Após o desempenho destacado do míssil de cruzeiro de longo alcance SCALP-EG (Storm Shadow) durante a Operação Sindoor, a Força Aérea Indiana (IAF) está em discussões com a fabricante europeia MBDA para integrar esse sistema de armas em plataformas adicionais, especialmente nos caças Tejas Mk1A e Mk2. Atualmente, o SCALP-EG é utilizado exclusivamente pelos 36 caças Rafale da IAF, mas a expansão de seu uso visa aprimorar as capacidades de ataque profundo da força aérea, especialmente diante das limitações numéricas da esquadrilha de Rafale, em um contexto de tensões regionais com o Paquistão e a China.
O SCALP-EG desempenhou um papel crucial na neutralização de alvos de alto valor, como o quartel-general do Jaish-e-Mohammed em Bahawalpur, um centro de comando e controle em Nur Khan (Chaklala) e um suposto depósito nuclear em Kirana Hills. Com alcance de 560 km, ogiva de 450 kg e características furtivas que permitem voo a baixa altitude, o SCALP-EG penetrou as defesas aéreas do Paquistão sem ser detectado, realizando ataques precisos com danos colaterais mínimos.
A integração do SCALP-EG no Tejas Mk1A e Mk2 ampliaria significativamente as capacidades de ataque de longo alcance da IAF, fortalecendo sua postura estratégica na região.
A Operação Sindoor, realizada em maio de 2025, foi um marco na história militar da Índia, destacando a precisão, contenção e sofisticação tecnológica das forças armadas indianas. Em resposta a ataques em Pahalgam, a operação foi cuidadosamente planejada como um ataque punitivo de alta precisão, visando nove acampamentos terroristas confirmados ao longo da Linha de Controle e mais profundamente no território paquistanês. A IAF realizou ataques coordenados em alvos críticos, incluindo as bases aéreas de Nur Khan e Rahimyar Khan, utilizando plataformas indígenas avançadas e o Sistema Integrado de Comando e Controle Aéreo (IACCS) para coordenação em tempo real e multidomínio. A operação também destacou a sinergia exemplar entre os três ramos das forças armadas indianas, com o Exército e a Marinha fornecendo suporte essencial em defesa aérea e vigilância marítima, respectivamente.
O impacto da Operação Sindoor foi imediato e abrangente. A IAF não apenas “desmantelou a infraestrutura terrorista”, mas também, segundo fontes indianas, causou um “retrocesso significativo” nas capacidades militares do Paquistão, estimando-se que tenha atrasado seu poder aéreo em “cinco anos” devido à destruição de cobertura de radar, sistemas de comando e controle e ativos críticos em várias bases aéreas. Durante a campanha, as forças indianas mantiveram regras de engajamento rigorosas, inicialmente focando exclusivamente em infraestrutura vinculada ao terrorismo e evitando escalonamento, o que destacou o compromisso da nação com contenção estratégica e profissionalismo. A operação foi reconhecida como uma demonstração do crescente grau de autossuficiência da Índia em tecnologia de defesa e sua capacidade de conduzir operações militares complexas e integradas com precisão e disciplina, alterando assim a dinâmica de segurança regional a favor da Índia.