Os Estados Unidos aprovaram em 1º de outubro de 2025 a venda de 48 lançadores M142 HIMARS adicionais para a Austrália, em um acordo avaliado em até US$ 705 milhões, elevando a frota australiana para 90 unidades e reforçando suas capacidades de ataque de longo alcance no Indo-Pacífico.

O novo pacote se soma a um pedido anterior de 42 lançadores, aprovado em 2023 por US$ 385 milhões. A transação inclui foguetes de treinamento, veículos de apoio, sistemas de controle de fogo, peças de reposição e serviços técnicos, garantindo sustentação e integração completa dos sistemas à Força de Defesa Australiana (ADF).

As entregas do primeiro lote começaram em meados de 2025, com previsão de atingir capacidade operacional total até 2027. Os 48 lançadores adicionais devem ser introduzidos progressivamente até o final da década de 2020, consolidando a Austrália entre os maiores operadores de HIMARS fora dos EUA.

O aumento da frota permitirá à Austrália conduzir disparos de precisão de longo alcance, especialmente nas regiões do norte do país, abrangendo o Oceano Índico, Estreito de Torres e o Pacífico. A integração com redes de ataque americanas e aliadas permitirá operações conjuntas em cenários de alta intensidade.

O acordo faz parte de um esforço mais amplo de modernização da defesa australiana, que inclui aquisição de submarinos movidos a energia nuclear, mísseis de cruzeiro Tomahawk e drones de ataque de longo alcance. O programa está alinhado com a estratégia do AUKUS e com a política dos EUA de fortalecer aliados na região.

Analistas apontam que a expansão da frota HIMARS ocorre em meio à crescente ameaça representada pelos mísseis balísticos chineses DF-21D e DF-26, reforçando a dissuasão australiana e a capacidade de contra-ataque em potenciais pontos de conflito no Indo-Pacífico.

A aprovação do pacote de US$ 705 milhões também gera impactos econômicos e industriais, incluindo oportunidades de sustentação local, logística e integração à cadeia de suprimentos global do HIMARS. O Ministro da Defesa australiano, Richard Marles, destacou que a aquisição é “defensiva por natureza” e visa proteger a soberania do país frente à rivalidade regional.