: Vympel1274

Plano Brasil

Parte 1 de 4

Parte 2 de 4

Parte 3 de 4

Parte 4 de 4


8. Situação no atlântico sul.

Além da reativação da 4ª frota pelos Estados Unidos, outro país que vêm militarizando o atlântico sul é a Inglaterra, com um aumento do nível de militarização das Falklands (Malvinas, para os argentinos). Hoje em dia, existem cerca de 1.067 militares nas ilhas, que também abriga um esquadrão de caças Typhoon em condições de decolar em missão de interceptação / ataque em cinco minutos. O destróier Type 42 HMS “York” fica ancorado na base aeronaval de Mount Plesant, construída e ampliada desde o fim da guerra de 1982.

Destróier Type 42 HMS “York”

O Eurofighter Typhoon

Recentemente, a Inglaterra passou a explorar petróleo nas Falklands / Malvinas, independente dos protestos argentinos. As Malvinas ficam dentro do limite de 200 mn do mar territorial argentino, mas mesmo assim devido ao fato de seus recursos militares serem muito aquém do necessário, não podem fazer nada, a não ser protestar junto da OEA e da ONU contra a presença Inglesa, com os resultados que todos já conhecemos.

A Argentina não foi capaz de sobrepujar os ingleses dentro de seu próprio território, e hoje vive com um protetorado inglês dentro dos limites de seu mar territorial. Por que o mesmo não aconteceu com Hong-Kong, a qual a República Popular da China reclamava como sua? Somente a economia de Hong-Kong (PIB de USD 252,4 bilhões em 2005), é muito maior que a economia das ilhas Malvinas/Falklands (PIB de USD 75 milhões em 2005). A ilha de Hong-Kong foi entregue á China no ano de 2000. Por que a Inglaterra não manteve a ilha de Hong-Kong?

Ilha de Hong-Kong – PIB de 252.4 bilhões de dólares em 2005

Ilhas Falklands/Malvinas – PIB de 75 milhões de dólares em 2005

A Inglaterra deslocou-se cerca de 12.000 km até as Malvinas, lutou por 100 dias contra a argentina em seu próprio território e venceu. Se a Argentina tivesse forças armadas de envergadura e adequadas para a manutenção de sua soberania, os ingleses arriscariam tanto?

Fuzileiros navais ingleses nas Malvinas /Falklands, em 1982.

Por décadas, ambos os países discutiram sobre a soberania das ilhas. Por alguma razão, a Inglaterra nunca abriu mão de uma ilha com economia irrisória, alegando que o que pesava era a decisão dos Kelpers (ingleses habitantes das ilhas) de permanecerem sob a coroa britânica. Acredito que já se sabia do potencial econômico da área (inclusive o pré-sal brasileiro) há anos, mas somente com as reservas do mar do norte exploradas pela Inglaterra escasseando, é que foi iniciada a prospecção dos blocos petrolíferos nas ilhas Malvinas/Falklands.

Blocos petrolíferos encontrados no entorno das Falklands / Malvinas

A evocação do TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca) por parte da Argentina (o qual foi simplesmente ignorado por parte dos Estados Unidos, que preferiu seu aliado de longa data, a Inglaterra, fornecendo inclusive armamento), demonstra que a simples assinatura de tratados não garantem a segurança de nenhum país, dependendo mais dos interesses momentâneos destes que proferem a “união entre os povos americanos”.

O princípio central do acordo era que “um ataque contra um dos membros será considerado como um ataque contra todos, com base na chamada “doutrina da defesa hemisférica”. Foi conveniente até o dia em que o comunismo foi vencido. Será que podemos confiar em alguém que simplesmente ignora tratados propostos por eles mesmos de acordo com suas necessidades imediatas?

9. A questão energética

“Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus intentos”

(Henry Kissinger, 1994, ex-secretário de Estado americano).

A frase diz tudo. Explica muita coisa que acontece no mundo hoje em dia, como a guerra do Iraque, a permanência das tropas americanas no Afeganistão, a guerra das Falklands / Malvinas e as guerras que hoje acontecem na África.

Pressões e constrangimentos são realizados visando desacreditar os países detentores de recursos naturais perante a opinião pública mundial, viabilizando uma intervenção apoiada pela opinião pública mundial. Este trabalho fica mais fácil quando o referido país tem alguma posição ou atitude reprovável perante esta mesma opinião pública. O descaso institucional do Brasil com sua floresta tropical foi o principal alvo desse sistema de pressões e constrangimentos elaborados pelas grandes potências durante os anos 80 / 90.

Pode-se citar o Iraque de Saddam Hussein, o qual foi invadido pela coalizão liderada pelos Estados Unidos em busca de armas nucleares que nunca foram encontradas. O governo era extremamente impopular entre seus próprios cidadãos e também pela mídia mundial, com vários exemplos de atrocidades contra seu próprio povo e seus inimigos, o que só reforça o sistema de pressões e constrangimentos elaborado pelos países industrializados.

O detalhe é que poucas pessoas sabem que Saddam Hussein era praticamente um aliado da CIA durante sua guerra contra o Irã (esse sim, inimigo jurado que os chamavam de “grande satã”), inclusive fornecendo imagens de satélite das tropas iranianas perto da fronteira com o Iraque, o que favoreceu a vitória nessa região pelas forças iraquianas. Interessava aos Estados Unidos que o Irã ficasse enfraquecido militarmente numa guerra contra o Iraque, pois assim não teria condições de causar “problemas” no oriente médio.

