O Exército dos Estados Unidos planeja testar em 2026, nas Filipinas, o veículo não tripulado Long Range Fires (LRF) da Lockheed Martin, equipado com um lançador único para o míssil de cruzeiro BGM-109 Tomahawk. O teste será realizado durante o exercício Balikatan 2026, sob coordenação do Escritório de Capacidades Rápidas e Tecnologias Críticas (RCCTO) do Exército.
O LRF é baseado na plataforma JLTV não tripulada ROGUE-Fires, da Oshkosh Defense, e utiliza uma célula VLS Mark 41 de comprimento de ataque único. A primeira bateria LRF foi montada pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em 2023 na Califórnia, com planos iniciais de adquirir mais de 50 lançadores, mas o programa foi cancelado para o USMC no orçamento do ano fiscal de 2026, citando limitações de mobilidade em terrenos austeros.
Para o Exército, o LRF representa um avanço em termos de mobilidade e dispersão em comparação aos atuais lançadores de Capacidade de Médio Alcance (MRC), transportados por tratores e reboques, que enfrentaram dificuldades logísticas durante sua implantação inicial nas Filipinas. Os sistemas MRC do Exército lançam mísseis Tomahawk de ataque marítimo e mísseis antinavio SM-6 Block IA, operando em um intervalo intermediário entre o Míssil de Ataque de Precisão (PrSM) e a Arma Hipersônica de Longo Alcance (LRHW). O PrSM também pode ser integrado à plataforma ROGUE-Fires, fortalecendo a interoperabilidade entre os veículos lançadores do Exército e do USMC.
O LRF oferece operação remota com recarga em campo e controle compatível com os sistemas padrão ROGUE-Fires, que estão recebendo aprimoramentos de software e hardware no ano fiscal de 2026, incluindo receptores GPS M-Code, melhorias no software de controle de tiro um-para-muitos e atualizações no modo Leader/Follower.
Embora atualmente o LRF opere apenas com mísseis Tomahawk, sua compatibilidade com as mesmas dimensões VLS do MRC abre a possibilidade de integrar o SM-6 no futuro. Analistas militares apontam que a plataforma menor permite maior mobilidade em terrenos estreitos e íngremes, além de facilitar a ocultação e lançamentos surpresa, vantagens estratégicas em comparação com lançadores de maior porte.