O Comando de Transporte Marítimo Militar dos Estados Unidos confirmou em 25 de setembro de 2025 que o navio de apoio às Forças Especiais MV Ocean Trader, conhecido por operar sem rastreamento público, está destacado no Caribe, em meio ao aumento da presença naval norte-americana na região.

Imagens de satélite e fotografias de código aberto, registradas entre 20 e 21 de setembro, identificaram a embarcação próxima a St. Kitts e St. Croix, nas Ilhas Virgens Americanas. O Ocean Trader havia sido visto pela última vez em maio de 2025, no Bahrein, antes de sua movimentação para o Caribe. O Comando de Operações Especiais dos EUA não comentou sobre a missão do navio.

O Ocean Trader (ex-Cragside) é um navio de apoio a operações especiais operado pelo Military Sealift Command dos EUA, projetado para atuar como base avançada para até 200 militares, com hangares para helicópteros, instalações de comunicações sensíveis, armários de armas e capacidade de lançar e recuperar embarcações rápidas e drones.

Construído originalmente como cargueiro comercial MV Cragside em 2010 e convertido em 2013 por contrato de US$ 73 milhões, o navio possui capacidade para abrigar até 209 militares, operar helicópteros, UAVs e embarcações rápidas, além de contar com hangares, oficinas, centro de comunicações e instalações médicas. Com 193 metros de comprimento e velocidade de 20 nós, mantém aparência comercial, navegando frequentemente sem transmitir sinal de identificação.

A presença do Ocean Trader ocorre em paralelo a uma concentração naval norte-americana no Caribe, que inclui os contratorpedeiros USS Stockdale, USS Jason Dunham e USS Gravely, o cruzador USS Lake Erie, o submarino USS Newport News e o Grupo Anfíbio de Prontidão do USS Iwo Jima, totalizando cerca de 4.500 militares. Aeronaves AV-8B Harrier, caças F-35 e drones MQ-9 Reaper também estão operando na região.

O reforço militar acontece após operações conjuntas dos EUA com a República Dominicana contra embarcações ligadas a cartéis venezuelanos, que resultaram na destruição de três barcos e na morte de 17 pessoas em setembro.