A Força Aérea Real da Tailândia iniciou negociações para adquirir o drone de combate Wing Loong II, fabricado pela Chengdu Aircraft Industry Group (CAIG), da China. A informação foi confirmada após uma delegação militar tailandesa visitar recentemente a unidade de produção da CAIG, especializada na linha Wing Loong. O possível contrato visa fortalecer as capacidades de vigilância, inteligência e ataque de longo alcance do país.
O Wing Loong II é um veículo aéreo não tripulado (VANT) de média altitude e longa duração (MALE), desenvolvido pela Aviation Industry Corporation of China (AVIC). O drone possui comprimento de 11 metros e envergadura de 20,5 metros, podendo operar em altitudes de até 9.000 metros com velocidade máxima de 370 km/h e autonomia de voo de até 20 horas. A aeronave está equipada com sensores eletro-ópticos e infravermelhos (EO/IR), radar de abertura sintética (SAR) e comunicação via satélite, permitindo realizar missões de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), além de ataques de precisão.
O Wing Loong II conta com seis pontos de fixação externos, suportando carga útil de aproximadamente 480 kg, compatível com munições guiadas como o míssil Blue Arrow-7 e bombas FT-7/9. Estima-se que o custo unitário do sistema seja inferior a US$ 6 milhões, incluindo mísseis, estação de controle em solo e suporte pós-venda, tornando-o uma alternativa econômica frente a drones ocidentais com capacidades semelhantes.
A aquisição posicionaria a Tailândia ao lado de países da região, como Paquistão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, que já utilizam drones chineses em suas forças armadas. A negociação também pode abrir espaço para futuras parcerias industriais, transferência de tecnologia e programas de treinamento conjuntos, consolidando a Tailândia como um potencial centro regional de manutenção e suporte de drones chineses.
Especialistas apontam que a compra reflete uma tendência da Tailândia em diversificar suas fontes de equipamentos militares, reduzindo a dependência de fornecedores ocidentais e fortalecendo os laços estratégicos com a China, dentro do contexto do equilíbrio de poder na região Indo-Pacífico.
O cronograma de entrega, número exato de unidades e detalhes contratuais ainda não foram divulgados pelas autoridades tailandesas ou chinesas.
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