CAXIAS PARTE I

PROGRAMA CAXIAS PARTE I

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Marechal Luis Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, cujo trabalho exaustivo transformou o Exército Imperial na mais poderosa máquina de guerra da América Latina.

Até o início do ano de 1867, o Exército Imperial apenas acumulou fracassos ou vitórias esporádicas contra o profissional e disciplinado exército paraguaio de Francisco Solano López, durante a Guerra do Paraguai (1864-70).

Coube ao então Marquês de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva, nomeado em fevereiro de 1867 como comandante supremo das forças da Tríplice Aliança, reestruturar a carcomida organização militar vigente no Brasil, transformando o indisciplinado e mal-equipado Exército Imperial na mais poderosa máquina militar da América Latina em seu tempo.

Para efeito de comparação, em 1865 o Exército Imperial contava com 18 mil homens. Em 1866 passou a ter 67.365, aumentados para 71.039, em 1867, e 82.271, em 1869. Caxias reorganizou profundamente as tropas, que receberam uniformes, bagagem e equipamentos tão bons quanto os do Exército Prussiano (tido como o mais poderoso do mundo, na época). O serviço de Saúde prestado às forças armadas tinha qualidade pouco inferior ao que existiu na Guerra de Secessão dos Estados Unidos (que mobilizou mais de um milhão de soldados) e superior ao da Guerra da Criméia (que reuniu importantes potências da época, como França, Rússia e Grã-Bretanha).

Em homenagem ao seu exímio trabalho, que o consagrou como Patrono do Exército Brasileiro, esta simulação de reestruturação organizacional das unidades militares do EB será chamada de PROGRAMA CAXIAS.

REESTRUTURAÇÃO E EXPANSÃO

 

Para poder fazer frente às futuras ameaças que o país está sujeito, o Exército Brasileiro deveria adotar uma nova forma de organização vertical de suas pequenas e grandes unidades, de forma que estas possam reunir todas as condições necessárias para atuar em diferentes Teatros de Operações, dentro de suas capacidades e missões.

Assim, em ordem crescente, o Exército Brasileiro teria os seguintes escalões:

  • Esquadra (Esq): composta por quatro elementos (um Cabo Comandante, um granadeiro, um fuzileiro e um Metralhador);
Blindado Leve de Transporte EE-T4 Ogum, construído pela extinta Engesa. Futuramente a Imbel poderá desenvolver uma versão modernizada (Ogum NG) para equipar as Esquadras em missões de combate urbano. Pesando 5 ton, poderá transportar 5 tripulantes.

 

  • Seção (Sec): formada por duas Esquadras de Tiro, um Terceiro-Sargento Comandante e um atendente médico;
  • Pelotão (Pel): formada por três Seções de Combate, uma Seção de Apoio de Combate e um Grupo de Comando (formado por um Segundo-Tenente Comandante, um Primeiro-Sargento Subcomandante, um Cabo rádio-operador, um Sargento atirador (caçador) e um Cabo observador);
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Helicóptero de Transporte EC-725 Super Puma, com capacidade para transportar até 25 soldados. Um excelente meio de transporte para os Pelotões Móveis na Amazônia.

 

  • Companhia (Cia): composta por três Pelotões de Combate, um Pelotão de Apoio de Combate e uma Seção de Comando, tendo um Capitão como Comandante e um Primeiro-Tenente como Subcomandante. Na Cavalaria será designada de Esquadrão, na Artilharia será designada de Bateria e, na Aviação do Exército, de Esquadrilha;
  • Batalhão (Btl): composto por três subunidades de escalão Companhia de Combate, uma subunidade de escalão Companhia de Comando e Apoio  com sete pelotões de apoio, uma Base Administrativa (B Adm) para assuntos burocráticos (composto por uma Seção de Comando, uma Seção Mobilizadora, uma Divisão de Pessoal, uma Divisão de Saúde e uma Divisão Administrativa), quatro Seções de Comando, um Tenente-Coronel Comandante e um Major Subcomandante. Na Arma da Cavalaria será designada de Regimento e, na Artilharia, de Grupo;
  • Brigada (Bda): composto por quatro elementos de manobra (quatro Batalhões ou Regimentos), um Grupo de Artilharia, um Batalhão Logístico, cinco Companhias de apoio de combate (Bateria de Artilharia Antiaérea, Companhia de Engenharia de Combate, Companhia de Comunicações, Companhia de Comando e um Esquadrão de Cavalaria Mecanizado), um Pelotão de Polícia do Exército e o Comando da Brigada, formado pelo General-de-Brigada Comandante, dois Coronéis Subcomandantes (um responsável pela parte operacional e outro responsável pela parte administrativa e logística) e seis Seções de Comando (Pessoal, Inteligência, Operações, Logística, Comunicações e Intendência).