Donald Rumsfeld apertando a mão de Saddam Hussein em 1983. Grandes amigos

 

10. Mecanismos de proteção internacionais

‘‘Quando necessário, quando não houver concordância da ONU com os EUA, faremos a intervenção, onde quer que seja, mesmo sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU’’.

(Bill Clinton, na época da declaração, presidente dos Estados Unidos)

A Organização das Nações Unidas

A partir do momento em que um país sobrepõe seus interesses acima dos órgãos internacionais voltados para tanto, é hora de cada um cuidar de sua própria segurança. Durante a invasão do Iraque, a ONU respondeu negativamente ao pedido dos Estados Unidos para a invasão, e o que todos presenciamos foi a humilhação de uma organização que deveria garantir a igualdade entre os povos. Por que o seu tribunal internacional de justiça não puniu exemplarmente os Estados Unidos por ignorar resolução por ela emitida, mas pune estados nacionais de menor monta? Se não pudermos confiar nossos direitos legítimos á organização mantenedora dos direitos dos países, com quem contaremos?

Prédio sede da ONU, localizado na cidade americana de Nova York

A Organização dos Estados Americanos

A OEA (Organização dos Estados Americanos), por várias vezes durante sua existência, mostrou-se conivente com os interesses de seu principal signatário, os Estados Unidos, como por exemplo a expulsão arbitrária de Cuba da organização, depois desta se definir como uma república socialista (em que pese o período político do mundo naqueles dias) e mais atualmente, esta organização acusou o Brasil por violação dos direitos humanos em relação á lei da anistia, na qual os crimes ocorridos durante o regime militar nunca foram levados á justiça.

“Segundo o secretário-executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (órgão criado pela OEA), Santiago Canton, o caso promete chegar a uma conclusão ainda em 2010. “Nós na Comissão de Direitos Humanos já demos nossa versão, apontando que a manutenção da Lei de Anistia vai contra o que acreditamos ser a direção legal que o continente deve tomar. Mas o governo brasileiro não cumpriu e por isso é que caberá agora à corte dar sua decisão”, explicou.

A missão da Comissão da OEA que irá visitar o Brasil para tratar da questão da anistia tratará também da situação das prisões. O caso do Espírito Santo e as condições reveladas há poucas semanas por organizações não-governamentais (ONGs) serão alvo de um debate entre a OEA e governos estaduais e federal.

Jornal O Estado de S. Paulo

Prédio sede da OEA, localizado na cidade americana de Washington DC

O que me ocorre é que todas as ações do governo militar foram tomadas com o suporte e concordância de Washington, inclusive com treinamento e formação política fornecida pela Escola das Américas, localizada no Panamá, isso sem contar as várias intervenções dos EUA nos países da região, como no caso do Brasil durante a operação Brother Sam , em apoio ao golpe militar no Brasil, e no Chile, com a deposição de Salvador Allende através do Plano Fulbet, levando ao poder um governo militar liderado por Augusto Pinochet, que de acordo com vários relatórios e investigações, cerca de 1.200 á 3.200 pessoas foram mortas, 80 mil foram internadas, e até 30 mil foram torturadas por seu regime, incluindo mulheres e crianças. Isso sem contar as barbáries cometidas em outros locais da América latina e central, pois não haveria espaço para tanto nesta matéria.

Instalações da Escola das Américas, situada no Panamá

São esses “defensores dos direitos humanos” que mesmo sabendo que a guerra do Iraque foi declarada sem o aval da ONU, e que o suposto motivo foi a posse de armas nucleares por este país, as quais nunca foram encontradas, quais pessoas foram responsabilizadas? Quantas famílias iraquianas foram mortas com o desencadeamento da doutrina chamada  “choque e pavor”?

Por falar em prisões, porque a Prisão de Guantánamo ficou tanto tempo em funcionamento, em território cubano, o qual os direitos dos prisioneiros políticos não valiam nada (por estarem fora dos EUA)? E quanto á Abu Graib, porque somente o escalão inferior foi sancionado com penas relativamente leves e ninguém do alto comando foi punido? Lembrem-se que, se um dia estes mesmos homens que tudo isso fizeram vierem até nós, podem fazer o mesmo conosco….

Imagens de Abu Graib (esquerda) e Guantánamo (direita), grandes exemplos de direitos humanos para a América latina e o mundo, de quem tanto nos exige e defende tais princípios.

Tudo que foi visto aqui tem a função de mostrar aos leitores que uma nação verdadeiramente independente tem que necessariamente reunir condições de trilhar seu próprio caminho, e este se faz sem a dependência ou crenças que a assinatura de tratados podem garantir nossa segurança. Os referidos tratados, principalmente quando impostos pelas grandes potências, demonstram interesses em áreas vitais por parte destas (TNP e MCTR). Muitas verdades estão esquecidas ou ocultas na história entre as nações, principalmente as que dominam a mídia mundial, que podem fazer que nações que procuram verdadeiramente seus direitos, sejam incluídas no chamado “eixo do mal” e ainda passar para a história como vilões.

