O governo da Indonésia está avaliando a compra de sete fragatas Type 053H3 da China, informou o porta-voz do Ministério da Defesa, Brigadeiro-General Frega Wenas. O plano ainda se encontra em fase de análise interna, sem contratos assinados ou cronogramas de entrega definidos.
As fragatas Type 053H3, também conhecidas como classe Jiangwei II, foram desenvolvidas na China na década de 1990 como uma evolução das fragatas Type 053H2G e permanecem em serviço ativo em algumas marinhas estrangeiras. Com deslocamento aproximado de 2.250 toneladas e comprimento de 112 metros, as embarcações possuem capacidade para operar mísseis anti-navio YJ-83, mísseis superfície-ar HQ-7, canhões navais de 100 mm e 37 mm, lançadores de torpedos e sistemas de defesa próxima. As unidades mais recentes da classe entraram em operação a partir de 1998, e algumas passaram por modernizações que incluíram atualização de radares, sistemas de guerra eletrônica e substituição de armamentos, prolongando sua vida útil.
A possível aquisição faz parte do programa de modernização naval da Indonésia e da estratégia “Minimum Essential Force”, voltada para reforçar a presença marítima no arquipélago e equilibrar a frota entre plataformas modernas e soluções de baixo custo. A integração das fragatas Type 053H3 exigirá adaptações nos sistemas de combate e comunicação para interoperabilidade com navios ocidentais, turcos e de construção local já em operação. O governo ainda não divulgou valores, cronogramas ou especificações detalhadas, mantendo o projeto como uma opção em estudo.
A compra de embarcações chinesas acompanha outros investimentos da Indonésia na diversificação de fornecedores de defesa, que incluem navios italianos da classe PPA, fragatas turcas ISTIF e projetos domésticos da PT PAL. Paralelamente, Jacarta negocia a aquisição de 42 caças Chengdu J-10B da China, reforçando a cooperação militar bilateral e ampliando a presença estratégica do país em suas águas. A decisão final dependerá de avaliações técnicas, logísticas e estratégicas, incluindo o custo de operação e a compatibilidade com a frota existente.