As Frações que comporão uma Subunidade de escalão Companhia de Comando e Apoio serão basicamente as seguintes (lembrando-se que cada unidade combatente terá características próprias para a missão a que se destina):

  • Seção de Comando (contando com duas equipes de caçadores);
  • Pelotão de Comando;
  • Pelotão de Comunicações;
  • Pelotão de Saúde;
  • Pelotão de Suprimentos;
  • Pelotão de Morteiros (leves, médios ou pesados);
  • Pelotão de Manutenção e Transporte; e
  • Pelotão de Reconhecimento e VANT (irá operar veículos aéreos e veículos terrestres não-tripulados).
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Ilustração de um modelo de Veículo Terrestre Não-Tripulado de Reconhecimento, em uso pelo U. S. Army. Além dos sistemas de câmeras e vigilância, conta com um canhão automático de 30 mm.

Essas serão as Grandes Unidades, Unidades, Subunidades e Frações de Combate que passarão a existir no EB. Na Infantaria de Selva, as Companhias de Combate serão organizadas da seguinte maneira: a 1ª Cia Fuz Slv será responsável pelo treinamento dos conscritos do Serviço Militar, a 2ª Cia Fuz Slv será especializada em assalto aeromóvel e a 3ª Cia Fuz Slv será adestrada em operações ribeirinhas.

Na Infantaria Motorizada, a 1ª Cia Fuz seguirá o mesmo padrão da Infantaria de Selva (treinamento de conscritos), mas a 2ª Cia Fuz será adestrada para cumprir missões de Garantia da Lei e da Ordem e a 3ª Cia Fuz será equipada com viaturas blindadas leves Guará NG ou Super Guará (versão 6×6), para combates urbanos.

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Arte do futuro Veículo Blindado de Transporte de Tropas Médio sobre Rodas do EB (VBTP-MR) Guaraní, 6×6 que pode ser transformado num 8×8. A versão de reconhecimento será armada com um canhão de 105 mm, mais potente que o utilizado pelos EE-9 Cascavel, de 90 mm, que atualmente desempenham a função de reconhecimento blindado no EB.

A Arma da Cavalaria será reestruturada em dois tipos específicos: Cavalaria Mecanizada (que será dotada de blindados sobre rodas) e a Cavalaria Blindada (que fará uso de blindados sobre lagartas – carros de combate, principalmente). Um Regimento típico de Cavalaria (blindada ou mecanizada) contará com três esquadrões equipados com dezessete blindados (sendo quatro por pelotão e um destinado ao comandante do esquadrão) e um Esquadrão de Comando e Apoio equipado com oito viaturas blindadas.

Como o Brasil pleiteia um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, não sofre ameaças externas “declaradas” e levando-se em conta que as missões de paz requerem o uso de blindados sobre rodas para operações em ambientes urbanos, a espinha dorsal da Cavalaria brasileira será formada por blindados sobre rodas tipo Urutu NG (proposto no Programa Nova Geração do Plano Cruzeiro do Sul – Terrestre). As forças blindadas do EB, formada por blindados sobre lagartas, constituirão basicamente uma força de defesa estratégica contra possíveis ameaças externas.