 

9. Quais as opções para o Brasil?

Depois de todos estes fatos, limitando-se ao aspecto militar, podemos concluir que:

a) O Brasil deve procurar parcerias no setor de defesa, com países que têm necessidades semelhantes de material de defesa, procurando soluções “no estado da arte” para não ficar defasado tecnologicamente, inclusive repotencializando equipamentos  já existentes;

b) As parcerias devem ser feitas com países que sejam neutros politicamente (para não sofrer “bloqueios tecnológicos”), de preferência no seio dos BRIC;

c) É interessante adquirir / desenvolver sistemas de armamentos que tenham seus projetos originalmente voltados para o enfrentamento dos sistemas de combate utilizados pelos nossos possíveis futuros adversários;

d) Desenvolvimento de armamentos de concepção inéditas ou baseados em equipamentos já existentes, mas de eficácia comprovada;

e) Fomento industrial e desenvolvimento tecnológico, visando que a produção e desenvolvimento de sistemas de armamentos futuros sejam realizados no país.

f) Desenvolvimento na área espacial com fins militares, não somente na área de comunicações, mas sim na vigilância marítima, terrestre e aérea, além da análise de emissões eletromagnéticas, análise de imagens e fotografias por radar.

g) Desenvolvimento de equipamentos de guerra eletrônica e de sistemas C4ISR para gerenciamento de dados, para utilizá-los inicialmente em proveito de uma aviação naval baseada em terra e de uma força de submarinos, contra uma força naval agressora baseada em porta-aviões.

Por que os BRIC?

Os países que compõem o BRIC serão possivelmente os futuros contrapesos tanto da economia quanto da política mundial. São países com quem os Estados Unidos não têm controle tanto político quanto econômico (sem dizer militar), e que competirão com eles no futuro. A melhor opção em compra / desenvolvimento de sistemas de armas seria a Rússia, como mostra o rápido desenvolvimento militar da Índia e China, com base na tecnologia russa.

Presidentes do países conhecidos como BRIC. Da esquerda para a direita, o Premiê da Índia, Manmohan Singh; o Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev; o Presidente da China, Hu Jintao; e o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Por que a Rússia?

Com a sua economia se recuperando, sua indústria bélica é de longe, a mais amadurecida dos países do BRIC, além disso, sua exportação quase irrestrita de armamento e tecnologia (o que não acontece com os Estados Unidos, pois devido á seus interesses globais, não seria inteligente fornecer armamento moderno para quem um dia eles possam entrar em conflito) atinge dois objetivos: o econômico, gerando receitas para a continuidade da pesquisa / desenvolvimento de novas tecnologias e divisas para o país, e o político, no sentido de equilibrar a balança do poder mundial, gerando dificuldade para os Estados Unidos imporem sua vontade política e militar no mundo, equipando países com quem os EUA concorrem com diferenças políticas e militares, multiplicando assim os desafios dos EUA, promovendo uma “diluição” de seu poder de combate global. Os sistemas de armas russos, apesar da tentativa do governo americano de mostrá-los como inferiores, já provaram em diversas ocasiões que, na maioria das vezes são tão bons ou até mesmo superiores que seus equivalentes ocidentais. Além disso tudo, entendendo que as maiores ameaças á nossa soberania vem do eixo EUA / OTAN, a Rússia é o país que nas últimas décadas mais desenvolveu sistemas voltados para destruir / neutralizar os sistemas de armas ocidentais, ou seja, os que possivelmente podem no futuro nos ameaçar.

Sistema de defesa antiaérea S-400 ”Triumph”, de fabricação Russa. Considerado o melhor sistema do seu tipo em uso no mundo.

Quais sistemas de armamento adquirir / desenvolver?

De preferência os que tenham sido desenvolvidos visando superar os sistemas de nossos possíveis agressores ou que sejam de uma linha de desenvolvimento inédita. China e Índia começaram montando os SU-27 “Flanker” e hoje o constroem. O autor defende uma opção de repotencialização de materiais já existentes com tecnologia russa e a compra / desenvolvimento de novas tecnologias para produção de armamento:

Aviação naval baseada em terra:

P-3 BR (Patrulha marítima)

Com a repotencialização de aeronaves de patrulha marítima “Orion” ex-US. Nvy, o Brasil começa com passos certos, que seriam mais eficientes se compatibilizasse equipamentos e armamentos de fabricação Russa com essas aeronaves.

Sukhoi SU-32FN “Platypus” (Ataque antinavio)

Sukhoi Su-32FN “Platypus”

Esta aeronave designada Sukhoi Su-32FN “Platypus”, é chamada na Rússia como “mini-backfire”, que devido ás suas características, podendo substituir o Tu-22M3 “Backfire C” em algumas missões de caráter não-estratégico. Têm capacidades muito ampliadas em relação á outras aeronaves semelhantes (F-15 E, Tornado, F-111, Su-24), sendo projetada para uso naval. Pode ser configurado para patrulha contra alvos de superfície e até submarinos, atua como se fosse um P-3 “Orion” ou IL-38 “May”. Na função de ataque marítimo, sua semelhança com o Tu-22M3 “Backfire C” se faz mais presente, quando armado com mísseis Raduga Kh-41 “Moskit” (SS-N-22 “Sunburn”) ou o mais recente PJ-10 Brahmos, ambos mísseis anti-navio supersônicos.

