O governo da Estônia assinou em 23 de outubro de 2025, em Seul, um acordo de defesa com a Coreia do Sul para a aquisição do sistema de foguetes múltiplos K239 Chunmoo, que será complementado ao sistema HIMARS, fabricado pelos Estados Unidos, como parte do reforço da linha de frente da OTAN.
O Ministério da Defesa da Estônia informou que o acordo prevê a incorporação do Chunmoo às forças de fogo de longo alcance do país. O modelo de integração entre os sistemas americano e sul-coreano segue o exemplo adotado pela Polônia, combinando plataformas de diferentes origens para ampliar a capacidade de resposta.
O K239 Chunmoo é um lançador 8×8 equipado com dois pods moduláveis. Ele pode disparar foguetes de 131 mm com alcance de até 36 km, foguetes guiados de 239 mm com alcance aproximado de 80 km e o míssil CTM-290, com alcance estimado em 290 km.
O sistema HIMARS, por sua vez, utiliza um veículo 6×6 com um pod contendo seis foguetes GMLRS ou um míssil ATACMS, capazes de atingir alvos a até 150 km e 300 km, respectivamente.
A Estônia afirmou que a combinação dos dois sistemas permitirá diferentes ritmos de atuação: o HIMARS será empregado para alvos de alto valor e interoperabilidade com aliados, enquanto o Chunmoo fornecerá maior volume de fogo e capacidade de interdição em profundidade.
O acordo também inclui investimentos na industrialização local, prevendo produção de peças de reposição e montagem de foguetes em território estoniano, como parte da estratégia de resiliência nacional em caso de conflito.
Localizada na linha de frente da OTAN frente à Rússia, a Estônia busca ampliar sua capacidade de dissuasão, garantindo a possibilidade de atingir alvos estratégicos antes que forças adversárias possam atuar sobre seu território. A diversificação de fornecedores também visa reduzir riscos logísticos e políticos, fortalecendo a cooperação entre as indústrias de defesa sul-coreana e europeia.