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As missões de paz e de Garantia da Lei e da Ordem se desenvolvem basicamente em ambientes urbanos. Para isso, o uso de blindados sobre rodas é essencialmente necessário. A foto, acampamento da Brigada Haiti (Forças Armadas Brasileiras), com nove Urutus II alinhados. O segundo blindado (da direita para esquerda) é o Urutu Ambulância, única versão em serviço no EB atualmente. Embaixo, Urutu Moustache (bigodes) com lâmina frontal tipo buldozer removendo um obstáculo nas ruas de Port-Au-Prince.

A Arma da Artilharia também sofrerá uma reorganização, procurando se adaptar à Brigada a qual se destinará a apoiar. Cada Grupo de Artilharia contará com três Baterias de Tiro e uma Bateria de Comando e Apoio. Cada Bateria de Tiro contará com nove peças de artilharia (sendo três peças por pelotão de tiro), perfazendo um total de vinte e sete bocas por Grupo.

A designação das Unidades será a seguinte:

  • Grupo de Artilharia de Campanha (GAC): farão uso de calibres auto-rebocados de 155 mm, que equiparão os Grupos de Artilharia orgânicos das Brigadas de Infantaria de Selva, de Montanha, de Caatinga e de Pantanal, pelo fato de que os biomas a que se destinam (principalmente o de selva) reduzirem consideravelmente os danos causados por obuses de 105 mm, daí a necessidade de um calibre mais potente;

  • Grupo de Artilharia Paraquedista (GAPqdt) e Aeromóvel (GAAmv): serão formados pelas peças auto-rebocadas de 105 mm e de morteiros pesados de 120 mm, pelo fato de ambos terão que ter capacidade helitransportável ou aerotransportável para os Teatros de Operações;

  • Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GAC/AP): equiparão as Brigadas Mecanizadas (Infantaria e Cavalaria), fazendo uso apenas de calibres de 155 mm, instalados no chassi do Charrua NG;

  • Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes (GLMF): serão orgânicos de dois tipos de GU: das Brigadas Blindadas (Infantaria e Cavalaria), que usarão os veículos do Sistema ASTROS II ou III, de saturação de área, e das Brigadas de Infantaria Motorizadas, que usarão o sistema ASTROS Hawk, ambos desenvolvidos pela Avibras Aeroespacial.
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Canhão antiaéreo sueco Bofors L/70 BOFI-R, de calibre 40mm – atualmente o principal armamento de defesa antiaérea adotado pelo EB, devido a sua excelente cadência de tiro de 300 disparos/minuto.

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Obuseiro Autopropulsado M-109, com calibre de 155 mm – atualmente o mais potente sistema de artilharia de tubo em uso no EB.

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O ASTROS HAWK é um sistema de artilharia de foguetes multicalibre para apoio direto de fogo, montado em veículo 4×4, leve e de alta mobilidade. As características únicas desse sistema, somado à reduzida tripulação necessária para operar e um suporte simples de logística, faz do ASTROS HAWK um multiplicador de forças quando comparado com canhões de 105 mm ou quaisquer outros meios de apoio direto de fogo. Poderá ser instalado nos veículos Guará NG ou no Super Guará (6×6), do Programa Nova Geração.
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Sistema ASTROS II, de Artilharia de Foguetes para Saturação de Área, desenvolvido pela Avibras Aeroespacial com tecnologia nacional. Atualmente o 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes é a única unidade equipada com essa arma.

Com as transformações geopolíticas que estão se processando atualmente em todo o mundo, fornecendo verdadeiros laboratórios para estudos de estratégias militares (Haiti, para o Brasil e Afeganistão e Iraque, para os EUA), verificou-se que os futuros Teatros de Operações não serão mais campos ou áreas amplas, mas ambientes urbanos com espaços limitados.

Não é ficção prever que, num futuro assustadoramente próximo, as guerras ocorrerão num prazo máximo de 48 horas (com amplo uso de forças aerotransportadas e aeromóveis) e se decidirão basicamente nas ruas das grandes megalópoles. Num bairro seriam instalados os postos de comando e acampamentos, no outro será dada assistência médica e humanitária para a população civil (pois com a velocidade dos confrontos, invariavelmente não será possível efetuar a devida evacuação de não-combatentes), e em outro bairro se desdobrarão os conflitos que ocorrerão no estilo Stalingrado – cômodo-a-cômodo.