Existem previsões quanto ao desenvolvimento de variantes especializadas de guerra eletrônica desta aeronave, visando apoiar os atacantes na penetração das defesas das frotas de combate, sendo a dupla atacante marítimo / guerra eletrônica, uma versão menor da dupla Tu-22M3 / Tu-22MP em uso hoje na Aviação naval da marinha da Rússia.

Possibilidades de armamento atuais para o Sukhoi Su-32FN. A ilustração foi retirada do site www.ausairpower.net, e traduzida para o site Plano Brasil.

Raio de ação do Su-32FN em missões de ataque. O raio de ação com reabastecimento em vôo e/ou tanques externos é de 3.000km, a partir de bases aéreas em Belém (PA), Natal (RN) e Canoas (RS). Perguntem aos australianos o motivo de ainda usarem uma aeronave antiga como o F-111 e lhe mostrarão um mapa com o raio de ação da aeronave cobrindo toda a Austrália e países ao redor. (Fonte e figura: site sistemasdearmas.com.br)

Mais informação á respeito do Su-32FN no excepcional site sistemasdearmas:

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-01.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-02.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-03.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-04.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-05.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-06.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-07.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-08.html

http://sistemasdearmas.com.br/ca/su32-09.html

 

Sukhoi SU-35BM “Super Flanker” (Escolta a longa distância)

Sukhoi Su-35BM “Super Flanker”

A necessidade de proteção das bases aeronavais e escolta de suas aeronaves contra a ação inimiga, no teatro de operações do atlântico sul determina que as aeronaves envolvidas devam ter um excepcional raio de alcance, em virtude das distâncias envolvidas, e uma capacidade de persistência em combate também excepcional (quantidade de armamento transportada), junto com aviônicos de detecção á grandes distâncias. Atualmente, somente o Su-35 BM “Super Flanker” reúne essas características, com uma manobrabilidade em combate a curta distância insuperável. A versão descrita aqui, equipada com os mais recentes mísseis ar-ar e ar-superfície, supera qualquer aeronave de combate da marinha dos EUA atualmente.

Sukhoi T-50 PAK-FA:

Sukhoi T-50 PAK-FA

O programa que iria colocar o Brasil na elite da aviação mundial foi descartado por pura falta de visão estratégica ou devido á pressão política de certos países, para não dizer outras coisas…

Versões adaptadas para várias funções seriam vitais para nosso país, pois são de uma geração tecnológica que outras nações não dominam.

Mísseis antinavio:

P-270 Moskit (SS-N-22 “Sunburn”)

P-270 “Moskit” (SS-N-22 “Sunburn”)

O 3M80/P-80 (SS-N-22) “Sunburn” entrou em serviço em 1980 e inicialmente tinha um alcance de 90 km. Uma versão melhorada da P-80 foi exibida pela primeira vez em Moscou em 1992, onde foi mostrado como um míssil ar-superfície com a designação Kh-41 Moskit (Mosquito).Uma versão superfície-superfície melhorada, designadas P-270 e 3M82, entrou em serviço em 1993. Há também relatos de uma versão da defesa costeira P-270. O Kh-41 foi projetado para uso contra navios ou comboios, e poderia ter sido concebido como um complemento para os mísseis Kh-22 (AS-4 ‘Kitchen) e Kh-26 (AS-6’ Kingfish) mísseis ar-superfície. Desde o seu aparecimento, o Kh-41 parecia ser uma versão maior do míssil Kh-31, com o foguete integral / sistema de propulsão ramjet desenvolvido pelo OKB mesma para ambos os mísseis. Uma notícia não confirmada em Fevereiro de 2007 sugeriu que uma versão mais leve tinha sido desenvolvido, possivelmente para exportação como para o Irã.  Já adotado pela marinha chinesa, com vias de possível utilização contra a marinha americana em um possível confronto por causa de Taiwan.

 

 

 

 

Raduga Kh-15 (AS-16 “Kickback”)

Pouco se sabia sobre a existência do Raduga Kh-15 até a visita, em 1988, pelo Secretário de Defesa E.U. á base aérea de Kubinka, para ver um bombardeiro Tu-160 “Blackjack. Na verdade, o programa Kh-15, datado de 1967, foi concebido para complementar os antigos e muito maiores Kh-22 na missão anti-navio. No entanto, a sofisticação do design Kh-15 o fez adequado para outras funções. Tal como acontece com o Kh-22, duas versões iniciais foram desenvolvidos (ogiva nuclear e por uma ogiva convencional). Esta última versão foi também oferecida para exportação como o Kh-15S. Uma variante anti-radiação foi designada Kh-15P. O Kh-15 foi projetado para voar a uma velocidades de até Mach 5 e a altitudes de até 40 km. Ele tinha apenas um sistema de orientação por inércia, sem homing terminal. O Kh-15S é uma arma anti-navio com orientação inercial de meio curso e, em seguida, um buscador de radar ativo na fase terminal. O Kh-15 foi totalmente desenvolvido para ser disparado pelo Tu-22M3 “Backfire C”. Fontes russas descrevem o míssil como equivalente ao AGM-69 SRAM. O Kh-15 é semelhante na forma ao AGM-69, mas é um pouco maior e mais pesado. O míssil pode ser transportado por Tu-95MS “Bear-H”, Tu-22M3 “Backfire C”, e Tu-160 “Blackjack.

