O ministro da Defesa da Hungria, Kristóf Szalay-Bobrovniczky, confirmou que o país está em negociações com autoridades em Washington para a possível aquisição de sistemas de artilharia de foguetes HIMARS e respectivas munições. As tratativas ocorreram durante visita aos Estados Unidos e podem resultar em entregas ao longo de três a cinco anos, após autorização do Congresso norte-americano.
Segundo o ministro, as conversas avançaram após a reunião entre o primeiro-ministro Viktor Orbán e o presidente Donald Trump na Casa Branca. Ele afirmou que obstáculos políticos anteriores, existentes durante a administração Biden, foram superados. Szalay-Bobrovniczky declarou que negociações anteriores haviam sido suspensas apesar de pagamentos já efetuados pela Hungria.

O ministro explicou que o HIMARS integra o plano de desenvolvimento de capacidades militares do país para os próximos dez anos e foi identificado como uma solução para ampliar o alcance estratégico da artilharia húngara. Questionado se o sistema norte-americano está previsto na lista de prioridades, respondeu que sim.
Relatos divulgados em 2023 mencionavam uma possível compra de 20 a 24 lançadores e cerca de 100 mísseis. O ministro afirmou que os números não estão definidos, mas confirmou que a escala é semelhante à considerada nas negociações atuais. Ele destacou que qualquer aquisição depende de aprovação do Congresso dos Estados Unidos e que a demanda por HIMARS cria uma fila de entrega que pode prolongar o cronograma.
Sobre custos, Szalay-Bobrovniczky afirmou que não é possível estimar com precisão o valor total da operação. Ele observou que, além do preço do equipamento, devem ser considerados gastos com infraestrutura, treinamento e recrutamento, variáveis que podem ser influenciadas por prazos e taxas de câmbio.