Num conflito dessa magnitude, o vencedor será aquele que conquistar mais espaço (mais bairros ou, dependendo da intensidade do conflito, mais ruas e quarteirões) ou que conseguir manter suas posições por mais tempo. Num combate desse estilo, unidades pequenas e fortemente armadas e equipadas terão valor estratégico superior às Grandes Unidades clássicas.

Dessa maneira, as Divisões (Grandes Unidades que possuem efetivo entre 10.000 e 25.000 elementos, organizados em funções específicas) se tornarão completamente obsoletas, pois fracionar uma Divisão e empregar parte de seu efetivo num Teatro de Operações desse tipo se constitui uma problemática que o U. S. Army tem sofrido no Oriente Médio. Com isso, a Unidade Básica (que reunirá os elementos necessários para emprego individual no campo de batalha) será a Brigada (Grandes Unidades com efetivo médio entre 2.000 a 7.000 soldados, com diversas Unidades e Subunidades destinadas ao combate e apoio de combate).

Pensando nisso, as Divisões de Exército (DE) operacionais propriamente ditas (o EB conta com um total de nove Divisões de Exército, porém grande parte delas é combinada com Regiões Militares ou outros comandos) atualmente existentes no EB (1ª DE – Divisão Mascarenhas de Morais, 2ª DE – Divisão Presidente Costa e Silva, 3ª DE – Divisão Encouraçada e 6ª DE – Divisão Voluntários da Pátria) serão suprimidas em favor das Brigadas de Combate que as compõem.

As Grandes Unidades serão classificadas em dois tipos, considerando-se a organização atualmente existente no EB:

  • Brigada de Combate: com um efetivo fixo de 6.680 soldados, reunindo todas as condições necessárias para seu emprego independente no Teatro de Operações, e
  • Brigada de Apoio: também chamada de Comando ou Grupamento, será composta por um Comando, uma Companhia de Comando e cinco elementos de manobra. Seu efetivo será de 4.937 soldados e destinar-se-á ao apoio às Brigadas de Combate (ao contrário da antiga organização onde tinham que dar apoio às Divisões de Exército).
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No futuro, todos os Batalhões de Infantaria (principalmente aqueles pertencentes às Brigadas de Infantaria Motorizada e Blindada) contarão com Companhias aptas a realizarem operações de Garantia da Lei e da Ordem. Abaixo, o EB também estará capacitado para atender às solicitações da ONU, contando com unidades capacitadas para realizarem missões de paz no exterior.

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Haverá profunda reorganização de meios e pessoal entre as Brigadas existentes, capacitando-as para o emprego independente em qualquer Teatro de Operações que venha a engajar.

Essas unidades ficarão dispersas pelos Comandos Militares de Área para pronto-emprego em caso de necessidade. Com a extinção das Divisões de Exército, as quatro Artilharias Divisionárias (AD/1 – Artilharia Divisionária Cordeiro de Farias, AD/3 – Artilharia Divisionária Brigadeiro Gurjão, AD/5 – Artilharia Divisionária Marechal Setembrino de Carvalho, e AD/6 – Artilharia Divisionária Marechal Gastão de Orleans e Bragança) serão suprimidas e suas unidades orgânicas serão distribuídas entre as novas Brigadas Reestruturadas de Combate.

Todas as Organizações Militares (OM) dentro da estrutura do EB serão exclusivamente do TIPO III. A definição de OM Tipo I, II e III é a seguinte:

  • Ø Tipo I: Comando, Cia de Comando e Apoio, e uma Cia de Combate;
  • Ø Tipo II: Comando, Cia de Comando e Apoio, e duas Cia de Combate;
  • Ø Tipo III: Comando, Cia de Comando e Apoio, e três Cia de Combate.