Raduga Kh-15 (AS-16 “Kickback”)

 

 

 

 

 

 

 

 

PJ-10 BrahMos:

O PJ-10 Brahmos foi projetado para ser capaz de atacar alvos de superfície em uma baixa altitude de 10 metros, a uma velocidade de Mach 2,8, a uma distância de 290 km. A versão lançada por aeronaves tem uma ogiva de 200 kg (300 kg para a versão lançada por navios). O Brahmos pode ser lançado tanto na posição vertical ou inclinada e cobre 360 graus. O míssil irá utilizar uma variedade de trajetórias de vôo, integração de alta e de perfil de vôo baixo. A alta velocidade de cruzeiro terminal do Brahmos coloca um desafio significativo para o alvo atacado, já que deixa menos tempo para a implantação de contramedidas. Uma nova versão do Brahmos está em desenvolvimento, com uma velocidade de Mach 5.26.

PJ-10 “Brahmos”

Submarinos desenvolvido / adquiridos para o Brasil:

Os submarinos deveriam se dividir em dois tipos: de propulsão convencional e nuclear, existindo ainda a alternativa da propulsão independente da atmosfera (AIP), a qual multiplicaria por muitas vezes a eficiência dos submarinos convencionais, que pese o nível de especialização e complexidade dos portos capazes de operar tais submarinos equipados com esses sistema. Submarinos convencionais seriam utilizados em patrulha na ZEE, enquanto os nucleares seriam específicos para atuar fora da ZEE e atacando a frota inimiga, além de guardar nossas rotas comerciais.

Convencionais

O estaleiro Rubin desenvolveu um projeto de submarino convencional denominado “Amur 950”, que combina muitas das vantagens encontradas a bordo do “Amur 1650”, com um menor deslocamento (1.150t). O armamento consta de: dez lançadores verticais para mísseis 3M-54E1, antinavio, ou 3M-14E, de ataque a alvos terrestres; e quatro tubos de torpedo na proa (o total de torpedos que pode ser transportado é de seis). Em menos de dois minutos, pode ser lançada uma salva de até dez mísseis. Os torpedos, filoguiados, são destinados a ataques a alvos de superfície ou submersos, em alcances menores. A principal arma é, sem a menor dúvida, o torpedo supercavitante VA-111 “Shkval”, de 533 mm, capaz de atingir, incríveis 200 nós ou quase 400 km/h. Para autodefesa o navio dispõe de engodos (decoys) de sonar armazenados em lançadores localizados na superestrutura. O “Amur 950” possui um sistema de combate integrado de última geração, e as condições de habitabilidade para os 18 tripulantes são excelentes. A compacidade, combinada ao armamento pesado, confere ao “Amur 950” uma relação custo/benefício vantajosa quando comparada com a de outros tipos de submarinos. Além disso, a simplicidade do projeto pode ser um atrativo para construção sob licença.

Amur 950

Nucleares

O submarino nuclear brasileiro seria de enorme importância para nossa doutrina de dissuasão naval, podendo operar fora do mar territorial (devido a suas características de operar indefinidamente submerso e sem necessitar ser reabastecido, devido ao reator nuclear) em “grupos de caça” semelhante a “batalha do atlântico” dos U-Boats do almirante Karl Doenitz contra os aliados. O desgaste das forças de combate de superfície transformariam uma aventura militar contra nós uma empreitada que talvez o custo não valesse a pena.

O SNA Barracuda: a origem do SNA brasileiro?

Sistemas de propulsão independente da atmosfera (AIP)

O submarino Amur foi projetado para ser compatível com o sistema AIP (células de combustível) Kristall-27E, para gerar a energia para os motores de forma independente da atmosfera. Quando a energia das baterias dos submarinos convencionais se acaba, é preciso subir com o submarino, para perto da superfície para que através do mastro snorkel, ele capte ar da atmosfera para que seu motor a diesel trabalhe para gerar a eletricidade para carregar as baterias do submarino, e assim poder voltar a mergulhar e a navegar em profundidade segura de operação. Esse procedimento torna o submarino convencional vulnerável demais, e poderia denunciar sua presença para os seus inimigos.

Representação gráfica do sistema Kristall -27 E

O sistema AIP, soluciona essa deficiência, pois se consegue, através dele, produzir essa eletricidade, sem que os motores a diesel precisem ficar ligados, e para tanto, recebendo ar da atmosfera. Esse sistema permite que o submarino permaneça submerso por até cinco vezes mais tempo que um submarino sem esse sistema AIP ficaria.

Esses submarinos iniciais da classe Amur, podem ficar até 15 dias submersos, usando seus sistemas convencionais de propulsão. Com a futura incorporação do AIP Kristall-27E, esse tempo aumentará para 45 dias submerso, o que lhe garantirá uma furtividade espetacular.

A terceira geração de sistemas AIP aumentará a resistência subaquática de submarinos convencionais para 60-90 dias e, em termos de parâmetros importantes, quase igualá-los com os barcos nucleares.

