Durante a feira internacional de defesa IDEF 2025, realizada em Istambul, a empresa turca HAVELSAN e a fabricante emiradense CALIDUS anunciaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de um ecossistema de treinamento de última geração voltado à aeronave de ataque leve e treinamento B-250. O contrato consolida entendimentos iniciados na SAHA EXPO, transformando-se em uma parceria de longo prazo que combina inovação tecnológica e interesses estratégicos.
O programa prevê a instalação, nos Emirados Árabes Unidos, de um conjunto completo de soluções de simulação e instrução desenvolvidas pela HAVELSAN. Entre os sistemas estão o Flight Training Device (FTD), que replica a dinâmica de voo e cenários de missão realistas; os Partial Task Trainers (PTT), focados em manobras e sistemas críticos; o Cockpit Entry/Exit Simulator (CIES), voltado para a preparação em procedimentos de segurança; além de estações de briefing e debriefing e plataformas de treinamento baseado em computador (CBT).
De acordo com Mehmet Akif Nacar, diretor-geral da HAVELSAN, o objetivo é oferecer mais do que simulações fiéis à realidade: “Projetamos soluções para preparar os pilotos para o inesperado, permitindo que ganhem confiança e experiência antes mesmo de entrar na cabine real do B-250”.
Para a CALIDUS, responsável pelo desenvolvimento do B-250, a escolha da parceira turca reflete a busca por um treinamento moderno e sustentável. “Selecionar a HAVELSAN garante capacidades avançadas para nossos operadores, além de consolidar uma cooperação de longo prazo baseada em confiança e inovação”, destacou Khalifa Murad Al Balooshi, CEO da empresa emiradense.
O B-250, projetado para missões de ataque leve e instrução avançada, tem atraído crescente interesse internacional, em um cenário marcado pela valorização de plataformas versáteis e de menor custo operacional. Nesse contexto, o investimento em um sistema de treinamento completo reforça não apenas a atratividade da aeronave no mercado global, mas também a importância da Turquia e dos Emirados Árabes Unidos em ampliar sua cooperação no setor de defesa.
Mais do que um contrato, a parceria representa um movimento estratégico: além de fortalecer a integração tecnológica entre os dois países, cria um modelo de treinamento capaz de sustentar o ciclo de vida operacional do B-250 e de preparar as futuras gerações de pilotos para ambientes de combate cada vez mais complexos.