É uma maneira de se economizar efetivo e material em tempo de paz. Uma OM Tipo I ou II é muito prejudicada no seu preparo particularmente em função do serviço de escala. Entendido que isto é válido para todas as armas, inclusive os batalhões logísticos (atualmente, apenas um Batalhão Logístico do EB é quaternário!). Dessa maneira, todas as OM Tipo I e II serão complementadas com pessoal e material, criando-se mecanismos para que todas as OM que não sejam do tipo III deixem de existir completamente.

Atualmente, o Exército Brasileiro conta com as seguintes Brigadas:

São 19 Brigadas de Infantaria, 5 Brigadas de Cavalaria, 5 de Artilharia, 1 de Aviação, 1 de Operações Especiais e 2 de Engenharia. Essas brigadas têm efetivos extremamente variados entre si, não havendo uma coesão ou padronização de meios. No Programa Caxias, todas as Brigadas que não contam com os meios orgânicos de apoio logístico e de apoio de combate serão complementadas, mediante a criação ou, em caráter emergencial, a transferência de OM de regiões onde são menos necessárias.

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Elementos das Forças Especiais do EB em missão no Haiti. Com a reorganização e reestruturação das Brigadas de Combate, a Brigada de Operações Especiais (única na América Latina) terá suas unidades orgânicas expandidas.

Além da parte operacional, o Programa Caxias contempla também a parte administrativa do EB. Atualmente, a estrutura da Força Terrestre é formada por:

  • Armas:

– Infantaria (Inf);

– Cavalaria (Cav);

– Artilharia (Art);

– Comunicações (Com); e

– Engenharia (Eng).

  • Quadros:

– Material Bélico (QMB);

– Complementar de Oficiais (QCO);

– Auxiliar de Oficiais (QAO); e

– Engenharia Militar (QEM), e

  • Serviços:

– Intendência (Int);

– Saúde (Sau); e

– Assistência Religiosa do Exército (Sarex).

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Na NOVA ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO EB, será criada a Arma de Aviação do Exército (Av Ex), e os Quadros e Serviços serão suprimidos – sendo que suas atribuições passarão à responsabilidade do Ministério da Defesa. Isso irá facilitar o trabalho das Forças Armadas (FA) como um conjunto, além de reduzir custos com organizações comuns às três FA. Para se adequar à suas responsabilidades, o MD irá criar três órgãos especializados:

  • Divisão de Pessoal das Forças Armadas: será responsável pelo Serviço Militar Obrigatório, pela administração dos estabelecimentos militares de ensino (através do Departamento de Ensino Militar – DEPEM) e pelos trabalhos de Intendência e Administração geral (Capelania Militar, inclusive);
  • Divisão de Material das Forças Armadas: responsável pela aquisição, desenvolvimento e produção de material bélico (assumindo a direção da IMBEL, da EMGEPRON e da nova ENGESAER); operações ligadas a Logística, Infraestrutura e Engenharia, além de outras funções do gênero; e
  • Divisão de Saúde das Forças Armadas: ficará responsável pela administração de TODOS os estabelecimentos de saúde das FA e pelo assessoramento direto das unidades especializadas em Saúde de apoio de combate.

Dessa maneira, os diversos Departamentos e Diretorias do EB passarão ao controle do MD, assim como suas congêneres das outras FA. Um exemplo disso será a criação do Centro de Inteligência de Defesa (CInDef), que ficará subordinado diretamente ao Estado-Maior Conjunto da Defesa, reunindo o Centro de Inteligência do Exército, o Centro de Inteligência da Aeronáutica e o Centro de Inteligência da Marinha num único órgão.

Com essa reorganização, as Regiões Militares (Grandes Comandos Administrativos que têm como atribuição prover o apoio logístico aos demais Grandes Comandos, às Divisões de Exército, às Brigadas Militares de Área e às diversas unidades enquadradas em sua área geográfica de responsabilidade) deixarão de existir, haja vista que os trabalhos administrativos e logísticos serão executados pelo MD, que irá estendê-los às demais FA. Desse modo, os Comandos Militares de Área não serão apenas um conjunto de Regiões Militares reunidos num comando territorial, mas sim um comando geográfico que irá englobar todas as unidades sob sua área geográfica jurisdicional. Os Parques Regionais de Manutenção e os Parques de Material Aeronáutico, além de suas congêneres da MB ficarão diretamente subordinados à Divisão de Material das Forças Armadas, prestando apoio logístico às três FA.