Sistemas de armamento para submarinos:

A necessidade de armamento especializado se resolve em parte com esta família de sistemas de mísseis, os quais diferentes modelos podem atacar alvos no mar e em terra. Seria interessante imaginas os IKL-209 e os Scorpéne da marinha do Brasil repotencializados / compatibilizados com tais sistemas de armas, fora os de outros tipos (VA-111 “Shkval”), o qual não seria de grande dificuldade, devido ao grau de excelência de nossos técnicos navais.

Sistema de mísseis SS-N-27/30 “Sizzler”

Há três grandes modos de lançamento do 3M-54 “Klub”: o Klub-S, projetado para lançamento de submarinos, e o Klub-N, projetado para o lançamento de navios de superfície. Recentemente, foi desenvolvido o Klub-K, para ser disparado através de contêiners. Seguem as variantes:

3M-54E – Anti-navio,com comprimento 8,22 m, com 200 kg ogiva. Alcance de 220 km. Trajetória rasante, com vôo terminal supersônico (2.9 Mach) e altitude de vôo de 15 pés (4,6 m).

Míssil antinavio 3M54E

3M-54E1 – Anti-navio, com 6.2 m de comprimento, com uma ogiva de 400 kg. Alcance de 300 km. Trajetória rasante, com vôo terminal subsônico, com  velocidade de  (0.8 mach). Supostamente capaz de desativar ou mesmo afundar um porta-aviões.

Míssil antinavio 3M54E1

3M-14E – Variante de ataque terrestre com orientação inercial . Com 6.2 m de comprimento e ogiva de 400 kg. Alcance de 275 km. Subsônico, com velocidade terminal de (0.8 mach).

Míssil anti-navio 3M14E

91RE1 – Variante lançada de submarino, para destruição de submarinos, com um torpedo anti-submarino. Comprimento de 8.0 m, com um alcance de 50 km e velocidade supersônica. O torpedo tem uma ogiva de 76 kg. Somente disparada por submarino. Semelhantes aos ASROC americano. Segue trajetória balística, com uma velocidade  de 2,5 mach.

Míssil anti-submarino 91RE1

91RE2 – Variante lançada de navios, para destruição de submarinos, com um torpedo anti-submarino. Com 6.5 m de comprimento, com um alcance de 40 km em velocidade supersônica. O torpedo tem uma ogiva de 76 kg. Para o uso de navios de superfície somente. A mais leve de todas as variantes, com um peso no lançamento de 1300 kg, com velocidade de 2 mach.

Míssil anti-submarino 91RE2

Torpedo VA-111 “Shkval”

Este míssil subaquático foi concebido como um sistema de defesa de ponto para combater a ameaça representada por submarinos nucleares foi autorizado em outubro de 1963, VA-111 “Shkval”, embora sua existência não foi oficialmente anunciado até meados de 1990. Ensaios começaram em 1964, mas a complexidade do sistema significou que não entrariam em serviço até 1977, quando foram aparentemente montados em submarinos com mísseis balísticos, como uma arma de auto-proteção contra submarinos e / ou torpedos. Há indícios de que a arma nuclear original foi desenvolvida. Lançada a partir de 533 milímetros tubos lança-torpedos, o VA-111 sai do tubo de 50 nós (93 km / h). Pouco tempo depois, seu foguete de combustível líquido que se acende e impulsiona-lo a velocidades de até 200 nós (370 km / h). Alguns relatórios indicam que as velocidades de 250 + nós pode ser atingido, e que o trabalho em um nó-300 (560 km / h) a versão estava em andamento. O motor de foguete usa uma combinação de peróxido de teste de alta e querosene, os tanques de propelente contêm cerca de 1,5 toneladas de peróxido de hidrogênio e 500 kg de querosene. A versão para exportação, Shkval-E, tem uma ogiva de alto explosivo e é provável que esta também esteja em serviço com a Federação da Marinha russa.As primeiras versões não guiadas foram descrita como “projéteis debaixo d’água”, com velocidades na faixa de 200 kts (370 km/h). Sua ogiva é de 210 kg de TNT e sua detonação se dá por contato ou por aproximação. Seu alcance efetivo é de 7000 mts. Ele pode ser disparado a partir de navios de superfície, submarinos e plataformas de cais e, portanto, tem uma capacidade de defesa costeira. A Rússia trabalha em uma nova versão do Shkval, com velocidade maior que 500km/h.

Torpedo VA-111 “Shkval”

Navios de superfície:

Devido ao tipo de doutrina apresentada (aviação baseada em terra e submarinos), os navios de superfície deveriam operar dentro do mar territorial, com função de patrulhamento da superfície e controle de área marítima em tempo de paz. Na falta de apoio aéreo fornecido por porta-aviões, devem ser de médio e pequeno porte, com capacidades AAW, ASuW e ASW desenvolvidas ao máximo e protegidos fortemente com sistemas de defesa de ponto e de área. Um exemplo disso´são as corvetas israelenses da classe Sa’ar 5, que devido as condições táticas do ambiente que operam, são pesadamente armadas, levando-se em consideração seu pequeno tamanho.

Corveta israelense da classe Sa’ar 5.