Com isso, será reorganizado dentro da divisão política do IBGE (cinco regiões políticas) e será renomado para COMANDOS TERRESTRES REGIONAIS, dessa forma:

  • Comando Terrestre do Sul (I CTR): com sede fixada na cidade de Porto Alegre-RS, irá englobar os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná;
  • Comando Terrestre do Sudeste (II CTR): com sede na cidade de São Paulo-SP, se estenderá pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo;
  • Comando Terrestre do Nordeste (III CTR): instalado na cidade de Recife-PE, irá abranger os estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão;
  • Comando Terrestre da Amazônia (IV CTR): com sede fixada na cidade de Manaus-AM, irá abranger os estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará e Tocantins; e
  • Comando Terrestre do Oeste (V CTR): com sede instalada na cidade de Campo Grande-MS, irá se estender pelos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

O Distrito Federal (ao contrário da atual organização), não ficará subordinado a nenhum Comando Terrestre Regional, mas diretamente ao Comando de Operações Terrestres (COTER), órgão de direção setorial responsável pelo planejamento e execução das operações do EB. Dentre as unidades que serão operadas pelo COTER estão:

  • Batalhão de Guarda Presidencial;
  • 1º Regimento de Cavalaria de Guardas;
  • Batalhão de Polícia do Exército de Brasília; e
  • 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes.

Esta última, embora baseada em Formosa-GO, ficará subordinada ao COTER devido a suas características e pelo fato de que será equipada com o novo Sistema ASTROS TM de lançamento de mísseis táticos, como o AV/MT-300 Matador, também desenvolvido pela Avibras Aeroespacial. Dessa maneira, seus vinte veículos lançadores de foguetes ASTROS II serão entregues para os GLMF’s das Brigadas de Infantaria Blindada, devido a sua capacidade aerotransportável.

As artilharias antiaéreas também sofrerão profundas mudanças. As Brigadas Blindadas usarão um sistema de mísseis antiaéreos e um canhão heptacano de 40 mm baseado no chassi da VBTP Charrua NG (ver Programa Nova Geração). As Brigadas Mecanizadas farão uso da VBTP Urutu NG de Defesa Antiaérea, armado com um lançador quádruplo de mísseis antiaéreos e dois canhões antiaéreos de 40 mm. Já as Brigadas Motorizadas utilizarão um canhão antiaéreo do mesmo calibre instalado no chassi no veículo 6×6 Super Guará. As demais Brigadas de Combate (selva, montanha, aeromóvel, etc.) e as Brigadas de Artilharia Antiaérea usarão artilharias convencionais auto-rebocadas de 40 mm e sistemas de mísseis terra-ar de curto, médio e longo alcance (esses dois últimos sistemas, apenas para os Grupos de Artilharia Antiaérea (GAAAe) das Brigadas de Artilharia Antiaérea).

Será dada ênfase especial às Brigadas Mecanizadas (Infantaria e Cavalaria) e nas novas Brigadas de Infantaria de Montanha, de Pantanal e de Caatinga.

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Combatentes de Caatinga do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado, equipados e preparados para realizarem missões nesse importante bioma nacional.
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Soldados do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha em missão de patrulha. Atualmente é a única unidade com soldados especializados em montanhismo militar.
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Combatentes de Pantanal (17º Batalhão de Infantaria de Fronteira), realizando operação de assalto ribeirinho em região pantaneira do Centro-Oeste.

Continua…

1 Comentário

  1. AMIGOS, ESTAO ERRADAS AS ANTIGUIdades Das armas
    engenharia é mais antiga q comunicacoes e o QEM É MAIS ANTIGO Q O QCO E O QAO

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