Sistemas de coleta de dados de inteligência em apoio ás operações navais:

Sistema de vigilância por som (SOSUS)

O Sound Surveillance System (SOSUS), implementado pelos EUA em várias partes do oceano mundialmente, fornece capacidade de detecção de submarinos inimigos em águas profundas. O SOSUS desfrutou de grande sucesso durante a Guerra Fria, rastreando submarinos soviéticos pelos seus fracos sinais acústicos. SOSUS consiste de hidrofones fixados no fundo do oceano, os quais captam a aproximação de submarinos, inclusive identificando qual tipo e classe pertencem, devido á análise de seus padrões de ruídos. Seria de grande valia a utilização de um sistema parecido na área correspondida pelo mar territorial e zona econômica exclusiva brasileira.

Representação gráfica do sistema SOSUS

Em 26 de abril de 1999, a Lockheed Martin Corp, Manassas, na Virgínia, foi contemplada com um contrato de US$107.031,978 para completar o desenvolvimento e implementação de sistemas de detecção em águas profundas. Este sistema tem vida longa, sendo de vigilância passiva acústica e pode ser configurado para múltiplas aplicações. Tem a capacidade de fornecer detecção e vigilância acústica a longo prazo em áreas de mar aberto em zonas com elevado ruído ambiental. O trabalho será realizado em Manassas, Virgínia, e deverá ser concluído até setembro de 2005.

Fonte: www.fas.org

Satélites para vigilância marítima

O Brasil tem certo desenvolvimento na montagem e produção de satélites, com a ajuda da China, com o programa CBERS 1 e 2 (China-Brazil Earth-Resources Satellite – Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).

CBERS-1 foi o primeiro satélite desenvolvido pelo acordo de cooperação entre a China e o Brasil.

O CBERS-1 foi lançado pelo foguete chinês Longa Marcha 4B, do Centro de Lançamento de Taiyuan, em 14 de outubrode 1999. O lançamento ocorreu à 1h15 de Brasília.

O satélite é composto por dois módulos principais:

O primeiro módulo contém os seus instrumentos de pesquisa e tem instalado 3 câmeras e o repetidor.

  • Câmera Imageadora de Alta Resolução denominada de CCD.
  • Imageador por Varredura de Média Resolução denominado de IRMSS.
  • Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada denominado de WFI
  • Repetidor para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais.

O segundo módulo contém os equipamentos que asseguram o suprimento de energia, os controles, as telecomunicações e demais funções necessárias à operação do satélite.

Satélite CBERS-1

O CBERS-2 é tecnicamente idêntico ao CBERS-1. Sua órbita também é hélio-síncrona, o que proporciona ao CBERS fazer uma cobertura de todo o planeta.

  • Câmera Imageadora de Alta Resolução (CCD), com resolução espacial de 20 metros, cinco bandas espectrais, e campo de visada de 113 km. Destina-se à observação de fenômenos ou objetos em escala municipal ou regional englobando aplicações em Vegetação, Agricultura, Meio ambiente, Água, Cartografia, Geologia e solos, e Educação. Imagens de uma mesma região são obtidas a cada 26 dias.
  • Imageador por Varredura de Média Resolução (IRMSS), tem três bandas espectrais, com 80 metros de resolução espacial, mais uma banda na região do infravermelho termal com 160 metros. A câmera IRMSS além das aplicações da Câmera CCD, presta-se à análise de fenômenos que apresentem alterações de temperatura da superfície, à geração de mosaicos estaduais e à geração de cartas-imagens.
  • Imageador de Amplo Campo de Visada (WFI) que pode imagear grandes extensões territoriais, de mais de 900 km.

O segundo satélite CBERS-2 foi lançado no dia 21 de outubro de 2003, do Centro de Lançamento de Taiyuan, na China. O horário do lançamento foi à 1:16h de Brasília.

O CBERS-2 foi integrado e testado no Laboratório de Integração e Testes do INPE, após acordo para a montagem dos equipamentos chineses no Brasil.

Sequência de lançamento do satélite CBERS-2

Com mais colaboração, poderiam ser desenvolvidos satélites de vigilância marítima com a Rússia ou mesmo com a china.

Fonte: Wikipédia

Radares OTH

Uma das limitações dos radares é que tem trajetória linear enquanto a terra é curva. O horizonte radar limita a detecção dos sistemas convencionais. Aeronaves voando baixo não podem ser detectadas e os radares só podem detectar alvos a longa distancia que voam alto. Um meio de contrapor isso foram as aeronaves de alerta antecipado (AEW) como o E-3 Sentry e o E-2 Hawkeye. Um outro meio de detectar aeronaves além do horizonte são os radares OTH.

A concepção dos radares OTH data da década de 1930. O sistema baseia-se na característica de que, em freqüências abaixo de 30 Mhz (banda HF), a ionosfera, camada de plasma acima da atmosfera a 200 km de altura, reflete feixes de ondas a ela dirigidos, permitindo que um radar na superfície da terra detectar e rastrear embarcações e aeronaves a distâncias superiores às que seriam possíveis com o uso de radares convencionais de microondas.

Representação gráfica do funcionamento de um radar OTH.

Por usarem ondas longas, eles têm pouca precisão. São usados para alerta antecipado e para controlar aeronaves interceptadoras ou de reconhecimento, até intruso no ar ou mar numa distância que pode chegar á 3.000 km.

O OTH tem baixa aplicabilidade no controle de tráfego aéreo, já que sua precisão apresenta variações entre 20 e 30 quilômetros. Ou seja, o sistema detecta a presença dos objetos dentro de um quadrilátero de 20 a 30 quilômetros de lado, mas é incapaz de localizá-lo, precisamente, dentro dessa área.

Os australianos e os russos dizem que conseguiram adaptar seus sistemas de radar OTH para detectar aeronaves furtivas. Os radares OTH têm facilidade para detectar aeronave furtivas por operar com ondas longas (10-60m). As ondas HF não são dispersadas por técnicas da forma e o material RAM é otimizado para ondas curtas.

Os radares OTH estão em uso na Austrália, Canadá, China, EUA, Reino Unido e Rússia.

Pra ver a matéria completa sobra radares OTH, clique aqui, no excepcional site sistemasdearmas.site.uol.com.br.

Antenas de radar OTH em uma cidade na Rússia.

C4ISTAR

Comando, Controle, Comunicações, Computadores, Inteligência, Vigilância (Surveillance), aquisição de alvos (Target Acquisition), Reconhecimento.

O sucesso de uma ação militar depende de uma extensão muito grande na capacidade para compreender e avaliar situações, tomar decisões e agir. A quantidade de informação disponível é muito grande, devido á enorme quantidade de informação de várias fontes (aviões, navios de superfície, submarinos, radares, satélites, guerra eletrônica, tropas de terra e outros muitos meios), e isso só aumenta a dificuldade no gerenciamento de volume de dados.  Os sistemas C4ISTAR tem a função de gerenciar informação em campo de batalha, filtrar essas mesmas informações e fazer uso das informações comprovadas, aumentando exponencialmente a eficiência das operações militares.  A empresa EMBRAER construiu um sistema de gerenciamento de dados para o México, com tecnologia própria. Também desenvolveu as aeronaves EMB-145 AEW&C e EMB-145 RS, de vigilância aérea e sensoriamento remoto.

Aeronaves EMBRAER EMB-145 AEW&C e RS

Desenvolvimentos chineses

DF-21 D ASBM (Míssil balístico anti-navio)

O Departamento de Defesa dos EUA afirmou que a China está desenvolvendo um míssil balístico antinavio de agiva convencional (ASBM) com base no DF-21, com um alcance de até 3.000 km (1.900 milhas). Esta seria o primeiro ASBM do mundo capaz de atingir um porta-aviões. Estes mísseis possuem ogivas com veículos manobráveis de reentrada na atmosfera (MARV) com algum tipo de sistema de orientação terminal. Um míssil pode ter sido testado em 2005/2006, e os satélites Jianbing-6/YaoGan-2 Jianbing-5/YaoGan-1, forneceriam a rede de informações e os satélites chineses SAR (Radar de Abertura Sintética) forneceriam as imagens visuais, respectivamente . As atualizações reforçariam consideravelmente a capacidade da China para conduzir operações de negação de uso do mar para impedir que os porta-aviões dos Estados Unidos interviessem no Estreito de Taiwan, num suposto enfrentamento entra as duas Chinas (continental e insular). O Colégio de Guerra Naval dos Estados Unidos indica que, com o uso do DF-21D pela China, os EUA já não podem assumir á supremacia naval como sempre possuíram desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Míssil balístico chinês, possivelmente o ASBM DF-21 D.

Cabe salientar que os soviéticos já desenvolveram um sistema parecido durante a década de 80, abandonando o projeto devido ao temor que as forças armadas dos Estados Unidos interpretassem o ataque com tais sistemas, como se fosse um ataque nuclear contra suas forças, desencadeando uma resposta verdadeiramente nuclear.

Notas finais:

O nome da matéria “Reflexões sobre a defesa nacional: Defesa do mar territorial e zona econômica exclusiva” surgiu da opinião do autor sobre um tema que deve ser debatido pela sociedade brasileira como um todo, não somente os militares, devido ao nível de empreendimentos nacionais agregados que seriam necessários á materialização das estratégias aqui mostradas. Como já dito, o caminho nuclear seria muitas vezes mais rápido que o convencional, mas na opinião do autor, o “preço político” seria caro demais, num momento em que o país não se encontra forte o suficiente para resistir á embargos e pressões econômicas de países que atualmente dominam o cenário mundial. Estes mesmos países detêm em seu poder a mídia mundial, com a capacidade de “formar opiniões”, como parte do seu “trabalho de convencimento”. Esta série de posts é somente um exercício de idéias á serem debatidos pelos interessados, analisando seus pontos positivos e negativos, não tomando partido sobre política em nenhuma de suas formas, muito menos sobre situação social do país. Desde já agradeço aos editores do site e aos demais participantes, embora não se possa contar com o bom senso e educação de alguns. Sejam felizes.

Bibliografia:

http://www.ausairpower.net/

http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/

http://www.armyrecognition.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page

http://www.military-today.com/

http://www.navy.mil/swf/index.asp

http://rusnavy.com/

http://warfare.ru/

http://www.astronautix.com/

http://www.youtube.com/


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